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Vulva Gallery: Ilustrações mostram a beleza e a diversidade da vulva

Em 2011 publicamos aqui a grande parede de vaginas, agora quem teve o “insight” foi a holandesa, Hilde Atalanta que criou uma série de ilustrações para mostrar vulvas de todos os tipos, formas, tamanhos e cores.

O projeto é mais do que parece!
Segundo o site oficial diz que a arte é feita para que as mulheres entendam que, independente do tamanho, cor ou forma, sua vulta é única, especial, e que se deve amar do jeitinho que ela é. Mostrar as pessoas que elas não devem querer uma mudança em seus corpos por causa da publicidade, da internet ou da pornografia. A galeria chama atenção sobretudo para as cirurgias plásticas, como a lábioplastia, conhecida também por ninfoplastia que consiste na redução dos pequenos lábios vaginais.

Além disso, a autora também quer mostrar que há diferentes tipos de corpo, em tantas formas, tamanhos e cores e todo tipo de gênero, já que ter uma vulva hoje em dia não define o seu sexo.

https://www.instagram.com/p/BM9Ey4PDE-q/

https://www.instagram.com/p/BNEEe-qDBmF/

https://www.instagram.com/p/BNKWoQajed9/

Vagina ou Vulva?
A razão para usar a palavra vulva em vez de vagina é que a vagina é apenas a parte interna dos genitais femininos. A vulva é constituída pela parte externa dos órgãos genitais: o mons pubis, os lábios maiores e os pequenos lábios, o clitóris e o capuz do clitóris, o bulbo do vestíbulo, o vestíbulo vulvar, o meato urinário, as glândulas vestibulares maiores e menores, o vaginal Abertura, fenda pudenda, glândulas sebáceas, triângulo urogenital (parte anterior do períneo) e pêlos pubianos.

A galeria toda você consegue ver no https://www.thevulvagallery.com

o copinho plástico matou o romance?

Todo mundo conhece história da arte/design e mesmo a história “pura” trata da mudanças ocorridas na sociedade durante diversos períodos, os modos de vida, as relações de poder, etc.

As pessoas e os significados das coisas mudam com o tempo e os acontecimentos, o rio Ipiranga não seria muito conhecido fora de sua região e nem o 7 de setembro teria lá muita importância perante os outros dias se não tivesse ocorrido um certo grito. Por causa deste grito um tipo de corte de barba ganha título de imperador por aí, e mais ou menos no mesmo raciocínio usar um pequeno bigode central logo abaixo do nariz pega muito mal, principalmente se aconpanhado de uma franjinha emo.

Buenas.

Muita gente infinitamente mais abalisada do que como Maristela Ono e Rafael Cardoso já falaram sobre fetichismo do objeto e cultuma material (aconselho que procurem conhecer seus trabalhos), mas venho aqui tocar neste assunto com uma teoriazinha.

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Desenhistas de nada

Hoje enquanto almoçava, assistindo a TV vi uma triste passagem no quadro Vídeo Game. Dois casais foram chamados da platéia e as meninas teriam de fazer uma “tatoo” com canetinhas nos meninos. O tema escolhido foi TUBARÃO.

Foi de doer o resultado da brincadeira. Lamentável mesmo.

O que ficou claro ali e que facilmente percebemos no dia a dia no contato com alunos é que a educação de hoje em dia simplesmente vem destruindo qualquer capacidade de desenho que possa existir nos alunos. E a informática tem muita culpa nisso tudo.

Tanto em uma quanto na outra a visível falta de referências gráficas e pictóricas ficou claramente visível. Nenhuma foi capaz de expressar nem ao menos a conhecidíssima barbatana dorsal. Para piorar, tentaram desenhar o bicho inteiro.

 

Me lembro que no meu jardim de infância as professoras nos ensinavam a desenhar peixinhos usando como referência a letra L minúscula. Era fácil e ali aprendíamos que era possível intentar o peixe que quiséssemos.

Depois outras formas básicas nos eram ensinadas: nuvens, árvores, casinhas e pessoas “de palitinhos” e mais uma infinidade de formas que nos levaram facilmente a soltar o traçado, o risco, a mão.

A semiótica nos apresenta o mundo – que o vemos gráfico – de forma escrita e também por símbolos simples como o desenho simples de uma cadeira. Porém o que se percebe é que tanto os elementos da semiótica como, principalmente o de desenho parecem estar desaparecendo da educação.

É uma constante nos fóruns de Design e Arquitetura postulantes ao curso perguntando se tem de saber desenhar a mão. E a paúra dos THEs – as medonhas prévias?

A maioria opta por gráfico porque “tudo é feito no computador”. Alunos de séries iniciais reclamam quando o professor pede trabalhos à mão e, não difícil acontecer, alguns insistem em entregar os trabalho feitos no PC.

Muitos quando tentam entregar algo feito à mão deixam claro seu protesto e entregam trabalhos mais parecidos com garatujas.

O que acontece com o desenho?

Onde foi parar o desenho?

Onde foi parar a sensibilidade da análise, estudo e observação das formas, das referências, das estruturas?

Onde foi parar a capacidade dos professores do ensino de base em ensinar ao menos o básico do desenho?

Onde foi parar as garatujas que o ser humano foi um dia capaz de fazer?

Teremos de voltar à pré-história e, como primatas ainda não desenvolvidos, começarmos tudo do zero?

Será que é preferível agir como o Pequeno Príncipe e a sua “cobra que comeu o elefante”, diante dos clientes?