All posts by LDDA Paulo Oliveira

Paulo Roberto Gonçalves de Oliveira Designer de Ambientes e Light Designer - Formado em Design de Interiores pela UNOPAR orientando sua pesquisa na área de Light Design. - Especializado em Ensino Superior pela UNOPAR orientando sua pesquisa para a formação e mercado de trabalho do Designer de Ambientes. - Participou de diversos cursos específicos em Light Design, entre eles os da PHILIPS - Participou de Mostras de Decoração - Ministrou palestras em universidades como CESUMAR, UNOPAR, UNIVEM, entre outras. - Ministra cursos e mini-cursos (extensão) sobre Light Design e Design de Ambientes, - Associado à AsBAI (Associação Brasileira dos Arquitetos de Iluminação) desde o ano de sua fundação. - Associado à ABIL (Associação Brasileira de Iluminação), Cart n° 056. - Mantém na internet um blog pessoal - http://paulooliveira.wordpress.com/ - onde mantém informações e dados específicos sobre as áreas de Design de Interiores/Ambientes, Light Design e Edcação voltada ao Design e é colunista fundador deste blog (www.design.com.br) - Sua atuação na área teve início com trabalhos de iluminação cênica e cenografia a partir de 1998. - Colunista da revista Mary in Foco - Curitiba-PR. Participação na matéria jornalística “Elimine as armadilhas” publicada no dia 09/03/2008 na AT Revista, parte do jornal A Tribuna, de Santos-SP. http://jornaldigital.atribuna.com.br/reader/default.asp?cp=3

P&D 2008 – São Paulo

O P&D | Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, é o maior congresso, na América Latina, na área de Design. Realizado bianualmente desde 1994, tornou-se um importante fórum de divulgação e discussão de questões pertinentes ao avanço do conhecimento resultante de pesquisa aplicada e pesquisa básica na área. Veja e divulgue a Chamada de Trabalhos, conheça as temáticas, e veja e acesse também uma versão preliminar do programa geral.

http://www1.sp.senac.br/hotsites/peddesign2008/pt_home.htm

Taí uma excelente oportunidade para alavancarmos esse debate sobre as Matrizes Curriculares dos cursos, avaliar e propor melhorias nas diretrizes do Mec pra os cursos de Design e o papel das IES na formação dos Designers.

Elimine as armadilhas

Por: Nathalia Santos Costeira

Escorregões, tropeços e quedas podem ter consequências graves. Por isso, estar atento a pequenos detalhes, como a disposição correta dos móveis, é indispensável para diminuir o risco de acidentes em casa, principalmente se houver crianças e idosos circulando

midia_01.jpg

Sempre pensamos em nosso lar como um local seguro, onde estamos livres de qualquer perigo. No entanto, pesquisas recentes apontam que aproximadamente 75% dos acidentes que envolvem idosos e crianças acontecem dentro de suas próprias residências. Essa constatação pode ser atribuída ao fato de que casas e apartamentos, em geral, não são projetados para atender adequadamente suas necessidades, e que pouco tem sido feito para mudar isso. “O ambiente em que vivemos deve, necessariamente, ser compatível com nossas preferências pessoais e necessidades específicas”, alerta o arquiteto Allan Feio.

Os profissionais da área chegaram ao consenso de que a principal causa desses acidentes é a falta de conhecimento. “Os próprios moradores poderiam prestar atenção a pequenos detalhes como corrimãos, pisos e móveis adequados, se soubessem de sua importância”, afirma o designer de interiores Paulo Oliveira, para quem a principal dificuldade está em conscientizar as pessoas sobre a necessidade dessas mudanças. “É preciso vencer a resistência dos próprios clientes, que se preocupam em atender somente as necessidades do agora, esquecendo das adaptações que serão indispensáveis com o passar dos anos ou com a chegada de um filho, por exemplo”.

Outro obstáculo presente na hora de trazer segurança aos projetos é a questão estética. Para a designer de interiores Adriana Diniz, existe um certo preconceito em relação à instalação de barras ou mudanças nos mobiliários. “Muitos acreditam que isso compromete a estética do ambiente, o que não é verdade”.

Mas esse preconceito não está restrito aos clientes. Muitos arquitetos e designers de interiores também primam pela estética, quando o conforto, a praticidade e a segurança deveriam estar em primeiro lugar. Contudo, com o crescimento da perspectiva de vida e o número de idosos aumentando no País, está surgindo um novo mercado, que cresce acompanhado de profissionais especializados no assunto.

E engana-se quem pensa que é preciso gastar muito para melhorar a segurança. Adriana Diniz garante que é possível fazer mudanças sem desembolsar muito dinheiro. “Pequenas alterações na decoração e organização dos móveis já fazem grande diferença”.

Já para quem precisa de adaptações mais específicas, o custo pode variar entre R$ 3.000 e R$ 40.000, dependendo das necessidades e limitações. A arquiteta Maria Olide Leal ressalta, porém, que qualquer alteração devidamente projetada só acrescenta valor ao imóvel. “Além de proporcionar qualidade de vida aos moradores”.

O primeiro passo nessa direção é observar todos os detalhes, como pisos, locais de circulação, distribuição do mobiliário, iluminação etc. O arquiteto Allan Feio aconselha a remover todos os obstáculos das áreas por onde passam as pessoas: os fios devem ficar em canaletas e os tapetes convencionais trocados por modelos antideslizantes.

Paulo Oliveira ressalta também a importância dos pisos antiderrapantes na cozinha, banheiros e áreas externas, assim como corrimãos e demarcações no início e fim das escadarias. Sugere, sempre que possível, optar por móveis com cantos arredondados, que evitam ferimentos graves, principalmente nos choques com crianças.

Entre os cômodos que merecem mais atenção, a unanimidade entre os profissionais é o banheiro. “O uso dos porcelanatos, aliado à falta de barras de segurança e apoio, são os fatores que mais contribuem para os altos índices de acidentes” afirma Feio.

BOX (na matéria) – Segurança em primeiro lugar

Aqui, os profissionais dão dicas de como deve ser uma casa em que circulem crianças e idosos:

Área de serviço: Os itens de limpeza precisam ser colocados em locais de fácil acesso, mas longe do alcance das crianças, e os objetos pesados devem sempre ficar nos lugares mais baixos. No piso, dê preferência aos materiais que permitam fácil manutenção e limpeza, mas que não sejam lisos.

Cozinha: Assim como na área de serviço, os objetos utilizados com mais frequência devem ficar em locais de fácil acesso. O conselho é proteger as quinas dos móveis, e a altura dos balcões e da pia precisam ser adequadas a quem trabalha no espaço.

Sala de estar: Evite prateleiras de vidro e acessórios em excesso sobre as mesas. Retire todos os tapetes ou utilize antiderrapantes que se fixam no piso. Fique atento às quinas dos móveis e à firmeza dos mesmos.

Sala de jantar: Como na sala de estar, evite o excesso de acessórios sobre a mesa e, caso o tampo da mesa seja de vidro, proteja-o com botões de silicone, para evitar quebra ou trincas. Prefira cadeiras leves, resistentes e firmes, mais facilmente manuseadas por crianças e idosos.

Quarto: O ideal é que armários, cômodas e criados-mudos tenham corrediças nas gavetas e protetores de quina. A cama deve ter altura apropriada ao usuário, e o interruptor de luz precisa ficar próximo ao leito.

Banheiro: O piso deve ser adequado para áreas molhadas, e o uso de tapetes só é permitido se for do tipo de borracha com ventosas. Dentro do box e próximo ao vaso sanitário, é recomendado instalar de barras de segurança e eliminar desníveis do piso. O porta-toalhas deve ser fixado na parede.

Áreas externas: Para quem possui piscina, o ideal é proteger toda a área com grade de alumínio e instalar pisos apropriados para evitar quedas e escorregões.

Janelas: Todas elas e também as varandas devem contar com rede protetora.

Escadas: Corrimãos e degraus sinalizados com cores fortes ou faixas antiderrapantes são imprescindíveis. A instalação de portões também é indispensável para quem possui crianças pequenas.

AT revista, parte integrante do jornal A Tribuna – Ano 4 – Edição 171 Sessão – Sua Casa – 9/março/2008

Designer, exponha seu trabalho no PIIM

O PIIM é uma mostra bienal de Design de Móveis, parte integrante da FIQ – Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias – Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, promovido pelo EXPOARA – Pavilhão de Exposições Arapongas SA, em parceria com o SIMA – Sindicato das Indústrias Moveleiras de Arapongas e APL – Arranjo Produtivo Local, Arapongas PR.

A exposição dos produtos selecionados na terceira edição da mostra será realizada durante a feira, durante o período de 08 a 11 de abril de 2008. 

A terceira edição do PIIM é dirigida a Designers e estudantes de Design de todo o Brasil.

O principal objetivo da 3ª Edição do PIIM é trazer soluções inovadoras para o desenvolvimento da indústria moveleira nacional.

Mais informações: http://www.fiq.com.br/piim/

Curso de Extensão Cesumar 2008 – Light Design

Estão abertas as inscrições para o curso de Light Design que estarei ministrando no Cesumar, em Maringá-PR.

OBJETIVO GERAL

Ampliar os conhecimentos dos participantes sobre iluminação. Desenvolver a capacidade de análise estética e o senso observador crítico. Estimular a criatividade e inovação utilizando a luz e equipamentos da forma correta e coerente. Promover o entendimento e conhecimento sobre a complexidade que envolve um projeto de Light Design e o que diferencia da área da iluminação. Conscientizar sobre a importância da parceria de profissionais de Designer de Interiores, Arquitetura e Engenharia com especialidades em Light Design.

CRITÉRIOS

Freqüência de 80% e participação em sala de aula durante as atividades desenvolvidas.

REQUISITOS

Estar cursando o último ano dos cursos de Design de Interiores, Arquitetura, Engenharia ou ter algum conhecimento em iluminação.

PÚBLICO ALVO

Acadêmicos dos cursos de Design de Interiores, Arquitetura, Engenharia e profissionais interessados em aprimorar conhecimentos.

AULAS

Sábados, das 8h às 12h e 14h às 18h

17, 24, 31/Maio e 07/Junho

DISCIPLINAS

EQUIPAMENTOS I – LÂMPADAS

EQUIPAMENTOS II – LUMINÁRIAS

EQUIPAMENTOS III – ESPECIAIS E TECNOLOGIAS

ESTUDOS DE CASOS – OBSERVAÇÃO, ANÁLISE E CRÍTICA

ILUMINAÇÃO CÊNICA X ARQUITETURAL

LIGHT EM EVENTOS – CÊNICO, SHOWS, EVENTOS DIVERSOS

LIGHT INTERIOR E EXTERIOR – COMERCIAL

LIGHT INTERIOR E EXTERIOR – RESIDENCIAL

NORMAS TÉCNICAS

ÓTICA E PERCEPÇÃO VISUAL, GEOMETRIA DA LUZ

PROJETO I – DESENHOS

PROJETO II – IMPLANTAÇÃO

Maiores informações: http://www.cesumar.br/deac/extensao2008/?idCurso=163&idArea=20  

La Fête des Lumières 2007

Novamente Lyon, na França, nos brinda com um evento maravilhoso.

lumiere_2.jpg

Em sua oitava edição, o evento conta além das instalações de renomados Light Designers, com eventos culturais, experimentações de acadêmicos e espalha-se por outros distritos da região.

Algumas imagens:

lumiere_3.jpg

Light Trail – Lyon Department for Public Light

lumiere_4.jpg

Orchards of Yesteryear – Géraud Périole

lumiere_5.jpg

Cocoon Stems – Erik Barray, Emmanuel Thery, Bertrand Jayr.

lumiere_6.jpg

Ice Cube – Arno Piroud

lumiere_7.jpg

lumiere_8.jpg

In Passing, Student Experiments – Les Grands Ateliers de l’Isle d’Abeau

lumiere_9.jpg

Fishing for Stars – Carole Ferreri et Akira-Lisa Ishii

lumiere_10.jpg

Light Esphere – Sky Light

lumiere_11.jpg

The Passengers of Saint-Paul – Emmanuel Sautai, Thomas Bart

lumiere_12.jpg

“Regeneration” Naturelle – GL Events

lumiere_13.jpg

Anagram Image – Heiko Höfer

lumiere_14.jpg

Hidden Face – Gilbert Moity

lumiere_15.jpg

I Love Lyon – Jacques Rival, Les créatonautes, Fa Luminance, Espace néon.

lumiere_16.jpg

Cultures – Alain Benini

lumiere_17.jpg

In a Thousands Pieces of Light – François Fouilhé, Jean-Baptiste Laude

lumiere_18.jpg

New Tone – Jacques Rival.

lumiere_19.jpg

Urban Escapism – Benoít Deseille, Benedetto Bufalino.

Pra quem quiser saber mais, visite o site: http://www.lumieres.lyon.fr

O paradoxo das RT’s.

RT’s, para quem não conhece, são as controversas Reservas Técnicas que empresas e fornecedores premiam os profissionais em “agradecimento” à fidelidade. Falando bem popularmente, são comissões destinadas aos profissionais por preferirem uma determinada loja ou fornecedor. Elas surgiram há muito tempo quando empresas de grande porte começaram a garantir suas vendas junto aos profissionais presenteando-os com comissões após o fechamento das vendas.

Até aqui podemos dizer que “tudo bem” uma vez que, em um primeiro momento, parece não haver problema algum sobre este assunto. No entanto, creio que seja preciso analisar mais profundamente os aspectos éticos e profissionais que envolvem a questão do pagamento das RT’s e avaliar qual o caminho percorrido pelas empresas e pelos profissionais com relação a isso.

Recentemente fui ao cinema assistir o filme “Tropa de Elite”, venerado por alguns e odiado tantos outros. Quanto a mim, posso dizer que cada detalhe me surpreendeu. A cada diálogo ao longo do filme colocava o dedo nas feridas comuns que todos nós carregamos e na maioria das vezes, consciente ou inconscientemente não damos a devida atenção. Mas o que mais me surpreendeu com relação ao filme foram os comentários comuns que eu ouvi, tanto na saída do cinema quanto nas ruas e fóruns, foram de pessoas que pretendiam passar no camelô comprar um exemplar pirata para ter em casa.

Fico me perguntando: será que essas pessoas são capazes de sair da superficialidade sanguinolenta e truculenta do filme e enxergar o que tem mas abaixo da superfície? Creio que não! Dentre as várias e mais significativas cenas a que mais me chamou a atenção foi curta e pouco explorada, com diálogos que ficaram perdidos e soltos, pois ou nao foram devidamente trabalhadas ou foram censuradas. Refiro-me à cena da passeata. Nela o filme retrata a contradição hipócrita daqueles que gritam pela paz quando no seu cotidiano alimentam o narcotráfico e a violência que condenam.

Pois bem, pode parecer estranho ao leitor, mas essa contradição denunciada me fez refletir sobre as RT’s, com relação as quais devemos também ter esta capacidade de mergulhar e sair da superficialidade do dinheiro fácil e garantido que esta nos garante. De fato, há profissionais trabalhando sistematicamente com estas, porém cabe considerar que os meios com os quais estes o fazem são distintos. Penso que a possibilidade de trabalhar com as RT’s ocorrem de tres maneiras:

1 – o profissional deixa o cliente ciente da existência das RT’s e, para que se possa baixar o valor do projeto faz um acerto entre as partes de que o cliente fará as compras sempre com a presença do profissional para garantir a este o recebimento dessas comissões como forma de compensação pelo valor menor cobrado no projeto.

2 – O profissional fecha o contrato com o valor normal do projeto e junto ao fornecedor exige que o valor de sua RT seja repassado ao cliente na forma de um desconto extra, além do já oferecido pelo fornecedor. Neste caso o cliente está também ciente da existencia das RT’s e esta negociação com o fornecedor é feita na presença das tres partes: cliente, profissional e fornecedor. Claro que esta não é muito aceita pelos fornecedores.

3 – O profissional não expõe ao cliente sobre a existencia das RT’s. Cobra o valor normal do cliente e recebe paralelamente as RT’s dos fornecedores. Creio que, em relaçao aos demais, este é o pior tipo e mais anti-ético procedimento uma vez que, por meio dele, o profissional faz o cliente pagar duas vezes pelo trabalho: de um lado, pela via contratual, portanto lícita, o cliente paga o valor do projeto e, de outro lado, o cliente sem o saber paga as RT’s ao profissional embutidas no valor de equipamentos e serviços adquiridos. E não me venham alguns querer afirmar que a grana onvestida pelos fornecedores para o pagamento das RT’s provém da verba destinada ao marketing.

Com efeito, o que mais se vê são profissionais usando a terceira alternativa. Mas ainda se pode cogitar uma quarta alternativa que vem se tornando comum no mercado e que é, sem sombra de dúvida, a principal responsavel pela prostituição de nossa profissão: numa visão insana e individualista de competitividade, muitos profissionais estão dando os projetos de graça para os cliente em troca da negociata das RT’s. Isso destrói qualquer pretensão que se espera de profissionais honestos com relação à seriedade comercial e à credibilidade de sua atividade profissional.

Gostaria de mergulhar mais fundo na problemática que envolve as RT’s. Tudo bem! Ela é só um dinheirinho extra que entra no final do mês nos bolsos de alguns. Ótimo! Afinal hoje em dia tudo está muito caro, muito dificil de manter, contas e mais contas a pagar. Porém, aí vem outra questão que tem a ver com o título deste artigo: O paradoxo das RT’s. Quero aqui brincar seriamente com este paradoxo da realidade das RT’s com o filme Tropa de Elite?

O leitor pode estar se perguntando sobre a estranheza desta colocação com relação a este tema. Afinal de contas a Tropa de Elite é um organismo sério. Por isso mesmo, quero que todos entendam a partir dete ponto quando me referir à Tropa de Elite Profissional, com um “às avessas” na sequência.

O problema das RT’s começa na disparidade de sua oferta para cada categoria profissional. Normalmente, o percentual oferecido pela RT para os arquitetos é maior daquele oferecido aos designers ou decoradores. Algumas lojas aqui em Londrina oferecem 15% para arquitetos e 3% para designers e decoradores. Formata-se então, a Tropa 1.

Outro problema sério gerado por ela é a tal fidelização. Através dela formata-se um cartel entre loja/profissional desconsiderando o cliente. O profissional rasga seu vocabulário e argumentos para impor ao cliente que os móveis ou materiais dessa empresa são melhores que os das outras, o que nem sempre é verdade. A verdade é que a RT paga por A é maiorr que a paga por B, C ou D. Isso sem contar as empresas que dão aos principais parceiros profissionais RT’s de clientes que apareceram do nada na loja, sem acompanhamento profissional, e acabam pagando a RT dessa venda, para aquele “queridinho”. Temos então a Tropa 2.

O destaque desses dois exemplos se orientam apenas para breves colocações acerca da seriedade pela qual as RT’s afetam o mercado tanto do lado ético-profissional, quanto do lado do cliente que acaba sendo sempre o maior lesado.

Entretanto, não posso deixar de explanar aqui o fato mais sério das RT’s. Em sua grande maioria, este é um dinheiro não computado e declarado tanto pelas empresas quanto pelos profissionais. Torna-se então, uma espécie de lavagem de dinheiro. Com a conivência tanto das empresas, quanto dos profissionais. Raras são as empresas que fazem o profissional assinar um recibo deste recebimento.

Este dinheiro não entra nos custos embutidos declarados pelas empresas para a finalização do custo final e, poucos são os profissionais que depositam este dinheiro em suas contas bancárias e declaram tais rendimentos à Receita Federal. Em grande parte, os profissionais trocam o valor das RT’s por mercadorias do fornecedor. Algo de errado? Sim, tudo errado neste ponto.

Neste caso, de forma análoga, ambos estão agindo exatamente como os traficantes e usuários de drogas do filme Tropa de Elite. No final das contas, quem “morre” por uma bala perdida é o cliente. O traficante/fornecedor e o usuário/profissional nem de longe estão preocupados com os civis.

Não posso deixar aqui de alfinetar nossa digníssima ABD. Recebi no dia 13/11/2007 mais um e-mail da série “Vem com a gente”, mesmo não sendo associado. Interessante ressaltar que, na parte que trata dos benefícios em ser associado, o primeiro em destaque é justamente esse: “Carteira de associado reconhecida pelos fornecedores no pagamento das RT’s”.

Como se não bastasse isso, a grande formatação de uma Tropa de Elite às avessas promovida pela ABD estimula e reforça a prática desenvolvida por empresas como a Tok&Stok, Etna e outras que oferecem RT somente para quem é associado à ABD. Como se não bastasse isso, alguns núcleos municipais de decoração só aceitam entre seus membros portadores da tal carteirinha. Quer maior formação de quadrilha que essa? De modo algum, pretendo afirmar que essas lojas por sua seriedade no mercado possam ser responsabilizadas diretamente pois duvido que saibam realmente das ações tácitas ou manifestas da ABD contra os designers que supostamente pretendem representar.

Bom meus leitores, expus aqui o básico para mostrar a vocês que existe sempre muito mais coisas quando saímos da superfície. Reflitam bastante sobre isso e suas práticas profissionais e decidam que tipo de profissional você quer ser: em profissional ético e sério ou um profissional bandido?

E rasga-se o véu da falsidade e imoralidade: ABD

Projeto Começar: PALESTRA – COMO CONSTRUIR UMA CARREIRA DE SUCESSO EM DESIGN DE INTERIORES. ARQ. IVAN REZENDE – VICE PRESIDENTE DA ABD.
Tava bom demais pra ser verdade. Tava perfeito demais o trabalho. Nova diretoria e tudo muito certinho e engrenado. Mas as máscaras sempre caem, essa é a regra.

Mas como dizem, ou se faz caquinha na entrada ou na saída. No caso da ABD as feitas pelo caminho sempre foram dizimadas pelo esquecimento e por retratações esdrúxulas. Infelizmente sempre existiram – e ainda existem – os que diziam amém e curvavam-se diante desses desmandos e descasos. Consciente ou inconscientemente acabavam aceitando tais desculpas esfarrapadas. E eu acabava sempre como o histérico que ficava berrando absurdos contra essa associaçãozinha mequetrefe que nunca me enganou.

Preciso deixar aqui bem claro que em momento algum esta associação tem o direito de alterar o seu nome de ABD (Associação Brasileira de Decoradores) para ABDI (Associação Brasileira de Designers de Interiores). Essa alteração ocorreu quando o titulo Designer de Interiores começou a ganhar valor dentro do mercado. Muitos arquitetos alteraram seus títulos de arquitetura de interiores para design de interiores. Muitos decoradores também o fizeram. Para tentar ajustar o mercado à nova demanda e não deixar de fora outros profissionais não formados em Design, a ABD resolveu que deveria alterar o seu nome de ABD para ABDI para que seus associados pudessem utilizar livremente a denominação Designer de Interiores sem distinção de formação. De nada adianta o presidente Roberto Negrete lançar uma retratação/explicação/implorativa tentando explicar o inexplicável e ainda colocar que:

“d) Respeitamos, igualmente, todos aqueles profissionais que antes de 2.000 (*) comprovaram exercício regular em DI e se associaram à ABD, caso aliás de nosso diretor-financeiro, Fernando Piva, profissional de enorme sucesso – (*) ano que marcou a implementação de alteraçãio estatutária na ABD levando a entidade a só associar pessoas com formação em Design de Interiores em cursos reconhecidos pelo MEC ou em Arquitetura.”

Interessante ressaltar aqui que tem vários profissionais associados antes de 2000 que tem apenas aqueles cursinhos de final de semana. Ah, e tem também os arquitetos que como que num passe de mágica viram designers. Vai entender… Recebo insistentemente e-mails dessa associação com chamadas para artigos e outros materiais porém quando tento acessa-los caio na página de login e morro ali mesmo.

Ainda hoje recebi um da série “Vem com a gente” onde diz, entre outras coisas, que com a carteirinha você tem o direito a receber as famigeradas RT’s dos fornecedores. Até aqui tudo bem se esta prática não fosse uma das sérias causas da desorganização do mercado e do desrespeito aos profissionais. Desorganização pois existem muitos profissionais que estão dando os projetos de graça em troca dessas RT’s, outros que cobram pelo projeto e recebem as RT’s (o cliente paga duas vezes) e outros – raros – que abrem mão das RT’s, cobram o projeto e exigem o desconto do fornecedor ao cliente. Mas esta última pratica nem de longe é defendida pela ABD. As duas primeiras sim.

A ABD (Associação Brasileira de Decoradores) já atua há bastante tempo. De início o seu trabalho era muito bom e sério. No entanto, com o advento dos cursos de Design de Interiores e a crescente oferta para o mercado de profissionais altamente capacitados e especializados para estes projetos a coisa começou a azedar lá dentro. Como um não arquiteto pode ser tão bom? Como um não arquiteto tem a capacidade de fazer isso ou aquilo? Eu perdi um projeto para um designer… E por aí vai… Dizem que lutaram tanto pela implementação do currículo mínimo dos cursos de Design de Interiores e não sabem nem mesmo responder a um questionamento básico: o que é um Designer de Interiores. Incoerências à parte, pra quem conhece a ABD sabe que não passa de lábia, lorota e embustes pra agregar incautos. Incautos designers que pagam suas mensalidades para sustentar personas como o Sr. Ivan Rezende, vice presidente da ABD.

Na nota de esclarecimento do presidente Roberto Negrete sobre a palestra do Ivan Rezende, ele coloca que 80% dos associados são Designers de Interiores. No entantom percebe-se claramente a tentativa de valorização da entidade uma vez que são os novos associados. Porém, quantos são estes novos associados? Quatro, dez, cinqüenta? De minha turma ninguém associou-se, das três seguintes idem. Se isso acontece em uma universidade, imaginem em outras tantas espalhadas pelo país. Portanto, definitivamente não! Este número apresentado não os coloca como legítimos representantes dos Designers de Interiores como ele tenta afirmar na sua nota:

“c) A ABD e seus diretores têm consciência de que hoje cerca de 80% de seus novos associados são formados nesses cursos, o que nos conduz a sermos representantes de profissionais cuja formação é em Design de Interiores. Assim, jamais podemos pensar em não valorizar esses profissionais.”

No dia 3 de outubro de 2007 o vice presidente Ivan Rezende foi convidado a ministrar uma palestra no SENAC-RJ com o tema: COMO CONSTRUIR UMA CARREIRA DE SUCESSO EM DESIGN DE INTERIORES. Profissionais, alunos e professores foram até o local ávidos por informações que pudessem ser úteis para a sua prática profissional. No entanto tiveram de enfrentar a dura realidade: a ABD desnuda por um de seus diretores. A verdade nua e crua e sem máscara.

Colocarei alguns trechos do relato/depoimento da Designer de Interiores Marina Melino na comunidade Design de Interiores do Orkut e tecerei meus comentários na seqüência. Para quem quiser ler o relato completo, o link para o tópico em questão é :

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=41698&tid=2558987112477533137&na=1&nst=1.

“No inicio da palestra ele não sabia o que dizer, eu pensei que era nervosismo, o que é bem normal, né?
Mas logo nos primeiros cinco minutos eu notei que ele não sabia o que falar pq ele simplesmente não acredita que nenhum designer de interiores vá conseguir sucesso em sua carreira, a não ser que faça arquitetura que é a profissão mais completa, aos olhos dele.”

Por este inicio de relato já se percebe bem o tipo de pessoas que estão por trás da ABD. Que alguém da ABD me defina prontamente o que é um Designer de Interiores, o que é um Arquiteto e o que é um Decorador.

O fato é que hoje dentro da ABD qualquer um é Designer de Interiores. O próprio vice presidente comprova o que eu digo na referida palestra, quando questionado por uma aluna sobre a formação do Designer, e ele diz que:

“Ela perguntou: Então o senhor acha que a gente não precisa fazer faculdade?
Ele: Não, até minha tia pode lhe dizer qual a melhor almofada usar.
Ela: Se eu me formar devo rasgar o diploma???
Ele: Deve, não vai fazer a menor diferença.”

É impressionante como são as coisas. E o fulano aí é professor de um curso de Design de Interiores, creiam! Em minha monografia de pós na área de Ensino Superior, questiono muito isso. Lembro-me que em meu curso de Design a maioria dos professores eram arquitetos. Entre estes tinham os engraçadinhos que sempre diziam: você não pode fazer isso, você não pode fazer aquilo, voe só pode mexer no interior, varanda é exterior, e por aí vai… Outra me disse que estava li só por causa do dinheiro quando a questionei se ela tinha noção do que era lecionar, dividir e compartilhar conhecimentos já que ela entrava na sala com ar de deusa (não sei do que), sentava na mesa e mal falava sobre alguma coisa. Suas aulas resumiam-se a intermináveis e incontáveis seminários. Por isso sou totalmente favorável à exigência de formação em Design para atuar como professor na área de Design além, é claro, da devida especialização em Educação. Se alguém tem de rasgar ou jogar o diploma fora pois não lhe serve de nada é este cara. Talvez fosse melhor que ele cursasse algum curso como Filosofia ou ainda uma especializaçãozinha para que aprenda algumas coisas sobre ética e relações profissionais e, especialmente na educação para que aprenda a diferenciar o óbvio: qualquer curso, seja ele técnico, tecnológico, seqüencial ou bacharelado tem as mesmas características formativas: a qualificação profissional do indivíduo para que este possa exercer de forma competente a sua profissão.

As diferenças são gigantes entre um e outro e não há a menos possibilidade de querer igualar como se tudo fosse um só. Decorador não é Designer nem Arquiteto, Arquiteto não é Designer mas pode ser Decorador e Designer não é Arquiteto mas é um Designer altamente especializado na área de decoração com leves pinceladas de elementos arquiteturais. No entanto cada profissional tem o seu papel dentro de um projeto. Mas nosso nobre colega não acredita nisso:

“A Cândido ( Universidade Cândido Mendes, universidade onde o ilustrissimo senhor dá aula no curso de design de interiores – que IRONIA, não????) que não me ouça, mas NO MEU ESCRITÓRIO EU SÓ CONTRATO ARQUITETO.”

Disso uma professora, arquiteta consciente, fez a seguinte colocação:

“Eu discordo totalmente de você. Eu sou arquiteta e dependo do designer de interiores assim como dependo do engenheiro. O serviço dele é tão necessário quanto qualquer outro serviço prestado numa construção. Na minha equipe não pode faltar designers de interiores. Vocês são necessários sim!”

E o nobre colega conclui:

“O meu escritório funciona perfeitamente sem nenhum designer de interiores.”

E mais adiante quando uma aluna questionou a falta de espaço para estágios. Eis que ele solta nova pérola:

“a Cândido ( Universidade Cândido Mendes, universidade onde o ilustrissimo senhor dá aula no curso de design de interiores – que IRONIA, não????) que não me ouça, mas NO MEU ESCRITÓRIO EU SÓ CONTRATO ARQUITETO.”

Como se não bastasse já a quantidade de besteirol liberados por essa boca insana, ainda vem mais:

“Ele falou que qualquer um poderia ser designer de interiores, era sÓ TER BOM GOSTO. O arquiteto sim que saía preparado da faculdade para lidar com isso (embora na UFRJ, instituição onde ele estudou, e em todas as outras faculdades de arquitetura, só existam 2 disciplinas que tratem de interiores).”

A autora deste relato entra em cena então com a seguinte indagação:

“Na UFRJ mesmo existe o curso de composição de interiores. Se a UFRJ não achasse que tinha a menor necessidade do curso, ela não faria, pq o curso de arquitetura abrangeria essa área. A arquitetura teve que lutar pra sair da engenharia. Então todos na realidade deveriam estudar engenharia, pq essa sim é a profissão completa, não?”

Ele simplesmente tascou a clássica e incorreta refutação:

“Não senhora. Deus é o primeiro arquiteto.”

Ela resolveu ficar quieta diante de tamanho insulto. No meu caso eu já levo para o seguinte quando ouço esta tentativa de argumentação já nascida fadada ao fracasso:

Deus pode até ter sido o primeiro arquiteto, mas antes de ser arquiteto Ele foi sem sombra de dúvida:
O primeiro biólogo
O primeiro geneticista
O primeiro geógrafo
O primeiro ecologista
O primeiro zootecnista
O primeiro astrônomo
E mais quantos primeiros podem ser inseridos aqui antes de pensar em arquitetura.

De longe, a criação nada tem a ver com arquitetura e sim com outras áreas a não ser que existam por aí formações como arquiteto geneticista, arquiteto astrônomo e tantas outras profissões que alguns arquitetos deuses se acham no direito de atuar. Só falta quererem dizer que as montanhas, os lagos e mares, no ato da criação, são obras arquitetônicas como os morrinhos de jardins e piscinas ou lagos artificiais….
Francamente, vamos ser honestos: NÃO HÁ QUALQUER ELEMENTO ARQUITETÔNICO NO MOMENTO DA CRIAÇÃO.

Além disso não podemos deixar de levar em conta que na criação o primeiro passo realizado foi:

FIAT LUX!

Ou traduzindo: faça-se a luz.

A luz, como produto de algo, é diretamente ligada ao trabalho desenvolvido por designers juntamente com engenheiros elétricos. São estes profissionais que criam novos modelos, formatos, materiais e equipamentos que favorecem o uso da luz para que depois, posteriormente, mais adiante, os arquitetos possam vir a utilizar estes produtos em suas obras. Existem também aquele povo da biologia que estuda os componentes químicos e moleculares de alguns seres que vivem na escuridão total e possuem fosforescência na tentativa de imitar isso de forma a ser aproveitada pelo ser humano em sua vida cotidiana. Ta, mas e o que isso tem a ver com o FIAT LUX? Nada. Pra mostrar que mesmo lá atrás, antes da astronomia, biologia, zootecnia, geologia, arquitetura, existiu um outro fator: a física que iniciou-se com este FAÇA-SE A LUZ!.

Então, vamos parar com essa imposição de que Deus é o primeiro arquiteto pois não é verdade. Ele é sim, o primeiro FÍSICO! E a física é usada tanto no Design quanto na Arquitetura, quanto na engenharia e por aí vai….

É certo de que tanto o sr autor dessas pérolas quanto a ABD não fazem a menor idéia sobre esta área profissional a não ser o pertinente à decoradores e arquitetos decoradores. Já sobre Design, melhor seria se eles calassem a boca. Como dizem, em boca fechada não entra mosca.

Depois de perceberem a amplitude desrespeitosa que essa ação formalizou e da rejeição proporcionada contra a ABD, eis que surgem as tentativas de ajustes através de retratações.

O nobre Sr. Ivan Rezende já começa a sua indo totalmente na contramão de tudo o que ele disse nessa palestra:

“Sempre acreditei e defendi a idéia de que um mercado de trabalho organizado possibilitaria uma prática profissional sadia, onde profissionais oriundos de diferentes formações pudessem atuar sem reservas de mercado ou espírito corporativo.
Assim como acredito que cada profissão possui suas atribuições e responsabilidades não pautadas por vontade própria, mas por atribuições curriculares e regulamentações de seus órgãos fiscalizadores e normativos, tenho a convicção que conhecimento e ética profissional são os alicerces que realmente sustentam uma carreira. Quanto a estes valores, posso garantir e não há quem possa contradizer, que são aspectos presentes tanto no meu currículo quanto na minha vida cotidiana.”

Em tradução do primeiro parágrafo entendemos que para ele e para a ABD, um mercado organizado significa exatamente o que está sendo feito: NADA! Todo mundo é tudo e faz o que quer desde que não avance sobre áreas que só arquitetos podem atuar como, por exemplo, a varanda da casa da tua cliente que terá de contratar você Designer para o interior e um Arquiteto para a varanda. Belo!!!! Digno de aplausos!!!
A incoerência está exatamente quando ele diz sobre a reserva de mercado: as tais atribuições dos arquitetos, médicos, advogados, professores e qualquer outra profissão regulamentada não são o que senão uma reserva de mercado?

Se um arquiteto faz uma especialização em Design, pode começar a usar o titulo Arquiteto Designer em sua carreira profissional. Já se um Designer fizer uma especialização em arquitetura, este jamais poderá usar o título Designer Arquiteto. Incoerente e cômodo não?

Calma lá! É mesquinharia demais este senhor afirmar que a regulamentação servirá apenas como reserva de mercado uma vez que ele vive e sobrevive graças à reserva feita à classe de origem dele: a arquitetura.
Interessante ele citar de forma tão enfática a questão das atribuições curriculares numa retratação de um fato provocado por ele mesmo quando mandou que os designers joguem seus currículos no lixo. E aí nobre professor arquiteto, quanta incoerência de discurso pois, como você diz em sua retratação (claro que corrigido e atualizado por mim), conhecimento e ética profissional passam bem distante de sua prática profissional.

“Meu intuito nesta ocasião era promover um encontro democrático, como é minha prática de vida, onde todos tivessem direito a manifestar suas opiniões sem que da minha parte houvesse qualquer privilégio que a posição de palestrante convidado viesse a me conferir.
Em uma discussão de idéias é natural a divergência entre as partes, porém o respeito deve ser mantido como baliza o comportamento democrático daqueles interessados em interagir a fim de buscar novas idéias ou soluções.”

Encontro democrático acontece desde que ambas as partes sejam capazes da dialética. Desde que, especialmente a parte que comanda o evento, no caso o palestrante, seja capaz de suspender o juízo e analisar friamente as questões colocadas de forma imparcial, sem academicismos, sem pré-julgamentos, sem achismos ou imposicionismos de classes. Não é o que este senhor demonstrou pois estava sóbrio e certo do que estava fazendo e falando. Em momento algum houve uma tentativa da parte dele de tentar ajeitar o meio de campo que ele mesmo embolou. Pelo contrário, usou e abusou do poderio de palestrante para impor-se arrogantemente sobre os presentes, até mesmo sobre uma colega de profissão sua, aquela professora arquiteta.

Respeito sempre desde que o respeito seja recíproco. O nobre senhor já começou a palestra desrespeitando a todos os presentes e quer exigir respeito? Quer vir falar em espaço democrático? Francamente.

“Lamentavelmente, para alguns dos presentes, minhas idéias não foram bem compreendidas, gerando distorções que pude mais tarde constatar. Mão entrarei no mérito pontual de cada frase ou pensamento destorcido. Acredito que isto só nos levaria a uma discussão emocional e infrutífera. Porém, não me furto a participar de qualquer outro encontro onde o debate possa ser retomado e aprofundado. Talvez, se alguns participantes não tivessem abandonado o recinto, certos conceitos ou pensamentos emitidos tivessem sido melhor compreendidos.”

Distorções acontecem quando a fala não é clara. No caso ocorrido ficou explícito o que este senhor quis dizer o tempo todo. Frases curtas, diretas e secas. Não houve distorção alguma. Engraçado notar que numa palestra com um palestrante e 300 ouvintes se há algum problema este foi gerado pela distorção de pensamento de 300 ouvintes que inexplicavelmente interpretaram o que foi dito exatamente da mesma forma e nunca foi erro do palestrante. Ironias à parte, este senhor e vários outros profissionais devem repensar o seu trabalho como professor e palestrante, especialmente quando este estiver ligado à DESIGNERS.

O fato de não querer, nem em sua retratação, entrar no mérito pontual das questões (nem ao menos uminha?) só nos faz confirmar que tudo o que este senhor disse nessa palestra realmente está fincado em seus pensamentos e faz parte de suas convicções pessoais. Muito blasé e descabida essa tentativa de retratação. Creio que teria sido melhor ter ficado quieto e deixar que isso caísse no esquecimento. Afinal, brasileiro é um povo sem memória não é mesmo? Acreditam nisso, mas nem todos são assim desmemoriados.

Portanto, não, a ABD não é nem nunca será a representante dos Designers de Interiores. Lutamos contra isso já há bastante tempo e continuaremos firmes e fortes contra grupelos e panelinhas que querem desvirtuar o Design nacional, seja em que área for.

Caso você seja um(a) Designer de Interiores e ainda esteja associado(a) à esta panelinha, solicite com urgência o seu descadastramento. Fique tranqüilo(a) pois em nada afetará a tua vida profissional e tampouco desvalorizará o seu nome profissional. Qualquer cliente que te perguntar se é ou não associado, entenderá claramente quando você explicar os porquês de não ser associado. E também, não posso esquecer de colocar aqui, a carteirinha não é documento oficial nacional, portanto, não pode ser exigida por ninguém para qualquer finalidade. Se te pedirem a tua carteirinha da ABD, entregue sua identidade (RG) ou CPF.

A Adoção da Mediação e Arbitragem

“A ADOÇÃO DA MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM é chamado por muitos como a 3ª onda do direito, onde as pessoas, usando de sua autonomia e liberdade passam a determinar a melhor solução para seus casos, obtendo resultados legais, com maior rapidez e maior conformidade das partes envolvidas.

A Arbitragem, amparada pela Lei 9.307/96, é um sistema jurídico legal, com métodos e procedimentos específicos, que tem por finalidade compor a disputa de interesses conflitantes, através da decisão de um Árbitro e que se dá no prazo máximo de 6 meses.

Tal decisão tem a mesma força da decisão proferida pelo Magistrado – Juiz de Direito, ressaltando como característica fundamental o sigilo, a rapidez a custos reduzidos, mais acessíveis, de cuja decisão não cabe recursos a tribunais superiores.

O IJE, como órgão regulamentador e gestor do Tribunal de Mediação e Arbitragem do Paraná, está registrado no Ministério da Justiça e é membro do CONIMA – Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem. – maiores informações com o IJE: Av. Bandeirantes, 116 – fone (43) 3322.9800”

Paulo Espada.

Aqui em Londrina – PR, já contamos com o IJE. Busque em sua cidade se já existe algum órgão nesse sentido e informe-se melhor. Abaixo, umas explicações básicas sobre os trabalhos desenvolvidos.

Entendendo um pouco mais como funciona um Tribunal de Mediação.

LEI 9.307/96 – MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

Nos quadros comparativos é possível perceber as vantagens da ARBITRAGEM na solução dos conflitos.

IJE

INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: nº.08026.000670/2004-81

ESTATUTOS: Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Londrina/Pr

Quadro Comparativo de Processos em Geral

ITEM JUSTIÇA COMUM IJE
Custas iniciais Variação de 4,5 a 10% valor da ação Variação de 0,1 a 1% do valor da ação
Tempo de solução 12 a 36 meses Máximo 6 meses
Recurso Trib. de Just. e Trib. Superiores Não há
Acesso ao Processo Público Sigiloso
Prazo Processual Rígido Flexível (audiências)
Interação p/ Acordo Única oportunidade Empenho contínuo dos Mediadores
Decisão (sentença) Técnico Legal Especialista na Área – objeto litigioso
Julgadores Magistrado Colegiado de Especialistas
Custas Finais Sucumbência Variação de 1 a 10% do valor da ação

SIMULAÇÃO DE CASO

AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO – CUSTAS INICIAIS

Vl. Aluguél(mês) R$300,00 Vl. Aluguél(mês)R$500,00 Vl. Aluguel(mês)R$1.000,00
Justiça Comum IJE Justiça Comum IJE Justiça Comum IJE
R$252,00 R$50,00 R$347,00 R$80,00 R$620,05 R$120,00
  • Valores aproximados.
  • O despejo forçado deverá ser requerido na Justiça Comum, nos termos da sentença arbitral.

TABELA DE CUSTAS INICIAIS E PROCESSUAIS

CUSTAS INICIAIS

CUSTAS PROCESSUAIS

Valor da demanda (R$)

Percentual

Valor Mínimo

Valor da demanda (R$)

Percentual

Valor Mínimo

0,01 a 5.000,00

R$ 50,00

0,01 a 5.000,00

10%

R$ 150,00

5.000,01 a 10.000,00

0,8%

R$ 50,00

5.000,01 a 10.000,00

8%

R$ 500,00

10.000,01 a 50.000,00

0,7%

R$ 80,00

10.000,01 a 50.000,00

7%

R$ 1.000,00

50.000,01 a 100.000,00

0,5%

R$ 120,00

50.000,01 a 100.000,00

6%

R$ 3.000,00

100.000,01 a 500.000,00

0,2%

R$ 400,00

100.000,01 a 500.000,00

5%

R$ 5.000,00

500.000,00 a 1.000.000,00

0,1%

R$ 600,00

500.000,00 a 1.000.000,00

3%

R$ 15.000,00

Acima de 1.000.000,00

1%

R$ 1.500,00

Acima de 1.000.000,00

1%

R$ 20.000,00

No entanto, faz-se necessário que em seu contrato de prestação de serviços seja inserida no final do mesmo, a Cláusula Compromissória. Porém, vale ressaltar que as duas partes (profissional e cliente) estejam de acordo sobre a mesma. É fácil fazer isso. Normalmente a ultima cláusula dos contratos é aquela que diz que fica eleito o fórum da comarca de tal cidade, etc. No lugar desta, deve-se colocar a Cláusula Compromissória como segue:

As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO PARANÁ, CÂMARA DE LONDRINA, como órgão do INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Avenida Bandeirantes, nº116, Londrina, Estado do Paraná, CEP:86.020-010, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja.”

INFORMAÇÕES

Av. Bandeirantes,116

FONE: (43) 3322 9800

O direito de dizer NÃO…

Dizer não às vezes é bom e outras nem tanto. Pode soar como arrogância, como falta de ética e mais um monte de coisas aos olhos de algumas pessoas, porém, também será muito bem recebido por aqueles que valorizam o trabalho profissional seja lá quem for apenas pelo fato de se valorizarem profissionalmente.

NÃO, EU NÃO CONTRIBUO PARA A PROSTITUIÇÃO DA MINHA PROFISSÃO!

Esta deveria ser a linha de pensamento de 100% dos Designers brasileiros, mas infelizmente não é bem o que vemos.

Vou colocar aqui algumas reflexões sobre este assunto. Nem de longe pretendo ser o senhor absoluto da verdade e tampouco encerrar neste texto as discussões sobre este assunto, mas sim, acima de tudo, apenas divagar sobre o mesmo, expondo situações corriqueiras que vivencio e fico sabendo através de colegas de profissão, deixando lacunas abertas, propositalmente, para discussões.

Seja num projeto “dado de graça” ao cliente em trocas das famigeradas e polêmicas RTs, seja numa sacanagem comercial jogando o valor do projeto lá embaixo só para ganhar o cliente, entre várias outras formas de prostituição.

Quando você dá um projeto em troca das RTs você não está contribuindo apenas para o seu próprio desmerecimento profissional mas também para o apodrecimento do mercado, a PROSTITUIÇÃO DE SUA PROFISSÃO. Tanto do respeito dos clientes para com os designers quanto dos lojistas para com os designers – especialmente você.

Se acredita que com isso conseguirá muitos projetos e consequentemente certa visibilidade no mercado, de certa forma está sim certo. Porém, de que vai adiantar atingir isso se a visão do mercado sobre você não será exatamente a que programou? A melhor propaganda é a boca à boca e neste caso o que vai acabar aparecendo é o fato de você ter dado o projeto. “O cara ta mals e pra conseguir pegar clientes não cobra, trabalha de graça…” “É barateiro…” Esse tipo de coisa pode te render vários clientes sim, mas dificilmente você conseguirá galgar a patamares de status profissional mais elevados. Permanecerá incrustado em sua imagem aquele ranço do profissional barateiro – o que também pode denotar falta de qualidade projetual, profissionalismo – e quando você quiser ou tentar cobrar mais por um projeto terá de ouvir frases do tipo “ah mas pra fulano você fez a mesma coisa e não cobrou tudo isso” ou ainda “pra cicrano você fez de graça”.

Com relação às lojas que lhe dão as RTs, não espere muita coisa além disso pois elas também saberão dessa sua postura profissional e lhe tratarão com o mesmo respeito que você trata a sua profissão.

Quando você joga os valores de seus projetos lá embaixo para conseguir clientes também está contribuindo para a PROSTITUIÇÃO PROFISSIONAL. Com isto você demonstra que não respeita a sua profissão, passa a impressão de que aquilo não passa de um bico. Pra cobrar barato assim certamente você não é um profissional devidamente qualificado, habilitado, especializado. Assim, você também estará atrelado ao mesmo ranço já descrito acima. Sem contar que, nas duas situações, o que mais vai pegar certamente é pelo lado profissional. Seus colegas de profissão que não verão com bons olhos esta sua atitude e que dificilmente o escolherão para parcerias. Estará agindo na direção do fechamento das portas profissionais para você mesmo. Um médico não faz uma cirurgia de R$ 15.000,00 e cobra R$ 7.500,00 só para garantir o cliente.

Você não se valoriza e, se dá o devido valor ao seu trabalho, é arrogante, egocêntrico, acredita que não precisa dos outros, das parcerias, não se preocupa com o mercado, com as questões profissionais (este texto reflete a minha preocupação com esta questão), enfim, você não respeita normas, bases, condutas e acha que o mundo gira em torno de seu umbigo. Talvez porque você realmente não precise cobrar tanto pois não depende exclusivamente deste trabalho por ter outras fontes de renda ou por ter alguém que lhe socorra nos momentos de aperto. Talvez porque a sua missão e meta profissional seja esta mesmo: continuar a trabalhar com projetinhos pequenos. Porém nobre colega, o mercado não é composto somente por você e existem inúmeros profissionais que levam a profissão com seriedade e dependem exclusivamente dela. E para estes, você não passa de um PROSTITUTO.

Estes dois casos contribuem e muito para o descrédito de nossa profissão tanto no mercado de trabalho quanto no que diz respeito às nossas lutas em prol da regulamentação profissional junto aos parlamentares.

No mercado, pois as pessoas vendo este tipo de atitude não crêem que uma pessoa estuda tanto para sair distribuindo projetos de graça em troca de migalhas. Se estudou, belo curso deve ter feito, pois as questões mercadológicas, éticas e outras certamente passaram bem longe de seu currículo. Já no tangente à regulamentação, com que seriedade os parlamentares vão tratar um mercado onde os profissionais não se respeitam, um sacaneia os outros, jogam sujo, não seguem uma tabela base, abaixam a cabeça pra qualquer um que questione seu trabalho, se o cliente pede 80% de desconto acabam por aceitar e mais um monte de coisas? Se ele perde um projeto para um marketeiro (sem formação alguma em design), permanece quieto, não questiona nada nem ninguém e aceita isso como fato normal do mercado… Nem questionar a própria associação, que diz ser de representatividade da classe; aquela que todo mês você paga a mensalidade, e que ela diz lutar por seus direitos você questiona. E quando você questiona e ela não responde ou toma atitude alguma você se conforma e aceita… PROSTITUINDO O MERCADO E A REPRESENTATIVIDADE. E avalisando que esta mesma associação continue a liberar cada vez mais esta PROSTITUIÇÃO.

Não eu não vou me associar, pois não me perguntaram e, acredito que nem a 10% dos designers do Brasil se aceitam esta associação como legítima de representatividade. Não há decreto federal que a instituiu como oficial. E se vier a ser oficializada – SÓ DEPOIS DE UMA VOTAÇÃO NACIONAL, terá de alterar e muito o seu estatuto fazendo a exata distinção entre decorador, arquiteto e designer, caso contrário, poderei sim continuar a dizer NÃO, EU NÃO ME ASSOCIO, pois a mesma não me representa nem me respeita como profissional especializado.

Vale a pena ressaltar aqui também a questão das parcerias que nem sempre são tão parceiras assim. É quando, por exemplo, um arquiteto te chama para uma parceria e te diz que não pode cobrar muito caro senão o cliente cai fora… Aí você PROSTITUI-SE, rebaixando seu preço, se mata de trabalhar na sua parte projetual e, não difícil acaba tendo de assumir outras do tal parceiro que acaba abandonando no meio do caminho por incompetência e medo técnico e, ao final, descobre que ele te fez cobrar baixo pra ele poder cobrar mais, bem mais. Ou então quando este parceiro te apresenta uma cota orçamentária ridiculamente impossível, você tem de se matar pra resolver e não estourar o orçamento, depois descobre que na verdade os R$ 20.000,00 que cada um tinha era R$ 20.000,00 pra você e R$ 100.000,00 pra ele. E olha que nem vou falar sobre as divisões obrigatórias de RT’s onde você apresenta todas as notas e ele esconde as maiores além, é claro, dos percentuais que você tem de pagar pra ele por ter te indicado…

Parabéns! Se você é adepto dessas parcerias e práticas mesmo que inconscientemente as pratique por não estar atento, ÉS SIM UM PROSTITUTO!

Eu prefiro dizer:
NÃO! EU NÃO VOU PROSTITUIR A MINHA PROFISSÃO!

O que dizer então daqueles que participam de comunidades, fóruns e outros lugares onde entra o mundo todo atrás de dicas de decoração? E as beldades, crentes que isso é sociável, que lhe trará realmente alguma coisa boa em troca e esparramam todas as dicas e truques gratuitamente? Por vezes, nas leituras, percebemos que ali encontram-se projetos completos, de graça…. Tudo bem que a grande maioria dos que fazem isso não passam de decoradores mas, lamentavelmente, encontramos sim a participação de alguns designers. Isso sem contar ainda aquelas dicas preciosas passadas aos amigos seja por telefone, numa mesa de bar ou até mesmo dentro de uma loja. Esta é sem dúvida a pior PROSTITUIÇÃO da profissão que há. Se compararmos com as profissionais do sexo, são certamente as da mais baixa classe.

Você pode tranquilamente virar para a pessoa e dizer que esta é a sua área profissional e cobra-se por hora técnica a consultoria. Um psicólogo certamente não vai fazer uma sessãozinha sem cobrar algo assim como um dentista não vai tirar aquela mancha de seu dente sem cobrar também. Isto se chama respeito próprio e à profissão. Isso demonstra profissionalismo.

NÃO! EU NÃO PROSTITUO A MINHA PROFISSÃO! MINHA HORA TÉCNICA DEVE SER COBRADA SIM!

Creio que por hora você já deve ter ligado tudo o que escrevi a vários acontecimentos de sua vida profissional, ter relacionado com outros que eu não tenha colocado aqui, mas é exatamente esta a intenção deste texto, como eu disse no inicio: força-los a pensar, refletir, analisar como está sendo levada a sua vida profissional e como você vem tratando a sua profissão.

Pense bem sobre isso tudo e muitas outras coisas. Não seja conformista, pois o mercado está assim e nossa profissão tão desrespeitada exatamente por causa desse tipo de posturas anti-profissionais, desrespeitosas e anti-éticas.

Não pense você que conseguiremos chegar a um patamar de respeito publico continuando agindo assim. Muito pelo contrário. Talvez por isso tudo seja tão difícil unir os Designers em torno de uma regulamentação, em torno de uma associação própria e isenta de ingerências de outras profissões, de firmar parcerias realmente prazerosas, de sermos reconhecidos pelo mercado, inclusive revistas de decoração onde só vemos pessoas de outras áreas aparecendo como se nós não existíssemos. Nem matérias sobre as diferenças entre os profissionais são feitas. Não há pesquisa cientifica na área. E alguns como eu, acabam sendo taxados de loucos…

Bem ou mal, estou fazendo a minha parte. Ao menos solto meu grito deixando de agir como um PROSTITUTO e mostrando a vocês coisas que acontecem bem na sua frente e que preferem não olhar talvez por comodismo. Talvez nem sei por que exatamente. E nem mesmo vocês saibam. Mas o fato é que Portugal acabou de regulamentar o design e nós estamos aqui.

PARADOS…

PROSTITUÍDOS….