All posts by Gustavo Jota

Formado em design industrial pela Universidade de Brasília - UnB. Empresário, sócio de empresas do setor de design e infra-estrutura. Frase do ano: modernidade hoje significa um bocado de user names, senhas e sites, dos quais vcs nao se lembra nem de um nem do outro.

Carro elétrico Reva-i

Estivemos no Metering Latin America 2009, lá estivemos em contato com diversos fabricantes de medidores, software houses e os mais diversos fornecedores do setor elétrico. E foi lá que apresentaram este estranho carrinho.

Quanto ao design dele, o que acham? Eu achei muito estranho, parece mais um brinquedo do que um veículo propriamente dito. E o usuário que está lá dentro? Como se sente? Seria ele um Playmobil ou Lego?

O acabamento da carroceria é muito ruim. O “parachoque” na verdade é apenas um pintura verde, para não estranharmos o fato de que a segurança parece questionável. A carroceria aparenta ser de fibra-de-vidro com estrutura tubular para rigidez…
Reva-i

O interior já é um pouco melhor, volante e painel são interessantes, mas ainda parece um brinquedo. O que é mais curioso é o Câmbio, que fica na esquerda do painel… Vejam o vídeo:
Reva-i – Interior do veículo
Reva-i – entrevista com importador

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Mais Informações: Tipod.com.br

Prototipagem Rápida para Acelerar Projetos

Tudo que você queria saber sobre prototipagem rápida mas tinha vergonha de perguntar!

Vídeo exemplo de prototipagem por subtração – milling.

A modelagem deve ser realizada em CAD-3D e utiliza-se diversos materiais e acabamentos. A fim de reduzir o custo e levar o benefício da prototipagem rápida aos estudantes a TipoD reduzirá custos de modelos e protótipos produzidos em materiais mais macios, como; espumas de Poliuretano de Alta-densidade (Cibatool), Clay, Gesso, MDF e outros.

Maiores informações: blog.tipod.com.br

MOCKUP X PROTÓTIPO X MODELO VOLUMÉTRICO…

Protótipo, modelo, mockup, piloto… Quais deles vocês executam? O que significa cada um deles? Em que etapa se executa cada um deles? Vamos tentar desanuvear estes termos, que normalmente confundem profissionais, clientes e entusiastas.

 Para iniciar, o modelo de referência, ou metodologia de projeto que seguimos na TipoD e Lectron é a proposta por ROZENFELD & FORCELLINI. O Projeto é organizado basicamente em pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento. Na primeira etapa tratamos basicamente de processos metodológicos e de planejamento. Na segunda, tratamos da execução do P&D (pesquisa e desenvolvimento), sendo a última macro-etapa a constatação concreta do final do projeto de P&,D entrando em cena a produção contínua, ou seja, o uso do produto no mercado, manutenção, descarte… É importante lembrar que pequenos projetos de aprimoramento do produto são realizamos a fim de se obter maior produtividade do produto enquanto em produção.

Na macro fase de Desenvolvimento, temos a divisão em: Projeto Informacional, Projeto Conceitual, Projeto Preliminar, Projeto Detalhado, Preparação da Produção e Lançamento do Produto. O significado de cada uma delas pode ser encontrado na bibliografia dos autores… Portanto, onde se encontram as representações físicas dos produtos? Aquelas fora do papel, as que geram um bocado de controvérsias?

No Projeto Conceitual, tenho visto que os profissionais de Design Industrial e Engenharia Mecânica lideram a lista dos que realizam os “Modelos Volumétricos” ou “Mockups”. Tais Modelos Volumétricos são inicialmente representações tridimensionais de rascunhos e desenhos ainda em fase conceitual, onde não existem muitas dimensões fechadas ou restrições de materiais e fabricação. São interpretações de desenhos, basicamente. O acabamento superficial é ainda bruto, sem cores finais, não existem delimitações de peças muitas vezes, apenas o volume bruto. Mas mesmo assim, diversas validações ergonométricas são realizadas nesta fase de Proj. Conceitual, até algumas dimensões importantes no quesito de usabilidade são adquiridas e testadas aqui, mas não todas. Ainda.

É importante no Projeto Conceitual a “prototipagem” de muitas alternativas volumétricas-geométricas, pois aqui podem ser realizadas rapidamente diversas estilizações de um desenho. Materiais maleáveis, dúcteis, leves como Clay, Papel, Papelão e outros são os mais utilizados. Com o advento de softwares de modelagem CAD intuitivo, como o 3D Studio Max, Rhino, Modo e outros algumas empresas no exterior costumam até realizar a prototipagem CNC de uma modelagem realizada nestas plataformas.

Na transição do Proj. Conceitual para o Preliminar, onde modelos CAD precisos são modelados, testados e validados (análise de CAE). Ocorre também a transição do designer industrial para o engenheiro mecânico (citando apenas um dos diversos engenheiros que participam de um processo de desenvolvimento integrado do produto). E é nesta fase que podem ocorrer novos modelos volumétricos com maior precisão dimensionais para auxiliar tanto em testes e análises ergonômicas profundas, como na modelagem CAD de engenharia, pois depois de modeladas as peças finais – sim, aqui temos peças diversas, não mais um “produto abstrato”- podemos partir para a conhecida Prototipagem Rápida (ou rapid prototyping ou RP). Esta RP do Proj. Preliminar tem o propósito maior de testar encaixes, simular funcionamento mecânico e outras questões de geometria. Porém avaliações estéticas da geometria, acabamento, funcionalidade e mais testes ergonômicos podem ser realizados, uma vez que a própria montagem, desmontagem e manutenção podem ser realizados. Cabe lembrar que podem ser realizados nesta fase diversas prototipagens rápidas, uma vez que o modelo selecionado é prototipado, testado e normalmente otimizado, sendo necessário novamente a fabricação da otimização e suas conseqüentes análises. Importante ainda ressaltar que diversos setores da indústria podem usar materiais ou processos diferentes, mas na industria de eletrônica, com carcaças plásticas, acabamos por utilizar: Nylon, PC, ABS-PC, PE…

Pode parecer que muito dinheiro já foi gasto, mas ainda existirão mais recursos a serem desembolsados. Justamente por isso a fase anterior pode consumir alguns protótipos rápidos (RPs). Nesta fase de Proj. Detalhado, cada uma das peças e seus processos são exaustivamente detalhados para a produção em série. Um grande esforço de detalhamento e otimização são realizados com os envolvidos na fabricação (terceirizados, ou departamento, divisão…). E os protótipos? Bem, nesta fase pode existir uma peculiaridade: o Protótipo em si. Que é agora um protótipo produzido com materiais finais e acabamento que tentam simular ao máximo o produto final. Porém, ainda não foi realizado com os mesmos processos de fabricação finais, simplesmente porque o projeto ainda não concluiu o encerramento de detalhamento. Portanto nem todas as ferramentas e maquinário de produção estão preparados para a produção em escala, podendo ser realizada a construção de apenas poucas unidades, ao custo de muito recurso financeiro. Um protótipo deste modelo, segundo alguns engenheiros pode custar até 20 vezes mais que o produto final produzido em escala. Ou seja, multiplique o preço final de um Mercedes Benz por 20 e podemos iniciar a estimativa de custo de um protótipo daqueles, isso sem contar o P&D, apenas materiais, processos e recursos para a fabricação deles. Não contesto muito a estimativa, por exemplo, em um protótipo misto de PR com hardware embarcado, ou seja, o híbrido de Protótipo do Proj. Detalhado com PR do Projeto Preliminar, temos um custo de aprox. R$ 4.500,00, dividindo-se pelo preço final de venda de R$ 400,00, iremos obter o resultado de 11,25 vezes o custo do preço de venda. Cabe a cada um realizar a sua estimativa…

E o Piloto? O Cabeça de Série e demais? Bem, de acordo com as normas e regulações de cada mercado, podem ser exigidos testes, certificações e homologações com produtos já fabricados em série. Sendo os Protótipos das fases anteriores descartados para tal propósito. Simplificando, na Preparação da Produção o Ferramental (moldes e outros) para produção em série são construídos, e destas ferramentas são obtidos ainda mais protótipos, bem mais próximos dos finais (no segmento de peças plásticas os denominamos tryouts ou try-outs). Alguns destes protótipos (quase produtos finais), podem ser utilizados para as homologações, certificações e seus testes de ensaio e laboratório correlatos. Mas o Lote Piloto, ou Cabeça de Série, são os produtos obtidos já na fábrica, onde o Ferramental já se encontra instalado e em operação pelos funcionários e robôs da planta. Após este processo árduo de estabilização da linha de fabricação, testes e otimizações (espera-se que sejam mínimas), é realizada a conclusão do Projeto de P&D e inicia-se o Lançamento do Produto. Termina aqui a Macro-Fase de Desenvolvimento.

Confundir protótipos com mockups? Nunca Mais! Informações sobre PR, Mockup e outros via CNC…

Entrevista com Bob Lutz, responsável pelo projeto do VOLT /GM

Leia a íntegra da entrevista feita com Bob Lutz, responsável pelo projeto do carro elétrico da General Motors


Guru da indústria automotiva, Robert Lutz, responsável pelo projeto do carro elétrico da General Motors, o Volt, fala a Época NEGÓCIOS.

Época NEGÓCIOS – O senhor costuma guiar uma moto elétrica. Já ficou parado na rua por falta de bateria?
Robert Lutz – Sim, na primeira vez que saí com a moto. Não existe uma forma eficiente de medir a carga dessas baterias modernas. O que todo mundo desenvolveu é um simulador, um sistema que calcula a quantidade de peso, de aceleração, inclinação para saber quanto se está usando da bateria. Na concessionária, a bateria tem de ser descarregada e depois receber carga máxima para que os instrumentos funcionem direito. Minha moto indicava que a bateria estava totalmente carregada, mas na verdade ela só tinha um terço de energia. Fui dar uma volta e de repente vi uma luz vermelha que indicava: bateria. Ainda consegui andar um pouco quando tive de encostar a moto. Para minha sorte, tinha um celular e não estava longe de casa. Esse é o problema com os veículos puramente elétricos: quando você está na estrada, não pode ir até um posto para pegar uma lata de cinco litros de energia.

NEGÓCIOS –  Mas isso nunca vai acontecer com o Volt.
Lutz – Não. Acho que encontramos a fórmula certa.

NEGÓCIOS –  O senhor nasceu na Suíça, filho de um banqueiro bem-sucedido. 
Lutz – 
Quais são suas recordações da infância?
Tinha dois irmãos mais novos e a vida era boa. Mas foi uma juventude instável. Passávamos muito tempo entre os Estados Unidos e a Suíça porque meu pai era transferido. Não existiam escolas Suíças em New Jersey e tive de estudar numa escola americana. Apesar das boas notas nos Estados Unidos, sempre que voltava à Suíça me perguntavam o que estava aprendendo em matemática. Eles me davam exercícios e eu dizia: acho que ainda não vimos essas coisas. Sempre que voltava repetia o ano. Sendo uma pessoa muito criativa, tenho um certo grau de déficit de atenção. Tenho problemas para me concentrar, especialmente em matemática e coisas que não me agradam. Tive problemas para me formar.

NEGÓCIOS –  Quando descobriu que tem déficit de atenção?
Lutz – Na verdade, nunca descobri. Hoje acho que esse era meu problema. Vamos colocar a culpa no déficit de atenção (risos). Finalmente me formei na Europa quando tinha 22 anos, quando a média era de 19 anos. Estava atrasado.

NEGÓCIOS –  Você também teve problemas de rebeldia na escola, não?
Lutz – Por um tempo. Fui expulso da escola e tive de trabalhar no armazém de couro do meu tio. Tive de aprender a cuidar de couro, era o responsável pelo estoque. Depois de seis meses desse tipo de trabalho percebi que a escola não era tão ruim assim. Fui mandado para uma escola no lado francês da Suíça.

NEGÓCIOS – Quando descobriu a paixão pelas máquinas?
Lutz – Quando tinha três anos. Só queria saber de brinquedos mecânicos, qualquer coisa que parecesse com um carro, moto etc. Rapidamente fiquei fascinado pelos carros. Quando era novo, numa época em que não existiam muitas marcas, conseguia diferenciar todas as marcas de carro. Aos 10 anos, conseguia distinguir todos os carros americanos por marca, modelo, opções de motorização, potência, velocidade máxima. Era uma enciclopédia da indústria automotiva.

NEGÓCIOS –  O que te levou a ter tanto interesse em carros?
Lutz – A família sempre teve carros muito bons. Meu pai, cujo gosto era conservador, tinha Aston Martins, Jaguares. Meus tios tinham Ferraris GTBs. Para mim, os carros sempre foram uma expressão não apenas da necessidade humana por liberdade e transporte, mas também um trabalho de arte. Quando você pensa, o carro é uma escultura móvel. Diferente de outros tipos de arte que você admira num mesmo lugar, os carros estão nas ruas.

NEGÓCIOS –  O senhor entrou na Marinha por causa de um acordo com o seu pai… 
Lutz – Ele estava ficando cansado dos meus problemas na escola. Ele tinha um amigo que tinha acabado de sair da Marinha depois da Segunda Grande Guerra e que depois foi trabalhar em Wall Street.

NEGÓCIOS – Desde o começo o senhor gostou da corporação?
Lutz – Tinha sido escoteiro durante a Segunda Guerra, numa época em que os escoteiros eram quase uma organização paramilitar. Os acampamentos eram duros e violentos, com muitas punições que não seriam permitidas hoje. Quando entrei, queria ser piloto de combate na Segunda Guerra. Era um grande admirador de B51 Mustangs, P47 Thunderbolts, Spitfire etc. Eu pensava: talvez a guerra vai durar o suficiente para que eu possa lutar nela.

NEGÓCIOS –  Por que a Marinha foi tão importante para o senhor?
Lutz – Aceito a religião protestante, mas não costumo freqüentar a igreja. Meu problema com a religião é que existem tantas e cada uma pensa que existe um único Deus. Algo me diz que existe alguma coisa errada com essa teoria. A Marinha trouxe ética e moral à minha vida. Eles sempre se orgulharam de honra, comprometimento, lealdade, disciplina e orgulho de ser uma das melhores organizações militares do mundo. A conduta deles é ótima, os treinamentos também.

NEGÓCIOS –  O senhor queria seguir carreira militar. O que aconteceu?
Lutz – Não tinha diploma universitário. Virei piloto, era tenente e num determinado ponto me disseram que para seguir carreira eu precisaria de um diploma universitário. Pedi dispensa, Queria pegar o diploma e voltar para a corporação. Mas quando entrei na faculdade fiquei fascinado com esse aspecto de negócios e design, fui fazer um masters. Descobri que poderia ficar com a reserva, com quem poderia voar o resto da vida. Pensei: se fizer carreira militar, não posso fazer negócios. Mas se for trabalhar na indústria automotiva, poderia continuar voando com unidades militares nos finais de semana. Era a chance de continuar com o melhor dos dois mundos.

NEGÓCIOS – Quando o senhor entrou na indústria automotiva?
Lutz – Em 1963. Comecei a trabalhar na GM em Nova York. Trabalhei 18 meses antes de ir para a Alemanha, onde era analista sênior. Eles me deram crédito por ter quase 30 anos. Trabalhava num grupo chamado de planejamento adiantado das operações internacionais da empresa.

NEGÓCIOS –  Que tipo de impacto o senhor causou nas montadoras em que 
Lutz – 
trabalhou? E que lições aprendeu em cada uma delas?
Acho que o maior impacto sempre foi melhorar o produto. Trago um tratamento único para os produtos e acho que entendo muito bem como a cabeça dos consumidores funciona.

NEGÓCIOS –  Como é o processo criativo de um carro?
Lutz – É uma combinação de coisas. A sua cabeça vai recebendo informações de várias fontes e de repente elas se conectam. De uma hora para outra ocorre que você deveria estar fazendo isso. Na indústria automotiva é comum não ter pessoas criativas, você tem pessoas analíticas. Eles analisam tendências do mercado, olham o que está vendendo e o que não está. Pegam o que está vendendo e melhoram um pouco. Se é feito de forma muito habilidosa, como é o caso da Toyota, que ninguém diz que faz carros fantásticos e excitantes, mas faz um trabalho muito bom de melhoria dos modelos, esse tipo de teoria funciona até certo ponto. Mas se a empresa estão com a reputação danificada, como a GM hoje ou a Chrysler, você tem de aparecer com coisas muito impressionantes.

NEGÓCIOS –  O Volt é essa coisa impressionante da GM?
Lutz – O Volt é a grande ruptura com o passado. Isso porque a GM, no meu ponto de vista sem merecer, ficou com a reputação de ser uma empresa que não liga para o meio-ambiente. Ficamos marcados por construir o Hummer, o carro mais esbanjador do mundo. Por outro lado, a Toyota ficou conhecida por construir o Prius, o carro que é amigo da natureza. O fato deles produzirem um grande utilitário que consome tanto combustível quanto o Hummer não faz diferença. Mas a percepção geral é de que a Toyota é a empresa de gente boa que faz o Prius e a GM, o diabo que usa recursos naturais e que produz o Hummer. Tínhamos que fazer alguma coisa muito grande para tentar recuperar a liderança tecnológica e ambiental da Toyota.

NEGÓCIOS –  O Volt pode fazer pela GM o que o Viper fez pela Chrysler?
Lutz – Ele já está fazendo isso. Ele já está mudando a forma como as pessoas vêem a GM. De muitas formas, é muito parecido psicologicamente. Com a diferença de que as prioridades são diferentes. O Viper é um carro de velocidade e motor potente. Agora, é meio-ambiente.

NEGÓCIOS –  O senhor diria que o Volt já é um sucesso?
Lutz – Ele já atingiu um dos objetivos, que é começar a mudar a percepção pública e da mídia do comprometimento da GM com veículos que não afetem tanto o meio-ambiente. O diretor de comunicação da GM costuma fazer as palavras-cruzadas do The New York Times. Alguns dias atrás, uma das perguntas era: palavra de quatro letras do revolucionário carro elétrico da GM.

NEGÓCIOS –  No caminho do aeroporto para o hotel vi outdoors do carro. É estranho ele estar por todo lado quando só vai ser lançado em 2010. 
Lutz – Decidimos fazer um programa muito aberto com o Volt. Ao invés de fazer de forma secreta, como normalmente a indústria funciona, a gente resolveu inovar. Temos encontros periódicos com a imprensa, trazemos os fanáticos por carros elétricos nos Estados Unidos para conhecer o laboratório de bateria. Mostramos o que estamos fazendo, o que está indo bem e o que ainda temos que fazer para melhorar as baterias. Um dos motivos porque temos uma resposta muito boa do projeto é porque estamos sendo muito abertos em relação ao atual estágio de desenvolvimento do veículo.

NEGÓCIOS – Por outro lado, os críticos dizem que não se passa de uma estratégia de marketing.
Lutz – É claro que estamos usando o Volt e capitalizando no interesse que as pessoas têm nele. Começamos a trabalhar nesse projeto no segundo semestre de 2006 e mostramos o carro na feita de Detroit de 2007. Isso foi antes do preço do petróleo. Sempre digo que hoje temos muito petróleo, mas com o crescimento da China, Índia, Brasil, leste europeu e, um dia, até a África, você sabe que o petróleo vai ficar cada vez mais escasso. Por todos esses motivos, mais do que imaginávamos, o Volt está se transformando na imagem que a GM quer ter no futuro.

NEGÓCIOS –  Quer dizer que se o preço do petróleo cair novamente não vai mudar a estratégia da empresa?
Lutz – Não. Talvez seja mais difícil vender carros como o Volt, mas não existe a possibilidade de mudar o comprometimento de construir o carro. Em todo o mundo estamos enfrentando a questão da regulamentação das emissões de CO2. Mesmo que o preço da gasolina volte a 2 dólares por galão e as pessoas quisessem comprar grandes utilitários de novo, teríamos que dizer às pessoas que não poderíamos vender esses carros porque o governo não deixa.

NEGÓCIOS – O senhor sempre foi conhecido pelos carros rápidos e potentes. Como chegou ao conceito do volto?
Lutz – Queria um carro puramente elétrico. Até que Jon Lauckner (executivo da GM) me convenceu de que essa não era a melhor idéia do mundo. Ele é um engenheiro e eu, não. Ele me explicou que a melhor maneira de fazer o carro seria ter uma bateria relativamente pequena, com preço acessível e que andasse 64 quilômetros. E com um motor para recarregar a bateria e aumentar a autonomia do carro. Não foi muito difícil me convencer de que essa era a melhor idéia. Mas a minha idéia inicial era dar um salto em relação à Toyota e fazer um carro puramente elétrico.

NEGÓCIOS –  Um carro como o Volt pode tirar a GM dessa crise?
Lutz – Pode ajudar a sair das dificuldades atuais, que são causadas pela crise global. No curto prazo, o Volt é um problema para a empresa porque estamos gastando muito dinheiro no seu desenvolvimento numa época em que temos que tomar muito cuidado com a forma como gastamos nossos recursos. Mas essa crise vai acabar um dia e aí vamos ter de conseguir mais dinheiro, seja mais dívida ou mais equity. E é aí que o Volt vai nos ajudar. As pessoas investem em idéias promissoras, em empresas que parecem ter soluções. Nesse sentido o Volt ajuda muito.

NEGÓCIOS –  Por que o Volt é o seu projeto mais importante?
Lutz – Porque ele é transformador. É uma tecnologia nova, estamos fazendo algo que ninguém fez antes. Mais importante, um carro como o Volt faz com que as pessoas se livrem dos combustíveis fósseis. Em países onde se usa etanol, o pequeno motor poderá rodar com esse tipo de combustível. Mesmo se o motor rodar com etanol, ele quase não vai usar petróleo. Vai usar ou etanol ou eletricidade. A razão pela qual penso que é um dos carros mais revolucionários das últimas décadas é porque ele traz uma nova maneira de ver o transporte humano à medida que fazemos com que o mundo viva sem petróleo.

NEGÓCIOS –  Mas não por causa do aquecimento global, na qual o senhor não acredita. 
Lutz – Qualquer que seja a sua crença em relação ao assunto, todo mundo concorda que acabar com o uso do petróleo é uma boa idéia. O que estamos fazer é tirar o carro do radar dos ambientalistas.

NEGÓCIOS –  Hoje o carro é o inimigo número um dos ambientalistas.
Lutz – Sim. E eles têm grande influência junto ao governo. Eles vão conseguir passar todo o tipo de regulamentação em relação a emissões de CO2. O Volt é a única solução que vai além de qualquer regulamentação de emissão de CO2 em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo, ainda permite a mobilidade que as pessoas estão acostumadas.

NEGÓCIOS –  Como está a situação da GM?
Lutz – Diria que a situação é desafiadora. Mas vamos sair dela. Não é minha área no negócio, mas mesmo com equity apertado temos que ter certeza de que a GM consegue arrumar recursos. E estamos sendo muito cuidadosos com a forma como gastamos. Basicamente, estamos olhando com cuidado para as nossas necessidades e prioridades. Vamos gastar apenas em projetos que são extremamente necessários. Estamos olhando inventários, materiais, como pagamos fornecedores etc. Já conseguimos economizar bilhões de dólares com isso.

NEGÓCIOS – O senhor teme que a empresa seja comprada?
Lutz – Acho que o valor das nossas ações está tão baixo que somos considerados “compráveis”. Mas na atual situação do mercado, não tenho certeza de que alguma empresa estaria disposta a assumir esse desafio.

NEGÓCIOS –  O senhor teme que isso aconteça?
Lutz – Não. Se alguém tivesse a intenção de comprar a GM já teria comprado.

NEGÓCIOS –  Existe espaço para tantas montadoras ou vai haver consolidação?
Lutz – É difícil dizer. Uma coisa é certa: vai sempre haver consolidação. Sempre houve. Em qualquer indústria sempre existe consolidação e o mercado fica reduzido a poucos players.

NEGÓCIOS –  É possível repetir na GM a virada que o senhor conseguiu na Chrysler?
Lutz – Conto com isso. Continuo muito otimista em relação ao futuro. Se não estivesse, não estaria mais trabalhando aqui. Ficaria em casa e aproveitaria a vida. Estamos passando por um período incomum de dificuldades. Os financeiros dizem que, no futuro, serão escritos livros sobre a crise de 2007 e de 2008 – da mesma forma que hoje nas aulas de história da economia aprendemos sobre 1929.

NEGÓCIOS –  O senhor acredita que pode salvar uma grande empresa como a GM?
Lutz – Não. É um trabalho em equipe. Sou o técnico de um time. Não sou engenheiro, não sou designer, não sou um cara de produção. Tenho a habilidade de conseguir mais das pessoas, de estabelecer objetivos que elas aceitam e que elas acreditam que podem ser atingidos. É como ter um time de futebol que perde time e você muda o técnico. Depois disso, o time volta a ganhar as partidas com os mesmos jogadores. Com toda a modéstia, me vejo assim. É claro que não faço tudo sozinho. Mas espero que eu faça a diferença.

NEGÓCIOS – – O senhor pilota seu helicóptero para o trabalho?
Lutz – Sim. Mas depende do tempo. Não é bom pilotar um helicóptero quando o tempo está ruim ou quando está muito escuro. Mas eu venho de helicóptero sempre que posso. Hoje não foi era um dia muito bom para isso.

NEGÓCIOS – Como é a sua rotina?
Lutz – Chego ao trabalho e tenho uma série de reuniões durante o dia.

NEGÓCIOS –  Mas que horas o senhor acorda?
Lutz – Boa pergunta. Essa é uma coisa que me incomoda em relação ao trabalho. Se pudesse, acordaria entre oito e nove horas da manhã. Mas isso não é compatível com minha rotina na GM. Se tenho uma reunião às 7 da manhã, o que é normal, tenho que acordar às 4h45 da manhã para sair uma hora depois.

NEGÓCIOS- Mas o senhor não estava acostumado a acordar cedo na Marinha?
Lutz – Mas eu tinha 20 anos naquela época. É uma grande diferença. Além disso, não gostava de acordar cedo naquela época. Mas não tem o que fazer. O dia de trabalho começa às 7 da manhã na GM. Algumas vezes, as reuniões começam às 6 da manhã. Mas deleguei a primeira hora para outras pessoas. Teria que acordar às 3h45 da manhã. Não tem nenhuma chance disso acontecer.

NEGÓCIOS –  O senhor vive numa pequena fazendo em Ann Arbour, certo?
Lutz – É uma fazenda de 47 hectares. Se a economia mundial for por água abaixo posso comprar umas vacas, porcos e galinhas. Hoje, tenho apenas os cavalos da minha mulher, cinco cachorros, seis gatos e gansos. A gente planta feno para alimentar os cavalos. Somos mais do que auto-suficientes em feno. 
                   
NEGÓCIOS –  O senhor pensa em aposentadoria?
Lutz – Não. Enquanto a saúde permitir e o pessoal da GM me quiser por perto, fico feliz em trabalhar.

NEGÓCIOS –  O senhor tem planos para a aposentadoria?
Lutz – Na verdade, não. Não é uma questão do que vou fazer. Tenho muitos brinquedos para me divertir, uma casa ótima na Suíça, a casa em Michigan e em Montserrat. Tenho muitos lugares para ir e me divertir. Meu pai trabalhou até os 93 anos. Esse não é o meu objetivo, acho que a GM não vai me querer aqui até lá.

EDIÇÃO 21 – NOVEMBRO DE 2008 | 28/11/2008 – 18:02 

ÉPOCA NEGÓCIOS

Extraído de:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG84928-8381-21,00-LEIA+A+INTEGRA+DA+ENTREVISTA+FEITA+COM+BOB+LUTZ+RESPONSAVEL+PELO+PROJETO+DO.html

Nomes, Marcas e Produtos

Pois então, estou meio cansado de escrever, portanto trouxe um excelente vídeo de consultores na área de marketing, mas que são excelentes cases de áreas de interface entre o design de produtos, design gráfico e marketing.

Shoe Business

Como estão falando do MBT, também deixo um vídeo de apresentação do produto.

MBT

Al e Laura são consultores de marketing nos EUA, no site é possível encontrar excelentes referências de produtos e marcas famosas. Vale a visita e o aprendizado!

Website: http://www.riesreport.com/
Youtube: http://www.youtube.com/user/riesreport

PERSONALIZAÇÃO NA TERRA E NO AR

Como aconteceu com os carros, que ganharam acessórios modernos em um movimento chamado tuning, os aviões também estão sendo incrementados. Tarso Marques, piloto da Stock Car, já está acelerando nesse segmento. Ele, que comanda a Tarso Marques Concept, empresa que personaliza motocicletas, acaba de desenvolver um projeto para o dono de uma empresa farmacêutica. Marques customizou duas motos Harley Davidson e um avião Bombardier Learjet XR 40 avaliado em US$ 9 milhões. Os veículos foram pintados com faixas vermelhas e o interior da aeronave recebeu couro, madeira, luminárias e detalhes cromados.

Informações pelo telefone (41) 3229-1717.

Extraído da IstoÉ Dinheiro: Carlos Sambrana

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/573/artigo102821-1.htm

Website da TM Design: http://www.tmconcept.com.br/

PERGUNTAS TOP TEN NO DESIGN INDUSTRIAL

AS 10 PERGUNTAS INTRIGANTES QUE OCORREM NO DIA A DIA DE UMA EMPRESA DE DESIGN INDUSTRIAL.
Inspirado nas 20 perguntas da IDEO, empresa americana de desenvolvimento de produtos, decidimos tropicalizar o modelo e apontar as 10 perguntas mais frequentes.

 

Mesmo que não tenham desenvolvido um produto como o meu , vocês conseguirão desenvolver um?

Depende, pois alguns produtos necessitam de know-how especializado. Temos processos, metodologias, ferramentas e uma equipe especializada em determinados segmentos; energia, saúde, telecomunicações, defesa e microeletrônica. Fora destas áreas de conhecimento teremos um pouco mais de trabalho, mas conseguiremos com o devido suporte e coordenação do cliente e especialistas.

Que garantias eu tenho de que o design será de acordo com o meu briefing?

Todas as garantias possíveis. Em todo projeto o cliente necessariamente aprova antecipadamente todas as reuniões de acompanhamento e supervisão, assim como os devidos relatórios. Ou seja, todo e qualquer movimento dentro do projeto é transparente para o cliente, do contrato a conclusão, tudo previamente acordado em contrato.

Vocês conseguirão cumprir meu prazo? E qual o tempo médio de um projeto?

Todos os prazos acordados entre o cliente e a TipoD são exeqüíveis, uma vez que o detalhamento de processos é sempre previamente acordado com o cliente. Já quanto ao prazo, não existe um padrão de tempo, o prazo de projeto é sempre relacionado ao conjunto de serviços contratados, complexidade do número de peças, recursos financeiros disponíveis e principalmente quanto ao comprometimento da empresa do cliente com o projeto. Mas pode variar de 45 dias (projeto relâmpago) até 36 meses (projeto de pesquisa e desenvolvimento).

Quanto custa em média um projeto?

Não existe preço médio ou tabela de referência. O preço é o mero resultado do conjunto de; recursos humanos, especialidades da equipe, prazo, complexidade da arquitetura do produto, maturidade tecnológica e entregas.

É possível um produto final de alta qualidade mesmo com poucos recursos financeiros?

Raramente. Existe uma relação direta de qualidade do produto versus recurso financeiro para construção de ferramental, material e controle de processos. É impossível se obter um produto da classe de um Ford FOCUS gastando-se apenas o que se gasta em um Ford KA.

Vocês vão conseguir um design bonito e fácil de usar? E se eu (cliente) não gostar?

Sim, vamos conseguir. O Design será bonito e fácil de usar sempre, uma vez que o cliente aprova cada avanço e mudança realizada no produto. E caso não goste, o que nunca ocorre, ele estará sempre em fases de aprovação, portanto no momento certo. E mesmo assim, caso não goste de determinado design ele contará sempre com diversas opções, nunca apenas uma. Apenas como exemplo, para um design de gabinete para a Parks, foram desenvolvidos mais de 190 conceitos à mão-livre, após a seleção, 04 modelos foram detalhados em plataforma CAD-3D (SolidWorks) e finalmente um destes entrou em produção. 

Gosto do trabalho e da abordagem de vocês, mas a distância me preocupa no caso de contratação.

A distância não é e nunca foi um impeditivo. No início da empresa em 2001 projetávamos para clientes locais e fabricávamos mundialmente: projeto na unidade de Brasília e fabricação nos EUA e China. Atualmente projetamos para clientes de todo o Brasil e até nos EUA, e fabricamos inclusive nos EUA, Brasil e Sudeste Asiático.

O que eu terei na conclusão do projeto? Quais seriam os próximos passos?

As entregas, ou delivereables, são relacionadas ao escopo do projeto e do contrato. Em um projeto integrado (design, engenharia, ferramental, logística e suprimentos) em que o cliente opta pela contratação ponta-a-ponta, ou seja, do planejamento ao lote piloto, nos entregamos tudo, o cliente não tem de se preocupar com nada. O que é este tudo: relatórios, cronogramas, planilhas de especificações, normas, fluxogramas de processos, árvores de falhas, BOM, listagem de fornecedores, arquivos CAD-3D, patentes, mockups, prototipagens rápidas, ferramentas…  A idéia toda é que o cliente tenha em um único parceiro a centralização do processo de desenvolvimento, ficando a seu cargo apenas suas especialidades.

Nos casos em que o produto necessite de processos de testes, aceleração de ciclo de vida, certificação e/ou homologação nos encaminhamos o projeto para os parceiros respectivos.

É necessário um protótipo, modelo ou algo similar antes da fabricação? Afinal, qual a diferença entre estes termos?

Sim é necessário. Em um processo de desenvolvimento sem uma prototipagem antes da fabricação final ou de ferramental todos os erros possíveis irão surgir e muita coisa não funcionará. O protótipo final deve garantir a checagem de montagem, tolerâncias dimensionais, simulação de funcionamento, propriedades mecânicas e químicas de materiais entre outros fatores. Caso contrário, é bem provável um grande gasto de dinheiro e tempo na etapa final.

A TipoD é um escritório, estúdio ou fábrica?

Nenhuma das anteriores. A TipoD é uma empresa de desenvolvimento de produto que faz parte do grupo LECTRON. Ela é o braço de produtos industriais, sendo a Ciaporte o braço de software embarcado, e a LECTRON o braço comercial do grupo. A função da TipoD é desenvolver produtos do zero: da pesquisa básica ao desenvolvimento sob contratação. Respectivamente junto com Universidades /Institutos Ciência e Tecnologia e Empresas Privadas. A questão fabril é totalmente horizontal, fabricamos componentes, ferramentas e até importamos para nossos clientes. E no caso de produtos próprios, nos desenvolvemos e a LECTRON fabrica e comercializa.

 

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Projeto para Dummies

Comovido pela indignação de como as pessoas não compreendem inteiramente o que é um projeto, decidi escrever este pequeno artigo sobre as terminologias utilizadas em projetos de fronteira, onde o design, engenharias, administração e negócios se misturam, porque depois de 2 semanas estressantes de reunião, aeroportos e atrasos de avião, não há quem agüente ouvir tanta asneira de tanta gente, incluindo colegas de profissão e trabalho. Aqui vai o desabafo!

Dilbert

PRINCÍPIOS
Como todo bom texto fundamentado, jogo de cara um apontamento de CASAROTTO, “… Nos países de língua inglesa não há projeto, mas ‘Design’. Nesses países denomina-se ‘Project’ a um empreendimento, a um trabalho, mas não a um projeto de engenharia.” Esta definição é importante visto que a maioria dos estudantes, profissionais e outros correlatos ao projeto trocam estas definições. Simplificando CASAROTTO para os mais leigos: Design é a junção da forma e função de um determinado item, ou produto. Projeto é sinônimo do Empreendimento que terá como resultado um dito Produto ou Serviço.
Apenas para entortar o pensamento e depois descomplicar: Design tem especificação, Projeto tem Escopo, mas, o produto também tem Escopo! E agora? Simples, no início de um projeto tradicionalmente se realiza o Ante-Projeto do Negócio, vislumbra-se o consumidor, mercado-alvo, concorrentes, normas, regulação governamental e outros parâmetros. Tudo isso para se estruturar de forma parametrizada, ou metrificada as funções que o produto irá realizar. Somando um mais um: Escopo do Produto é similar a Função Global do Produto (agora na linguagem da dupla dinâmica da engenharia alemã: PAHL & BEITZ (vulgarmente conhecidos como as duas tábuas que o engenheiro Moisés – primo do outro famoso – trouxe lá de um morro). E para bom entendedor: que diacho esse produto vai fazer? [A] Ligar? [B] Receber SMS? [C] Têm agenda? [D] Função PIM? [E] Pode cair na piscina? Tratando-se de um celular…

OS PONTOS FOCAIS
E o Escopo do Projeto? Muito simples, o que o projeto realiza?  Com quais outros parâmetros? O que se gerencia? Gerência é gestão? Para fechar, perguntas cruciais com respostas diretas segundo o PMBOK, gerenciamento de recursos financeiros, recursos humanos, prazos, comunicações, integração, custos, qualidade, riscos e aquisições. E principalmente como reta final, como dito anteriormente: o projeto tem entregas na forma de documentação, protótipos, relatórios. É do projeto, ou Project que se obtém o Design (produto ou de peças gráficas)!

OS OBJETIVOS DO PRODUTO DESCONTRUIDOS
Design tem especificação! Agora é mais simples, pois as faixas de operação dos parâmetros (para não estender basta olhar no bom e velho BAXTER) têm valores qualitativos e quantitativos para as suas funções, retomando as funções definidas anteriormente: [A] Ligar /receber, e realizar 1 ligação em espera com 1 chamada em espera, [B] Receber SMS com armazenamento em Cartão de Memória Flash (até 4Gb) e/ou memória flash do celular (até 40% do espaço da memória total de 20Mb), [C] Agenda com fotos, tons polifônicos e/ou MP3, perfis de usuário e com capacidade para 40% do espaço da memória flash do aparelho, [D]  Função PIM compatível com MS-Office e Apple MobileMe, [E] Resistente a quedas na água e/ou respingos. Esta especificação é definida ao final do Projeto Informacional, segundo ROZENFELD, FORCELLINI e o resto da tropa de elite. Portanto, uma especificação é definida (ou mesmo designed na língua inglesa) no projeto, e ao final do mesmo ela é alcançada via o Produto ou Serviço. Isto tudo sem me aprofundar nas questões de especificações qualitativas!

XINGA QUE É BOM
Subindo um pouco o calão, vamos agora pontuar alguns xingamentos estratégicos de projeto; [1]retorno do investimento, [2] janela de oportunidade, [3] aquisição, [4] T2MKT, [5] Supply-Chain, e para fechar senão isso se torna um tratado o famigerado Estudo de Impacto Ambiental [6].
Como a Administração é movida por ondas, ou modas, portanto o [1] Retorno do Investimento também é chamado de ROI ou ROA, respectivamente traduzido da língua inglesa como Retorno do Investimento ou Retorno dos Ativos! E Ativos são um sinônimo para investimentos financeiros, e em círculos menos abastados como dindin ou verdinhas. Obviamente com uma boa dose de lucros, afinal, esta bibliografia toda não é da antiga União Soviética ou de Cuba. A Janela de Oportunidade (OW – oportunity window) é um termo muito comum na Astronáutica (NASA), pois uma janela é objetivamente um ângulo de saída da terra em sincronização com eventos celestes (posição de planetas e objetos menores) que possibilitem aceleração gravitacional de modo a se reduzir o uso de combustíveis e conseqüentemente massa e custo na retirada de artefatos, como foguetes, naves, mísseis balísticos e outros objetos perturbadores. E a Janela de Oportunidade que tratamos nos projetos é um paralelo ao termo usado na Astronáutica; a oportunidade de se lançar determinado produto ou serviço com os menores esforços para se obter o máximo de rendimento. As [3] Aquisições tratam de compra de serviços diversos, de maquinário, da contratação de laboratórios e até mesmo de Designers, pasmem! A sigla agressiva [4] T2MKT é outro modismo para Tempo para o Mercado, ou seja um paralelo com Janela de Lançamento que nem todos os seres humanos conseguem muito bem diferenciar, muito menos quem vos escreve. E obviamente para um produto ou serviço operar (ou funcionar) é necessário o desenvolvimento da Cadeia de Fornecimento ou [5] Supply-Chain, que nada mais são que todos os envolvidos nos processos de fabricação, manufatura, integração (montar o LEGO), empacotamento (colocar o LEGO na caixa, logística (joga as caixas de LEGO nos caminhões)… Já o [6] Estudo de Impacto Ambiental  é um processo que normalmente envolve uma Agência governamental que sofre pressões de Ministérios de Desenvolvimento e correlatos, Ativistas, ONGs como Greenpeace (não compreendidos globalmente pelas instituições governamentais e pelos seres munidos de terno e gravata) e apoiados por estudantes de todas as facções, inclusive do design!

Obviamente tinha que terminar com, ufa, Design!

Resultado do 1o Concurso Talentos do Design MUELLER e FIAT

No começo de 2008, a FIAT do Brasil juntamente com a Mueller, formatou e apresentou ao mercado um novo desafio: um concurso voltado para o setor automobilístico para o ano de 2020, focado na interação entre os participantes. Este sesafio nos motivou e, em meados de fevereiro deste ano, a TipoD decidiu que participaria do 1º Concurso MUELLER – Talentos de Design 2008.
O concurso foi dividido basicamente em 04 etapas: avaliação de portfólio, seminário, briefing, desenvolvimento e apresentação. Na etapa de avaliação 31 proponentes enviaram seus portfólios e currículos para avaliação e seleção. Aqui foi realizado o primeiro filtro, verificando capacitação criativa, técnica e proximidade com o tema. Destes, apenas 13 proponentes prosseguiram. A TipoD foi a única empresa selecionada no Centro-Oeste e Sul do país, regiões em que possui unidades de P&D.
A fase de seminário ocorreu na sede da ABIPLAST em São Paulo, na semana de 19 de março. Ali todos os 13 selecionados foram bombardeados com a problemática do tema: o design do interior de um veículo para 2020, levando em conta todos os fatores sociais, tecnológicos e estilísticos do público-alvo abordado.
Participaram deste seminário a Sra. Esther Faingold (CEO da Mueller), Sr. Auresnede Stephan (Consultor do Concurso), Sr. Peter Fassbender (Diretor do Centro de Design FIAT Brasil), Sra. Márcia Auriani (Consultora), Sr. Manoel Muller (Presidente da ABeD), Sr. Paulo Rodi (Gerente do Centro Tecnológico da Mueller), Sr. Osmar do Amaral (Gerente de Engenharia da Mueller), Sr. José Vido (Gerente de Projetos Especiais da Mueller), além de técnicos e fornecedores de suprimentos e tecnologia para a FIAT e MUELLER. Nestes 2 dias, de perguntas e respostas, os selecionados delinearam seus briefings e ainda trocaram muitas experiências de mercado e percepções acerca do concurso e sua proposta, uma espécie de brainstorming de checagem. Afinal de contas somos concorrentes. Mas antes de tudo, fazemos parte de uma nata de profissionais e empresários extremamente pró-ativos e comprometidos com a qualidade final do trabalho.
Na terceira etapa, em que concorrentes deveriam checar conceitos e sanar dúvidas. A TipoD estava em fase de contra-briefing, ou seja, validando se as pesquisas realizadas e o nicho de mercado identificado eram consistentes. Era uma checagem de expectativas: um jogo de perguntas, respostas, adivinhações e análise de emoções expostas na mesa.
No dia 18 de junho estava agendada a apresentação de 40 minutos no Hangar 44, estúdio de design da MUELLER em São Paulo. O projeto foi realizado paralelamente nas duas unidades da TipoD, em Brasília e Florianópolis, onde alguns integrantes das equipes se juntaram aos oficiais apresentadores de projeto da empresa e pegaram a estrada, se deslocando novamente para São Paulo… As entrelinhas de como tudo foi planejado, desenvolvido, filtrado, construído e testado será apresentado posteriormente no BLOG corporativo da TipoD, acompanhem!

A União Faz a Força

É espantosa a capacidade de organização de alguns profissionais, como por exemplo os Publicitários. E muito preocupante a nossa incapacidade de organização enquanto Designers. Talvez por isso profissionais, estudantes e até empresários do setor sejam tão cri-cris com tudo e todos. Enfim, como dizia o velho ditado Chinês “A mais alta das torres começa no solo”. E como não poderia deixar de apresentar um caso, aqui vai o dos Publicitários, sim, sempre eles…

Eles querem ser um só

IV Congresso de Publicidade reúne 1.500 profissionais e prega a criação de uma indústria de comunicação unida e que quer se fortalecer

“ME SENTI EM CASA, COMO se estivesse reencontrando a minha família.” A afirmação em tom de nostalgia foi feita por Julio Ribeiro, presidente da agência Talent, ao relembrar o IV Congresso de Publicidade, que aconteceu em São Paulo entre os dias 14 e 16 de julho e reuniu mais de 1.500 pessoas. A última edição do evento aconteceu há 30 anos e deu origem ao Conselho Nacional de Auto- Regulamentação Publicitária (Conar). A atual, segundo os próprios participantes, mudará o destino da propaganda no Brasil. “Essa demonstração de união e capacidade de trabalhar em conjunto é a prova inequívoca de que o mercado mudou”, afirma Dalton Pastore, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e idealizador do encontro.

COMUNICAÇÃO EM PESO: o evento contou com mais de 1.500 participantes, entre publicitários, imprensa, prestadoras de serviço e estudantes


Mas não só de união vive o mundo publicitário. Trata-se de uma máquina que gira anualmente no Brasil cerca de R$ 57 bilhões e enfrenta gargalos regulatórios preocupantes. “Há projetos de lei que proíbem e restringem a publicidade, e é contra eles que vamos lutar”, conta Luiz Lara, presidente da Lew Lara/TBWA. Ele se refere aos mais de 300 projetos que têm como objetivo vetar a atuação da propaganda. Um deles criou polêmica recentemente, pois visa a restringir a veiculação de comerciais de cerveja no período das 21h às 6h.

O Conar, vitória do setor em 1978, hoje amedronta. Atua, sobretudo, no controle ao apelo sexual e ao consumo de álcool nas peças veiculadas. “O pano de fundo do congresso foi, sem dúvida, a liberdade de expressão”, afirma Pastore. Nos três dias do encontro, 15 comissões foram formadas para fomentar a discussão de temas específicos, que variaram desde a própria censura até a criação de um fórum anual da indústria da comunicação e um código de ética comum para todas as empresas do setor. “Esse código é para impedir que a política prejudique o talento e a criatividade”, argumenta Lara. Outro ponto debatido no congresso foi a remuneração das agências. A comissão presidida por Lara foi a idealizadora da discussão, que pretende estimular a união entre agências e empresas em nome do aumento da verba publicitária. “Não adianta criar uma campanha maravilhosa e, na hora de executar, haver pouco dinheiro para fazer um bom filme. Propaganda não é commodity”, rebate Lara.

A coesão notada nos debates e na própria realização do congresso surpreendeu até mesmo os publicitários. “No começo todos fomos um pouco céticos. Mas a adesão do mercado foi extremamente positiva. Essa consciência de grupo me surpreendeu e me estimulou muito”, afirma Eduardo Fischer, presidente do grupo Totalcom. Após o encontro, a certeza que ficou é de que o próximo não demorará novamente 30 anos para ser feito. “Anualmente também não será, pois custa muito caro”, diz Pastore, que convidou o ex-secretário da ONU, Kofi Annan, para palestrar no primeiro dia do evento. A idéia é que aconteça, a partir de agora, a cada quatro ou seis anos.


ANA CLARA COSTA
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/
18/7/2008

Caiu a Ministra, como fica o Design?

Marina derrotada pelo PAC

A queda da ministra do Meio Ambiente gera protestos lá fora, mas aqui os empresários estão bastante animados com o sucessor, Carlos Minc

O DEFENDER SEM RESERVAS E SEM LImites a Amazônia, a ex-seringueira Marina Silva se distanciou de tal forma dos projetos do governo que, isolada, foi obrigada a pedir demissão. Sua saída do Ministério do Meio Ambiente carrega uma perda imensurável para a defesa ambiental na opinião de analistas internacionais. Mas, aqui, no Brasil real, empresários e pesquisadores não escondem a felicidade. Nem o presidente Lula lamentou o desfalque na equipe. “Se ela chegou à conclusão de que tem um ciclo que quer mudar, não sou eu que vou impedir”, disse o presidente. É claro que há um grande respeito pela biografia da senadora, que sofre com a contaminação de mercúrio pelas águas poluídas que bebeu na infância, passada “entre os povos da floresta”. A gestora Marina, contudo, deixou a desejar. Ela se afastou dos técnicos mais flexíveis e abriu um espaço para as organizações não-governamentais jamais visto no Ministério. Durante todo o primeiro mandato de Lula, fez o presidente refém de suas vontades, embaraçando processos importantes de infra-estrutura, como as licenças ambientais do rio Madeira. “A demora (das licenças ambientais) não era porque se queria emperrar as obras, mas porque queremos eficiência”, explicou a ex-ministra dias após a demissão. “Não dá para falar em desenvolvimento sem preservação dos ativos ambientais.”


Foto: SEVERINO SILVA/AG. O DIA
“Vamos aumentar o rigor e diminuir a burocracia “
CARLOS MINC, SUCESSOR DE MARINA

O excesso de preocupação, que para muitos analistas é má gestão, resultou em grandes prejuízos para o setor produtivo. Ao cumprir a ferro e fogo o Código Florestal Brasileiro, de 1965, Marina jogou os produtores na ilegalidade. No Tocantins, por exemplo, onde o governo federal financiou pelo Pro- Várzea a irrigação por inundação de 170 mil hectares para a plantação de soja, milho, arroz e melancia, o Meio Ambiente decretou a região Área de Proteção Permanente (APP). O mesmo artigo das APPs torna ilegais produções nas encostas e topos de morros e compromete 25% do café de Minas Gerais, 100% da maçã de Santa Catarina, as uvas da Serra Gaúcha, a fruticultura da Bacia do São Francisco e a pecuária no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. “Ela sempre se recusou a rever o Código Florestal, porque considera a legislação mais avançada do mundo”, reclama o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Assuero Doca Veronez Diante desse cenário, o principal desafio do sucessor de Marina, o ambientalista Carlos Minc, será reabrir o diálogo com o setor produtivo. Exguerrilheiro, Minc se encantou pelo Partido Verde alemão durante o exílio. De volta o Brasil, fundou o PV por aqui. Mas, em 1990, se elegeu deputado estadual pelo PT, do Rio de Janeiro. Atualmente no partido de Lula, Minc ocupava a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio, onde ganhou a atenção do presidente por ser um ambientalista histórico, mas não ortodoxo, com traquejo político suficiente para transitar entre os ecoxiistas e fazer valer o plano de desenvolvimento do governo. Enquanto Marina se indispunha com a ministra Dilma Rousseff, Minc conseguiu destravar obras do PAC, ao reduzir a burocracia no processo ambiental. Um pedido de outorga pelo direito de uso da água, por exemplo, que levava três anos, caiu para três meses. De perfil afável e conciliador, Minc difundiu no Estado a idéia de que sua “filosofia é destravar o desenvolvimento”. Hesitou ao ser convidado pelo presidente Lula. Não sabe bem como sua experiência regional – os críticos o chamam de ambientalista de Ipanema – será aplicada na questão nacional. O que mais se espera de Minc, no entanto, não é uma política ambiental frouxa, mas possível. Para isso, ele tem todo o apoio da ministra Dilma Rousseff.

ADRIANA NICACIO

Extraído de: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/

Quanto vale uma Marca

As 100 principais grifes do mundo valem US$ 1,9 trilhão. O ingrediente mais importante nessa conta é a inovação – e isso vale para o Brasil.

O QUE VEM À SUA CABEÇA quando se fala em música digital? O iPod, da Apple. E se o assunto é software? A Microsoft. E internet? O Google, é claro. E refrigerante? Coca-Cola. Fast-food? McDonald’s. É, o mundo vive sob o império das marcas. Elas se confundem com o próprio produto. Sua importância hoje equivale (e, em alguns casos, supera) a ativos como fábricas, sistemas de distribuição, etc. Isso explica por que o valor das 100 marcas mais poderosas do mundo saltou 33% entre 2007 e 2008 e atingiu US$ 1,9 trilhão. No período anterior, o crescimento já havia sido vigoroso, de 21%. Os dados são do Brandz Top 100 Most Powerful Brands, elaborado pela Millward- Brown, uma das mais importantes consultorias em gestão de marcas do mundo. No levantamento, a área de tecnologia domina a cena. Entre as dez primeiras colocadas, seis se encaixam nessa categoria. O campeão é o Google – cuja assinatura vale mais de US$ 86 bilhões. No alto do pódio das que mais cresceram encontra-se a BlackBerry, cujo salto foi de 390%.

Em segundo lugar ficou a Apple (123%), à frente de outra grife do mundo virtual, a Amazon (93%). Um olhar mais profundo nesses resultados, porém, revela que não é exatamente o fator tecnológico que determina o vigor dessas marcas. O que há de comum entre elas, na verdade, é a capacidade de criar e oferecer coisas novas. “A inovação é o grande revitalizador de uma marca”, afirma Valkiria Garre, diretora-geral da Millward- Brown no Brasil.

O trabalho da MillwardBrown se baseia em dois grandes critérios. Um deles é financeiro e mede qual a contribuição da marca (um ativo intangível) para o lucro da companhia. O segundo critério é a visão do consumidor em relação a cada uma das 50 mil marcas avaliadas em todo o mundo. Para isso, um milhão de pessoas foram ouvidas em 31 países, Brasil inclusive. Daí, projeta-se o valor da marca, levandose em conta o setor e os riscos embutidos no negócio. Da análise desses dados, os consultores da Millward chegaram à conclusão de que a pedra de toque no valor da marca é a inovação.

Isso fica claro em dois dados sobre o Brasil, destacados do estudo da Millward especialmente para DINHEIRO. Um deles refere-se à Skol. Tratase de um produto sem qualquer apelo tecnológico, não é? No entanto, ela aparece em oitavo lugar entre as marcas mais valiosas desse setor, a única no ranking de dez vendida apenas em um país – as outras nove são globais. Pois, a Skol possui uma forte tradição em inovações. Foi a primeira cerveja em lata do Brasil, lançou novidades como a long neck de boca mais larga, além de embalagens com design arrojado. “A Ambev elegeu a marca para ser pioneira nas inovações da empresa, até porque o público-alvo da Skol é jovem”, afirma Valkiria.

Outro exemplo é a H2O, o refrigerante de limão, menos gasoso do que seus concorrentes. Em dois anos de existência, revela o estudo, ele ganhou o coração dos brasileiros. “Essa ascensão derruba o mito de que é necessário muito tempo para a construção de uma marca”, destaca Felipe Ramirez, diretor da Millward- Brown na América Latina. Na avaliação dos especialistas da Millward, a H2O atingiu rapidamente essa posição graças à diferenciação no sabor e devido ao apelo de bebida saudável – vendida, aliás, como água e não refrigerante, o que provocou uma enxurrada de críticas dos concorrentes. Mas se a surpresa foi fundamental para o sucesso da H2O, por que a Coca-Cola, um dos mais antigos refrigerantes do mundo, continua merecendo um amplo espaço no coração dos consumidores brasileiros, como revela o estudo? Ramirez responde. “A inovação da Coca está na comunicação”, afirma ele. “É o marketing com linguagem jovem, e um eterno apelo emocional, sem ser piegas.”

Por JOAQUIM CASTANHEIRA – ISTO É Dinheiro

Artigo para Planejamento do Projeto de Produto

Está disponível o artigo publicado no 6º CBGDP em 2007, intitulado A otimização do Processo de Planejamento do Projeto de Produtos Industriais, pela Segmentação de Mercado e Arquitetura do Produto que trata da adição de técnicas e ferramentas para a otimização do processo de planejamento de projetos de produtos. Com esta técnica uma estimativa de custos e tempo mais compatíveis com o mercado é obtida, visando minimizar a discrepância entre o projeto orçado e projeto realizado. Estudos apresentam que podem existir discrepâncias de 35% (para baixo ou para cima) entre os orçamentos aprovados para projeto e os projetos concluídos. Já a técnica apresentada no artigo reduz as margens de erro para baixo das melhores práticas conhecidas na literatura, ou seja, abaixo dos 15%.

Acesse o resumo na íntegra e peça sua versão em PDF no Blog da TipoD. Esta é uma ótima discussão para designers de produto, engenheiros, gerentes de projetos e interessados. Estamos abertos para receber sua opinião e experiência no assunto para aprimorarmos novos artigos científicos.

Lançamento – “Briefing: A gestão do projeto de design”

Há quem pense que a criatividade não possa ser formalizada, normalizada ou descrita. Este é um dos motivos pelos quais designers ainda hoje relutam em produzir um briefing antes de começar seus trabalhos, assim como as empresas acreditam que isto seja uma perda de tempo.
Contudo, um bom briefing pode poupar muito trabalho e evitar problemas burocráticos durante a criação. A estruturação de recursos e objetivos guia a criação não restringindo-a, mas fundamentando e potencializando os resultados obtidos.

Briefing

De forma clara e concisa, o livro auxilia profissionais a entenderem a importância do briefing e como produzi-lo de maneira eficaz. Escrito baseado na experiência profissional do autor, é fácil identificar paralelos com o cotidiano das empresas e dos designers. Para os estudantes, o livro é uma forma de familiarizá-los com o briefing, para que eles entrem no mercado de trabalho conscientes da importância desde planejamento prévio que, muitas vezes, é negligenciado nas escolas.

Maiores informações sobre o livro, resumo e autor em: http://blog.tipod.com.br/.

Para não dizer que não falei das flores – Design no SPAM

Spam feito com a RONDA do Ceará

Pois é, o governo do Ceará no final do ano passado, de modo inédito no país, aparelhou com tecnologia de ponta as viaturas da Polícia daquele estado, foram adquiridas Toyotas Hilux completas, sistemas de gestão de informação e tudo mais, foi um alvoroço, uma confusão, um Spam na mídia. O resultado hoje é que dizem uns que foi um gasto desnecessário, outros que é investimento em tecnologia e segurança. Bem, resta o futuro nos dizer no que isso vai dar. Mas nos, por sua vez, podemos dizer que foi bem gasto! Pelo menos tem design, e o design do computador de bordo é nosso!

Para maiores informações sobre o projeto e o SPAM, visitem o http://blog.tipod.com.br, o spam está lá com fotos na íntegra!

Foto de Painel com o Computador de Bordo desenvolvido pela TipoD para a Autotrac