Conheça algumas das criações do homem que nas últimas duas décadas desenvolveu pelo menos 7 mil marcas pra bandas, na sua maioria de black e death metal mundo afora.
Ele fala em uma breve entrevista para a Vice Magazine sobre o estilo caligráfico que desenvolveu chamado Depressivo Moderno, numa tradução literal que é uma mescla de Art Decó, ambientes sombrios e o momento atual de crise da economia mundial.
Lá na minha adolescência, no início do me gosto por design, também desenhei algumas marcas para bandas. Sempre me perguntava por que diabos (com duplo sentido) a maioria era tão ilegível. Eu praticamente tinha que “aprender” a ler os nome das bandas e memorizar suas formas, pois a grande maioria não havia possibilidade de identificar os caracteres.
Quando eu as desenvolvia, queria no mínimo sanar essa dificuldade, pensando eu, que facilitaria pra banda ser identificada. Me sentia um vitorioso cada vez que conseguia manter a simetria do logo, enquanto penava para tentar mantê-la legível sem perder seu lado sombrio, agressivo, afiado.
Se a marca fosse materializada num objeto sódido, ai daquele que encostasse nela. Certamente espetaria o dedo ou se cortaria todo. Era uma vitória particular minha, já que não havia briefing para que isso fosse requisito.
Com o passar dos tempos essa estética se consolidou, e fica claro que quanto menos popular é o som da banda, mais ilegível é a ilustração da marca que lhe representa. É o conforto do caos.
Alguém concorda ou já viram alguma que saiu desse lugar comum?