Category Archives: Arte

Arte é a expressão de um ideal estético através de uma criação. É um tipo de manifestação humana universal existente em todas as culturas. A arte se comunica de forma simbólica e criativa com a sociedade. Uma obra de arte transmite ideias, sentimentos, crenças ou emoções e ela não precisa ser necessariamente um quadro.

Hoje o Google Doogle é brasileiro


Hoje o Google Brasil está com um desenho feito pela Luiza Carneiro de Faria, 9 anos. Ela foi a vencedora do concurso “Doodle 4 Google” que incentiva adolescentes entre 6 e 15 anos a desenharem o logo.

Além disso ela vai levar também um notebook, uma bolsa de estudos de R$ 30 mil e uma sala de computação na escola.

Parabéns para a menininha, quem sabe uma futura designer 😉

Ah e vocês podem conferir os outros finalistas aqui!


Modelo simplificado para construção de sistemas de identidade visual

Construindo Sistemas de Identidade

A construção de um sistema de identidade visual (SIV) pode ser realizada de diversas formas, seguindo diferentes caminhos. O que eu apresento aqui é uma sugestão de método para visualizar melhor as fases de construção do SIV e suas relações. Procurei tornar o infográfico mais simples, reduzindo a quantidade de informações, de modo a privilegiar o entendimento básico. Obviamente, diferentes designers usam diferentes caminhos, alguns mais simples, outros mais complexos. Independente da maneira como se faz, o importante é sempre refletir sobre o método utilizado e criticar cada etapa, pois se uma parte do processo for mal-feita, o resultado das etapas seguintes fica comprometido. Um erro na definição do DNA afeta todo o projeto assim como um erro de seleção do caminho criativo também pode levar a uma solução que não resolve o problema. Continue reading Modelo simplificado para construção de sistemas de identidade visual

Ah, os designers, esses seres arrogantes…

Não sou psicólogo, claro, mas sou profundamente interessado na mente humana. Gosto de tentar entender como ela funciona (ou não) e analisar o comportamento de grupos e pessoas. O mundo do design é um terreno fértil para isso. Somos muito diversos na forma de agir, pensar e trabalhar. Essa diversidade toda renderia material de sobra para uma tese de doutorado, mas a questão que quero abordar é outra: a arrogância.

Vira e mexe, dizem que primamos por ter o nariz empinado. Sermos deuses. Sermos donos absolutos da verdade. Definitivamente, não sou o exemplo mais bem acabado daquilo que as pessoas esperam de um designer. Frequentemente misturo o design com a arte, visto roupas meio normais, não tenho a fala afetada, não uso termos complicados e minha única excentricidade (!) é cortar meu próprio cabelo há mais de 20 anos.

Mesmo não tendo a imagem estereotipada de um designer (mas em nome da ‘ciência’), serei o voluntário para esse breve e superficial estudo sobre o comportamento dessa raça tão estranha e sua gente tão esquisita. Entendo por arrogantes aquelas pessoas que estão certas a respeito de tudo o tempo todo. Ora, designers fazem design! Sendo um deles, pressuponho, então, que eu conheça mais sobre design do que os não-designers. Sou contratado para resolver os problemas dos clientes nessa área. Assim, quando emito uma opinião, é no sentido de colocar minha bagagem de conhecimento a serviço do cliente. Oferecer o melhor. O que funciona.

É claro que cada cliente é único e cada trabalho é um aprendizado. Por conta disso, quando estou caminhando no território dele, o cliente é ‘o cara’. Devo ter humildade para aprender, ouvir (de verdade) e absorver muito. Passado esse momento, é hora de arregaçar as mangas e ir para a prancheta (prancheta é força de expressão, apesar de ter uma de estimação aqui no estúdio…). Aí o show é meu (nosso)! Visto a camisa do cliente e faço suar a minha em busca de resultados. Extraio a essência do briefing e devolvo o meu melhor! Invado a área e tento marcar o gol com a propriedade e confiança de um Zidane (na maioria das vezes sem dar cabeçadas no Materazzi!). É para isso que sou pago e é isso que sei fazer razoavelmente bem!

Até mesmo no meio do processo, mantenho as antenas erguidas e os ouvidos ligados. Se os redirecionamentos do cliente forem pertinentes e bem fundamentados, não vejo o menor problema em desviar a rota. Caso contrário, é minha vez de mostrar um argumento bem alicerçado e coerente a fim de mostrar para o cliente o porquê daquele caminho. Sei que o cliente não é ‘da área’, então procuro usar termos compreensíveis e aceitar ‘na boa’ os termos errados que ele possa usar (ele deve fazer o mesmo comigo…). Autoconfiança, meu povo,  não pode ser confundida com arrogância!

Ser bom naquilo que você faz é fruto de trabalho árduo, estudo, dedicação, interesse (e, por que não, motivo de orgulho?). Com alguns quilômetros de rodagem e MUITA coisa para aprender ainda, caminho no terreno do design com certo conforto. Diferentemente de outras praias, aqui costumo me sentir em casa. Tenho consciência, no entanto, que não sei nem nunca saberei tudo. É essa ignorãncia que me tira da cama todos os dias e me faz vir para o estúdio, nessa deliciosa mistura de trabalhar e aprender.

Vejo meu trabalho como outro qualquer. Chego no estúdio às 7 da matina e vou embora lá pelas 6 da tarde. No meio disso, dou o meu melhor. Tentaria dar o meu melhor, também, caso fosse  quitandeiro, jogador de futebol, médico, mecãnico ou sapateiro (como foi meu avô).

Tenho certeza que com você é assim também!

Agora, se você quiser conversar sobre gastronomia, economia, física quântica, televisão ou astrologia, definitivamente não sou o cara mais indicado para falar, mas será um prazer te ouvir.

Um abraço:

Morandini

Texto © Morandini – Pode ser reproduzido desde que citado o autor e o link www.morandini.com.br

França vs Brasil

Daqui a pouquinho, as 18 horas (de Brasília) vai rolar o amistoso da França e Brasil em Paris, no Stade de France e para lembrar a vocês, resolvi postar junto esse cartaz irado, feito para a FFF (Federação Francesa de Futebol) que foi lançado no início do ano para promover a partida.

Criado pela DDB Paris.

Há vale lembrar que hoje a seleção Brasileira estreia com aquela camisa horrível. Sua oportunidade para ver.

Via: ibelieveinadv


A China é aqui! (que saudade dos logotipos de 199 reais…)

Houve um tempo em que a maioria dos designers reclamava da concorrência desleal. Enquanto alguns investiam quatro anos numa faculdade, faziam pós-graduação e buscavam atualização e informação num sem-número de palestras, seminários, livros e pesquisas, os pseudo-designers deitavam e rolavam, ´roubando’ clientes por praticarem preços absurdamente baixos. Proliferavam sites oferecendo logotipos por 199 reais ou menos… E, quando a coisa parecia ter chegado no nível mais baixo, eis que surge uma novidade! Um novo site (por enquanto só conheço um) está promovendo uma espécie de leilão virtual de logos. O sistema funciona assim: o cliente faz uma oferta (chama-se ‘prêmio’) de 195 reais. Em seguida o site publica o perfil desse cliente e o valor do tal prêmio. Aí os ‘logotipeiros’ interessados enviam suas propostas para concorrer àquela ‘fortuna’ toda (80% do valor, pois os 20% restantes vão para o site). São 50, 60, 100 layouts enviados para que o cliente escolha a mais bonitinha. Dessas dezenas ou centenas de marcas, apenas a eleita receberá o pagamento. Os demais, trabalharam de graça!
Acho que um modelo de negócio só é válido quando contempla de forma JUSTA todas as partes envolvidas. Além disso, penso que um designer (ou qualquer outro profissional) não deva trabalhar por uns trocados, mas, sim, por uma remuneração justa. É a tal da dignidade profissional. Vejo nesse tipo de prática duas questões distintas e diametralmente opostas. A primeira delas é o prejuízo que isso causa ao mercado. Muitos podem dizer que os clientes desse tipo de site não nos oferecem perigo por estarem em outra esfera. Talvez… Penso que, aos poucos, essa cultura do ‘baratinho’ vá se disseminando e coloque o design na condição de algo menor, abrindo ainda mais a distância entre os grandes e pequenos clientes. Essa ‘comoditização’ do design fará surgir concorrentes. Logo aparecerá um site oferecendo o mesmo produto por 150 reais. Em seguida outro, cobrando 120, até atingirem o piso, seja lá qual for ele, e passarem a brigar pelas migalhas.
A segunda questão é que a esse tipo de prática gera uma enorme sub-classe profissional. Em sua maioria, os criadores de logotipos desse espaço são profissionais de outras áreas que se aventuram a mexer em softwares gráficos a fim de defender uns trocados. É na base do ‘bico’ mesmo. Gente sem formação, sem conhecimento e sem ‘estrada’, que joga meia dúzia de ideias para tentar fisgar o prêmio. Via de regra, os trabalhos que vi no site são sofríveis. Marcas medíocres com graves problemas de construção e de uso limitado. Isso colabora para turvar a imagem verdadeira dos profissionais do design, que dedicam suas vidas ao estudo sério das questões envolvidas no desenvolvimento de uma marca. Passa a impressão de que criar um logotipo é um simples exercício de software a ser feito nas horas vagas. Coisa para amadores de final de semana, com seus programinhas piratas e suas soluções instantâneas. Clicou aqui, jogou um gradiente ali, está pronto!
Na verdade, estamos falando de duas coisas distintas, mas que acabam se confundindo na cabeça dos leigos. Design, antes de mais nada, é projeto e solução. Demanda tempo, know-how e expertise. É fruto de muito trabalho, metodologia e, acima de tudo, conhecimento, coisas que só um profissional pode oferecer. Soluções rasteiras e de ‘baciada’ podem ser tudo, menos design.
É impossível não estabelecer uma ligação com os produtos chineses. Cópias de qualidade duvidosa, a maioria deles tem apenas aparência. Não funcionam. Não são confiáveis. Além disso, na outra ponta da cadeia produtiva, há mão de obra baratíssima. Condições de trabalho deploráveis. Emprego de pessoal desqualificado. Da mesma forma, esse site (o nome dele não foi citado nenhuma vez para não fazer propaganda) oferece logotipos que têm apenas aparência, não funcionam… Além de empregarem mão de obra sem nenhuma qualificação.
O pior disso tudo é que há uma minoria que atua na área (se são profissionais ou não já é outra história!) que defende esse tipo de negócio, participando e incentivando os outros a participar. Os argumentos normalmente focam na necessidade dos novos profissionais e estudantes construírem seus portfólios e entrarem no mercado. Penso que há maneiras mais bonitas e dignas de se entrar na profissão do que pela porta dos fundos. Um estudante ou profissional em início de carreira que se sujeitar a trabalhar nesses moldes, estará começando da pior maneira possível. Estará desenvolvendo uma visão completamente distorcida dessa atividade tão apaixonante. Se é para trabalhar de graça, ofereça seu serviço para entidades filantrópicas. É mais coerente, mais íntegro e mais legítimo.
Se alguém puder me provar o contrário, com um bom argumento, eu mudarei minha opinião. Nesse momento, porém, acredito que design não é nem nunca será commodity. Se me convencerem, a partir de amanhã, passarei a brigar por preço. Só por preço. Deixarei de lado todas as minhas ideologias bobas e virarei, tipo assim, um atacadista do design.

#porraGloboNews, vocês estão difamando o mercado


Quando você acha que tudo esta perdido, se engana. Ontem no programa Mundo S/A no canal Globo News, foi divulgado uma empresa chamada “We do Logos” (me recurso a linkar) que vai na contramão de tudo que nós DESIGNERS acreditamos. A empresa em questão cria logomarcas pelo preço que o cliente quiser e chama todos que criam logos dentro desse site de “designers” em especial mostra a vida de um deles que “NUNCA fez curso de programa de computador”, e complementa “a professora sempre me olhava desenhar”. Vale a olhada, eles mandam MUITO em design.

O assunto ganhou os Trends Topics do Twitter, na tela acima é visto que o assunto já é o MAIS comentado na rede social. Vale a dúvida se o @yeswedologos colocará na parte de mídias que foi um dos mais repúdiado do Brasil durante um dia inteirinho. Alguns se perguntam se a a briga deveria ser coma a empresa que faz esse tipo de serviço, ou com o canal/programa que transmite. A resposta para isso é simples: Empresas e profissionais desse porte sempre terão e continuarão tendo em qualquer lado. A briga é com o canal de televisão e com jornalistas (acho que não tem mais nenhum por lá) que ajudam a difamar o marcado de design no Brasil. Seguindo a linha do pensamento… depois de uma matéria dessa, você acha que um cliente desinformado pagará o justo por um serviço de identidade visual? É lógico que não. Culpa de quem? não da empresa. e sim da Globo que divulga essas asneiras!

Cliente decide quanto quer pagar por uma logomarca, conheça a empresa We do Logos, que inverte o caminho normal do processo de criação.

“Para quem já tem uma empresa, um escritório, mas ainda falta ter uma identidade visual para a marca, conheça um site de concorrência criativa que está mexendo com o mercado da publicidade. A grande sacada foi inverter o caminho normal do processo de criação de logomarcas: o cliente é que decide quanto quer pagar pelo trabalho e ele mesmo gerencia as propostas que recebe, tudo via internet. Os preços começam em R$ 195,00. O modelo nasceu lá fora e deu tão certo que até as grandes empresas estão de olho e começam a contratar os serviços.”


Veja a matéria completa de 11 minutos, aqui!

Ainda no site da empresa, quem entrou e viu o ultimo parágrafo no “para empresas” se depara com isso:

Lembre-se: Por que contratar 1 designer para fazer sua arte se você poderá ter DEZENAS de designer competindo para criar um design perfeito para seu negócio!


Desde sempre a televisão teve o poder na mão, e ainda não aprendeu a falar coisas coesas e interessantes para o público. Continua a encher os programas com linguiça. Acho que com essa teória poderiamos PAGAR quanto queremos pra assinar uma TV por assinatura, afinal a qualidade é tão boa quanto uma logomarca feita por essa empresa de merda, não?

Há mais sites apoiando o #PorraGloboNews:

abcDesign
abcdesign.com.br/noticias/porraglobonews/

Caligraffiti
caligraffiti.com.br/porraglobonews/

Cão da Lua
caodalua.wordpress.com/2011/02/08/nos-fazemos-logos/

Designers Brasileiros
designersbrasileiros.blogspot.com/2011/02/porraglobonews….

DesignFlakes
designflakes.com.br/porraglobonews/

IdeaFixa
ideafixa.com/e-pra-rir-ou-pra-chorar/

* Não vinculei nenhuma foto ou até mesmo anexei parte da matéria porque já sei que pode vir processo por aí. Mas caso eles tirem o vídeo do ar, fiquem tranquilos, eu tenho uma cópia 😉

Deixem seus repúdios aí!!!


http://www.ideafixa.com/e-pra-rir-ou-pra-chorar/

Será que você é um iconoclasta?

Perguntinha capciosa essa, heim? Vou dar uma pista, afinal, até alguns dias atrás, eu nem fazia ideia se isso era de comer ou de beber.

Vamos lá: iconoclasta, significa, literalmente, destruidor de ícones. A origem da palavra data de 725 d.C., quando Leo II, imperador de Constantinopla, destruiu o ícone dourado de Cristo instalado nos portões de seu palácio. O iconoclasta não respeita símbolos, ídolos, imagens religiosas ou qualquer tipo de convenção social ou tradição. Um iconoclasta entende que nada nem ninguém é digno de culto ou reverência.

Quem desenterrou isso lá das antigas e trouxe para o nosso mundinho contemporâneo foi o neurocientista Gregory Berns, com seu ótimo livro “O iconoclasta”.

Berns atualiza o conceito quando diz que iconoclasta é uma pessoa incomum que interpreta a realidade de maneira distinta e faz aquilo que o senso comum julga impossível de ser feito. Ou seja, iconoclastas são inovadores, aquela raça que muda o mundo e vira pelo avesso tudo o que a gente conhece. Nem sempre esse povo é fácil de lidar, mas são eles que fazem a civilização andar.

Os iconoclastas são pessoas diferentes da média e vêem o mundo de uma maneira diversa e original. Gregory Berns descobriu, inclusive, que o cérebro dessas pessoas é diferente em três aspectos principais: a percepção, a resposta ao medo e a inteligência social.

1. Percepção

Os iconoclastas percebem o mundo de um jeito que as outras pessoas não costumam sequer imaginar. A explicação para isso é que o cérebro tem um gasto fixo de energia e não pode dispender mais quando tem que executar uma tarefa mais complicada. Para resolver isso, nossa massa cinzenta tem alguns truques que a fazem ficar mais eficiente: um deles é rotular tudo o que lhe aparece pela frente, num esquema chamado categorização preditiva (um jeito científico de denominar preconceito).

A coisa funciona da seguinte maneira: para não ficar saturado de informações, o cérebro infere o que está vendo, ou seja, ele avista apenas uma parte da cena e logo murmura: “ah, isso aqui eu já conheço, é um cavalo marinho plantando bananeira“. Assim, nossos miolos escolhem algumas partes que acham mais interessantes e ignoram o resto. Isso economiza energia e funciona muito bem no dia-a-dia, mas destroi, sem dó nem piedade, toda nossa imaginação e capacidade criativa.

Então, uma das maneiras de driblar o sr. Preguiça de Pensar é confrontar o sistema perceptivo com algo que ele não sabe como interpretar, pois nunca viu nada parecido antes. Isso força o descarte das categorias usuais e a criação de novas.

Dr. Berns recomenda viagens como uma ótima oportunidade de apresentar coisas inusitadas para nosso cérebro e recomenda que conhecer novas pessoas, ideias, sabores, imagens, línguas, palavras e hábitos diferentes dos nossos ajuda muito a desestabilizar padrões estabelecidos de percepção (e desconstruir preconceitos confortáveis).

Aliás, Gregory alerta para o fato de que quanto mais a gente tenta pensar de forma diferente, mais rígidas se tornam as categorias estatísticas instaladas na nossa caixola. O único jeito de domar a coisa é justamente bombardeando a teimosa com experiências inéditas.

Os iconoclastas adoram abastecer seus cérebros famintos de novidades e não costumam categorizar o que vêem. Por isso, eles conseguem perceber o mundo sem cair na tentação de rotular as coisas. É assim que eles descobrem novas metáforas, funções, ideias e, em última instância, inovam.

2. Resposta ao medo

O medo faz com que a gente se sinta mal, inseguro, assustado. Ele distorce nossa percepção, nos paralisa e nos impede de criar.

Todo ser humano responde praticamente da mesma maneira quando submetido a uma situação de estresse: a pressão sanguínea sobe e o coração dispara; a boca seca e a gente começa a suar; os dedos tremem, a voz oscila e tem quem sinta até tontura.

Os neurocientistas identificaram 3 tipos básicos de medo: o do desconhecido, o de fracassar e o de parecer idiota. Os iconoclastas também sentem medo, mas, diferentes da plebe, conseguem evitar que sua percepção seja distorcida; como eles pensam diferente e experimentam outros pontos de vista, a coisa toda fica menos aterrorizante. Sempre é possível encontrar uma solução, uma esperança, ou outra maneira de encarar o risco.

Olha só essa frase de Henry Ford, um dos maiores iconoclastas de todos os tempos:

“Quem teme o futuro, quem teme o fracasso, limita suas atividades. O fracasso é somente a oportunidade de começar de novo, com inteligência redobrada. Não há vergonha em um fracasso honesto; há em temer fracassar”.

3. Inteligência social

Muita gente boa, criativa e destemida, já se deu mal por causa da incapacidade de vender suas ideias para os outros. Os iconoclastas bem-sucedidos não, pois eles têm esse talento muito bem desenvolvido. É basicamente esse último aspecto que diferencia a história de umVan Gogh (que morreu sozinho, na miséria) e um Pablo Picasso (seus bens foram avaliados em U$ 750 milhões quando morreu, em 1973).

Berns explica que, para vender uma ideia, o iconoclasta precisa desenvolver duas coisas: a familiaridade e a reputação positiva. A familiaridade é estabelecida pela produtividade e pela exposição; com uma boa rede de contatos a pessoa se torna conhecida tanto pelo seu trabalho como pela capacidade de impactar grupos sociais com suas opiniões.

Iconoclastas bem-sucedidos, como Picasso, são como um nó de rede; tanto influenciam grupos como os conectam. Van Gogh, apesar de brilhante, tinha uma produtividade baixa e um número ainda menor de amigos ou conhecidos. Era um gênio isolado, receita certa para a arte incompreendida e iconoclastia desperdiçada.

A construção de uma boa reputação faz com que as pessoas se acostumem com as ideias do iconoclasta em questão, fazendo com que pareçam menos assustadoras e arriscadas. Para que o iconoclasta consiga de fato vender suas ideias e mudar o mundo, é preciso se fazer confiável.

***

Gregory Berns discorre sobre vários casos de iconoclastas desconhecidos do povão e outros que se tornaram celebridades, como Steve Jobs.

A grande ironia da coisa toda é que, de tão talentosos e especiais, essas pessoas conseguem o impensável: de iconoclastas, eles se transformam em ícones, verdadeiros objetos de culto para seus fãs.

Lígia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br

Homeopatia: É feita de nada


Ontem o Kentaro Mori postou uma ilustração que foi feita junto com o Ilustre Bob sobre Homeopatia. Muito interessante e que vale a pena pensar esse final de semana. Depois que você ler isso se querer saber mais poderá ler esse texto, que explica exatamente o que é a Homeopatia para quem não a conhece. E para quem já a conhece, poderá tomar overdose de homopatia.. Esse sábado e domingo (5 e 6 de fevereiro) em todo o território brasileiro.


Conheça a nova Ferrari Four


Para quem curte design automotivo, vai adorar ver a nova Ferrari Four. Que é chamada assim por ser a primeira da marca que tem tração nas quatro rodas e que supostamente suporta quatros lugares diferentes. Com motor 6.3 V12 será apresentada em março, no Salão de Genebra (Genebra Motor Show). Curta soh!


Esse modelo subistituí a antiga 612 Scaglietti e segundo a própria ferrari “representa não tanto uma evolução como uma verdadeira revolução”.

Quanto ao design, o FF continua com o Pininfarina, com orientação do chefe de estilo da Ferrari, Flavio Manzoni. O novo modelo tem 4.907 milímetros de comprimento, 1.953 milímetros de largura com 1.374 de altura. O que o torna mais estreito e mais alto que o antigo 612. Vale ainda ressaltar que a Ferrari disse que nunca vai construir um carro de quatro portas,. Além do mais, o FF possui 450 litros de espaço para bagagem com os bancos até, que é ligeiramente menor do que Ford Focus!


Há ela também faz de 0 a 100km/h em 3,7 segundos e alcança a velocidade máxima de 335 km/h.


E se você gostou das fotos, da uma olhada nesse vídeo… [jwplayer file=”http://www.youtube.com/watch?v=KuaxJn71zhA”]

via autoexpress


Brasil no Salão do Automóvel de Detroit


Na décima edição, o Michelin Challenge Design recebeu mais de 970 trabalhos de várias pessoas, entre eles freelances, estudios e também estudantes. Entre todos esses, 34 foram selecionados por um júri muito bom que tinha como proposta achar uma solução de transporte para 2021. E um dos trabalhos selecionados está o estudio brasileiro 2:1 Design Industrial de Florianópolis, Santa Catarina.

Alexandre dos Santos Turozi, Elisa Strobel, Ivandro de Barros Ribeiro, Jose Serafim Junior, Mayara Atherino Macedo, Rodrigo Brasil Krieger, Theo Orosco da Silva e Donato Goncalves do Nascimento fazem parte da equipe do estudio e estão de parabéns.

Um dos grandes diferenciais do projeto com certeza foi a roda do veículo que possui uma tecnologia que “enruga” o pneu quando fica molhado, proporcionando mais estabilidade. Em contato com o solo seco, o pneu tem o desempenho de um carro de Fórmula 1.

O automóvel ainda é compacto e elétrico. As rodas se encaixam em uma espécie de trilho de trem e o veículo armazena bastante energia, funcionando à bateria. Este super carro é o “OU Choose Your Way”.

Se quiser saber mais detalhes, clique aqui


Ufa que calor! SPFW verão 2012

Sim, nós estamos em pleno verão do ano 2011. Mas você não leu errado e nem eu troquei as datas: o mundo fashion funciona assim mesmo, com tendências de estações seguintes previstas até dois anos antes. Um dos eventos mais esperados da indústria têxtil no Brasil é a SPFW (São Paulo Fashion Week) feira de moda e desfiles que dita as principais tendências, ideias e tecidos que estarão nas ruas e passarelas um ano depois.

Atualmente, o evento apresenta duas edições anuais: uma em janeiro, com a antecipação das coleções de inverno e a outra em julho, com coleções de verão. O número de desfiles também aumentou e chegou a 49 em janeiro de 2009, com a entrada de novos estilistas.

Com o SPFW a moda Brasileira está sendo reconhecida no fashion business internacional. Hoje, ele é o maior e mais importante evento de moda da América Latina e já pode ser considerado como participante da moda mundial, entre as principais semanas de moda como as de Paris, Milão, Londres e Nova York e tem importância ímpar na divulgação de produtos com design e com características do nosso país.

Mas nem só de Brasil vive a SPFW. Celebridades internacionais como o ator Ashton Kutcher e a socialite Paris Hilton andaram ofuscando o brilho de muitos designers, mas, afinal de contas, não poderia ser diferente, pois o que sabem fazer de melhor é realmente aparecer em eventos badalados.

Contudo, vale a pena lembrar que Paulo Borges, organizador do evento, juntamente com a equipe de criação composta por Glória Coelho, Ronaldo Fraga e Alexandre Herchovith conseguiu deixar o evento ainda mais brasileiro com uma figurinha tupiniquim estampada na identidade visual do evento: Carmem Miranda.

Bom, o mais interessante da SPFW, na minha opinião é forma como as pessoas conseguem enxergar o evento e as diversas propostas que os criadores realizam. É um evento para quem cria, inventa, reinventa e faz acontecer. Sem contar as figuras notórias que circulam pelo evento, anônimas claro, mas certamente muito mais engajadas no espírito de design que promove o evento, do que grandes estrelas que recebem cachês milionários para divulgarem algumas marcas. Christina Aguilera, por exemplo, se recusa a cumprimentar qualquer jornalista ou crítico de moda que pede ou implora por uma palavrinha.
Enfim! É um “espaço” para fazer design e só por isso vale muito a pena!