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Formado em design industrial pela Universidade de Brasília - UnB. Empresário, sócio de empresas do setor de design e infra-estrutura. Frase do ano: modernidade hoje significa um bocado de user names, senhas e sites, dos quais vcs nao se lembra nem de um nem do outro.

Onde fui me meter?

Onde fui me meter? Essa foi a pergunta que fiz quando entrei no IdA – Instituto de Artes da UnB em Brasília – isso em meados de 1997. Aquele era o local onde se localizava ou se perdia o curso de desenho industrial. O intrigante é que ainda não sei formular ao certo a pergunta, portanto também não sei responder, enfim, o tempo passou, os eventos ocorreram, as disciplinas foram concluídas, e todos desafios superados. A Universidade de Brasília me moldou, mas não me dobrou…

Em meados de 1999, como de conhecimento público, fiquei “retido” fora do escritório e fiz um dos melhores negócios da minha vida… Foi assim: saí para tomar um espresso, mas devido à pressa, deixei minha chave lá dentro e levei exatamente as moedas para um belo café, porém ao retornar, me deparei trancado fora o escritório, com o relógio me informando a urgência da hora e com a dor de cabeça funcionando como despertador me lembrando da apresentação que faria em instantes para um nada modesto cliente. Fatalmente recorri à retórica: Onde fui me meter? E logo lembrei da maldita ingestão da tal bebida à base de cevada da noite anterior. Mas como acredito que sorte é o resultado de uma equação onde o preparo é somado à oportunidade, fiquei preso, mas porventura fiz um dos melhores negócios que podia fazer: iniciei um projeto de pesquisa com a FIAT Automóveis lá na UnB dentro da Engenharia Mecânica. Agora pergunto aos leitores: Deveria eu, recorrer à retórica novamente?

Pois bem, aquele chute inicial foi praticamente o momentum necessário para me retirar do estado de inércia no qual me encontrava; vivia dentro do modelo medieval geocêntrico – ou seria designcentrico – na crença que o design é o centro do universo, tudo gira ao seu redor, e todos os outros pensamentos são pura heresia. Mas graças a Copérnico, a Cevada, o Espresso, ingressei no mundo moderno do heliocentrismo, agora o resultado de um plano era o ponto principal, e toda minha formação acadêmica circundaria aquele ponto focal. Daquele momento em diante tudo pareceu claro, objetivo, cartesiano, mas assim como Copérnico estava errado, também o estava Galileo, infelizmente a ciência nos desconforta e logo me depararia com o Newton, e ao acelerar um pouco mais as coisas Einstein, mas isso é história para outro artigo…