Sou a favor da Regulamentação da Profissão de Designer. Sempre fui desde que me informei a respeito.
O Maior portal de design aqui no Brasil, fala sobre isso. Para dizer a verdade foi o Freddy Van Camp que falou aqui sobre esse assunto. No site você encontra um dos processos de regulamentação (Aqui nesse fórum tem um de 2003). Heleno Almeida tem um discurso aqui, que é muito similar ao que eu penso. No Webinsider tem vários textos a favor (como esse aqui) e contra. Você pode ler diversas opiniões aqui e aqui. Mas uma coisa esses discursos a favor não têm: Generalizações.
Os muito citados “micreiros” são o maior exemplo disso. Tem esse texto e esse aqui que, na minha opinião, seguem o padrão de “dó dos coitadinhos”. Sim, entendo que existe uma tentativa de exercer um ideal de proteção popular. Mas Proteger quem?
Falar da regulamentação é complicado demais. Há tempos eu tinha sim um discurso contra “micreiros”, mas o tempo foi passando e o que aprendi foi que todo mundo deve entrar no bolo.
Há tempos eu falo de designers formados ou não. Hoje em dia pela bagunça, não existe possibilidade de alguém não se auto-intitular designer e estar errado.
Não está errado atualmente aprender sozinho, o que eu acho errado é a forma de atuação que este cara pode apresentar. Ainda mais se for contra uma ética e contra ao incentivo ao estudo.
Sim, isso significa que “micreiros” entrariam no bolo. Os projetos sempre tendem a: UNIR os diversos tipos de profissionais e delimitar regras que, a apartir de uma data, sejam cumpridas. Nada de excluir e quero que alguém prove o contrário.
Um projeto prevê regras a serem seguidas e no início de um processo assim, algumas pessoas saem ganhando e outras saem perdendo. Mas isso é necessário para a instalação de algo contrário ao que existe nos dias de hoje: o cara qualificado (formado ou não) perder sua calma ou o tesão que ele tem, pela carreira que escolheu, porque um cara menos qualificado tecnicamente, conseguiu o trabalho dele.
Existem outros projetos visando outras formas de aprendizado e divulgação das informações relativas a profissão de designer. Algumas parecem mais a campanhas políticas: a tua não presta, a que presta é a minha, essa vai funcionar e todo mundo vai ter que aceitar.
Essa diferença é importante. Todo mundo que fala em Regulamentação fala em união da classe. Os outros tipos que conheci, generalizando, pregam uma imposição.
A regulamentação será apenas um dos itens para tornar “um mundo melhor” para os designers. Ela não tem aceitação por falta de conversa e informação. Mas não deve ter o título de coisa feita pra playboyzinho garantir emprego ou qualquer outra afirmação generalizada. Nem como servir de limite para a criatividade (essa foi a pior que eu escutei).
Regulamentar é a PROFISSÃO e não a criatividade e nem a capacidade de cada um.
Isso me remete a políticas internacionais. O Foco da discussão. Se você manter o foco longe do principal, você consegue fazer o “povão” não achar errado o que nem percebe que está acontecendo.
É erro nosso focar tanto no logotipo X logomarca. Isso é questão de ensino e paciência. Ensina o cara como deve ser. Corrija-o SEMPRE e ele vai passar isso adiante. Simples.
É erro nosso focar só nos autoditadas pela bagunça do mercado. Os que fizeram cursos contribuiram tanto quanto para a zona instalada porque saiam de seus cursos despreparados para a realidade. Sem dizer que muitos auto-didatas e arquitetos foram os percursores do Design Brasileiro.
Como eu disse, a Regulamentação é um dos passos. Tem que se analisar muita coisa mas tem que se conversar muito. Aceitar que existem posições contrárias que devem ser levadas em consideração. Copiando a Fernanda Martins da ADG: ” É a atuação organizada e uníssona que constrói uma profissão, e isso leva tempo!”