Category Archives: Arte

Arte é a expressão de um ideal estético através de uma criação. É um tipo de manifestação humana universal existente em todas as culturas. A arte se comunica de forma simbólica e criativa com a sociedade. Uma obra de arte transmite ideias, sentimentos, crenças ou emoções e ela não precisa ser necessariamente um quadro.

O Perfume, História de um assassino (O filme)

Se você ainda não leu o livro O Perfume, um romance do escritor alemão Patrick Süskind, melhor não continuar lendo esse post, pois escreverei algumas coisas que contarão parte significativa da história. Prosseguir é por sua curiosidade, conta e risco.

Primeiramente, o maior desafio desse filme, dito “infilmável” era transpor a dificuldade de transmitir pela tela as sensações sinestésicas olfativas. Pois bem, as percepções que tive foram tão fortes e ricas como da leitura – aí que está o grande mérito do livro.

As sensações dos odores existem sim, são naturalmente possíveis, e são representadas sem efeitos de computação gráfica, de “fumacinha” de cheiros, ou qualquer efeito caricato. A mensagem ocorre pelo uso de enquadramentos fechados, detalhes, imagens impactantes em sequência muito rápidas estimulando o cérebro a assimilar a mensagem que vem seguida da lembrança ao dor correspondente. Conforme vão ocorrendo as sequências de imagens, lembranças dos odores vão sendo resgatadas e as sensações olfativas começam a acontecer – tal qual no livro.

Genial recurso de estímulo visual! Uma experiência multisensorial muito rica! Mas no meu caso, ocorreu com muito menos intensidade do que durante o livro. Acredito que movido principalmente pela própria natureza imaginativa da leitura.

As cidades do século XVIII, Paris, Auvergne, Montpellier e Grasse são retratas olfativamente. A barraca de peixes, da feira parisiense, onde nasce, logo no início do filme o protagonista Jean-Baptiste Grenouille (Ben Whishaw – que não é tão horripilante quanto o Grenouille que eu imaginava), é simplesmente nauseante.

As cenas do desmoronamento da casa de Giuseppe Baldini (Dustin Hoffman) e quando Antonie Richis (Alan Rickman) entra no quarto e encontra sua filha Laura Richis (Rachel Hurd-Wood) morta, estirada na cama é de puro lamento. Cenas muito parecidas com as que imaginei durante leitura. Destaco também o jeito mocorongo free-style com que Grenouille monta o então misterioso “Amor e Psique” de Pélissier é muito engraçado. Parecia até que estava preparando um drink mussolini

A pior cena, infelizmente, elejo a chegada de Grenouille para o enforcamento. A sequência vai muito bem até que desanda em gestos saturados de teatralidade em excesso. Contudo o desfecho, da cena na orgia olfativa, é retratada na medida certa, sem exageros ou apelações, tal qual exigem as imagens de uma “orgia poética”.

Ah! Fica aqui uma dica de percepção. Antes da cena do nascimento, aparece Grenouille sendo levado para a forca. Se me lembro bem essa cena se passa a noite, e lá no final do filme, onde ela acontece novalmente, está de dia. Teria sido um erro?

No mais, se você caro leitor curioso, que mesmo não conhecendo a história do livro, leu o post completo, não deixe de assisti-lo, que estréia em circuito nacional na próxima sexta feita, 26 de janeiro. E é claro, recomendo veementemente, antes do filme, a leitura.

Lançamento: Coleção de livros sobre o fotógrafo Geraldo de Barros

A editora CosacNaify lançou esta semana uma coleção de livros sobre
o designer e fotógrafo Geraldo de Barros (1923-1998). A caixa Geraldo
de Barros – Sobras + Fotoformas contém duas de suas principais séries
fotográficas produzidas entre 1948 e 1952 e durante a década de 1990.
Fotoformas é uma versão fac-similar da edição do catálogo da exposição
“Geraldo de Barros, Peintre et Photographe” realizada em 1993, no Musée
de l’Elysée na França, e Sobras é uma publicação inédita que reúne
colagens e montagens fotográficas realizadas nos últimos anos de
vida do artista. Geraldo de Barros é um dos pioneiros da fotografia
experimental e um dos precursores do movimento concretista no Brasil.

UniFOA cria primeiro curso de Design da região Sul Fluminense

Unifoa lança curso de Design para colocar profissionais mais qualificados e criativos no mercado

O design está em tudo. No celular, nos carros, no jornal, num móvel, na moda, até numa sandália. Isso muita gente sabe. O que poucos sabem é como atua, onde trabalha e como se qualifica e se forma um profissional dessa área. Pensando neste mercado e na forte demanda de empresas da região, o Unifoa abre, em 2007, o primeiro Curso de Design da região Sul Fluminense. A missão de formar novos profissionais para atender empresas como Volks, Peugeot, Nestlé, CSN, as inúmeras gráficas e as agências de publicidade será coordenada pela mestra em design pela PUC – Rio e especialista em comunicação Cristiana Fernandes, a Kitty. Barra-mansense bem sucedida na capital carioca, ela acaba voltar à região depois 10 anos buscando aperfeiçoamento na sua área. “Voltei para trazer o curso para região e por eu ser de Barra Mansa e ver o potencial crescimento das empresas e a chegada de novas indústrias”, explica Kitty.

Folha do Interior – Como surgiu a idéia de montar o curso de design na região?

Cristiana Fernandes – Percebi, mesmo estando no Rio, que havia uma forte busca de profissionais bem preparados para atender as grandes empresas da região. Queremos formar os nossos profissionais e não “importar”, porque temos grandes talentos que precisam ser mais bem qualificados numa faculdade. A especialização é muito importante porque melhora nível de relacionamento, o perfil de responsabilidade e uso de novas tecnologias. O software, por exemplo, é importante para finalizar e dar cargo a idéias que estão dentro da cabeça, mas o profissional de design é habilitado a direcionar essas idéias.

Folha do Interior – Como as pessoas percebem o design no seu dia-a-dia?

Cristiana Fernandes
– As pessoas vivem com o design o tempo todo. Ele melhora a estética, melhora o visual. O design está em tudo. Está onde as pessoas às vezes não percebem. O produto é funcional, agrada o público e o usuário. Isso é design.
Num site por exemplo – o design melhora a legibilidade, a facilidade de leitura, o fluxo da informação, o apelo visual, o apelo tecnológico associado ao público (ex. um menino que entra no site do Cartoon Network Ele entra nesse site porque é extensão da mídia de televisão. Ele tem que encontrar no site o mesmo apelo que a televisão tem e é como se ele convivesse mais tempo com as Meninas Superpoderosas).

Folha do Interior – Quais os seguimentos que o profissional de design pode atuar?

Cristiana Fernandes
– Na área de especialização é muito importante – melhorar o relacionamento, perfil de responsabilidade, produtos, na moda, design de interiores. As grandes empresas como Peugeot, Volks, Nestlé têm seus setores de design. Tem também design editorial, identidade visual, design gráfico.


Folha do Interior
– Como será o foco de atuação do curso?

Cristiana Fernandes
– O curso terá duração de quatro anos e será voltado para Design Gráfico e Design de Produtos. Serão 100 vagas para 2007 e as inscrições podem ser feitas no Unifoa ou pelo site www.foa.org.br. O vestibular será dia 21 de janeiro. O curso prepara o aluno durante 3 anos básicos e um específico para que o futuro profissional de design tenha habilidades para seguir, pela sua aptidão, pelo design gráfico ou design de produtos. A proposta é que esse profissional possa se formar em 5 anos nos dois segmentos. Traremos professores bem conceituados no mercado, mas vamos explorar bem o potencial que já existe na região. A minha equipe será formada por gente tão apaixonada quanto eu pelo design, mas não só isso, de pessoas criativas e muito afim de trabalhar pelos alunos. Temos na grade disciplinas voltadas para a computação gráfica, desenho artístico e técnico, fotografia e estúdio fotográfico, oficinas de madeira, metal e plástica entre outras, ferramentas necessárias para uma boa formação, se casadas com muito conceito.

Folha do Interior – E a sua formação pessoal, como foi sua trajetória na área?

Cristiana Fernandes
– Me formei em Lorena, na Fatea em 1996. Trabalhei no setor de filatelia dos Correios fazendo design de selos. Depois fui para Federação de Bandeirantes do Brasil, em 1997. Em 1998 fui para Revista do Jóquei Clube Brasileiro. Trabalhei na agência Click onde participei da criação do site da Oi e da White Martins. Hoje, tenho um escritório de design gráfico, no Rio, onde tenho parcerias com uma empresa de desenvolvimento de sistemas de Zurique, na Suíça. Além disso, dou aula na UniverCidade e na Estácio de Sá em Produção Gráfica, Direção de Arte e Computação Gráfica, disciplinas ligadas à criação. Já dei aulas em pós-graduação de WebDesign e hoje sou especializada em “design de multimídia”, que aliás, será tema de uma pós, que será iniciada em fevereiro, na UniFOA.

Um designer brasileiro no país da censura na Web

“É como se tudo passasse por um big firewall”
Entrevista com Itamar Medeiros: brasileiro na China, país que censura a Internet
por Vanessa Nunes
original em: Zero Hora

Mesmo morando em um país conhecido pelos casos de censura à Internet, o designer pernambucano Itamar Medeiros, 32 anos, recorre à web para manter os amigos informados sobre o seu dia-a-dia na China. Desde julho de 2005 em Xangai, onde leciona comunicação visual no Raffles Design Institute da DongHua University, Medeiros mantém um blog (http://designative.blogspot.com) em conjunto com o designer carioca Bruno Porto, 35 anos, há quatro meses naquele país. O diário tem duas versões, em português e em inglês. O pernambucano possui ainda uma página no Flickr recheada de fotos suas com a mulher, a porto-alegrense Fabiane, 27 anos, em pontos turísticos de Xangai. Na última sexta-feira, Medeiros falou ao ZH Digital via VoIP (telefonia pela Internet) sobre as dificuldades de ser internauta na China.

ZH Digital – Como é o acesso à Internet na China?

Itamar Medeiros – Como tudo na China, passa por um controle de conteúdo. Se estou no Google e digito determinadas palavras-chaves, como “Praça da Paz Celestial” ou “Tibet” (temas sensíveis ao governo chinês), não retornam os resultados. É como se saísse fora do ar. Não mostra aquela mensagem de que a página não foi encontrada. Todo mundo sabe que tem o firewall, mas o governo é pouco transparente. Não se sabe se o que não conseguimos acessar é porque foi bloqueado ou se é porque a infra-estrutura de Internet do país é ruim.

ZH Digital – Que problemas são esses de infra-estrutura?

Medeiros – A China tem 12 links de saídas para o mundo e 120 milhões de internautas. É pouco canal para muita gente. E todos esses canais são controlados pelo governo. Por causa do filtro, o contato com páginas no Exterior se torna muito lento. A Internet fica lenta porque filtram até o conteúdo. É como se tudo tivesse que passar por um proxy gigante, um big firewall China (uma espécie de grande muralha da China).

ZH Digital – A navegação se torna lenta até mesmo em páginas hospedadas no país?

Medeiros – Para acessar sites hospedados aqui é rápido, porque essas páginas já passaram pela autocensura de quem as hospedou. Os servidores de Internet não são malucos de permitir algo que vá contra o governo. O próprio provedor é responsabilizado pelo governo por qualquer crime que seus usuários estejam cometendo.

ZH Digital – Como os chineses encaram o controle imposto à Internet?

Medeiros – O chinês não vê como um problema. Mesmo o chinês que fala um pouco de inglês acessa os serviços de Internet que são chineses. O curso em que dou aula é em inglês, e vejo pelos meus alunos chineses. Eles não têm conhecimento nenhum de como é a Internet no mundo. Quando a gente fala de sites populares, como o YouTube, o cara não sabe, porque sempre tem um site chinês com conteúdo parecido. A China tem 600 mil blogueiros, mas todos ou usam um servidor de blogs que seja da China ou um serviço que foi negociado com o governo para entrar aqui.

ZH Digital – Você toma algum cuidado sobre o que escreve?

Medeiros – Tem no meu blog em português um monte de coisa esculhambando a China. Metade do que coloco nele não ponho na versão em inglês. Não acho que eu seria preso (o governo já prendeu jornalistas sob a acusação de terem divulgado na Internet dados considerados “segredos de estado”), mas como vim para trabalhar aqui, preciso deles para me darem o visto.

Comunicado os Leitores do DESIGN-SE e usuários de Firefox



Aos que usam firefox e não conhecem a extensão/Add-on Chatsum, ela possibilida que todas as paginas da Web se transformem em páginas de chat, podendo os usuários da extensão conversar em tempo real ou simplesmente deixar recados como se fosse um mural.

Volta e meia tem pelo menos uns 5 online chegando a passar de 15 nos picos do dia. Eu estou quase sempre online e se os leitores quiserem aperfeiçoar o canal de comunicação aqui vai minha dica. Chatsum.

Ele é ativado Exibir > painel > chatsum Ctrl + Alt + C
e a “sala de chat” funciona no canto esquerdo do site.

Cadastre-se, Instale, e venha pra cá.