Category Archives: Gráfico

Design gráfico faz parte do design visual, em que se projeta soluções funcionais e de apelo estético através da comunicação visual em peças gráficas.

A comunicação utilizada em projetos de design gráfico é realizada através do uso de diagramações, imagens, textos e ilustrações que são distribuídos harmoniosamente aplicando-se os fundamentos do design necessários para o público-alvo. Nessa seção trazemos alguns dos conceitos e tendências do mundo do design gráfico.

Quando o redesenho é necessário

Afinal, quando um projeto de revitalizacão se faz necessário para uma empresa?

Essa é uma ótima questão, pois uma revitalização da marca é muito mais do que simplesmente o redesenho de marca ou de embalagem, mais do que um projeto estético egocêntrico de achismos da empresa ou do profissional de criação em questão.

Quando ocorrem mudanças no mercado onde a empresa atua, sejam no gosto e preferências dos consumidores, ou o surgimento de novos concorrentes ou tecnologias, a marca precisa buscar suas metas originais e restaurar as fontes de brand equity* perdidas. Deve-se pensar sobre as associações positivas da marca, e pesquisar possíveis associações negativas na tentativa de revertê-las. A revitalização passa por um processo de decisão de posicionamento da marca: manter, adotar um novo ou retornar as raízes?

O polêmico redesenho das embalagens da Piraquê – onde o desenho original criado por Lygia Pape na década de 60e é considerado um clássico do mercado de embalagens brasileiras – que tiveram suas artes trocadas por criações sem nenhuma referência à própria história de vanguarda da marca me pareceu realmente algo desastroso.

No projeto de embalagem da Piraquê, Lygia Pape aplicou todos os princípios de Gestalt que nortearam as obras de arte da época, cita a jornalista Daniela Name em seu artigo ?O crime da Piraquê? que denuncia o fato: ?O desenho não é a única aproximação com a vanguarda do período. Lygia transformou os biscoitos em sólidos geométricos, conceito amplamente copiado por outras indústrias do Brasil e do exterior. Além de criar um novo conceito em embalagem, até então os biscoitos eram guardados em caixas ou latas padronizadas, a artista ainda desenvolveu um método próprio de cortar e colar o papel de embalo, de modo que ele passou a envolver os biscoitos sem gerar sobras. Os biscoitos passaram a ser empilhados verticalmente e o papel plástico apenas se sobrepunha a esta pilha, criando a forma que as embalagens de biscoito Maria, Maizena e Cream Crackers têm até hoje, ou seja, a de sólidos espaciais (cilindro, ovalóide e paralelepípedo).?

A consternação geral entre designers e admiradores do trabalho de Lygia Pape é bem representada nas palavras de Leo Mendes: ?Em todo projeto de redesenho de marca, embalagem, PDV etc, incluindo ou não reposicionamento do produto/fabricante no mercado, mais do que executar alterações estéticas (que respondem a referências bastante particulares), o que se deve buscar são aprimoramentos funcionais e conceituais, que tornem ou mantenham aquele objeto re-projetado como parte da memória coletiva do observador, quer seja ele público alvo ou não. Um bom produto é aquele que se torna parte da cultura de um grupo social, exatamente como são os biscoitos Piraquê e suas embalagens clássicas desenvolvidas por Lygia Pape, que não só representam o produto, mas também uma (boa) parte da história de inúmeras pessoas. Retirar essa referência cultural da gôndola e trocá-la por uma outra roupagem, que não sinaliza melhor as informações e nem preserva o brilhantismo das embalagens originais, me parece absurdo e triste.?

O projeto de redesenho deve, em primeiro lugar, respeitar as metas e objetivos originais do negócio, inclusive sua história de criação e design, que proporcionou o primeiro contato com o mundo e seus consumidores.

Revitalizar é possível. Planejamento e responsabilidade são essenciais, pois um projeto de redesenho sem pesquisas e bases concretas pode prejudicar a cadeia de valor, a estratégia e o posicionamento de uma marca que levaram anos para se consolidar, resultando em prejuízos reais para o negócio.

*Brand Equity: valor agregado atribuído a produtos e serviços. Esse valor pode ser refletir no modo como os consumidores pensam e agem em relação a marca. É um importante ativo intangível que representa valor psicológico e financeiro para a empresa.(Philip Kotler, Administração de Marketing)

por @carolhoffmann

Design na Brasa 2009

db
Design na Brasa 2009 ! Participe! Faça sua inscrição pelo site www.designnabrasa.com.br e veja a programação completa.

2 Designers sustentáveis e 2 ambientalistas serão homenageados no evento.

Nesses 8 anos, já foram trabalhadas as questões da Poluição do Ar, Inclusão Digital, Aquecimento Global, Águas. E agora em 2009: Os 3 Rs da Sustentabilidade. REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR!

O DB 2009 acontecerá nos dias 02 e 03 de dezembro, no MuBe ( Museu Brasileiro de Escultura ) em São Paulo, das 10:00 às 19:00, a entrada é gratuita, sendo necessário apenas fazer a incrição pelo site ou no próprio local do evento.

Eyebeam Fellowships 2010 – programa, do centro de arte e tecnologia de NY

eyeEstá aberta, até o dia 11 de dezembro, chamada para o “Eyebeam Fellowships 2010”. O programa, do centro de arte e tecnologia Eyebeam, de Nova York, é dirigido a artistas, curadores, designers,
engenheiros e hackers que tenham experiência em trabalhar com projetos tecnológicos criativos ou arte tecnológica inovadora.

Serão selecionados, para o período de trabalho que vai de 1º de março de 2010 a 31 de janeiro de 2011, até quatro “Fellows”, que deverão trabalhar pelo menos quatro dias por semana no Eyebeam, devendo também participar como mentores de residentes e jovens e como líderes de grupos de pesquisa, os quais resultarão em seminários, workshops, publicações e exposições.

Os escolhidos receberão um estipêndio total de US$ 30 mil durante sua estada em Nova York, e podem ter outras atividades remuneradas, desde que não conflitem com sua atuação no centro. Candidatos de fora dos EUA devem se responsabilizar por suas despesas de viagem e moradia, além da obtenção de visto, para a qual o Eyebeam fornecerá documentação comprobatória.

As quatro linhas de pesquisa principais do Eyebeam são:

  • Educação na prática
  • Design para a mudança social
  • Ideologias do código aberto
  • Alimento na cidade

O Eyebeam fica na 540 W 21st Street (Chelsea), Nova York, EUA.
Inscrições e mais informações no site: www.eyebeam.org.

Estagio – Design Digital – CreativeBizz – PR

A CreativeBizz de Curtiba-PR esta à caça de novos talentos. Se você tem um trabalho diferenciado, muita criatividade e quer se destacar profissionalmente, escolha no mínimo 10 trabalhos do seu portfolio, coloque em um endereço na web e envie o link para [email protected] com o título: ?Estágio em Design Digital?.

Mas seja rápido, antes que o cara que senta do seu lado ganhe o lugar! Mais detalhes.

Estagio – design grafico – Revista Pais&Filhos – SP

Estágio em Design Gráfico – Revista Pais&Filhos.
Estudante cursando o 3º ou 4º ano em design grafico. Com conhecimentos avançados no pacote Adobe (Photoshop, InDesign e Illustrator) . Boas noções de diagramação, recorte e tratamento de imagens. . Disponibilidade para início imediato Local: Pinheiros – SP

Favor enviar portifólio online ou pdf para [email protected] até o dia 1/12.

Site: www.revistapaisefilhos.terra.com.br

Hoje! Palestra sobre tipografia e design cross-media

HOJE! Palestra sobre tipografia e design cross-media na PUCPR O designer gráfico e tipógrafo Crystian Cruz ministra a palestra \”Tipografia e Design Cross-Media\” na terça-feira, 24 de novembro, às 19:30h, no Auditório Maria Montissori (Bloco Amarelo ? 1º Andar) da PUCPR, em Curitiba.

Cruz é graduado em design gráfico pela PUCPR e mestre em Typeface Design pela University of Reading, na Inglaterra. Mais informações sobre o palestrante podem ser conferidas em crystiancruz.tumblr.com. Promovido pelo Centro Acadêmico de Design da PUCPR, com o apoio do Estúdio Sem Dublê, o evento é aberto ao público, com entrada franca. PS-

O convite de divulgação pode ser encontrado em http://semduble.blogspot.com/

Dez

Volta e meia temos de dar um jeito de explicar a nossa profissão. Normalmente somos definidos como “o rapaz que desenha” ou “a moça que mexe com computador”, quando não nos olham com um certo ar de dúvida. Ou ainda misturam designers, publicitários, ilustradores e outras profissões no mesmo mingau. Logo, pelo menos uma vez por semana alguém vai nos perguntar, afinal de contas, que diabos nós designers fazemos. É aí que a porca torce o rabo. A maioria dos designers vai responder a essa pergunta com uma explicação de meia hora cheia de referências históricas e sociológicas ou então vai explicar direitinho o funcionamento do Illustrator e do Photoshop dentro de um contexto criativo?lúdico. Ou qualquer outra bobagem dessas. No fim das contas isso só serve, a meu ver, para mostrar duas coisas: a maioria dos designers não sabe definir o que faz e os que sabem querem mais é enfeitar sua sardinha o máximo possível. No fim das contas, o resultado é o mesmo. Quem perguntou não apenas continua sem saber o que faz um designer como ainda passa a achar que são um bando de chatos convencidos (com certa razão).

Vamos tentar então, Joãozinho, explicar o que é esse tal de “dizáine” para todo mundo.

“Mas tio, quem lê isso aqui já é designer!”

Sim, sim, Joãozinho eu sei. E é por isso mesmo.

Em primeiro lugar, design não é arte. Adoro começar por esta afirmação pois geralmente causa reações que vão do engulho e negação da realidade à revolta e desejo de me arrancar a carótida à dentadas. Mas, infelizmente, turma, é a verdade. Design não é arte plástica, da mesma forma que, por exemplo, jornalismo não é literatura. O design e as artes plásticas possuem objetivos diferentes. Enquanto a arte visa atingir o espectador emocionalmente para através disso lhe proporcionar uma experiência espiritual que poderá ser desde o prazer estético pura e simples até mesmo um choque intelectual que o levará a repensar conceitos de vida. Fora isso, este é um objetivo estanque, desejado pelo artista e funcionando segundo seus conceitos particulares. Já o design busca materializar um conceito funcional a partir das necessidades de alguém, comunicando esse conceito através de um veículo emocional (no caso do design gráfico) ou gerando uma peça utilitária (quando é de produto). Ficou complicado. Então eu explico melhor: a arte começa no artista e termina no público; o design começa no cliente, passa pelo designer e termina no consumidor. Ou seja, enquanto o artista só precisa se preocupar em comunicar bem suas ideias, o designer precisa comunicar as do cliente para o cliente do cliente, sem interferência de suas próprias ideias. São propósitos diferentes que ocupam lugares diferentes nas necessidades humanas.

Contudo, ambas têm algo em comum: utilizam a emoção e não o racional como meio de condução. Por isso o designer também tem de conhecer profundamente as artes plásticas, saber sua linguagem, conhecer suas formas e ferramentas. O que significa que o designer também tem de ser um pouco artista plástico. A arte se torna uma ferramenta para ele.

Quer dizer que designer não faz arte?

Muitas vezes faz até demais?

Mas uma coisa é o trabalho de cunho autoral, quando as coisas se invertem e a arte deixa de ser a ferramenta do designer e o designer, virando artista plástico, utiliza seus conhecimentos para fazer uma peça artística.

O segundo erro mais comum da “plebe ignara” é confundir designer com desenhista. Claro, quase todo designer sabe desenhar ? e mais que isso, sabe ilustrar ? pois este é um procedimento próprio para o exercício da profissão. Mas isso não o torna um ilustrador. Da mesma forma, quase todo designer sabe fotografar, outra ferramenta de sua lida, mas não é um fotógrafo. Também não é um programador por saber trabalhar com sites. Nem? Acho que já deu para entender. Dominar as técnicas de desenho é essencial para o designer, por vários motivos. O primeiro é para soltar sua mente, exercitando a criatividade. O segundo é para aprender a pensar graficamente, conhecimento obviamente indispensável. Porém um ilustrador profissional aprofunda?se por reinos que um designer não necessariamente precisa conhecer, a não ser que queira também ser um ilustrador. E, a não ser em tais casos, o designer inteligente ao precisar de um trabalho de ilustração em seus projetos, irá contratar o serviço de um ilustrador para aquela peça.

Então o designer não ilustra?

Sim, ilustra. Se tiver o treinamento e estudo necessário. Ou se a ilustração que ele necessita não for algo muito elaborado, quando então o seu conhecimento é o suficiente. Mas, mesmo assim, muitas vezes o tempo que ele estará levando para elaborar a ilustração estará sendo retirado de outras fases do projeto em questão.

Opa! Palavrinha mágica que surgiu: projeto.

Vamos de novo: PRO?JE?TO.

Enfim deixamos o reino do “o que todo mundo acha que o designer é mas ele não é” e estamos chegando no reino do “o que é o designer”. To design, o verbo que gerou tudo isso, quer dizer “conceber e produzir um plano ou esquema para mostrar a aparência ou funcionalidade de algo antes de sua execução”. Não acredita em mim? Vá no dicionário Oxford de Língua Inglesa. Está lá. E como o designer é quem faz design, podemos, com o simples uso de dois ou três neurônios bem treinados, concluir que o design é projeto e o designer é um? projetista! Isso mesmo. Um designer é um projetista. E o que isso significa?

Mas, o que é um projeto? Se recorremos ? ou, pelo menos, eu recorri ? ao dicionário Oxford, nada mais justo que recorramos agora ao dicionário Michaelis de língua portuguesa.

Lá aprendemos que um projeto é um planejamento para que se alcance um objetivo. O que significa que ser um projetista implica em conceber algo em função de parâmetros, não com a imaginação linda leve e solta mas disciplinada a obedecer àquelas necessidades. Significa seguir uma metodologia que permita que outras pessoas compreendam e, eventualmente, reproduzam os passos seguidos para chegar naquele resultado. Significa documentar etapas para que se possa avaliar a evolução do produto. Significa embasar o que se faz em conhecimento, um método e um objetivo claro e definido e não em mensagens divinas.

Já passou da hora de nós, designers, paramos de nos ver como uma espécie superior de criatura iluminada pelas musas e passarmos a encarar nossos trabalhos como projetos que dependem tanto de inspiração e talento nato como todo e qualquer trabalho executado por um matemático, um arquiteto ou um jornalista. E, não, Joãozinho, não estou dizendo que essas profissões, bem como a do designer, não tenham seu quinhão de inspiração e talento nato. O que estou dizendo é que todas elas requerem mais do que isso. É o famoso “10% de inspiração e 90% de transpiração de T. A. Edison.

Claro, isso tira um bocado da névoa de glamour com que gostamos de cercar nosso exercício profissional. Ainda gostamos de nos ver romanticamente como o designer freelance arremetendo com a caneta de sua tablet em riste qual lança contra os gigantes malvados dos grandes escritórios e corporações, munido com nada mais do que sua genialidade, seu estilo e sua criatividade sobre?humana para se defender dos clientes ignorantes cheios de mau gosto.

Bobagem.

Isso serve muito bem para quem está no início de carreira, tendo quem o sustente e sem se preocupar em ganhar mais do que o suficiente do que o que gasta nas noitadas onde se encontra com outros designers (não tão brilhantes e criativos quanto ele, claro, mas ainda assim quase divinos). Mas se você se preocupa com aquelas coisinhas chatas da vida como contas, aposentadoria, impostos, planos de família e outras assim é bom mudar de postura e deixar de ver a si mesmo como um herói do bom gosto contra a breguice geral e passar a ser um profissional.

“Quer dizer, tio, que eu não posso soltar minha criatividade e tenho sempre de me preocupar com essas coisas de parâmetros de projeto e cronograma?”

Claro que pode, pequeno gafanhoto! Para isso existem os projetos autorais, cujos parâmetros são definidos por você mesmo. Projetos que você leva adiante por prazer pessoal, incutindo ali nada mais do que o seu estilo puro. É ali que você desenvolve o seu talento, que você estuda novas ideias É ali que o designer se faz artista. Mas no dia a dia profissional, vamos deixar o excesso de vaidade de lado e comecemos a olhar a nós mesmos e à nossa profissão como o que ela é: um serviço sendo oferecido por profissionais a seus contratantes na forma de projetos e não a salvação do mundo.

Quem sabe aí, quando estivermos com os pés no chão, consigamos ser respeitados como profissionais e não olhados de lado como um bando de gente esquisita com a cabeça nas nuvens e o rei na barriga. Saber quem somos é o primeiro passo.

Estagio – design grafico – R2 Arquitetura e Design – SP

Empresa de arquitetura e design e precisamos de um estagiário na área de criação. O candidato precisa dos seguintes pré-requisitos:

  • Cursando o 3º ou 4º ano
  • Conhecimentos avançados no pacote Adobe (principalmente Photoshop, InDesign e Illustrator)
  • Noções de diagramação e editoração
  • Agilidade para cumprir prazos apertados
  • Comunicativo, com disposição para entrar em contato com fornecedores
  • Criativo e disposto a propor novas idéias
  • Disponibilidade para início imediato Conhecimentos em Flash e HTML, com disponibilidade para estagiar no período vespertino são um diferencial.

Só aceitaremos currículos com portfólio (seja profissional ou acadêmico).
Contato: Karina Faria / Leandro Kondo
E-mail: [email protected] / [email protected]
Local: Butantã ? SP www.r2.arq.br

Palestra: Lorem Ipsum Dolor – O ruido tipografico

A Universidade Positivo promove no dia 18 de novembro, às 19:30h, em Curitiba, uma palestra internacional de Bruno Maag, fundador da Dalton Maag, empresa que há 18 anos projeta fontes em estúdios em Londres e no Brasil. A DaMa atende clientes como BMW, Puma, Toyota e Virgin.

A palestra será em inglês e vai tratar das mensagens transmitidas pela poluição visual e o tomo de voz de algumas fontes projetadas pela Dalton Maag.

A palestra será no auditório do Bloco Bege da Universidade Positivo (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 ? Campo Comprido ? Curitiba ? PR).

Informações: [email protected] / 3317-3176

Que vinho voc

Dê um pulinho no seu mercado favorito e repare na sessão de bebidas. Mais especificamente, na de vinhos. Lá você vai encontrar os nacionais, os importados, os sangues de boi da vida e, dependendo do lugar, os vinhos de sangue azul. Preços? Vão desde os R$ 5,00 até bem mais de R$ 500,00. Dependendo de onde você esteja, mais de R$ 1.000,00! Tem gente que gosta do “vinho docinho” e há quem torça o nariz para isso. Tem que entende e dá valor à acidez do vinho, só tomando os rascantes (por favor, “vinho seco” é vinho em pó). Os que gostam de vinhos nobres tentam convencer os que gostam de vinhos doces que aquilo não presta e que eles deveriam educar o paladar. Os que gostam de vinhos doces retrucam que os rascantes são muito ruins e que preferem o garrafão da cantinha do Seu Antônio. Um grupo sempre vai torcer o nariz para o outro e seus gostos, ainda que por vezes alguns da turma do vinho doce acabem mesmo passando a gostar dos vinhos nobres.

Ok, ok, tio? Mas o que diabos isso tem a ver com design?

Tem a ver que eu nunca vi uma vinícola francesa dizendo que as vinículas sulamericanas que produzem vinho de R$ 5,00 deveriam começar a cobrar R$ 50,00 por garrafa para que o mercado se mantenha competitivo. Mas no mundo do design todo mundo parece achar que é assim que a famigerada banda toca.

Vamos continuar com os vinhos.

A Vinícula Aurora começou sua história com vinhos de baixa qualidade, voltados para o povão que não tinha nem grana nem interesse em pagra um preço alto por um vinho realmente bom. Mas também, desde quando uma vinícula brasileira iria concorrer em qualidade com outras? Nunca tivemos nem solo, nem clima, nem varietais que permitissem isso. Aqui só dava mesmo para fazer vinho de baixa qualidade. E fazíamos. E vendíamos.

Mas com o tempo, a situação econômica foi melhorando. A Aurora foi crescendo e estabelecendo mercado. Aos poucos foi pesquisando microclimas com solos adequados, foi importando mudas de parreiras, foi refinando seu processo de fabricação. Como consequência, foi melhorando a qualidade de seus vinhos. Essa melhora foi resultado de investimentos em pesquisa e aprimoramento de maquinário. Custou caro e deu retorno. Hoje a Aurora produz vinhos de ótima qualidade, elogiados por sommeliers e enólogos por todo canto. Claro; são vinhos bem mais caros, na faixa de R$ 50,00. Dez vezes o preço da que podemos chamar de “linha popular”. Que eles ainda produzem e, se me perdoam o trocadilho, vende como água. Ou vocês acham que eles seriam bobos de deixar de ganhar dinheiro com essa faixa de mercado? Em uma estratégia básica, lançaram o selo “Aurora Reserva Especial” para seus vinhos caros e mantiveram o “Aurora” para os populares.

Voltemos ao design.

No mercado de trabalho encontramos aqueles designers que fizeram cursos universitários, politécnicos ou buscaram uma formação teórica para com esse conhecimento poder desenvolver ? de acordo com seu talento individual, claro ? trabalhos de alto nível conceitual e formal. Temos também os profissionais que buscaram um conhecimento profundo das ferramentas com cursos em Corel, Illustrator, Photoshop, 3D e outros, ou futucando a internet horas a fio atrás de tutoriais e apostilas, onde aprenderam. Há quem goste de chamá?los micreiros mas eu acho o termo pejorativo e prefiro chamá?los de técnicos em design, que geralmente fazem excelentes trabalhos, também de acordo com seu talento individual, mas normalmente com falhas conceituais e formais.

Questão: todo cliente precisa de um trabalho com alto grau conceitual e formal? Porque esse alto grau tem um custo advindo do investimento feito por quem se preparou para obtê?lo. E temos de lembrar também que o objetivo do design nem sempre é o cliente mas na maiora das vezes o cliente do cliente.

Se a Vinícula Aurora tivesse começado a oferecer seus vinhos da linha Reserva Especial a preços populares ela estaria educando o gosto popular para vinhos? Não, isso é ilusão. E uma ilusão arrogante pois parte do princípio que quem gosta de vinhos doces está errado. Da mesma forma que achar que fazer trabalhos de design sofisticados para um público que não tem visão para os detalhes desse trabalho não é educar o olho do público: é empurrar goela abaixo algo que esse público não apenas não quer pagar como não quer receber.

Os pequenos escritórios de design baseados em trabalho técnico, o birô que oferece serviços de design e outros da mesma linha, que trabalham com preços populares existem justamente para atender essa demanda de um público que não faz a menor questão de ter uma identidade visual sofisticada, com todas as leis da Gestalt em ordem.

Esse cliente quer um designer? Segurem os egos, crianças: não, ele não quer. O que ele precisa é de um bom e competente técnico em design. Ele quer algo que lhe dê uma identificação visual junto a seu próprio público, dentro de uma linguagem visual cultural própria, sem se preocupar com cores Pantone ou equilíbrio de forma. E quer pagar exatamente pelo que ele precisa que seja feito. Nós, designers, não apenas somos inúteis para ele como muitas vezes seremos mesmo um estorvo.

Profissionais de outras áreas onde existe essa diferença entre o “nível superior” e o técnico sabem que experiência excelente é trabalhar ao lado de um técnico competente. Equipes assim geralmente realizam trabalhos de altíssima qualidade tanto técnica quanto teórica pois agregam os dois mundos. Mas, por algum motivo que eu não entendo a simples menção a “trabalho em equipe” parece dar verdadeiras crises de angina na maioria dos designers; com um técnico, sabendo que ele está no mesmo nível que você, então, chega a ser impensável.

Então, pessoal, aprendamos a meter nossas sacrossantas violas no saco para não darmos no saco alheio. Vamos parar de querer transformar técnicos em design em designers na marra. Se eles quiserem ser designers podem ser por decisão própria (e com o conhecimento que têm provavelmente serão excelentes designers). Se eles querem ocupar o nicho de mercado de quem não precisa de designer mas sim de técnicos, então estão mais do que certos em serem técnicos e bons no que fazem. Designers deveriam aprender a trabalhar com os técnicos e não contra eles. Aprendamos a olhar esses birôs e estúdios técnicos não com cara de nojinho ou como ameaças à profissão mas como parceiros valiosos com quem podemos trabalhar de igual para igual.

Cada um de nós, sozinho, atende a um mercado específico, com necessidades específicas. Em conjunto, todos podem ter mais oportunidades de crescimento profissional. E pessoal.

E lembrem?se: se for dirigir, não beba; mas se for beber, me chame.

Todo Dia Criativo – Bolsas de Estudos IED SP diariamente

criativo

o Istituto Europeo di Design (IED) de São Paulo apresenta os melhores talentos criativos que concorrem a bolsas de estudos para os cursos de graduação 2010 nas áreas de Moda, Design e Artes Visuais. O IED é uma instituição reconhecida internacionalmente nas áreas de moda, design e artes visuais.

Experimente sua energia criativa, ganhe uma bolsa de estudos e se prepare para atuar no pulsante e criativo mercado brasileiro de design, nas áreas gráfica, digital e virutal. Descubra seu talento e venha estudar design gráfico e design de multimedia Os concorrentes, entre 18 e 25 anos, irão mostrar seus projetos relacionados ao tema EU SOU O FUTURO!.

Os candidatos devem manisfetar seus objetivos em relação ao futuro. O que há de vir. O poder de transformar em realidade os próprios sonhos. Os projetos selecionados serão publicados no site www.tododiacriativo.com. Os internautas poderão votar, fazer comentários e tornar-se fã dos projetos.

As inscrições podem ser feitas a partir do dia 05 de novembro de 2009 até o dia 20 de janeiro de 2010. Os projetos podem ser enviados ao e-mail: [email protected]

SEMADI – Semana de Design de Interfaces

semadiNo mês de novembro, acontece em Brasília a SEMADI Semana de Design de Interfaces. Evento realizado pelos alunos do 4º semestre do curso de Design de interfaces da Faculdade Fortium.

Com o tema ?Isso é design de verdade!?, nessa 11ª edição, temos como objetivo promover e facilitar a cooperação entre profissionais e estudantes da área e mostrar a todos os interessados que o design não trata apenas de estética e sim de processos funcionais, construtivos e inovadores.

Além de palestras e oficinas, os frequentadores poderão conferir a exposição de trabalhos produzidos por alunos no decorrer do curso.

Dias 23, 24 e 25 de novembro no Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul.

Estagio: Design Grafico – Totem – RJ

Abriu uma vaga para estágio aqui na Totem.

Pré-requisitos
Domínio do pacote Adobe (illustrator, photoshop e indesign)
DesejávelIlustração, noções de web design, Excel e PowerPoint.
Carga horária: 6h
Remuneração: R$ 500,00
Benefícios: vale transporte, ticket refeição e 30% de desconto nas roupas da Totem.

Os interessados devem enviar e-mail com currículo e portfólio para [email protected]