O texto seguir é de autoria de Cleber Muniz. Segue na íntegra.
O Design nunca foi tão visado, questionado, estudado e criticado como hoje. A sociedade contemporânea em que estamos inseridos é suscetível de diversas mudanças de valores culturais, econômicos e ideológicos. A sociedade é mantida por diversos fatos sociais, ou seja, coisas que são comuns a todos por consensos anteriormente aplicados através da coerção e da coesão. A maior questão é: O design (seja ele em suas diversas vertentes) é algo comum a todos?
O design é uma tendência que propaga nos diversos meios sociais, mais ainda não é dada a devida importância pela qual deveria de ser tratado, ou seja, algo que todos ( ou pelos o menos a grande massa) saiba a sua função e que é de extrema importância para o auxilio da sobrevivência do ser humano da sociedade contemporânea. O design não existe para um ser humano especifico, ele existe para atingir todos aqueles que vivem dentro da sociedade.
O designer é aquele que projeta que estuda, e concebe idéias e soluções exeqüíveis e tangíveis, numa sociedade que como nunca, necessita de clareza e rapidez para a compreensão das informações, conforto e ergonomia para o seu bem-estar. As pessoas mudaram, o mundo mudou. Somos bombardeados a todo tempo por informações diversas do levantar ao deitar; somos uma sociedade mais exigente. E o designer precisa saber como lidar com as necessidades emergentes no mercado.
É certo que o Design Gráfico perdeu um pouco do seu discurso poético, ideológico e cultural (como se via nos cartazes poloneses e russos séc.XIX e XX) pelo fato da sua grande associação está relacionado a venda e a publicidade. É de suma importância que o designer gráfico como um agente social, entenda a sua própria sociedade e os seus fatos sociais, e construa a partir disso em seus projetos, discursos e expressões que seja capaz de produzir um efeito multiplicador, sendo ele compreendido e absorvido por todos.
A formação social, cultural e científica do designer é um outro fator a ser considerado. O bom designer é aquele que consegue transformar todos esses fatores em algo tangível. A formação social e cultural é coerciva, porém a cientifica precisa ser adquirida e aprimorada, para que o designer não se perca apenas em discursos ideológicos.
Como sabemos, não existe apenas uma solução para determinado problema, e nessa sociedade contemporânea, é importante que o designer saiba lidar com as mais diversas problemáticas, prezando pelo bem estar, a ética, e boa conduta social.
Cleber Muniz
Goiânia – GO
designer gráfico pela FTSG (SENAC), desenvolve projetos na área de identidade corporativa, editorial e ideológica