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Experimentação no Design

Estava eu ajudando a montar um palco para a apresentação das crianças do colégio onde minha namorada trabalha. Crianças de no máximo 5 anos iam subir no palco e mostrar aos pais como conseguem, todas juntas, fazzer a mesma coisa.

Na hora isso me veio como um pano que limpa a lente do óculos. Como eu não vi isso antes? Desde pequenos somos moldados a seguir um padrão. E agora o que o design tem haver com isso? Ora, uma coisa que eu já tinha escutado, é como as instituições não deixam seus aluno “pirar”. Por mais que alguns não concordem, todo material produzido já é formatado para o mercado.

Nas instituições pagas o projeto sempre é voltado para o mercado e nas federais, voltadas para atender (teoricamente) a sociedade em retribuição do aprendizado oferecido.

Tendo como comparação as maiores e melhores instituições do mundo, os projetos lá apresentados (em pelo menos uma parte do curso) fogem de qualquer paradigma. Vejam, não estou dizendo que deveríamos deixar livre a criação para sempre, mas que ela devia ser promovida uma vez que no decorrer da carreira do designer ele vai encontrar milhares de barreiras.

Digo isso, analisando muito projeto “novo” também.

A experimentação é um processo de qualquer ser vivo em desenvolvimento. É natural. Muita coisa, aqui no Brasil em relação a profissão de designer, tem que ser administrada mas a criatividade (nata de quem nasce por essas bandas) deve ser “focada a ser solta”.

Uma coisa que sempre complica essa história é o dinheiro. Se não for rentável até um período de tempo, pode esquecer. Verdade, mas eu acho que o valor de idéias podem ser mais rentáveis. Ou não.

O paradoxo das RT’s.

RT’s, para quem não conhece, são as controversas Reservas Técnicas que empresas e fornecedores premiam os profissionais em “agradecimento” à fidelidade. Falando bem popularmente, são comissões destinadas aos profissionais por preferirem uma determinada loja ou fornecedor. Elas surgiram há muito tempo quando empresas de grande porte começaram a garantir suas vendas junto aos profissionais presenteando-os com comissões após o fechamento das vendas.

Até aqui podemos dizer que “tudo bem” uma vez que, em um primeiro momento, parece não haver problema algum sobre este assunto. No entanto, creio que seja preciso analisar mais profundamente os aspectos éticos e profissionais que envolvem a questão do pagamento das RT’s e avaliar qual o caminho percorrido pelas empresas e pelos profissionais com relação a isso.

Recentemente fui ao cinema assistir o filme “Tropa de Elite”, venerado por alguns e odiado tantos outros. Quanto a mim, posso dizer que cada detalhe me surpreendeu. A cada diálogo ao longo do filme colocava o dedo nas feridas comuns que todos nós carregamos e na maioria das vezes, consciente ou inconscientemente não damos a devida atenção. Mas o que mais me surpreendeu com relação ao filme foram os comentários comuns que eu ouvi, tanto na saída do cinema quanto nas ruas e fóruns, foram de pessoas que pretendiam passar no camelô comprar um exemplar pirata para ter em casa.

Fico me perguntando: será que essas pessoas são capazes de sair da superficialidade sanguinolenta e truculenta do filme e enxergar o que tem mas abaixo da superfície? Creio que não! Dentre as várias e mais significativas cenas a que mais me chamou a atenção foi curta e pouco explorada, com diálogos que ficaram perdidos e soltos, pois ou nao foram devidamente trabalhadas ou foram censuradas. Refiro-me à cena da passeata. Nela o filme retrata a contradição hipócrita daqueles que gritam pela paz quando no seu cotidiano alimentam o narcotráfico e a violência que condenam.

Pois bem, pode parecer estranho ao leitor, mas essa contradição denunciada me fez refletir sobre as RT’s, com relação as quais devemos também ter esta capacidade de mergulhar e sair da superficialidade do dinheiro fácil e garantido que esta nos garante. De fato, há profissionais trabalhando sistematicamente com estas, porém cabe considerar que os meios com os quais estes o fazem são distintos. Penso que a possibilidade de trabalhar com as RT’s ocorrem de tres maneiras:

1 – o profissional deixa o cliente ciente da existência das RT’s e, para que se possa baixar o valor do projeto faz um acerto entre as partes de que o cliente fará as compras sempre com a presença do profissional para garantir a este o recebimento dessas comissões como forma de compensação pelo valor menor cobrado no projeto.

2 – O profissional fecha o contrato com o valor normal do projeto e junto ao fornecedor exige que o valor de sua RT seja repassado ao cliente na forma de um desconto extra, além do já oferecido pelo fornecedor. Neste caso o cliente está também ciente da existencia das RT’s e esta negociação com o fornecedor é feita na presença das tres partes: cliente, profissional e fornecedor. Claro que esta não é muito aceita pelos fornecedores.

3 – O profissional não expõe ao cliente sobre a existencia das RT’s. Cobra o valor normal do cliente e recebe paralelamente as RT’s dos fornecedores. Creio que, em relaçao aos demais, este é o pior tipo e mais anti-ético procedimento uma vez que, por meio dele, o profissional faz o cliente pagar duas vezes pelo trabalho: de um lado, pela via contratual, portanto lícita, o cliente paga o valor do projeto e, de outro lado, o cliente sem o saber paga as RT’s ao profissional embutidas no valor de equipamentos e serviços adquiridos. E não me venham alguns querer afirmar que a grana onvestida pelos fornecedores para o pagamento das RT’s provém da verba destinada ao marketing.

Com efeito, o que mais se vê são profissionais usando a terceira alternativa. Mas ainda se pode cogitar uma quarta alternativa que vem se tornando comum no mercado e que é, sem sombra de dúvida, a principal responsavel pela prostituição de nossa profissão: numa visão insana e individualista de competitividade, muitos profissionais estão dando os projetos de graça para os cliente em troca da negociata das RT’s. Isso destrói qualquer pretensão que se espera de profissionais honestos com relação à seriedade comercial e à credibilidade de sua atividade profissional.

Gostaria de mergulhar mais fundo na problemática que envolve as RT’s. Tudo bem! Ela é só um dinheirinho extra que entra no final do mês nos bolsos de alguns. Ótimo! Afinal hoje em dia tudo está muito caro, muito dificil de manter, contas e mais contas a pagar. Porém, aí vem outra questão que tem a ver com o título deste artigo: O paradoxo das RT’s. Quero aqui brincar seriamente com este paradoxo da realidade das RT’s com o filme Tropa de Elite?

O leitor pode estar se perguntando sobre a estranheza desta colocação com relação a este tema. Afinal de contas a Tropa de Elite é um organismo sério. Por isso mesmo, quero que todos entendam a partir dete ponto quando me referir à Tropa de Elite Profissional, com um “às avessas” na sequência.

O problema das RT’s começa na disparidade de sua oferta para cada categoria profissional. Normalmente, o percentual oferecido pela RT para os arquitetos é maior daquele oferecido aos designers ou decoradores. Algumas lojas aqui em Londrina oferecem 15% para arquitetos e 3% para designers e decoradores. Formata-se então, a Tropa 1.

Outro problema sério gerado por ela é a tal fidelização. Através dela formata-se um cartel entre loja/profissional desconsiderando o cliente. O profissional rasga seu vocabulário e argumentos para impor ao cliente que os móveis ou materiais dessa empresa são melhores que os das outras, o que nem sempre é verdade. A verdade é que a RT paga por A é maiorr que a paga por B, C ou D. Isso sem contar as empresas que dão aos principais parceiros profissionais RT’s de clientes que apareceram do nada na loja, sem acompanhamento profissional, e acabam pagando a RT dessa venda, para aquele “queridinho”. Temos então a Tropa 2.

O destaque desses dois exemplos se orientam apenas para breves colocações acerca da seriedade pela qual as RT’s afetam o mercado tanto do lado ético-profissional, quanto do lado do cliente que acaba sendo sempre o maior lesado.

Entretanto, não posso deixar de explanar aqui o fato mais sério das RT’s. Em sua grande maioria, este é um dinheiro não computado e declarado tanto pelas empresas quanto pelos profissionais. Torna-se então, uma espécie de lavagem de dinheiro. Com a conivência tanto das empresas, quanto dos profissionais. Raras são as empresas que fazem o profissional assinar um recibo deste recebimento.

Este dinheiro não entra nos custos embutidos declarados pelas empresas para a finalização do custo final e, poucos são os profissionais que depositam este dinheiro em suas contas bancárias e declaram tais rendimentos à Receita Federal. Em grande parte, os profissionais trocam o valor das RT’s por mercadorias do fornecedor. Algo de errado? Sim, tudo errado neste ponto.

Neste caso, de forma análoga, ambos estão agindo exatamente como os traficantes e usuários de drogas do filme Tropa de Elite. No final das contas, quem “morre” por uma bala perdida é o cliente. O traficante/fornecedor e o usuário/profissional nem de longe estão preocupados com os civis.

Não posso deixar aqui de alfinetar nossa digníssima ABD. Recebi no dia 13/11/2007 mais um e-mail da série “Vem com a gente”, mesmo não sendo associado. Interessante ressaltar que, na parte que trata dos benefícios em ser associado, o primeiro em destaque é justamente esse: “Carteira de associado reconhecida pelos fornecedores no pagamento das RT’s”.

Como se não bastasse isso, a grande formatação de uma Tropa de Elite às avessas promovida pela ABD estimula e reforça a prática desenvolvida por empresas como a Tok&Stok, Etna e outras que oferecem RT somente para quem é associado à ABD. Como se não bastasse isso, alguns núcleos municipais de decoração só aceitam entre seus membros portadores da tal carteirinha. Quer maior formação de quadrilha que essa? De modo algum, pretendo afirmar que essas lojas por sua seriedade no mercado possam ser responsabilizadas diretamente pois duvido que saibam realmente das ações tácitas ou manifestas da ABD contra os designers que supostamente pretendem representar.

Bom meus leitores, expus aqui o básico para mostrar a vocês que existe sempre muito mais coisas quando saímos da superfície. Reflitam bastante sobre isso e suas práticas profissionais e decidam que tipo de profissional você quer ser: em profissional ético e sério ou um profissional bandido?

E rasga-se o véu da falsidade e imoralidade: ABD

Projeto Começar: PALESTRA – COMO CONSTRUIR UMA CARREIRA DE SUCESSO EM DESIGN DE INTERIORES. ARQ. IVAN REZENDE – VICE PRESIDENTE DA ABD.
Tava bom demais pra ser verdade. Tava perfeito demais o trabalho. Nova diretoria e tudo muito certinho e engrenado. Mas as máscaras sempre caem, essa é a regra.

Mas como dizem, ou se faz caquinha na entrada ou na saída. No caso da ABD as feitas pelo caminho sempre foram dizimadas pelo esquecimento e por retratações esdrúxulas. Infelizmente sempre existiram – e ainda existem – os que diziam amém e curvavam-se diante desses desmandos e descasos. Consciente ou inconscientemente acabavam aceitando tais desculpas esfarrapadas. E eu acabava sempre como o histérico que ficava berrando absurdos contra essa associaçãozinha mequetrefe que nunca me enganou.

Preciso deixar aqui bem claro que em momento algum esta associação tem o direito de alterar o seu nome de ABD (Associação Brasileira de Decoradores) para ABDI (Associação Brasileira de Designers de Interiores). Essa alteração ocorreu quando o titulo Designer de Interiores começou a ganhar valor dentro do mercado. Muitos arquitetos alteraram seus títulos de arquitetura de interiores para design de interiores. Muitos decoradores também o fizeram. Para tentar ajustar o mercado à nova demanda e não deixar de fora outros profissionais não formados em Design, a ABD resolveu que deveria alterar o seu nome de ABD para ABDI para que seus associados pudessem utilizar livremente a denominação Designer de Interiores sem distinção de formação. De nada adianta o presidente Roberto Negrete lançar uma retratação/explicação/implorativa tentando explicar o inexplicável e ainda colocar que:

“d) Respeitamos, igualmente, todos aqueles profissionais que antes de 2.000 (*) comprovaram exercício regular em DI e se associaram à ABD, caso aliás de nosso diretor-financeiro, Fernando Piva, profissional de enorme sucesso – (*) ano que marcou a implementação de alteraçãio estatutária na ABD levando a entidade a só associar pessoas com formação em Design de Interiores em cursos reconhecidos pelo MEC ou em Arquitetura.”

Interessante ressaltar aqui que tem vários profissionais associados antes de 2000 que tem apenas aqueles cursinhos de final de semana. Ah, e tem também os arquitetos que como que num passe de mágica viram designers. Vai entender… Recebo insistentemente e-mails dessa associação com chamadas para artigos e outros materiais porém quando tento acessa-los caio na página de login e morro ali mesmo.

Ainda hoje recebi um da série “Vem com a gente” onde diz, entre outras coisas, que com a carteirinha você tem o direito a receber as famigeradas RT’s dos fornecedores. Até aqui tudo bem se esta prática não fosse uma das sérias causas da desorganização do mercado e do desrespeito aos profissionais. Desorganização pois existem muitos profissionais que estão dando os projetos de graça em troca dessas RT’s, outros que cobram pelo projeto e recebem as RT’s (o cliente paga duas vezes) e outros – raros – que abrem mão das RT’s, cobram o projeto e exigem o desconto do fornecedor ao cliente. Mas esta última pratica nem de longe é defendida pela ABD. As duas primeiras sim.

A ABD (Associação Brasileira de Decoradores) já atua há bastante tempo. De início o seu trabalho era muito bom e sério. No entanto, com o advento dos cursos de Design de Interiores e a crescente oferta para o mercado de profissionais altamente capacitados e especializados para estes projetos a coisa começou a azedar lá dentro. Como um não arquiteto pode ser tão bom? Como um não arquiteto tem a capacidade de fazer isso ou aquilo? Eu perdi um projeto para um designer… E por aí vai… Dizem que lutaram tanto pela implementação do currículo mínimo dos cursos de Design de Interiores e não sabem nem mesmo responder a um questionamento básico: o que é um Designer de Interiores. Incoerências à parte, pra quem conhece a ABD sabe que não passa de lábia, lorota e embustes pra agregar incautos. Incautos designers que pagam suas mensalidades para sustentar personas como o Sr. Ivan Rezende, vice presidente da ABD.

Na nota de esclarecimento do presidente Roberto Negrete sobre a palestra do Ivan Rezende, ele coloca que 80% dos associados são Designers de Interiores. No entantom percebe-se claramente a tentativa de valorização da entidade uma vez que são os novos associados. Porém, quantos são estes novos associados? Quatro, dez, cinqüenta? De minha turma ninguém associou-se, das três seguintes idem. Se isso acontece em uma universidade, imaginem em outras tantas espalhadas pelo país. Portanto, definitivamente não! Este número apresentado não os coloca como legítimos representantes dos Designers de Interiores como ele tenta afirmar na sua nota:

“c) A ABD e seus diretores têm consciência de que hoje cerca de 80% de seus novos associados são formados nesses cursos, o que nos conduz a sermos representantes de profissionais cuja formação é em Design de Interiores. Assim, jamais podemos pensar em não valorizar esses profissionais.”

No dia 3 de outubro de 2007 o vice presidente Ivan Rezende foi convidado a ministrar uma palestra no SENAC-RJ com o tema: COMO CONSTRUIR UMA CARREIRA DE SUCESSO EM DESIGN DE INTERIORES. Profissionais, alunos e professores foram até o local ávidos por informações que pudessem ser úteis para a sua prática profissional. No entanto tiveram de enfrentar a dura realidade: a ABD desnuda por um de seus diretores. A verdade nua e crua e sem máscara.

Colocarei alguns trechos do relato/depoimento da Designer de Interiores Marina Melino na comunidade Design de Interiores do Orkut e tecerei meus comentários na seqüência. Para quem quiser ler o relato completo, o link para o tópico em questão é :

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=41698&tid=2558987112477533137&na=1&nst=1.

“No inicio da palestra ele não sabia o que dizer, eu pensei que era nervosismo, o que é bem normal, né?
Mas logo nos primeiros cinco minutos eu notei que ele não sabia o que falar pq ele simplesmente não acredita que nenhum designer de interiores vá conseguir sucesso em sua carreira, a não ser que faça arquitetura que é a profissão mais completa, aos olhos dele.”

Por este inicio de relato já se percebe bem o tipo de pessoas que estão por trás da ABD. Que alguém da ABD me defina prontamente o que é um Designer de Interiores, o que é um Arquiteto e o que é um Decorador.

O fato é que hoje dentro da ABD qualquer um é Designer de Interiores. O próprio vice presidente comprova o que eu digo na referida palestra, quando questionado por uma aluna sobre a formação do Designer, e ele diz que:

“Ela perguntou: Então o senhor acha que a gente não precisa fazer faculdade?
Ele: Não, até minha tia pode lhe dizer qual a melhor almofada usar.
Ela: Se eu me formar devo rasgar o diploma???
Ele: Deve, não vai fazer a menor diferença.”

É impressionante como são as coisas. E o fulano aí é professor de um curso de Design de Interiores, creiam! Em minha monografia de pós na área de Ensino Superior, questiono muito isso. Lembro-me que em meu curso de Design a maioria dos professores eram arquitetos. Entre estes tinham os engraçadinhos que sempre diziam: você não pode fazer isso, você não pode fazer aquilo, voe só pode mexer no interior, varanda é exterior, e por aí vai… Outra me disse que estava li só por causa do dinheiro quando a questionei se ela tinha noção do que era lecionar, dividir e compartilhar conhecimentos já que ela entrava na sala com ar de deusa (não sei do que), sentava na mesa e mal falava sobre alguma coisa. Suas aulas resumiam-se a intermináveis e incontáveis seminários. Por isso sou totalmente favorável à exigência de formação em Design para atuar como professor na área de Design além, é claro, da devida especialização em Educação. Se alguém tem de rasgar ou jogar o diploma fora pois não lhe serve de nada é este cara. Talvez fosse melhor que ele cursasse algum curso como Filosofia ou ainda uma especializaçãozinha para que aprenda algumas coisas sobre ética e relações profissionais e, especialmente na educação para que aprenda a diferenciar o óbvio: qualquer curso, seja ele técnico, tecnológico, seqüencial ou bacharelado tem as mesmas características formativas: a qualificação profissional do indivíduo para que este possa exercer de forma competente a sua profissão.

As diferenças são gigantes entre um e outro e não há a menos possibilidade de querer igualar como se tudo fosse um só. Decorador não é Designer nem Arquiteto, Arquiteto não é Designer mas pode ser Decorador e Designer não é Arquiteto mas é um Designer altamente especializado na área de decoração com leves pinceladas de elementos arquiteturais. No entanto cada profissional tem o seu papel dentro de um projeto. Mas nosso nobre colega não acredita nisso:

“A Cândido ( Universidade Cândido Mendes, universidade onde o ilustrissimo senhor dá aula no curso de design de interiores – que IRONIA, não????) que não me ouça, mas NO MEU ESCRITÓRIO EU SÓ CONTRATO ARQUITETO.”

Disso uma professora, arquiteta consciente, fez a seguinte colocação:

“Eu discordo totalmente de você. Eu sou arquiteta e dependo do designer de interiores assim como dependo do engenheiro. O serviço dele é tão necessário quanto qualquer outro serviço prestado numa construção. Na minha equipe não pode faltar designers de interiores. Vocês são necessários sim!”

E o nobre colega conclui:

“O meu escritório funciona perfeitamente sem nenhum designer de interiores.”

E mais adiante quando uma aluna questionou a falta de espaço para estágios. Eis que ele solta nova pérola:

“a Cândido ( Universidade Cândido Mendes, universidade onde o ilustrissimo senhor dá aula no curso de design de interiores – que IRONIA, não????) que não me ouça, mas NO MEU ESCRITÓRIO EU SÓ CONTRATO ARQUITETO.”

Como se não bastasse já a quantidade de besteirol liberados por essa boca insana, ainda vem mais:

“Ele falou que qualquer um poderia ser designer de interiores, era sÓ TER BOM GOSTO. O arquiteto sim que saía preparado da faculdade para lidar com isso (embora na UFRJ, instituição onde ele estudou, e em todas as outras faculdades de arquitetura, só existam 2 disciplinas que tratem de interiores).”

A autora deste relato entra em cena então com a seguinte indagação:

“Na UFRJ mesmo existe o curso de composição de interiores. Se a UFRJ não achasse que tinha a menor necessidade do curso, ela não faria, pq o curso de arquitetura abrangeria essa área. A arquitetura teve que lutar pra sair da engenharia. Então todos na realidade deveriam estudar engenharia, pq essa sim é a profissão completa, não?”

Ele simplesmente tascou a clássica e incorreta refutação:

“Não senhora. Deus é o primeiro arquiteto.”

Ela resolveu ficar quieta diante de tamanho insulto. No meu caso eu já levo para o seguinte quando ouço esta tentativa de argumentação já nascida fadada ao fracasso:

Deus pode até ter sido o primeiro arquiteto, mas antes de ser arquiteto Ele foi sem sombra de dúvida:
O primeiro biólogo
O primeiro geneticista
O primeiro geógrafo
O primeiro ecologista
O primeiro zootecnista
O primeiro astrônomo
E mais quantos primeiros podem ser inseridos aqui antes de pensar em arquitetura.

De longe, a criação nada tem a ver com arquitetura e sim com outras áreas a não ser que existam por aí formações como arquiteto geneticista, arquiteto astrônomo e tantas outras profissões que alguns arquitetos deuses se acham no direito de atuar. Só falta quererem dizer que as montanhas, os lagos e mares, no ato da criação, são obras arquitetônicas como os morrinhos de jardins e piscinas ou lagos artificiais….
Francamente, vamos ser honestos: NÃO HÁ QUALQUER ELEMENTO ARQUITETÔNICO NO MOMENTO DA CRIAÇÃO.

Além disso não podemos deixar de levar em conta que na criação o primeiro passo realizado foi:

FIAT LUX!

Ou traduzindo: faça-se a luz.

A luz, como produto de algo, é diretamente ligada ao trabalho desenvolvido por designers juntamente com engenheiros elétricos. São estes profissionais que criam novos modelos, formatos, materiais e equipamentos que favorecem o uso da luz para que depois, posteriormente, mais adiante, os arquitetos possam vir a utilizar estes produtos em suas obras. Existem também aquele povo da biologia que estuda os componentes químicos e moleculares de alguns seres que vivem na escuridão total e possuem fosforescência na tentativa de imitar isso de forma a ser aproveitada pelo ser humano em sua vida cotidiana. Ta, mas e o que isso tem a ver com o FIAT LUX? Nada. Pra mostrar que mesmo lá atrás, antes da astronomia, biologia, zootecnia, geologia, arquitetura, existiu um outro fator: a física que iniciou-se com este FAÇA-SE A LUZ!.

Então, vamos parar com essa imposição de que Deus é o primeiro arquiteto pois não é verdade. Ele é sim, o primeiro FÍSICO! E a física é usada tanto no Design quanto na Arquitetura, quanto na engenharia e por aí vai….

É certo de que tanto o sr autor dessas pérolas quanto a ABD não fazem a menor idéia sobre esta área profissional a não ser o pertinente à decoradores e arquitetos decoradores. Já sobre Design, melhor seria se eles calassem a boca. Como dizem, em boca fechada não entra mosca.

Depois de perceberem a amplitude desrespeitosa que essa ação formalizou e da rejeição proporcionada contra a ABD, eis que surgem as tentativas de ajustes através de retratações.

O nobre Sr. Ivan Rezende já começa a sua indo totalmente na contramão de tudo o que ele disse nessa palestra:

“Sempre acreditei e defendi a idéia de que um mercado de trabalho organizado possibilitaria uma prática profissional sadia, onde profissionais oriundos de diferentes formações pudessem atuar sem reservas de mercado ou espírito corporativo.
Assim como acredito que cada profissão possui suas atribuições e responsabilidades não pautadas por vontade própria, mas por atribuições curriculares e regulamentações de seus órgãos fiscalizadores e normativos, tenho a convicção que conhecimento e ética profissional são os alicerces que realmente sustentam uma carreira. Quanto a estes valores, posso garantir e não há quem possa contradizer, que são aspectos presentes tanto no meu currículo quanto na minha vida cotidiana.”

Em tradução do primeiro parágrafo entendemos que para ele e para a ABD, um mercado organizado significa exatamente o que está sendo feito: NADA! Todo mundo é tudo e faz o que quer desde que não avance sobre áreas que só arquitetos podem atuar como, por exemplo, a varanda da casa da tua cliente que terá de contratar você Designer para o interior e um Arquiteto para a varanda. Belo!!!! Digno de aplausos!!!
A incoerência está exatamente quando ele diz sobre a reserva de mercado: as tais atribuições dos arquitetos, médicos, advogados, professores e qualquer outra profissão regulamentada não são o que senão uma reserva de mercado?

Se um arquiteto faz uma especialização em Design, pode começar a usar o titulo Arquiteto Designer em sua carreira profissional. Já se um Designer fizer uma especialização em arquitetura, este jamais poderá usar o título Designer Arquiteto. Incoerente e cômodo não?

Calma lá! É mesquinharia demais este senhor afirmar que a regulamentação servirá apenas como reserva de mercado uma vez que ele vive e sobrevive graças à reserva feita à classe de origem dele: a arquitetura.
Interessante ele citar de forma tão enfática a questão das atribuições curriculares numa retratação de um fato provocado por ele mesmo quando mandou que os designers joguem seus currículos no lixo. E aí nobre professor arquiteto, quanta incoerência de discurso pois, como você diz em sua retratação (claro que corrigido e atualizado por mim), conhecimento e ética profissional passam bem distante de sua prática profissional.

“Meu intuito nesta ocasião era promover um encontro democrático, como é minha prática de vida, onde todos tivessem direito a manifestar suas opiniões sem que da minha parte houvesse qualquer privilégio que a posição de palestrante convidado viesse a me conferir.
Em uma discussão de idéias é natural a divergência entre as partes, porém o respeito deve ser mantido como baliza o comportamento democrático daqueles interessados em interagir a fim de buscar novas idéias ou soluções.”

Encontro democrático acontece desde que ambas as partes sejam capazes da dialética. Desde que, especialmente a parte que comanda o evento, no caso o palestrante, seja capaz de suspender o juízo e analisar friamente as questões colocadas de forma imparcial, sem academicismos, sem pré-julgamentos, sem achismos ou imposicionismos de classes. Não é o que este senhor demonstrou pois estava sóbrio e certo do que estava fazendo e falando. Em momento algum houve uma tentativa da parte dele de tentar ajeitar o meio de campo que ele mesmo embolou. Pelo contrário, usou e abusou do poderio de palestrante para impor-se arrogantemente sobre os presentes, até mesmo sobre uma colega de profissão sua, aquela professora arquiteta.

Respeito sempre desde que o respeito seja recíproco. O nobre senhor já começou a palestra desrespeitando a todos os presentes e quer exigir respeito? Quer vir falar em espaço democrático? Francamente.

“Lamentavelmente, para alguns dos presentes, minhas idéias não foram bem compreendidas, gerando distorções que pude mais tarde constatar. Mão entrarei no mérito pontual de cada frase ou pensamento destorcido. Acredito que isto só nos levaria a uma discussão emocional e infrutífera. Porém, não me furto a participar de qualquer outro encontro onde o debate possa ser retomado e aprofundado. Talvez, se alguns participantes não tivessem abandonado o recinto, certos conceitos ou pensamentos emitidos tivessem sido melhor compreendidos.”

Distorções acontecem quando a fala não é clara. No caso ocorrido ficou explícito o que este senhor quis dizer o tempo todo. Frases curtas, diretas e secas. Não houve distorção alguma. Engraçado notar que numa palestra com um palestrante e 300 ouvintes se há algum problema este foi gerado pela distorção de pensamento de 300 ouvintes que inexplicavelmente interpretaram o que foi dito exatamente da mesma forma e nunca foi erro do palestrante. Ironias à parte, este senhor e vários outros profissionais devem repensar o seu trabalho como professor e palestrante, especialmente quando este estiver ligado à DESIGNERS.

O fato de não querer, nem em sua retratação, entrar no mérito pontual das questões (nem ao menos uminha?) só nos faz confirmar que tudo o que este senhor disse nessa palestra realmente está fincado em seus pensamentos e faz parte de suas convicções pessoais. Muito blasé e descabida essa tentativa de retratação. Creio que teria sido melhor ter ficado quieto e deixar que isso caísse no esquecimento. Afinal, brasileiro é um povo sem memória não é mesmo? Acreditam nisso, mas nem todos são assim desmemoriados.

Portanto, não, a ABD não é nem nunca será a representante dos Designers de Interiores. Lutamos contra isso já há bastante tempo e continuaremos firmes e fortes contra grupelos e panelinhas que querem desvirtuar o Design nacional, seja em que área for.

Caso você seja um(a) Designer de Interiores e ainda esteja associado(a) à esta panelinha, solicite com urgência o seu descadastramento. Fique tranqüilo(a) pois em nada afetará a tua vida profissional e tampouco desvalorizará o seu nome profissional. Qualquer cliente que te perguntar se é ou não associado, entenderá claramente quando você explicar os porquês de não ser associado. E também, não posso esquecer de colocar aqui, a carteirinha não é documento oficial nacional, portanto, não pode ser exigida por ninguém para qualquer finalidade. Se te pedirem a tua carteirinha da ABD, entregue sua identidade (RG) ou CPF.

CANCELAR TAXA TELEFÔNICA

Hoje conheci um projeto que está na Câmera de Deputados, sobre o cancelamento de assinatura de telefone.

O que esse projeto propõe?
Cancelar as taxas de R$ 40,37 (Residencial) ou R$ 56,08 (Comercial) que é cobrado todos os meses como assinatura da conta de telefone.

O que melhora?
Todos iram pagar somente pelos telefonemas efetuados ou pela internet utilizada.

Como votar?
Para votar a favor do cancelamento basta ligar para 0800-619619. Não digite nada, espere para falar com uma atendente. Após ser atendido de algumas informações como nome, data de nascimento, cidade e diga que é para votar a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo.
O Projeto de Lei é o de nº. 5476.

Esse tipo de assunto NÃO é veiculado na TV ou no rádio, porque eles não têm interesse e não estão preocupados com isso. Então nós é que temos de correr atrás, afinal quem paga somos nós! O telefone a ser discado (0800-619619, de 08h00min h às 20h00minh) é da Câmara dos Deputados Federal.

Não acredito nisso onde posso ver se isso é verdade?

O projeto é do Marcelo Teixeira (PMDB /CE), e no site da câmera: http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=34235 pode comprovar que o mesmo existe.

Regulamentação da Profissão de Designer

Esse texto é meio antigo, mas ainda acho válido a apresentação dele antes que eu falae da Campanha Vai Design!!

Vou falar aqui minha opinião. Pouca coisa aqui vai ser teórica, mas nessa hora eu coloco a referência.

A regulamentação esta sendo tentada desde 1979. Ela já teve diversas formas de apresentação. O que todo mundo deve por na cabeça, é que ela vai sair APENAS se houver interesse político. São lá os deputados que devem gerar a lei que nos regulamentará.

Para que isso aconteça mais rápido, deveria existir uma união ou uma maior representatividade das nossas associações ou com a sociedade ou com os políticos.

Como eu disse 1979. é tempo. digo isso, para deixar vcs cientes como foi que muita gente tentou e acabou desistindo. Muita gente boa, cansou. Eu considero isso importante ser mencionado. Imaginem a cena de vc se esforçando por todos aqueles que fazem e teoricamente amam o que fazem. Mas chega um momento que olha pro lado e não vê ninguém.
Foda. Nossa desunião é foda.

Agora temos que analisar a atualidade: profissionais não formados e formados trabalhando na área de design + profissionais de outras áreas trabalhando com design.

Outras coisas que ainda existem entre a gente é a crença que isso tudo é por dinheiro. O dinheiro está incluso, mas é apenas um item. Não o principal.

Coloco aqui um pedaço do texto do heleno almeida + uns comentários meus:
1) A possibilidade de termos um piso salarial mínimo (que normalmente é estipulado por Conselhos Federais para outras profissões). Só isso já seria um gigantesco avanço no sentido de tornar a profissão respeitada por empresas de comunicação, indústrias e pelo Governo Federal; – Aqui esta a grana. Toda a profissão tem isso. TODA. è assim que funciona. Pergunte qq não designer…

2) Diminuição da invasão de profissionais de outras áreas no Design. O arquiteto que projeta móvel, e não casas e prédios (!). O jornalista que não escreve texto, mas é bom diagramação (!); – temos ainda concerteza diversos outros exemplos (que são discutidos aos montes nas comunidades )

3) Todos trabalhariam com o mesmo custo, e caberia ao cliente escolher por portfolio qual o melhor profissional a atendê-lo (!) e qualidade seria o critério, não o preço; – Aqui um ponto importante. Levando o raciocínio ao conjunto total de empresas e instituiçoes de ensino, estaríamos incentivando o estudo técnico. Tudo melhora em efeito cascata.

4) Preço justo ao trabalho executado. Normalmente vejo muitos alunos se decepcionarem ao ingressarem no mercado de design com pseudo-profissionais de design que cobram R$50 por uma marca, quando o preço real é 50 vezes esse valor. Elaboração e adoção de tabela de preço único. – Hoje em dia temos muitas TABELAS DE REFERÊNCIA DE VALORES. Referência, só mesmo. Acho que isso é pouco abordado nas instituições. Mas minha crítica aqui vai mais para o afastamento que as instituições parecem demonstrar da sociedade. Mas isso é assunto pra depois… AÇÔES…

5) Maior participação do designer nas empresas no sentido da valorização profissional e da clara inserção no mercado de trabalho, com sua função definida por um conselho profissional; – Alguém já viu alguma vez na Discovery o pragrama RIDES? Sempre mostra todo o trabalho e a participação do designer, da criação ao dia da entrega do produto final. Um processo é colocado.

6) O cliente poderia denunciar o mal profissional a entidade de classe que defenderia a ética, o trabalho e qualidade do que é oferecido em termos de Design a problemas de comunicação e produtos; – é aqui que chegamos a um ponto importante. Responsabilidade técnica.

responsabilidade….

copy paste do paulo:
O nosso trabalho é carregado de responsabilidades que se nao forem normatizadas e fiscalizadas, se nao tivermos tivermos a obrigatoriedade de assinar os projetos e, assim, tornarmo-nos responsaveis judicialmente pelos mesmos, o mercado vai continuar a zona que está… aí sim continuarão a ocorrer desastres por causa de profissionais inescrupulosos que avançam sobre outras áreas que nao sao de nossa competencia e habilitação… aí sim enhtra em valor as alegações dos arquitetos… já vi casas despencarem pq uns designers simplesmente mandaram derrubar umas paredes sem analisar as questões estruturais. Outra coisa, é o simples fato de uma mesa com quina seca numa altura de aproximadamente 80cm do chão e na casa haver crianças… é certeira na testa da criança essa quina… e aí????
Agora vc continua a alegar que nao se tem parametros???
Me desculpe mas nao concordo mesmo. Nossa profissão pode sim colocar em risco a vida dos clientes e isso necessita ser, no minimo, responsabilizado.

+ copy paste do andré

no caso de um produto, digamos, uma cama hospitalar, provavelmente vai ser exigida a participação de um engenheiro com CREA e tudo, pois ele sim, vai se responsabilizar pelo projeto.

Vou além. Se faço uma sinalização para uma loja para legalizar na prefeitura do Rio tenho que ter o projeto com assinatura de um arquiteto ou engenheiro! Claro que isso traz junto a RESPONSABILIDADE TÉCNICA. Da qual eu tenho ciencia e acredito que muitos tenham medo.

e aí? vai aguentar esse fardo?

sim, agora vc deve se perguntar se vai querer ajudar ou não. Deixar como está, ou ter que arcar com as suas responsabilidades.

A gente já não é unido mesmo…

O que esta acontecendo – Designer de Interiores

copy paste do paulo:
Em uma decisão inédita, um Designer de Interiores de Sergipe conseguiu na Justiça Federal o direito a ter o seu registro no CREA como Designer de Interiores e ainda recebeu uma indenização por danos morais… é aqueles mesmos que tantos de nós ja passaram sejam por profissionais que nos humilham, sejam por lojas que nao nos aceitam como cadastrados, seja em entrevistas de emprego… Pra quem sempre diz que vivemos na sombra de outras profissões taí a resposta, DE UM JUIZ FEDERAL, de que só o fazíamos pois éramos forçados a permanecer dessa forma para proteger os interesses de outros grupos!!!
http://paulooliveira.wordpress.com/

Pelo que eu entendi, o CREA tinha uma data para recorrer. Isso não aconteceu. Quando um juiz “bate o martelo” sobre determinada questão abre-se um elemento chamado JURISPRUDÊNCIA. E este elemento garante a todos os outros direitos iguais. Pare se derrubar essa jurisprudencia, o outro lado terá de ou dispender $$ ou então contar com uma equipe jurídica que consiga mirabolar alguma tramóia, mas esta dificilmente passa impune nos tribunais superiores que é quem realmente bate o martelo.

copy paste de bruno

Vou fazer o papel de bobo (pq eu sou – acomodado tb): Não sei qual diferença o CREA pode fazer p mim.

Enquanto estudei escutei algumas opiniões diferentes sobre o assunto, a maioria era a favor de estar sob o CREA, justamente por ter, d alguma forma, como agir como um grupo, ter garantias jurídicas… mas nunca entendi mto bem como isso funcionaria.

Hj continuo sem saber o q pensar sobre o assunto. A decisão judicial parece uma coisa boa, pois q pode dar um impulso para mais diálogo entre os próprios designers – q incluem mtos outros como eu q estão por fora d como era, q mudança é esta e como as coisas podem ficar.

De toda forma, mesmo que o saldo me pareça positivo nessa ação, não faço a mínima idéia de como ajudar ou do q devo fazer para colocar isso adiante… Requerer um registro no CREA nunca esteve entre meus objetivos – o q n quer dizer q não possa vir a estar – por isso não faço a mínima idéia d como proceder legalmente, p exemplo.

Paulo, tu tem motivo p ficar chateado c essa acomodação, mas d nada adianta reconhecer isso apenas e pronto. Estando a frente da proposta aqui, o q vc recomendaria a pessoas como eu? q até li o tópico assim q foi postado, mas nem sabia o q dizer e deixei p depois.

Quais são as implicações de se entrar com esse tipo de pedido?

O que temos a ganhar? E o q temos q pagar por isso?

resposta

Bruno não sei qual sua área de atuação mas já aconteceu comigo, ter que fazer uma sinalização com empena e tudo o mais e ter que legalizar na prefeitura com uma assinatura de um arquiteto “endossando” o projeto. É apenas uma segurança natural para que não aconteçam acidentes com as pessoas. Tenho conhecimento técnico suficiente para projetar um Frontlight sem que ele venha a cair na cabeça das pessoas, mas tenho que recorrer a um arquiteto para conseguir a liberação na prefeitura.

Esse é só um exemplo ligado a Comunicação Visual posso citar inúmeros.

Mas a vantagem de se colocar uma ação contra o CREA, é que ele foi condenado por não ter mexido uma palha pela regulamentação da profissão de designer, portanto, se entramos com uma ação conjunta(Como a Mônica citou), possivelmente o CREA vai se mexer e aprovar logo uma PL regulamentando o setor para não perder uma ação por jurisprudência, que ao meu ver é bem mais rápido o tramite.
De qualquer forma eu já estou consultando meu advogado.

idéia na verdade nem tanto é ter um CREA que para um webdesigner por exemplo não significa absolutamente nada, mas sim pressionar o CREA para agilizar um processo que já se arrasta por décadas e aí sim, o Webdesigner seria recompensado com a organização de seu trabalho. Imagina só, todo o site por lei teria que ter um webdesigner com registro responsável pela criação do site? Os amantes de templates, copistas descarados e afins poderiam ser processados por seus atos e os “aranhas” da vida seriam banidos do mercado além de ser possível lutar por uma concorrência leal e organizada. Concorrência desleal: tira o registro do cara.
Mas o primeiro passo, o primeiro passo é ser regulamentado e depois de muito tempo não vejo uma brecha tão grande para nós acelerarmos o processo.

Acho que vcs deveriam fazer o mesmo, cada um em sua cidade. Creio que apesar da pouca participação nos foruns, ja temos varias e excelentes cidades cobertas nao é mesmo???

Tá, tá eu sei… muita coisa. Mas como falei é desde 1979. Não reclamem.

Depois desse tempo todo discutindo, eu e vários colegas chegamos a seguinte conclusão: ações diferenciadas e diversas direções.

1° tentar a regulamentação (enchendo saco de parlamentar, entrando com processo sozinho ou em grupo)

2° promover o design…

Mas como? Pra quem?
O pior foi ver que isso não deve ser feito para designers. A desunião vigente é tão grande que o que se pensou foi algo mais autoritário.
Foi pensado em mudar aquilo que realmente vai fazer diferença.

A cabeça do cliente. Mudar o entendimento da sociedade sobre o que é design.

Como? Campanhas para indústrias, associações comercias, colégios … mostrando o que é design, como é feito, por quem é feito, pra que serve e o que ajuda.

Pense rápido: vc sabe sem pensar que um médico te ajuda, mas um designer… faz o que mesmo?

só desenha? pois é… foda mais real.

Pensamos numa revista (vcs podem ver alguma discussão na comunidade design brasil no tópico http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=9788&tid=2517901116023415825 )

Aqui em Curitiba promovo encontros de design (podemos falar sobre as associações depois). Esses encontros são mais para trocarmos experiências, fazermos oportunidades de trabalho, sairmos da solidão diária do trabalho, entre outras coisas.

Consegui também fazer uma apresentação para uma associação comercial de um bairro daqui. Nela explicávamos as diferenças de cada setor e como as empresas usam e ganham ao mudar o pensamento que design é investimento e não custo. DE GRÀTIS>>>>>

Depois disso houveram uns encontros com presidentes de diversas entidades relacionadas ao design para a construção de um único e forte projeto. Mas depois disso (
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=41698&tid=2558987112477533137&na=4

Ivan Rezende ) …

A Adoção da Mediação e Arbitragem

“A ADOÇÃO DA MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM é chamado por muitos como a 3ª onda do direito, onde as pessoas, usando de sua autonomia e liberdade passam a determinar a melhor solução para seus casos, obtendo resultados legais, com maior rapidez e maior conformidade das partes envolvidas.

A Arbitragem, amparada pela Lei 9.307/96, é um sistema jurídico legal, com métodos e procedimentos específicos, que tem por finalidade compor a disputa de interesses conflitantes, através da decisão de um Árbitro e que se dá no prazo máximo de 6 meses.

Tal decisão tem a mesma força da decisão proferida pelo Magistrado – Juiz de Direito, ressaltando como característica fundamental o sigilo, a rapidez a custos reduzidos, mais acessíveis, de cuja decisão não cabe recursos a tribunais superiores.

O IJE, como órgão regulamentador e gestor do Tribunal de Mediação e Arbitragem do Paraná, está registrado no Ministério da Justiça e é membro do CONIMA – Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem. – maiores informações com o IJE: Av. Bandeirantes, 116 – fone (43) 3322.9800”

Paulo Espada.

Aqui em Londrina – PR, já contamos com o IJE. Busque em sua cidade se já existe algum órgão nesse sentido e informe-se melhor. Abaixo, umas explicações básicas sobre os trabalhos desenvolvidos.

Entendendo um pouco mais como funciona um Tribunal de Mediação.

LEI 9.307/96 – MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

Nos quadros comparativos é possível perceber as vantagens da ARBITRAGEM na solução dos conflitos.

IJE

INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: nº.08026.000670/2004-81

ESTATUTOS: Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Londrina/Pr

Quadro Comparativo de Processos em Geral

ITEM JUSTIÇA COMUM IJE
Custas iniciais Variação de 4,5 a 10% valor da ação Variação de 0,1 a 1% do valor da ação
Tempo de solução 12 a 36 meses Máximo 6 meses
Recurso Trib. de Just. e Trib. Superiores Não há
Acesso ao Processo Público Sigiloso
Prazo Processual Rígido Flexível (audiências)
Interação p/ Acordo Única oportunidade Empenho contínuo dos Mediadores
Decisão (sentença) Técnico Legal Especialista na Área – objeto litigioso
Julgadores Magistrado Colegiado de Especialistas
Custas Finais Sucumbência Variação de 1 a 10% do valor da ação

SIMULAÇÃO DE CASO

AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO – CUSTAS INICIAIS

Vl. Aluguél(mês) R$300,00 Vl. Aluguél(mês)R$500,00 Vl. Aluguel(mês)R$1.000,00
Justiça Comum IJE Justiça Comum IJE Justiça Comum IJE
R$252,00 R$50,00 R$347,00 R$80,00 R$620,05 R$120,00
  • Valores aproximados.
  • O despejo forçado deverá ser requerido na Justiça Comum, nos termos da sentença arbitral.

TABELA DE CUSTAS INICIAIS E PROCESSUAIS

CUSTAS INICIAIS

CUSTAS PROCESSUAIS

Valor da demanda (R$)

Percentual

Valor Mínimo

Valor da demanda (R$)

Percentual

Valor Mínimo

0,01 a 5.000,00

R$ 50,00

0,01 a 5.000,00

10%

R$ 150,00

5.000,01 a 10.000,00

0,8%

R$ 50,00

5.000,01 a 10.000,00

8%

R$ 500,00

10.000,01 a 50.000,00

0,7%

R$ 80,00

10.000,01 a 50.000,00

7%

R$ 1.000,00

50.000,01 a 100.000,00

0,5%

R$ 120,00

50.000,01 a 100.000,00

6%

R$ 3.000,00

100.000,01 a 500.000,00

0,2%

R$ 400,00

100.000,01 a 500.000,00

5%

R$ 5.000,00

500.000,00 a 1.000.000,00

0,1%

R$ 600,00

500.000,00 a 1.000.000,00

3%

R$ 15.000,00

Acima de 1.000.000,00

1%

R$ 1.500,00

Acima de 1.000.000,00

1%

R$ 20.000,00

No entanto, faz-se necessário que em seu contrato de prestação de serviços seja inserida no final do mesmo, a Cláusula Compromissória. Porém, vale ressaltar que as duas partes (profissional e cliente) estejam de acordo sobre a mesma. É fácil fazer isso. Normalmente a ultima cláusula dos contratos é aquela que diz que fica eleito o fórum da comarca de tal cidade, etc. No lugar desta, deve-se colocar a Cláusula Compromissória como segue:

As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO PARANÁ, CÂMARA DE LONDRINA, como órgão do INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Avenida Bandeirantes, nº116, Londrina, Estado do Paraná, CEP:86.020-010, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja.”

INFORMAÇÕES

Av. Bandeirantes,116

FONE: (43) 3322 9800