A História da Comic Sans

O Diogo Martins postou na lista de email do dG a história da fonte que talvez seja a mais odiada e ao mesmo tempo mais usuada por muita gente, a Comics Sans.

Em 1994 a Microsoft estava desenvolvendo um grande número de softwares para desktop, e um dos principais conceitos desses softwares é que eles deveriam ser graficamente mais amigáveis. Em uma das equipes de design da Microsoft trabalhava Vincent Connare.

Connare ficou chocado ao abrir uma versão de teste de um programa chamado Microsoft Bob, desenvolvido para crianças e usuários novos, ao perceber que a tela de boas-vindas tinha um cachorro cartoon, chamado Rover, conversando através de um balão, esse balão apareceu com a fonte Times New Roman. Connare, imediatamente tirou de sua gaveta 2 gibis, “The Dark Knight Returbns” e “Watchmen”, e começou a desenvolver uma fonte. Dentro de apenas uma semana ele havia projetado o seu legado onipresente.

O nome original que Connare batizou a fonte foi Comic Book, mas mudou por não achar que soaria bem, daí ele substitui o Book pelo Sans, pelo fato da fonte não ter serifas, exceto o I maiúsculo.

A fonte inicialmente foi usada pelo Microsoft 3D Movie Maker em balões de fala. Mas esse software foi implementado, e, passou a usar som no lugar dos balões. Então a fonte continuou a ser utilizada em pop-ups e caixas de diálogo.

Como a Comic Sans mostrou-se ser útil ela foi incluída nas versões OEM do Windows 95, Windows 95 Plus Pack, Publisher e Microsoft Internet Explorer.
Daí em diante a fonte podia ser encontrada em panfletos, anúncios da Disney e tags Beanie Baby, jogos infantis, revistas em quadrinhos, e-mails de negócios, placas, diversos sites, lápides e em cartazes de hospital sobre o câncer de intestino.

Em 1999, Holly Sliger, sênior na escola Herron de Arte e Design, em Indianápolis, estudava tipografia e design gráfico, ficou horrorizada quando seu chefe pediu que usa-se Comic Sans para um guia da galeria do Hands On Children’s Museum, ali ela percebeu que a fonte se transformou em uma epidemia. Durante o projeto ficou conhecendo seu futuro marido, Dave Combs, graduado em designer gráfico, com quem discutia sobre o assunto. Assim surgia o movimento Ban Comic Sans.

Em Janeiro de 2003, Connare recebeu um e-mail do Sr. Combs, dizendo que ele e sua esposa haviam fundado um movimento para banir a Comic Sans, e que gostariam de sua autorização para usar a sua foto no material, Connare aceitou, pensando que isso não teria nenhuma influência.

Mas o movimento ganhou força e se espalhou por toda world wide web.

Atualmente Connare tenta negociar com Combs a criação de um livro de imagens “I love / I hate Comic Sans” em conjunto.
O fato é que o pai da Comic Sans teve a felicidade de desenvolver uma fonte que atinge seus propósitos há mais de 14 anos, uma fonte amigável para CRIANÇAS e NOVOS USUÁRIOS.

Sobre a Comic Sans:

Versão 2.10 – Esta versão inclui algumas atualizações de tabela menor, mas não glifos novos.

Versão 2.00 – Comic Sans 2,00 versão foi adicionada às fontes essenciais para a página da Web em 04 de março de 1998. Esta versão inclui WGL4 o símbolo da moeda euro.

Versão 1.20 – versão Comic Sans MS 1,20 foi fornecido com o Microsoft Internet Explorer 3, e incluído como uma das principais fontes originais da Microsoft para a web. Esta versão foi também fornecida com o Internet Explorer 4.

Versão 1.10 – Esta versão da Comic Sans MS foi fornecido com o Windows 95 Plus! pack.
Usada em tags da Ty Inc para os Beanie Babies.

Usada como publicidade da rede UCI Cinemas.

Usada na descrição da empresa de chocolate em barras Hershey’s.

Usada nas caixas de textos do Jogo The Sims.

Usada nas notas e anotações do CD dos The Savage Rose.

Usada como subtitulo dos jogos Sonic Adventure 2 e Sonic Adventure 2 Battle.
Usada no jogo Viva Piñata para o Xbox 360.

Usada na Seleção Portuguesa de Basquete
Usada na descrição traseiro do DVD Jimmy Neutron: Boy Genius.

Usada como letreiramento de revistas de quadrinhos.


Sobre Vicent Connare:

Trabalha profissionalmente no setor de software de fonte para produção de projetos de empresas há mais de quinze anos.

Trabalhou Agfa / Compugraphic de 1987 até 1993 foi membro do Ikarus, Intellifont e equipes de produção de fontes TrueType.

Na Agfa, foi o primeiro design de tipo a aprender TrueType. Ele finalizou o hinting de quatro fontes TrueType para a Apple.

Em 1993 ele se juntou à Microsoft Corporation como Engenheiro de tipográficas e trabalhou em projetos do tipo personalizado para os produtos Microsoft. Na Microsoft, ele projetou e produziu duas das fontes mais populares da década de 1990, Comic Sans e Trebuchet. Lá, ele também escreveu os documentos relativos à produção e hinting da TrueType.

Hoje, Vincent está na Dalton Maag Londres Ltd. A agência de design baseada tipo que se especializa em soluções de fontes corporativas, branding e design de tipo. Na Dalton Maag, Vincent aborda desafios técnicos, tais como a fonte Viato hebraico. Ela foi projetada especialmente para o Ministry of Sound logo e recentemente lançou seu mais recente projeto a fonte Magpie OpenType.

Abaixo há uma apresentação feita pelo Vicent Connare em 2009 sobre a sua obra mais famosa.


Fontes:
http://bancomicsans.com
http://www.microsoft.com
http://www.connare.com
http://online.wsj.com ( Wall Street Journal )


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