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Edson Luiz de Ramos. Ed. Designer formado na PUC-PR. Blogueiro. A favor da Regulamentação da Profissão de Designer. Atualmente no setor industrial, mas já fez de tudo um pouco.

A preferência dos cliques dos internautas

Para quem se interessa em pesquisas sobre o ambiente WEB, segue abaixo um resumo da 4ª edição da pesquisa que a WBI Brasil realiza sobre a preferência dos cliques nas pesquisas feitas nos mecanimos de busca.

Resultados espontâneos lideram cliques nas pesquisas em mecanismos de busca.
Pesquisa da WBI Brasil mostra que 100% dos usuários da Internet usam mecanismos de busca e os resultados espontâneos ganham disparado dos links patrocinados na preferência dos cliques.

Do universo pesquisado, 60% clica nos três primeiros resultados da busca, enquanto 80% não vão para a segunda página dos resultados.
Os usuários também preferem os resultados espontâneos em lugar dos links
patrocinados.

Os dados completos e os gráficos da pesquisa podem ser acessados neste link.
Contribuição: Vanda Araújo – [email protected]

Design: Concursos e a sua importância.

Ia falar sobre esses assuntos, mas como todo designer que se preze, fui pesquisar antes para ver se já não existia algo do gênero…

Pois comigo já aconteceu várias vezes de pensar em algo e achá-lo logo em seguida na primeira busca no Google. Postei dias atrás sobre um concurso de design no setor automobilístico ( clique aqui para saber mais ), e fiquei me perguntando se isso ajudava mesmo. Acabei achando um texto da Ruth Klotzel. Além de ter sido a pessoa que mais me incentivou a criar os grupos de discussões e o blog (Designstore) ela é designer gráfica, co-fundadora da ADG/Brasil em 1989, professora do Senac e vice-presidente do Icograda para as gestões 2003-2005 e 2005-2007. Pra quem não sabe o Icograda, Conselho Internacional das Associações de Design Gráfico, é uma entidade mundial, fundada em 1963, constituída por uma assembléia voluntária de associações de 57 países, ligadas ao design gráfico, comunicação visual, gerenciamento, promoção e educação em design. É membro fundador, juntamente com ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) do IDA (International Design Alliance), aliança que congrega design gráfico e industrial. O Texto dela é o Concursos de design: uma oportunidade ou um desserviço à categoria? Vale a conferida.

Já que estava no Design Brasil, fiquei fuçando e achei outras pérolas. Calma, essas são boas mesmo.Ronaldo Duschenes fala no O design é a alma do negócio! Sobre os avanços da tecnologia em móveis. Pareceu mais propaganda da fábrica dele, mas ele TAMBÉM é arquiteto, então se releva.

Onde está o design? De Ivens Fontoura, traz como sempre uma visão detalhada mas simples para o entendimento de algo que muitas de nossas mães não sabem.

“O design está em todos os lugares, inclusive, entre os anônimos. Há design barato e caro, bom e ruim, bonito e feio ou ainda, anônimo e conhecido. O termo anônimo, do grego anónymos, significa sem nome ou assinatura do autor, isto é, sem denominação. Em outras palavras, se refere a aquele que oculta o nome; tanto antigo, como atual.”Pra quem não sabe, Ivens Fontoura escreve sobre design há mais de 15 anos e citou várias vezes como ninguém lê sobre design. Nem seus colegas, aos quais Fontoura falou nos seus textos, liam.

Regulamentação da Profissão de Designer

Esse texto é meio antigo, mas ainda acho válido a apresentação dele antes que eu falae da Campanha Vai Design!!

Vou falar aqui minha opinião. Pouca coisa aqui vai ser teórica, mas nessa hora eu coloco a referência.

A regulamentação esta sendo tentada desde 1979. Ela já teve diversas formas de apresentação. O que todo mundo deve por na cabeça, é que ela vai sair APENAS se houver interesse político. São lá os deputados que devem gerar a lei que nos regulamentará.

Para que isso aconteça mais rápido, deveria existir uma união ou uma maior representatividade das nossas associações ou com a sociedade ou com os políticos.

Como eu disse 1979. é tempo. digo isso, para deixar vcs cientes como foi que muita gente tentou e acabou desistindo. Muita gente boa, cansou. Eu considero isso importante ser mencionado. Imaginem a cena de vc se esforçando por todos aqueles que fazem e teoricamente amam o que fazem. Mas chega um momento que olha pro lado e não vê ninguém.
Foda. Nossa desunião é foda.

Agora temos que analisar a atualidade: profissionais não formados e formados trabalhando na área de design + profissionais de outras áreas trabalhando com design.

Outras coisas que ainda existem entre a gente é a crença que isso tudo é por dinheiro. O dinheiro está incluso, mas é apenas um item. Não o principal.

Coloco aqui um pedaço do texto do heleno almeida + uns comentários meus:
1) A possibilidade de termos um piso salarial mínimo (que normalmente é estipulado por Conselhos Federais para outras profissões). Só isso já seria um gigantesco avanço no sentido de tornar a profissão respeitada por empresas de comunicação, indústrias e pelo Governo Federal; – Aqui esta a grana. Toda a profissão tem isso. TODA. è assim que funciona. Pergunte qq não designer…

2) Diminuição da invasão de profissionais de outras áreas no Design. O arquiteto que projeta móvel, e não casas e prédios (!). O jornalista que não escreve texto, mas é bom diagramação (!); – temos ainda concerteza diversos outros exemplos (que são discutidos aos montes nas comunidades )

3) Todos trabalhariam com o mesmo custo, e caberia ao cliente escolher por portfolio qual o melhor profissional a atendê-lo (!) e qualidade seria o critério, não o preço; – Aqui um ponto importante. Levando o raciocínio ao conjunto total de empresas e instituiçoes de ensino, estaríamos incentivando o estudo técnico. Tudo melhora em efeito cascata.

4) Preço justo ao trabalho executado. Normalmente vejo muitos alunos se decepcionarem ao ingressarem no mercado de design com pseudo-profissionais de design que cobram R$50 por uma marca, quando o preço real é 50 vezes esse valor. Elaboração e adoção de tabela de preço único. – Hoje em dia temos muitas TABELAS DE REFERÊNCIA DE VALORES. Referência, só mesmo. Acho que isso é pouco abordado nas instituições. Mas minha crítica aqui vai mais para o afastamento que as instituições parecem demonstrar da sociedade. Mas isso é assunto pra depois… AÇÔES…

5) Maior participação do designer nas empresas no sentido da valorização profissional e da clara inserção no mercado de trabalho, com sua função definida por um conselho profissional; – Alguém já viu alguma vez na Discovery o pragrama RIDES? Sempre mostra todo o trabalho e a participação do designer, da criação ao dia da entrega do produto final. Um processo é colocado.

6) O cliente poderia denunciar o mal profissional a entidade de classe que defenderia a ética, o trabalho e qualidade do que é oferecido em termos de Design a problemas de comunicação e produtos; – é aqui que chegamos a um ponto importante. Responsabilidade técnica.

responsabilidade….

copy paste do paulo:
O nosso trabalho é carregado de responsabilidades que se nao forem normatizadas e fiscalizadas, se nao tivermos tivermos a obrigatoriedade de assinar os projetos e, assim, tornarmo-nos responsaveis judicialmente pelos mesmos, o mercado vai continuar a zona que está… aí sim continuarão a ocorrer desastres por causa de profissionais inescrupulosos que avançam sobre outras áreas que nao sao de nossa competencia e habilitação… aí sim enhtra em valor as alegações dos arquitetos… já vi casas despencarem pq uns designers simplesmente mandaram derrubar umas paredes sem analisar as questões estruturais. Outra coisa, é o simples fato de uma mesa com quina seca numa altura de aproximadamente 80cm do chão e na casa haver crianças… é certeira na testa da criança essa quina… e aí????
Agora vc continua a alegar que nao se tem parametros???
Me desculpe mas nao concordo mesmo. Nossa profissão pode sim colocar em risco a vida dos clientes e isso necessita ser, no minimo, responsabilizado.

+ copy paste do andré

no caso de um produto, digamos, uma cama hospitalar, provavelmente vai ser exigida a participação de um engenheiro com CREA e tudo, pois ele sim, vai se responsabilizar pelo projeto.

Vou além. Se faço uma sinalização para uma loja para legalizar na prefeitura do Rio tenho que ter o projeto com assinatura de um arquiteto ou engenheiro! Claro que isso traz junto a RESPONSABILIDADE TÉCNICA. Da qual eu tenho ciencia e acredito que muitos tenham medo.

e aí? vai aguentar esse fardo?

sim, agora vc deve se perguntar se vai querer ajudar ou não. Deixar como está, ou ter que arcar com as suas responsabilidades.

A gente já não é unido mesmo…

O que esta acontecendo – Designer de Interiores

copy paste do paulo:
Em uma decisão inédita, um Designer de Interiores de Sergipe conseguiu na Justiça Federal o direito a ter o seu registro no CREA como Designer de Interiores e ainda recebeu uma indenização por danos morais… é aqueles mesmos que tantos de nós ja passaram sejam por profissionais que nos humilham, sejam por lojas que nao nos aceitam como cadastrados, seja em entrevistas de emprego… Pra quem sempre diz que vivemos na sombra de outras profissões taí a resposta, DE UM JUIZ FEDERAL, de que só o fazíamos pois éramos forçados a permanecer dessa forma para proteger os interesses de outros grupos!!!
http://paulooliveira.wordpress.com/

Pelo que eu entendi, o CREA tinha uma data para recorrer. Isso não aconteceu. Quando um juiz “bate o martelo” sobre determinada questão abre-se um elemento chamado JURISPRUDÊNCIA. E este elemento garante a todos os outros direitos iguais. Pare se derrubar essa jurisprudencia, o outro lado terá de ou dispender $$ ou então contar com uma equipe jurídica que consiga mirabolar alguma tramóia, mas esta dificilmente passa impune nos tribunais superiores que é quem realmente bate o martelo.

copy paste de bruno

Vou fazer o papel de bobo (pq eu sou – acomodado tb): Não sei qual diferença o CREA pode fazer p mim.

Enquanto estudei escutei algumas opiniões diferentes sobre o assunto, a maioria era a favor de estar sob o CREA, justamente por ter, d alguma forma, como agir como um grupo, ter garantias jurídicas… mas nunca entendi mto bem como isso funcionaria.

Hj continuo sem saber o q pensar sobre o assunto. A decisão judicial parece uma coisa boa, pois q pode dar um impulso para mais diálogo entre os próprios designers – q incluem mtos outros como eu q estão por fora d como era, q mudança é esta e como as coisas podem ficar.

De toda forma, mesmo que o saldo me pareça positivo nessa ação, não faço a mínima idéia de como ajudar ou do q devo fazer para colocar isso adiante… Requerer um registro no CREA nunca esteve entre meus objetivos – o q n quer dizer q não possa vir a estar – por isso não faço a mínima idéia d como proceder legalmente, p exemplo.

Paulo, tu tem motivo p ficar chateado c essa acomodação, mas d nada adianta reconhecer isso apenas e pronto. Estando a frente da proposta aqui, o q vc recomendaria a pessoas como eu? q até li o tópico assim q foi postado, mas nem sabia o q dizer e deixei p depois.

Quais são as implicações de se entrar com esse tipo de pedido?

O que temos a ganhar? E o q temos q pagar por isso?

resposta

Bruno não sei qual sua área de atuação mas já aconteceu comigo, ter que fazer uma sinalização com empena e tudo o mais e ter que legalizar na prefeitura com uma assinatura de um arquiteto “endossando” o projeto. É apenas uma segurança natural para que não aconteçam acidentes com as pessoas. Tenho conhecimento técnico suficiente para projetar um Frontlight sem que ele venha a cair na cabeça das pessoas, mas tenho que recorrer a um arquiteto para conseguir a liberação na prefeitura.

Esse é só um exemplo ligado a Comunicação Visual posso citar inúmeros.

Mas a vantagem de se colocar uma ação contra o CREA, é que ele foi condenado por não ter mexido uma palha pela regulamentação da profissão de designer, portanto, se entramos com uma ação conjunta(Como a Mônica citou), possivelmente o CREA vai se mexer e aprovar logo uma PL regulamentando o setor para não perder uma ação por jurisprudência, que ao meu ver é bem mais rápido o tramite.
De qualquer forma eu já estou consultando meu advogado.

idéia na verdade nem tanto é ter um CREA que para um webdesigner por exemplo não significa absolutamente nada, mas sim pressionar o CREA para agilizar um processo que já se arrasta por décadas e aí sim, o Webdesigner seria recompensado com a organização de seu trabalho. Imagina só, todo o site por lei teria que ter um webdesigner com registro responsável pela criação do site? Os amantes de templates, copistas descarados e afins poderiam ser processados por seus atos e os “aranhas” da vida seriam banidos do mercado além de ser possível lutar por uma concorrência leal e organizada. Concorrência desleal: tira o registro do cara.
Mas o primeiro passo, o primeiro passo é ser regulamentado e depois de muito tempo não vejo uma brecha tão grande para nós acelerarmos o processo.

Acho que vcs deveriam fazer o mesmo, cada um em sua cidade. Creio que apesar da pouca participação nos foruns, ja temos varias e excelentes cidades cobertas nao é mesmo???

Tá, tá eu sei… muita coisa. Mas como falei é desde 1979. Não reclamem.

Depois desse tempo todo discutindo, eu e vários colegas chegamos a seguinte conclusão: ações diferenciadas e diversas direções.

1° tentar a regulamentação (enchendo saco de parlamentar, entrando com processo sozinho ou em grupo)

2° promover o design…

Mas como? Pra quem?
O pior foi ver que isso não deve ser feito para designers. A desunião vigente é tão grande que o que se pensou foi algo mais autoritário.
Foi pensado em mudar aquilo que realmente vai fazer diferença.

A cabeça do cliente. Mudar o entendimento da sociedade sobre o que é design.

Como? Campanhas para indústrias, associações comercias, colégios … mostrando o que é design, como é feito, por quem é feito, pra que serve e o que ajuda.

Pense rápido: vc sabe sem pensar que um médico te ajuda, mas um designer… faz o que mesmo?

só desenha? pois é… foda mais real.

Pensamos numa revista (vcs podem ver alguma discussão na comunidade design brasil no tópico http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=9788&tid=2517901116023415825 )

Aqui em Curitiba promovo encontros de design (podemos falar sobre as associações depois). Esses encontros são mais para trocarmos experiências, fazermos oportunidades de trabalho, sairmos da solidão diária do trabalho, entre outras coisas.

Consegui também fazer uma apresentação para uma associação comercial de um bairro daqui. Nela explicávamos as diferenças de cada setor e como as empresas usam e ganham ao mudar o pensamento que design é investimento e não custo. DE GRÀTIS>>>>>

Depois disso houveram uns encontros com presidentes de diversas entidades relacionadas ao design para a construção de um único e forte projeto. Mas depois disso (
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=41698&tid=2558987112477533137&na=4

Ivan Rezende ) …

Associações e Campanhas

Com o objetivo de para o aprimoramento da carreira de cada um, descrevo no texto abaixo a minha relação e objetivos com este assunto. Assim, espero que todos aqueles que não me conhecem ou não têm idéia da minha real intenção possam entender as questões aqui apresentadas…

Há algum tempo, coloquei uma frase no meu finado blog que costumo usar para me policiar: “se eu faço o que sempre fiz, só consigo o que sempre consegui”. Usando esta frase como motivação, comecei a pensar sobre o que eu estava fazendo em prol da minha profissão e do meu futuro. Então, conclui que era hora de fazer algo a mais.

Então, em primeiro lugar pensei em ajudar os amigos, e assim colher algo em troca: ver o coletivo. E assim que lancei a proposta entre eles, iniciei um trabalho de pesquisa para me preparar melhor para o crescimento do movimento. Afinal, por mais que eu não trabalhe como designer há certo tempo, nunca deixei de acompanhar o que estava acontecendo com os colegas que ainda atuam na área.

Os problemas da nossa profissão são iguais em todos os lugares: falta de oportunidade, concorrência de “não-designers”, tipos de concorrência ,como por exemplo a apresentação do projeto e não do orçamento (que o mercado adquiriu, pela falta de uma atuação única da classe), entre outros.

E partindo do princípio que unidos venceremos, acredito que a melhor maneira de iniciar uma reação seria organizar encontros periódicos de profissionais e estudantes, não para discutir os problemas, todo mundo já sabe quais são, mas discutir as soluções. Não precisa ser um lugar físico. Este blog é um bom exemplo disso.

Encontros desse tipo criam idéias e oportunidades, que por sua vez geram soluções, formando uma cadeia produtiva da qual uma nova realidade surgirá. E fazer isso de forma organizada é o Ideal.

Mas do ideal para o real, necessita-se de muito comprometimento e paciência.

Principalmente quando aparecerem divergências. É nessa hora que devemos continuar discutindo até todos estarem devidamente convencidos que a ação acertada é a melhor a se tomar.

Temos que inovar. Coletar informações de alta qualidade, nos ajustando às transformações e sendo sensíveis às mudanças. Precisamos usar a criatividade em busca de idéias sem ficarmos presos a exemplos anteriores. Cada local possui sua própria realidade. Não podemos nos deixar intimidar com as poucas possibilidades que aparecerão.

É preciso educar o profissional e estimular a sua capacidade empreendedora, e associações, como trabalhos conjuntos e grupos de discussão, têm um papel importante nesse contexto. Primeiro, tais associações exercem um papel fundamental para o desenvolvimento e promoção do profissional. Segundo, associações desse tipo acabam tendo uma maior credibilidade perante a sociedade, pois em geral não possuem fins lucrativos e trabalham em pro do coletivo. Elas podem ter um local físico como ponto de encontro (embora não seja estritamente necessário), no qual se desenvolvem trabalhos de caráter social via workshops, unindo a experiência de profissionais mais experientes com a vontade de estudante e recém-formados.

Também é preciso inserir o estudante no mercado de trabalho. Orientá-los. Interferir no currículo das faculdades que estão defasadas ao mercado. Montar uma base de dados e referências relativos às nossas atividades. Elaborar uma programação de atividades periódicas, tais como cursos, palestras e workshops, dirigidas a estudantes, designers e a profissionais de áreas afins e convergentes.

A divulgação das ações tomadas pelas associações também é fundamental. As formas de divulgação podem ser simples (como boletins, sites, relatórios, atas, entre outros), mas devem ter abrangência, periodicidade e atualidade.

O ponto fundamental aqui é que não podemos ficar satisfeitos com a situação. Ações pequenas já são muito melhor que nada.

A realidade nos obriga a ter apoio de uma entidade (pois assim teríamos força e abrangência para regularizar o mercado) do fornecedor e do cliente consumidor da prestação dos serviços do designer. Dessa forma, a garantia de qualidade e eficiência profissional seria certificada. Neste ponto, a questão se resume à palavra credibilidade, ou seja, superar as expectativas do cliente, promovendo tranqüilidade e satisfação.

Em 1996 (sim, mas de uma década atrás), surgiu o Programa Brasileiro de Design (PBD), que tinha como objetivo qualificar a exportação nacional, visando tornar o produto nacional mais competitivo. Isso teve como conseqüência o surgimento de vários programas estaduais de design.

As ações provenientes foram conversas e ações que geraram discussões em diversos níveis. Essa atividade, além de ter possibilitado a identificação de um contingente de profissionais dispostos à “arregaçar as mangas”, de forma até ousada e contundente, sensibilizou as autoridades e a cadeia produtiva brasileira, no sentido de perceber a atividade de Design como economicamente necessária e estrategicamente indispensável.

Hoje, mesmo com enormes distorções e simplificações, o Design é uma atividade reconhecida como fundamental para quem procura qualificar seus produtos e torná-los mais competitivos. Empresários e executivos de marketing já sabem quando chamar um designer. Já conhecem a amplitude dos serviços que podemos prestar. O mercado percebeu a diferença.

Cabe a nós fazermos nossa parte para mantermos esta posição e corrigir as distorções.

Nós designers (principalmente os que estão começando como eu) não estamos nessa profissão porque ela nos dá muitas riquezas materiais, mas principalmente porque gostamos daquilo que estamos fazendo e essa ação, de se buscar discutir nossa posição e papel na sociedade, não privilegia somente a nós mesmos mas à classe de designers e ao nobre sentimento de criar e procurar soluções que melhoram a qualidade de vida de todos.