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ArghDesign#4: Starck x starck

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Você acredita no design?

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Há cerca de um ano atrás, um nobre amigo escreveu um texto curto sobre o não-acreditar em design. Nele, o Ceviano em questão (Eduardo Gonçalves) afirmava que voltou a acreditar no design como peça fundamental para a melhoria do mundo depois de um tempo de crise, mas que não via “como exercer o design desta maneira no mundo como ele está hoje”. Ele não é o único.

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Em março deste ano, Philippe Starck, o renomado designer francês que nos brindou com sua fabulosa versão do que um espremedor de laranja não deve ser, respondeu à uma entrevista para uma revista alemã onde afirmava, melancólico: “O design está morto”. E complementou, dizendo que todo o trabalho de sua vida foi desnecessário e inútil. Com estas frases, Starck deixou de acreditar no design. Lucidez tardia?

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A entrevista gerou respostas diversas. Sydney Glover, colunista do The Sydney Morning Herald, foi enfático: “Bem, o resto de nós poderia ter dito isso para ele”. Bruce Nussbaum, da revista americana BusinessWeek, citou alguns exemplos de designs que passaram longe de serem inúteis para a sociedade (ainda que não sejam obra do polêmico entrevistado) e preferiu abrir a questão para debate. Jill Fehrenbacher, do blog Inhabitat indagou se não era algum tipo de “crise de meia idade”.

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Menos de um mês depois, o mesmo Starck ressurge dizendo que está “de volta no jogo” e que agora apenas produzirá peças que colaborem para a sustentabilidade do mundo. O anúncio foi realizado em uma mostra paralela do salão de Milão intitulada “Greenergy Design”, onde Starck nos apresentou seu novo brinquedo – “Democratic Windmill”, uma turbina eólica caseira (maneira cool de dizer “cata-ventos”) que qualquer um (?) pode ter em casa a partir de setembro e assim suprir até 60% da necessidade de energia do lar. Derivados o petróleo, nunca mais. Envergonhem-se, fãs da Alessi. Assim como meu colega, Starck voltou a acreditar no design… mas como apontou Nussbaum e provou Gonçalves ainda ano passado, com um pouco de atraso.

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Enquanto o Starck (Phillipe) passava por suas crises, outro Stark (o Tony) faturava milhões em bilheteria mundo afora. Tony Stark, como todos sabem, é o Homem de Ferro, um empresário milionário inteligentíssimo da indústria bélica que, após uma crise de consciência, monta uma armadura fantástica e vira super-herói. Eu proponho uma troca: ao invés do Phillipe, vamos tornar o Tony o exemplo-mor a ser seguido de designer contemporâneo. Como todo designer, ele passou por uma crise pessoal (foi sequestrado e passou a ver o mundo com outros olhos) e passou a usar suas habilidades fantásticas para o bem, produzindo uma (por que não?) obra-prima do design. Em meu outro artigo, eu escrevi que não existem designers super-heróis. Errei! Descobri vários. Não podemos esquecer também do saudoso MacGyver.

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Em Terra Brasilis, um terceiro Stark dá uma aula do que é acreditar no design. Produzido pela TAC (Tecnologia Automotiva Catarinense) e desenhado pela Questto Design de São Paulo, o Jipe Stark é, sob vários aspectos, um paradoxo industrial. Em um mercado dominado por grandes montadoras mutinacionais, um grupo de empresários convenceram investidores, convenceram parceiros e, principalmente, convenceram a si mesmos. E acreditaram no design. E pra eles, acreditar ou não no design não é um luxo retórico, como no caso do Starck (o Phillipe) e outros designers, mas simplemente uma questão de sobrevivência. São as regras do mercado em sua aparência mais crua. (O jipe chegou a ser exposto no Museu da Casa Brasileira, em dezembro de 2007)

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Existem “acreditares” e “acreditares” em design, mas há uma diferença entre o acreditar da indústria e o do designer. A indústria é pragmática: ela quer resultados. Já os designers podem até se deixar levar pro suas incertezas, mas estas devem ficar restritas a nossas próprias discussões – ao nosso próprio mundinho. Você contrataria alguém que não acredita em si mesmo?

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O exemplo dos três Star(c)ks ilustra bem isso. O terceiro Stark é o design pragmático e sem crises de identidade aplicado na prática. Em se tratando de projetos de risco, não há lugar para incerteza. O segundo Stark mostra que mesmo quando não quer, a ficção imita a realidade (ou é a realidade que imita a ficção?). E o primeiro mostra o designer em crise consigo mesmo – a crise que passou pelo Tony e nem chegou no jipe. Mas Phillipe Starck é Phillipe Starck. Ele pode.

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E você, com qual Starck se identifica?
(Eu sou mais o Tony Stark. A casa dele é muito mais legal e ele tem a Gwyneth Paltrow)

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Luiz Fernando Pizzani é coordenador geral do Projeto Empreendedorargh!, uma iniciativa de cursos de curta duração, palestras e pesquisas itinerante sobre mercado de trabalho e empreendedorismo em design no Brasil. É bacharel em desenho industrial – projeto de produto pela PUCPR, pós-graduando em CBA de Gestão de Negócios pela Estação-Ibmec Business School e presta serviços de consultoria para empresas de design recém-formadas ou em fase de formação. É viciado em molho barbecue e pede sinceras desculpas por ter publicado este artigo com 24 horas de atraso. Não necessariamente nesta ordem.

Resultado do 1o Concurso Talentos do Design MUELLER e FIAT

No começo de 2008, a FIAT do Brasil juntamente com a Mueller, formatou e apresentou ao mercado um novo desafio: um concurso voltado para o setor automobilístico para o ano de 2020, focado na interação entre os participantes. Este sesafio nos motivou e, em meados de fevereiro deste ano, a TipoD decidiu que participaria do 1º Concurso MUELLER – Talentos de Design 2008.
O concurso foi dividido basicamente em 04 etapas: avaliação de portfólio, seminário, briefing, desenvolvimento e apresentação. Na etapa de avaliação 31 proponentes enviaram seus portfólios e currículos para avaliação e seleção. Aqui foi realizado o primeiro filtro, verificando capacitação criativa, técnica e proximidade com o tema. Destes, apenas 13 proponentes prosseguiram. A TipoD foi a única empresa selecionada no Centro-Oeste e Sul do país, regiões em que possui unidades de P&D.
A fase de seminário ocorreu na sede da ABIPLAST em São Paulo, na semana de 19 de março. Ali todos os 13 selecionados foram bombardeados com a problemática do tema: o design do interior de um veículo para 2020, levando em conta todos os fatores sociais, tecnológicos e estilísticos do público-alvo abordado.
Participaram deste seminário a Sra. Esther Faingold (CEO da Mueller), Sr. Auresnede Stephan (Consultor do Concurso), Sr. Peter Fassbender (Diretor do Centro de Design FIAT Brasil), Sra. Márcia Auriani (Consultora), Sr. Manoel Muller (Presidente da ABeD), Sr. Paulo Rodi (Gerente do Centro Tecnológico da Mueller), Sr. Osmar do Amaral (Gerente de Engenharia da Mueller), Sr. José Vido (Gerente de Projetos Especiais da Mueller), além de técnicos e fornecedores de suprimentos e tecnologia para a FIAT e MUELLER. Nestes 2 dias, de perguntas e respostas, os selecionados delinearam seus briefings e ainda trocaram muitas experiências de mercado e percepções acerca do concurso e sua proposta, uma espécie de brainstorming de checagem. Afinal de contas somos concorrentes. Mas antes de tudo, fazemos parte de uma nata de profissionais e empresários extremamente pró-ativos e comprometidos com a qualidade final do trabalho.
Na terceira etapa, em que concorrentes deveriam checar conceitos e sanar dúvidas. A TipoD estava em fase de contra-briefing, ou seja, validando se as pesquisas realizadas e o nicho de mercado identificado eram consistentes. Era uma checagem de expectativas: um jogo de perguntas, respostas, adivinhações e análise de emoções expostas na mesa.
No dia 18 de junho estava agendada a apresentação de 40 minutos no Hangar 44, estúdio de design da MUELLER em São Paulo. O projeto foi realizado paralelamente nas duas unidades da TipoD, em Brasília e Florianópolis, onde alguns integrantes das equipes se juntaram aos oficiais apresentadores de projeto da empresa e pegaram a estrada, se deslocando novamente para São Paulo… As entrelinhas de como tudo foi planejado, desenvolvido, filtrado, construído e testado será apresentado posteriormente no BLOG corporativo da TipoD, acompanhem!

ArghDesign #2: Homo Tudo Sapiens (ou: “como eu amo meu Landau”)

Tempos atrás fui questionado em uma lista de discussões ao inserir o seguinte argumento, todo cheio de pompa e rebuscamento, como é típico dos grandes argumentos da humanidade:

“Design social é chato”

Pronto! foi o pivô de cucurbitações extasiantes, ofensas aleatórias e respostas que pareciam quase, mas não totalmente, completamente diferentes um debate construtivista (valeu, Douglas Adams!).

A verdade é que, com tantos modismos indo e vindo anexados no discurso de nosso querido design, fica extremamente difícil manter um foco sobre a atuação profissional. Quem pensa no design focado em marketing e administração corre o risco de ser taxado de “fomentador do consumismo”, “sanguessuga de moedas”, “porco capitalista” ou coisa pior. Quem analisa com foco em temas sociais, por outro lado, é “inimigo da profissão”, “populista”, “panfletário” ou ainda “profissional incompetente que virou professor” (esta última é a mais clássica). Nem caio no risco de citar sustentabilidade aqui – o termo mais em voga na nossa insignificante esfera azul nos últimos anos, e também o de significado real mais obscuro (chegando, neste quesito, a passar para trás com honras outros clássicos: “agregar valor”, “paradigma”, “interdisciplinariedade” e o meu preferido, “design como ferramenta competitiva estratégica”).

Para piorar, há, no Brasil, uma cultura estranha de que o lucro é pecaminoso. Ao mesmo tempo que empresas são vistas com maus olhos quando mostram publicamente que estão muito mais preocupadas em gerar dividendos que em salvar o planeta, um profissional de design que abandona o discurso social em troca de clientes é um “vendido” ou “prostituto”. Embalagens longa-vida são difíceis de se reciclar. Logo, quem desenha embalagens longa-vida é vilão. Quem diz “Não! Eu só trabalho com papel reciclado” para o cliente é herói. Isso ocorre mesmo que a longo prazo a atuação do primeiro se mostre como mais sustentável que do segundo, porque é difícil de analisar nestes casos relações de causa e efeito mais aprofundadas – e como tanto diz Steven Levitt em seu Freakonomics, relações de causa e efeito puras e diretas são difíceis de encontrar. Assim, talvez o primeiro designer possa estar contribuindo mais para nosso “mundo feliz” que o segundo sem sequer perceber isso – enquanto o outro, ao escolher trabalhar com determinados produtos sem conhecer a fundo seus ciclos de vida, pode estar causando um impacto ambiental muito maior, apesar das boas intenções.

Esse exemplo simples da complexidade de se trabalhar com design social é útil para entendermos outros “problemas” que inevitavelmente todo designer acaba enfrentando em sua vida profissional, como por exemplo a “indispensável educação” de clientes. Da mesma forma que um designer atrapalhado pode causar um dano ainda maior ao ambiente ao querer, na verdade, reduzí-lo, um designer com a melhor das intenções de educar seus clientes para o valor da atividade pode causar o efeito inverso e criar uma aversão eterna ao design. Essa é a consequência de guiar atos pelo senso comum.

Independente do rumo profissional que queremos seguir, independente das escolhas que fazemos, ter foco é essencial. Designers tem o péssimo hábito de querer mudar o mundo – partindo do princípio que o mundo queira ser mudado – e de pensar que ele é assim justamente por não conhecer o potencial do nosso trabalho. Besteira. Nós não somos deuses. Não somos super-heróis, nem temos as respostas para todos os problemas. E, principalmente, não precisamos forçar a existência de um aspecto social no design porque o design *é* social em sua essência. É uma redundância.

Proponho uma troca, então: deixemos de lado esta nossa prepotência – este nosso pretensionismo – e consideremos atitudes mais singelas. Você quer educar as pessoas para o design? Então que tal educar a si mesmo para entender as pessoas? Seus clientes vão agradecer. Você quer ajudar a criar um mundo mais verde? Estude bastante e vá fazer um mestrado ou doutorado (aliás, por que designers odeiam tanto livros?) em alguma linha de pesquisa ligada a sustainability design. Escreva uma tese bacana. Publique. Crie um caminho e mostre ele para o mundo, trocando achismos por fatos.

Ah, sobre o Galaxie Landau, para quem não sabe, era o carro top de linha da Ford até 1983 – um gigante de cinco metros e meio por dois, que (bem regulado) faz uma média de 3,5 km/l. Um tremendo poluidor na atmosfera. Sem problemas – durante a semana eu ando de bicicleta, então equilibro minhas emissões as de carbono. E eu durmo bem à noite.

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Luiz Fernando Pizzani é coordenador geral do Projeto Empreendedorargh!, uma iniciativa de cursos de curta duração, palestras e pesquisas itinerante sobre mercado de trabalho e empreendedorismo em design no Brasil. É bacharel em desenho industrial – projeto de produto pela PUCPR, pós-graduando em CBA de Gestão de Negócios pela Estação-Ibmec Business School e presta serviços de consultoria para empresas de design recém-formadas ou em fase de formação. É viciado em filmes dos Irmãos Marx, livros de HQs, dormir em rede, Albert Camus e voadoras, não necessariamente nesta ordem.

A rapa é dura…

e a vida não é mole nao….

Acabo de ter o desprazer de olhar o edital do mega concurso que está sendo promovido pelo (des)governo federal. Quem quiser mais informações é só acessar: http://jcconcursos.uol.com.br/DefaultInformacao.aspx?IdInformacao=11859&IdSecaoSite=2

Concurso??? Ótimo, ao menos não são CCs e o povo que entrar vai ter de mostrar competência e não apenas QI…

Porém, ao analisar os cargos e respectivas exigências notei muitas, mas muitas mesmo, incoerências.

Profissões nada a ver com o cargo estão lá listadas e outras TUDO a ver não…

Isso sem contar que vi 2 cargos para designers: 1 para produto e outro para a área gráfica. Estão mais que clara as atribuições e funções, porém, a seguir as habilitações: Desenho Industrial e…. arquitetura, claro…

Isso sem contar que ela aparece até mesmo no desenvolvimento de projetos do Ministério da Pesca no desenvolvimento de programas…. tadinhos do pessoal de engenharia de pesca…

Isso sem contar que ela aparece no IPHAN onde as atribuições são o desenvolvimento e acompanhamento de projeto???? Culturais… E onde ficam o pessoal de história, artes, etc etc etc

Isso sem contar no SFH onde o cargo destinado à financiamento, os requisitos são??? direito, economia, contabilidade e??? arquitetura…

Isso sem contar que a cada 3 cargos, em um aparece arquitetura… até mesmo nos ligados à????? pedagogia, educação….

Pois é, todos sabem que não tenho absolutamente nada contra os arquitetos (à excessão de alguns já conhecidos de todos) e muito menos com a arquitetura, porém não é assim que se faz respeitada uma profissão… Não é assim que se ganha o respeito de outros profissionais…

A impressão que passa é que quem fez este edital ou é arquiteto ou tem a mãe, esposa, filha, sobrinha, trisavó ou sei lá quem que é arquiteto na família e está desesperado pra “salvar a pele e garantir um futuro farrrrrto pra beldade “…

E também não é assim que o (des)governo federal vai mostrar o que diz ser e lutar: justo! (kkkkkkkkkk) desculpem…

E Cadê o Ministério Público que não faz nada????

FUI!

Gostem ou não!

 

Dos deveres…

Vou logo avisando, este texto não é no tom de desabafo (parece), nem tão pouco pessoal (mas poderia ser) e nem sequer vem desejar pisar nos calos de ninguém (mas eu sei que pisa)

Eu converso diariamente com diversos designers e vira e mexe converso também com uns “dizairneres” que eu carinhosamente chamo de entusiastas (Um dia titio Ed explica o porque desse apelidinho carinhoso).

E se temos algo em comum é que todos reclamam da ausência de direitos que nossa atividade vive nos dias de hoje.

Ora bolas! Mas que direitos? Nem regularizados estamos como poderíamos ter direitos? A não ser que sejam os direitos Miranda*, mas como não estamos nos EUA, nem isso temos!

A regularização da nossa atividade visa realmente conseguir alguns direitos para nossa classe, mas nem tudo são rosas!

Quem já assinou um contrato na vida (ou teve que fazer um) sabe que a velha máxima do Tio Bem (tio do Peter Parker…O HOMEM-ARANHA!!!) é verdadeira; vamos a máxima:

“Com grandes poderes (ou direitos) vem grandes responsabilidades.”

E é exatamente por isso, que todo contrato que se preze, se o seu não tem é por que não é um contrato que se preze, só lamento especifica claramente em um item a parte em letras garrafais DAS RESPONSABILIDADES… (daí o título desse texto…tá vendo como tudo aqui tem um por quê?)

E a, triste, verdade é essa mesma. Todo direito vem cercado de deveres e por assim dizer, responsabilidades. Afinal é assim desde que somos crianças: “Quer comer a sobremesa? Então tem que raspar o prato!” (um caramelo para quem nunca ouviu isso a mãe ou da avó! Eu sei que ouvi…MUITO!).

E como esse texto não trata dos direitos e sim dos deveres vamos a eles? Agora vocês podem fechar o browser e ignorar o que vêm a seguir, ou tomar a decisão que eu tomei na faculdade, ler se conscientizar e ficar chato que nem eu! To avisando que é um caminho sem volta!

1) O dever de zelar pela profissão:

-Você é profissional? Ótimo! Não faz mais que a sua obrigação! A verdade é essa mesma, vendeu? Entregue no prazo e em perfeitas condições de uso. Ao fazer isso você está zelando não apenas pelo seu bom nome profissional mas também de toda uma classe de profissionais.

E não é só isso não. Cada um de nós somos fiscais da nossa atividade. Afinal uma maça podre pode arruinar um cesto inteiro em pouco tempo.

Então, profissional do design, fiscalize. Entusiastas, “dizaineres”, blogueiros, micreiros, AUTODIDATAS (eu não disse que ia pisar em calos?) NÃO SÃO DESIGNERS! Logo não deveriam exercer a mesma atividade que você… Eu, enquanto não se regulariza a atividade, faço a minha parte denunciando esses escroques sempre que os encontro vendendo “conhecimento” que não possuem…

E diga-se que as vezes denuncio até mesmo maus profissionais…mas isso também faz parte de zelar pela profissão.

2) O dever de atualizar-se:

Isso vale para qualquer atividade… OU você segue as tendências ou acaba fora do mercado. Qual vai ser?

Ou você acha que a cerejinha do sundae hoje em dia é um “super-site” em HTML e GIFS Animados? (eu vi semana passada um néscio vendendo isso como se fosse a descoberta da pólvora…).

Seu cliente quer o melhor, e merece! Então ofereça isso ou caia fora!

3) Ética não é opcional de fabrica é, sim, um DEVER:

Isso por si só já dava um novo texto, então eu faço o seguinte, vou resumir aqui nesse parágrafo e depois venho com um sermão maior sobre Ética (Deus sabe como esse país precisa disso…)

Povo, é sério, contrato não é só para impressionar o cliente não. Ë um ACORDO entre as partes, está lá? Então é para ser cumprido por AMBAS as partes. Simples assim!

Prometeu? Entrega.

Errou? Assuma o erro e concerte-o sem ônus para a outra parte.

Eu tenho uma frase que resume bem isso, quando meus clientes começam a chorar suas pitangas sobre os “profissionais” do passado com os quais se meteram eu sempre digo:

“Bom, desses eu não sei. Só dou garantias sobre o MEU trabalho.”

Muito se fala em comer o bolo, todos querem os direitos de se viver em uma legislação que acalente e proteja o profissional.

Mas quantos profissionais estão, hoje, dispostos a viver sob a batuta de um estatuto que regulamente e rege DEVERES que devem ser obedecidos com o risco de sanções para aqueles que o descumprem?

As vezes eu penso que é por isso que tem tanto designer contra a regulamentação…a anarquia é mais segura.

*Para os que desconhecem a legislação americana, e nem tenham assistido a um episódio de Lay & Order nos últimos 18 anos (por onde vocês andaram caramba???) eu explico:

Miranda Rights é um direito garantido ao réu/suspeito de uma ação criminal que no momento de sua prisão deve ser avisado pelo responsável pela efetuação da mesma o direito que assiste a esse réu/suspeito de permanecer calado e de que tudo que ele possa por ventura dizer, poderá e será usado contra ele no tribunal. Ele também tem direito a um advogado para assistir a sua defesa e caso não tenha meios de prove-lo o ESTADO providenciará um advogado para ele.

Viu? NEM ISSO TEMOS!

ABD – Já deu o que tinha que dar. Basta!

Recebi isso por e-mail através de um colega de profissão. Posto meus comentários depois do texto…

“Qual o futuro da Reserva Técnica?

Caros Colegas,

Realizamos no dia 07 de Maio, em parceria com a Revista Kaza, um Encontro com Empresários em São Paulo com o tema “O Futuro da Reserva Técnica”. Estiveram presentes como debatedores, o Dr. Igor Nascimento de Souza advogado tributarista, com larga experiência nas causas junto ao Ministério da Fazenda e Receita Federal, os empresários João Saccaro, diretor da Saccaro e Eduardo Machado, diretor da Artefacto, além de Renata Amaral, diretora da ABD e do Dr. Rodrigo Eterovic, advogado da ABD. Podemos resumir da seguinte maneira as conclusões que o debate nos proporcionou:

a) O mercado do design de interiores está, cada vez mais, impactado pela especificação. Muitas vezes, os negócios gerados através dos designers de interiores podem responder por até 80% das vendas em muitos fornecedores. Na média, segundo estudos feitos pela ABD, essa participação atinge a 40%, mesmo considerando lojas de materiais de construção, por exemplo.

b) Essa realidade de mercado está diretamente associada ao avanço na prática do comissionamento das empresas para os designers de interiores. Inicialmente restrita a um grupo especifico de fornecedores, em geral lojas de decoração mais sofisticadas, a reserva técnica está hoje disseminada em diversos segmentos. Grandes organizações do varejo praticam a RT. O mesmo acontece em indústrias.

c) É preciso estar atento aos desdobramentos da crescente pressão dos órgãos públicos (Ministério da Fazenda e Receita Federal) para a formalização de diversos segmentos da economia, entre eles, a área de prestadores de serviços. O pagamento da RT deve estar orientado para essa nova realidade.

d) Entende-se que a prática da RT seja legítima, porém existe de fato a necessidade de promover no segmento a adoção de certos procedimentos para que o pagamento da RT possa ser melhor estruturado nas empresas e também nos escritórios. Vejam quais são esses procedimentos:

– a empresa que concede a RT deve exigir a filiação do profissional à ABD como condição para comissionar. Isso é uma forma de proteger a empresa e o profissional no comissionamento. A ABD pode agir aplicando o código de ética, orientando seus associados (empresas mou profissionais) quando verifica uma conduta inadequada. Mas se o profissional (ou a empresa) não é associado ABD, a entidade nada pode fazer. Por isso, não basta exigir o CREA. A filiação à ABD é importante.

– o profissional para ter direito à RT deve, efetivamente, especificar o produto ou serviço para seu Cliente, materializando esse ato através do encaminhamento antecipado de uma solicitação de orçamento, com a identificação do Cliente, por e-mail ou por telefone. Outra possibilidade é o profissional visitar o fornecedor acompanhado ou não do Cliente. Em qualquer situação, deve haver a identificação do Cliente.

– a empresa que comissiona define as condições (percentual, forma e prazo de pagamento) e se compromete a cumpri-las.

– a empresa se compromete a não oferecer como desconto a RT quando o Cliente declara que não tem Arquiteto ou Designer de Interiores envolvido na operação.

– a ABD orienta os associados a serem transparentes com seus Clientes comunicando que existe uma prática no mercado – a RT – e que essa condição não afeta o preço final do produto (para isso, a empresa que pratica a RT deve se comprometer com a não alteração de preço quando existe um profissional ou concedendo descontos quando não existe).

– a ABD recomenda aos seus associados profissionais que façam da RT uma forma adicional de captação de recursos. Quando a RT representa mais do que 20% do faturamento de um escritório de Arquitetura ou Design de Interiores o negócio corre risco. Portanto, cabe à ABD fazer alertas aos associados, ajudando esses colegas a compreenderem o risco de depender de fontes de renda que não sejam fruto da remuneração pelo projeto ou administração de obra.

– a ABD continuará a promover seminários e palestras (a pauta do CONAD 2008 está toda estruturada na Organização e Operação dos Escritórios) preparando seus associados para negociar melhor seus honorários, estabelecer novas formas de remuneração e adotar sistemas modernos de gestão do negócio. Só em 2007, foram realizados 100 eventos em todo o Brasil com a presença de 12.000 profissionais.

– a ABD está preocupada com o desdobramento que a RT pode ter com a crescente pressão dos órgãos públicos que exigem a formalização da operação. Nesse sentido, está orientando seus associados na melhor alternativa para constituição de pessoa jurídica.

Importante: Associe-se à ABD e fortaleça uma instituição cuja finalidade é promover ações que possam contribuir para a adoção das melhores práticas no exercício profissional e na estruturação do mercado.

Profissional e Empresário: se você ainda não é um associado ABD acesse http://www.abd.org.br e venha participar desse movimento.

Abraços,

Roberto Negrete – Presidente da ABD”

É impressionante o descaramento e cara de pau da ABD mesmo através de informativos oficiais da associação.

Os destaques em negrito apontam para dois pontos

Primeiro: a formação de cartel é evidente o que caracteriza CRIME segundo o Código Civil Brasileiro. Seria muito mais ético e mereceria aplausos e reconhecimento de todos se a ABD lutasse por coisas do tipo independete se o profissional é ou não associado à ela. No entanto, a panelinha fervilha e eles pensam que estão acima das Leis e que só quem fica lá babando ovo merece ser tratado como profissional e respeitado como tal. No entanto cale-se e não opine pois nós ditamos as regras pois somos ditadorezinhos.

Segundo: a tentativa de colocar-se, mesmo após colocar uma falácia criminosa como a acima descrita, como entidade séria e que realmente luta seriamente pela categoria profissional. Lutar por “melhores práticas no exercício profissional e na estruturação do mercado.” nem de longe tem a ver com este tipo de açao. Muito pelo contrário, isso só reafirma a formação de CARTEL, de panelinhas umbiguistas e o uso de uma políticagem excludente típica de partidecos políticos: se você não está conosco é inimigo e como tal deve ser tratado.

O mal da ABD, o seu câncer, é exatamente esta política onde postam-se como deuses detentores de todos os saberes e direitos e que estão acima da LEI onde ignoram os apelos de seriedade e ética de quem não faz parte da mesma por causa disso.

Já cansei de enviar e-mails solicitando esclarecimentos sobre estas ações embusteiras e nunca obtive resposta alguma sobre nada. Preferem continuar em seu joguinho de faz de conta de que tudo está bem, de que tudo o que fazem é correto e o melhor para o mercado e para os profissionais.

Se fosse realmente assim, eles teriam levado à sério a reunião com o grupo de Designers que está realizando o projeto de Regulamentação do Design no Brasil e não teriam colocado-se como arrogantes imbecís do tipo “não precisamos disso pois já temos o nosso próprio projeto” como se Interiores não fizesse parte do Design. E pior, o projeto que a ABD diz ter não vai mudar absolutamente nada e tampouco faz distinção entre decorador, designer de interiores ou arquiteto de interiores até mesmo porque eles mesmos desconhecem as diferenças básicas entre elas.

Realmente chega! Já ultrapassaram todos os limites do bom senso, da falta de ética e do descaramento.

É um lixo e merece ser tratado como tal daqui pra frente.

Até então eu estava mantendo um certo tom amigável na ilusória tentativa de que alguém de lá pudesse esclarecer alguns pontos duvidosos sobre a atuação dessa associaçãozinha mequetrefe e embusteira. Porém como preferem ignorar a mim e a tantos outros Designers indignados com tudo isso, agora será no pontapé na bunda.

BASTA DE GENTE MENTIROSA E MELINDROSA QUE NAO TEM CORAGEM DE ENCARAR AS SUAS PROPRIAS MENTIRAS!

Se você é Designer mesmo (formado em alguma área do Design) e está associado à este antro, caia fora em nome do bom nome do Design Brasileiro. O post abaixo (do presidente da Kartell) tem muito a ver com isso tudo. Deixe aquele antro pros “dezáiners” e vamos juntos construir um futuro realmente sério para o Design Brasileiro.

Paulo Oliveira

putz…

” Talvez no futuro possamos contar com designers brasileiros em nossa equipe, mas admito que só conheço o trabalho dos irmãos Campana.”

Acredite se quiser, mas a frase acima é do presidente da Kartell e foi colocada drante a sua passagem por São Paulo em maio….

Quem quiser confrir a veracidade da mesma é só comprar a revista Casa Claudia deste mês (Junho/2008) na página 28.

É impressionante como as coisas parecem não funcionar aqui no Brasil ou às vezes só servem para manter sempre os mesmos bãmbãmbãns no top ou como se fossem os únicos existentes.

Não tiro o mérito do trabalho dos irmãos Campana, nem de longe, porém parece que são só os dois que fazem Design no Brasil atualmente, que não existe mais ninguém… Às vezes vemos um ou outro raro nome despontando e até ganhando prêmios internacionais mas que rapidamente caem no esquecimento…

Onde está o trabalho e as ações prometidas por entidades que prometeram rios e mundos em sua fundação? De divulgação do trabalho brasileiro para o mercado internacional?

É… realmente urge a necessidade da Regulamentação e formalização de um Conselho Federal de Design. construído e mantido APENAS POR DESIGNERS, caso contrário, continuaremos patinando e escorregando sempre para trás…

Pense nisso.

REGULAMENTAÇÃO DO DESIGN JÁ!!!!

Você está fazendo a sua parte?

Caiu a Ministra, como fica o Design?

Marina derrotada pelo PAC

A queda da ministra do Meio Ambiente gera protestos lá fora, mas aqui os empresários estão bastante animados com o sucessor, Carlos Minc

O DEFENDER SEM RESERVAS E SEM LImites a Amazônia, a ex-seringueira Marina Silva se distanciou de tal forma dos projetos do governo que, isolada, foi obrigada a pedir demissão. Sua saída do Ministério do Meio Ambiente carrega uma perda imensurável para a defesa ambiental na opinião de analistas internacionais. Mas, aqui, no Brasil real, empresários e pesquisadores não escondem a felicidade. Nem o presidente Lula lamentou o desfalque na equipe. “Se ela chegou à conclusão de que tem um ciclo que quer mudar, não sou eu que vou impedir”, disse o presidente. É claro que há um grande respeito pela biografia da senadora, que sofre com a contaminação de mercúrio pelas águas poluídas que bebeu na infância, passada “entre os povos da floresta”. A gestora Marina, contudo, deixou a desejar. Ela se afastou dos técnicos mais flexíveis e abriu um espaço para as organizações não-governamentais jamais visto no Ministério. Durante todo o primeiro mandato de Lula, fez o presidente refém de suas vontades, embaraçando processos importantes de infra-estrutura, como as licenças ambientais do rio Madeira. “A demora (das licenças ambientais) não era porque se queria emperrar as obras, mas porque queremos eficiência”, explicou a ex-ministra dias após a demissão. “Não dá para falar em desenvolvimento sem preservação dos ativos ambientais.”


Foto: SEVERINO SILVA/AG. O DIA
“Vamos aumentar o rigor e diminuir a burocracia “
CARLOS MINC, SUCESSOR DE MARINA

O excesso de preocupação, que para muitos analistas é má gestão, resultou em grandes prejuízos para o setor produtivo. Ao cumprir a ferro e fogo o Código Florestal Brasileiro, de 1965, Marina jogou os produtores na ilegalidade. No Tocantins, por exemplo, onde o governo federal financiou pelo Pro- Várzea a irrigação por inundação de 170 mil hectares para a plantação de soja, milho, arroz e melancia, o Meio Ambiente decretou a região Área de Proteção Permanente (APP). O mesmo artigo das APPs torna ilegais produções nas encostas e topos de morros e compromete 25% do café de Minas Gerais, 100% da maçã de Santa Catarina, as uvas da Serra Gaúcha, a fruticultura da Bacia do São Francisco e a pecuária no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. “Ela sempre se recusou a rever o Código Florestal, porque considera a legislação mais avançada do mundo”, reclama o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Assuero Doca Veronez Diante desse cenário, o principal desafio do sucessor de Marina, o ambientalista Carlos Minc, será reabrir o diálogo com o setor produtivo. Exguerrilheiro, Minc se encantou pelo Partido Verde alemão durante o exílio. De volta o Brasil, fundou o PV por aqui. Mas, em 1990, se elegeu deputado estadual pelo PT, do Rio de Janeiro. Atualmente no partido de Lula, Minc ocupava a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio, onde ganhou a atenção do presidente por ser um ambientalista histórico, mas não ortodoxo, com traquejo político suficiente para transitar entre os ecoxiistas e fazer valer o plano de desenvolvimento do governo. Enquanto Marina se indispunha com a ministra Dilma Rousseff, Minc conseguiu destravar obras do PAC, ao reduzir a burocracia no processo ambiental. Um pedido de outorga pelo direito de uso da água, por exemplo, que levava três anos, caiu para três meses. De perfil afável e conciliador, Minc difundiu no Estado a idéia de que sua “filosofia é destravar o desenvolvimento”. Hesitou ao ser convidado pelo presidente Lula. Não sabe bem como sua experiência regional – os críticos o chamam de ambientalista de Ipanema – será aplicada na questão nacional. O que mais se espera de Minc, no entanto, não é uma política ambiental frouxa, mas possível. Para isso, ele tem todo o apoio da ministra Dilma Rousseff.

ADRIANA NICACIO

Extraído de: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/

Volks lança no Brasil maior centro de criação de veículos

A Volkswagen do Brasil lança nesta quinta-feira, na unidade de São Bernardo (ABC), o mais moderno centro de design de veículos do grupo no mundo. O evento de inauguração terá a presença da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente mundial da companhia alemã, Martin Winterkorn, além do presidente da empresa no Brasil, Thomas Schmall.

O centro de realidade virtual, que custou à empresa R$ 4,2 milhões, permitirá a criação e alteração de veículos por designers e engenheiros em 3D, com mais precisão de detalhes, texturas e cores.

Os veículos podem ser vistos em tamanho real, em uma tela de mais de 5 metros sem emendas. “O que nós fizemos foi o mesmo que o [Steven] Spilberg fez em Jurassic Park. Parece realidade, mas é matemática pura”, afirma Gerson Baroni, gerente executivo de design.

A simulação virtual poderá ser acompanhada simultaneamente pelas outras unidades do grupo no mundo. A empresa informou também que o novo sistema reduz tempo e custos no desenvolvimento de produtos, mas não especificou valores.

Baroni disse que o centro é o mais moderno da empresa e mais atualizado tecnologicamente para as projeções virtuais, feitas em dois canais. A idéia é que o veículo deixe o mundo virtual e passe aos tradicionais modelos feitos de argila (clay) ou resina (hardware) quando estiver apenas em fase de finalização do design.

“A Volkswagen do Brasil foi a primeira a ter um centro de desenvolvimento de veículos ainda na década de 70 e passou a desenvolver seus próprios modelos. Agora, com o mais moderno estúdio de realidade, vamos agilizar a nossa interação com a matriz e outras empresas do grupo, pois todas as fases de desenvolvimento de um carro poderão ser acompanhadas com modelos virtuais em tamanho real”, afirma o presidente da Volks, Thomas Schmall.

Ele afirmou ainda que o centro poderá ser utilizado para desenvolvimento de veículos que serão produzidos em outras unidades da empresa, fora do Brasil.

Schmall destacou que os veículos hoje são desenvolvimentos de forma global. “Ninguém mais faz veículos apenas para mercado nacional, assim como nenhum país trabalha sozinho”, afirmou.

Segundo Schmall, um carro novo pode levar de cinco a seis anos para ser apresentado ao mercado, considerando desde as pesquisas com consumidores até a criação de design, a montagem e a homologação.

Já um veículo derivado de uma plataforma já existente leva de um ano e meio a dois anos para entrar no mercado.

Matéria Realizada por KAREN CAMACHO Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online
Link Original:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u401897.shtml

P&D2008 – Requerimento

Vendo tudo o que vem rolando, tanto sobre a Regulamentação quanto sobre a padronização da Matriz Curricular de Design, e os constantes desencontros (mesmo dentro de encontros), comecei a levantar uma lebre que julgo ser o ponto X para estes dois casos: o P&D que será realizado em outubro, em São Paulo.

Segue a minha idéia:

Considerando:

– A seriedade e reconhecimento que o P&D conseguiu alcançar;
– A linha de trabalhos desenvolvidos e apresentados neste evento – pesquisa;
– O alcance acadêmico (todos os níveis) deste evento;
– a força das marcas P&D e SENAC (promotora do P&D2008);
– que o assunto sobre a regulamentação do Design no Brasil é motivo de pesquisas e debates sérios;
– que o assunto sobre a padronização das Matrizes Curriculares dos cursos de Design no Brasil vem gerando também vários debates e pesquisas;
– que, tanto a sociedade quanto o mercado e nossos parlamentares desconhecem a realidade do que vem a ser o Design;
– que o Caderno P&D é uma fonte de pesquisa e informação para os acadêmicos e demais profissionais de Design,

Requeremos:
1 – Que neste evento, já a partir desta edição, seja aberto espaço para este tipo de debates;
2 – Que este espaço seja na forma de mesa redonda e workshop por promoverem a melhor interação entre instrutor/alunos;
3 – Que não sejam priorizadas as Associações existentes mas sim, que sejam convidados profissionais engajados tanto na Regulamentação quanto da Educação;
4 – Que sejam convidados parlamentares para assistirem a estas partes como forma de sensibilizar os mesmos sobre estes e outros temas pertinentes ao Design;
5 – Que sejam convidados empresários de grandes e pequenas empresas para participar destas partes como forma de sensibilizar os mesmos sobre a importância do Design para suas empresas;
6 – Que seja convidada a mídia para cobertura do evento como um todo;
7 – Que se façam constar do Caderno P&D um relatório das ações realizadas e os resultados obtidos durante os trabalhos.

Sem mais,

Designers abaixo assinados.

Penso até em usar aquele site de petições online para fazer esta e enviar à coordenação do P&D.
O que vocês acham?

Enquanto isso na Câmara….. lá em Brasilândia….

Parlamentares lançam frente em defesa do artesão

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Artesão Brasileiro será lançada amanhã, às 9 horas, durante evento que terá a participação de 300 artesãos representando todas as regiões do País. A frente foi criada para atuar em favor da aprovação do Projeto de Lei 3926/04, que regulamenta a profissão do artesão e cria o Estatuto do Artesão.

O projeto foi apresentado pelo deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que também é coordenador da frente parlamentar. Valverde afirma que a aprovação do estatuto é indispensável para o fortalecimento do setor, que conta com 8,5 milhões de profissionais em todo o País. Ele lembra que a comercialização de artesanato é responsável por cerca de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB), movimentando anualmente R$ 28 bilhões.

O ato de lançamento da frente será realizado às 9 horas, no restaurante do 10º andar do anexo 4 da Câmara. Na ocasião, também haverá eleição de subcoordenadores da frente e a entrega aos parlamentares de um documento com o histórico da atuação dos artesãos em favor de políticas públicas para o setor. Haverá, ainda, exposição de peças artesanais no local.
E também:
Audiência discute regulamentação das atividades de artesão

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público realiza nesta tarde audiência pública para discutir o Projeto de Lei 3926/04, do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que cria o Estatuto do Artesão. O debate foi proposto pela deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA).

A proposta regulamenta a profissão de artesão e autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Nacional do Artesanato e o Serviço Brasileiro de Apoio ao Artesanato. O projeto também autoriza o Executivo a instituir e a desenvolver o Programa Nacional de Fomento às Atividades Artesanais.

Foram convidados para o debate:
– a coordenadora do Programa de Artesanato Brasileiro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maria Dorotéa de Aguiar Barros Nadeo;
– o assessor especial do Ministério do Trabalho Marcos Ribeiro de Ribeiro;
– o diretor-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto;
– a coordenadora do Movimento Nacional dos Artesãos, Isabel Gonçalves Bezerra;
– a diretora do Departamento de Estruturação, Articulação e Ornamento Turístico do Ministério do Turismo, Tânia Maria Brizolla;
– a representante do Programa de Microcrédito do Ministério do Trabalho Ione Carvalho.

A audiência está marcada para as 14h30, no plenário 12.

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia

E nós Designers, a chupar os dedos.

Não posso deixar de lembar que a relatora que vetou o PL de regulamentação do Design confundiu alhos com bugalhos ao afirmar em seu texto que artesanato é o mesmo que design…

Novidade – Litrosferas


A companhia MPK desenvolveu um novo material luminoso capaz de gerar luz constante por 12 anos sem abastecimento de energia elétrica. Baseado na chamada litroenergia, o novo material é composto de micropartículas luminosas chamadas litrosferas, atóxicas e baratas, chegando a substituir uma lâmpada incandescente de 20 watts, conforme pode ser lido no site Treehugger.

Criada com base em tecnologia betavoltaica, que utiliza como fonte de energia um gás radiativo, as litroesferas são manufaturadas de modo a produzir uma leve emissão de elétrons incapazes de penetrar o vidro ou a parede de polímero em que forem colocados, explicou o site Gizmodo.

A luz emanada pode ser projetada para brilhar em qualquer cor, além de poder ser moldada ou acrescentada à tinta. Para iluminar um pedaço de plástico de 21 por 27 centímetros, o material empregado custaria apenas US$ 0,35. A companhia prevê que o invento será utilizado primeiro em equipamentos de segurança.

Mais detalhes podem ser obtidas em tinyurl.com/28m98s.
fonte: http://blogdaabil.blogspot.com

Anhembi Morumbi – MBA e Mestrado

Especialização Lato Sensu – MDA – Master Design de Ambientes

http://portal.anhembi.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1605&sid=137

OBJETIVO
Preparar profissionais para atuar no mercado de Design de Ambientes, Decoração, Design de Interiores e Design de objetos para decoração;
Preparar profissionais que atuam neste segmento para utilizar o design como ferramenta diferencial e competitiva;
Aperfeiçoar os profissionais de gerência que atuam direta ou indiretamente na área, buscando o desenvolvimento individual e profissional;
Desenvolver a visão analítica do aluno, de forma a diagnosticar problemas e encontrar soluções, considerando a competição no ambiente de negócios;
Estudar o mercado nacional e internacional.

DIFERENCIAIS
O programa inclui um módulo internacional, opcional, com uma viagem de negócios à Feira Internacional do Móvel de Milão;
As disciplinas incluem conhecimento do mercado industrial através de visitas a empresas parceiras;
O curso está focado na análise e na solução de casos reais, vivenciados por empresas do mercado, e o aluno desenvolverá trabalhos na prática;
Palestras com renomados profissionais da área.

PÚBLICO-ALVO
Arquitetos, decoradores, designers, gerentes de produtos, promotores de venda, lojistas e empresários do segmento;
Profissionais em cargos executivos no segmento de ambientes (serviços, comércio e indústria);
Empreendedores que desejam gerir com excelência seu próprio negócio;
Docentes que queiram aprofundar seus conhecimentos na área.

PROGRAMA DE DISCIPLINAS
Módulo 1 – Design & Ambientes
Teoria do Design
Fundamentos do Design Contemporâneo
Design no Brasil
Design de Ambientes

Módulo 2 – Conforto & Ambiente
Conforto Ambiental
Ergonomia
Light Design
Acessibilidade e Design Universal
Teoria e Aplicação da Cor

Módulo 3 – Gestão
Gestão do Design
Atendimento e Vendas na Decoração
Legislação e Ética
Marketing e Ambientes Comerciais
Monografia ou Viagem Internacional: Feira de Milão
Estudo sobre o Comportamento do Consumidor
Metodologia do Projeto e Pesquisa em Design
Orientação de Monografia
Seminários da Viagem (dentro da disciplina de orientação de monografia, para alunos que realizarem a viagem)

LINHAS DE PESQUISA
Mercado de Design de Ambientes no Brasil
Design como Estratégias de Negócios no Mercado de Design de Ambientes
Feira de Milão: Case de Negócios na Área de Design de Ambientes

DESCONTO
Ex-alunos dos cursos de Pós-Graduação, Graduação e de Graduação Tecnológica da Anhembi Morumbi têm 20% de desconto, a partir da segunda mensalidade. Confira o período de solicitação de desconto no cronograma oficial do Setor de Bolsas.

 

MESTRADO EM DESIGN
http://www.anhembi.br/mestradodesign/

Os segredos dos Códigos de Leonardo da Vinci


Pela primeira vez em cartaz na América do Sul, a mostra, realizada em parceria com o Instituto de Comércio Exterior (ICE), do Ministério do Comércio Internacional da Itália, revela o Leonardo da Vinci arquiteto e designer, e traz as informações preservadas desde 1637 nos subterrâneos da Biblioteca Ambrosiana de Milão.

Digitalizados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Leonardo3, o Código Atlântico e o Código do Vôo, disponíveis em estações multimídia, trazem a ampla coleção de manuscritos de Da Vinci. Entre eles, estudos e reconstituições virtuais tridimensionais para um projeto urbanístico para a cidade de Milão, intitulado Cidade Ideal; 130 modelos criados com base nas observações sobre o Vôo dos Pássaros; projetos para a construção de um automóvel; inúmeros estudos para a construção de armamentos de defesa, pontes, fortificações, máquinas, instrumentos musicais.

Código Atlântico e o Código do Vôo

Os chamados Códigos de Leonardo representam agrupamentos da mais ampla e extraordinária coleção de manuscritos de Leonardo da Vinci, das mais de dez mil páginas de anotações e desenhos produzidas pelo artista, que ao longo dos seus 67 anos de vida e no decorrer dos séculos, após sua morte, acabaram se dispersando por várias partes do mundo. Três, de um total de 24 códigos, estão atualmente preservados em museus italianos, entre os quais o Código Atlântico e o Código do Vôo.

O Código Atlântico representa a mais ampla e fascinante coleção de anotações e desenhos do gênio. Cobre 40 anos do que pode ser considerado o período mais fértil de sua atividade criativa, de 1478 a 1518, e apresenta a heterogeneidade de argumentos sobre matemática, geometria, astronomia, botânica, zoologia, arte militar, arquitetura, mecânica, hidráulica, engenharia, anatomia e física.

Já o Código do Vôo discorre principalmente sobre o vôo dos pássaros, que Leonardo estudava de maneira analítica buscando reproduzir sua estrutura mecânica e, assim, desenvolver uma inédita máquina que levaria o homem a voar, sonho até então restrito a figuras mitológicas.

Os modelos físicos – reconstruções inéditas
Automóvel-robô, Código Atlântico

“O Automóvel” é uma das mais conhecidas máquinas de Leonardo da Vinci, objeto de diversas montagens físicas (vem sendo estudado desde 1905). Só recentemente foi descoberta sua verdadeira finalidade: não é um automóvel segundo a concepção moderna, mas um veículo capaz de mover-se sozinho. Um complicado sistema de engrenagens permite tencionar as molas que funcionam como motor desta máquina, que entrava em cena vinda das coxias de um teatro, com bonecos de papel sobre ela, os quais podiam mover algumas de suas partes (por exemplo, podiam mover a cabeça, ou mexer o braço). Trata-se, portanto, de um elemento criador de efeitos especiais teatrais.

Essa invenção realmente funcionava. Os estudiosos da L3, Mario Taddei e Edoardo Zanon, comprovaram essa tese ao construir o primeiro protótipo do mundo em 2004. O sistema opera graças a dois motores à mola, engrenagens para a transmissão do movimento e um sistema para a estabilização do movimento. A rodinha da frente, graças a uma programação baseada num sistema de “matracas”, permite a pré-programação do percurso a ser realizado.

Em 2007, a L3 apresentou uma atualização na interpretação dessa invenção, ao rever o modo de funcionamento do motor à mola e transferindo o sistema de programação para as balestras (ou bestas) e para as rodas principais. Além disso, também sugere que o sistema robótico possa ter outras aplicações. A mostra do MCB apresenta pela primeira vez ao público a reconstrução física dessa segunda interpretação.

Pássaro mecânico para estudos, Código do Vôo

A metodologia de trabalho de Leonardo da Vinci baseava-se na experimentação direta e esta máquina é um claro exemplo disso. Trata-se de um instrumento para medir o baricentro e a posição de equilíbrio de um boneco com formato de pássaro: um modelo dinâmico em escala, comparável, com as devidas proporções, aos modernos túneis de vento. Ele utilizava tal instrumento sem a ajuda do vento, mas mesmo assim conseguia tirar dele importantes conclusões. Na parte inferior da página do Código do Vôo, na qual Da Vinci desenha o referido modelo, estão anotadas que as linhas do baricentro e das bordas das asas são diferentes nas diversas situações, como subida e descida do pássaro.

Leonardo da Vinci, vida e obra

Leonardo da Vinci, um dos mais notáveis pintores do Renascimento e seu maior gênio, era também engenheiro, matemático, anatomista, músico, arquiteto e escultor. Nasceu no dia 15 de abril em 1452, em Anchiano, na região de Vinci, próximo à Florença. Quando jovem, foi aprendiz na oficina de Andrea del Verrocchio, em Florença. Mudou-se para Milão em 1482, onde serviu na corte de Ludovico Sforza. Até 1506, trabalhou principalmente em Florença, quando pintou a Mona Lisa, sua obra mais famosa. Entre 1506 e 1516, viveu entre Milão e Roma. Convidado pelo Rei Francisco I, viajou para a França em 1516, falecendo em 1519.

Escreveu e desenhou sobre vários temas. Em cerca de 5 mil páginas de manuscritos que chegaram intactos aos dias de hoje, há estudos de praticamente todas as áreas do saber: biologia, geometria, anatomia, geologia, botânica, astronomia, óptica, mecânica, arquitetura e projetos bélicos. Há, principalmente, a mais fantástica coleção de invenções e soluções de engenharia já imaginadas por um único homem: esboços de helicópteros, submarinos, pára-quedas, veículos, embarcações, máquinas voadoras, turbinas, teares, canhões, pontes, carros de combate etc.

Seus projetos de máquinas e invenções não tiveram aplicações práticas na ocasião, porque a tecnologia da época não estava à altura da sofisticação e das teorias futurísticas do cientista.

Abertura: 15 de abril, às 19h30
Visitação: de 16/4 a 4/5/08

Museu da Casa Brasileira – Av Brigadeiro Faria Lima, 2705 – São Paulo

Embalagem comemorativa Lámen

Acabo de conhecer a embalagem comemorativa de 50 anos da criação do lámen.

Foi lançada como edição especial, prometendo o sabor original do produto.
Trabalhando com as cores marrom e laranja, pode até soar um pouco forte para os dias de hoje, porém trata-se de uma interessante oportunidade (também disponível por diversos outros meios) de conhecer,  comparar e refletir como o design de embalagens é um produto do seu tempo, refletindo tendências estáticas e culturais de determinada época.

Há, ainda, uma ilustração de um pintinho, também parte da versão original da embalagem antiga,  que anuncia o tempo de preparo: 1 minuto e meio(!), tempo que dobrou nas versões atuais do produto (na verdade, no verso, descobre-se o “segredo” do preparo mais rápido…). No topo da embalagem existe um logo comemorativo “Think Next 50”.

No verso, as referências continuam: ilustrações típicas dos anos 50 “ensinam” como preparar o “miojão”, além de trazer uma rápida história de “Momofuko Ando”, que criou o lámen em 1958 (saiba mais aqui).
Tanto no verso quanto nas laterais da embalagem, existem inscrições japonesas, reverenciando a criação original do produto.

Você deve estar se perguntando:“cadê a foto da tal nova embalagem?”
Respondo: minha máquina digital “morreu” ontem à noite, na mão de um inadvertido amigo sob os efeitos do vinho, mas voltará, em breve. Assim, não tive como fotografar a embalagem; até mesmo o meu celular está na assistência técnica (“que cara azarado”, você deve estar pensando!).
Fiz uma “pequena” busca na internet, porém não consegui encontrar imagens (“pequena” devido a pressa de freelas pra terminar), peço sinceras desculpas!
Se alguém descobrir um bom link, mande via comentário!
No site da Nissin também não tem!

De qualquer maneira, resolvi escrever este pequeno artigo dominical colocando-os a par da novidade.
Grande Abraço!