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Web 2.0, Andrew Keen e a democratização da informação

Lembro-me de ter lido a entrevista de Andrew Keen numa revista semanal brasileira. Suas provocações e teorias, em princípio, eram de alguém que tenta defender uma tese contrária referente a algo considerado “standard” para todos, ganhando, assim, algumas migalhas de fama e o prazer de não ser parte da maioria.

A tese defendida por Andrew Keen, diz respeito ao conceito colaborativo da web 2.0, que permite a participação efetiva de todos, colaborando mutuamente. Na concepção de Andrew Keen, este aspecto nos levará ao fim da cultura como conhecemos, trazendo à tona informações ruins de pessoas mal preparadas para escrever e refletir sobre os temas atuais.

Andrew Keen, ao que parece, defende a idéia de que precisamos de pessoas preparadas para expressarem nossas opiniões, anseios, necessidades. Segundo ele, não temos preparo intelectual suficiente para nos expressarmos, somos meramente sujeitos sem conteúdo, sem ter o que dizer, passivamente devemos esperar que os jornalistas altamente especializados, bem como os experts nas mais diversas áreas do conhecimento, nos digam o que fazer, pensar, sentir e como agir.

Isso me fez lembrar daquele grupo de cientistas que, recentemente, anunciou que o aquecimento global é um grande exagero, que não existe. Pensei na imagem de Bush radiante, era, enfim, um grande trunfo contra aquela “Verdade Inconveniente“. Imaginei, também, a mídia tradicional vibrando de emoção com o livro “The Cult of the Amateur“, enfim os blogs tomariam um soco no estômago!

A (r)evolução é urgente, necessária e está em pleno curso. Tentar freá-la é impossível, os modelos tradicionais de produção e disseminação de informação e cultura caíram por terra, o conteúdo colaborativo é um fato, necessita de ajustes e melhorias, porém sua solidificação é inevitável, a idéia do “povo falando por si” é forte demais para ser ignorada.

Houve um tempo em que o povo realmente precisava de pessoas intelectualmente preparadas para protestar, mostrar sua realidade. Os pequenos-burgueses, com seus violões, iam à favela, ao morro, chegavam na periferia e, arrebatados de uma grande dó, cantavam essa realidade em suas bossas, em seus sambas sofisticados, salvando (ou tentando salvar) o povo da miséria, da falta de expectativas.
Depois de algum tempo, o povo descobriu que poderia se manifestar por si próprio, seja por meio dos sambas populares, dos acordes furiosos do punk rock ou da batida forte do rap. Descobriu que era o mais adequado para expressar suas opiniões sobre situações reais, já que vivenciava aquilo tudo no seu dia-a-dia.

Traçando um paralelo, acredito que a web 2.0 traz a mesma possibilidade para vários e distintos públicos, seja qual for a área de conhecimento. Você pode criar um blog sobre um tema específico, sobre uma visão de vida, sobre opiniões e posicionamentos. Não precisa esperar que algum jornal te descubra, que algum programa te entreviste, ou que a tv te apresente como o mais novo talento.

Como em tudo na vida, é necessário separar o joio do trigo, com certeza nem tudo o que está em blogs e gerenciadores de notícias deve ser levado em consideração, sempre haverá a real necessidade de se comparar dois pontos de vista diferentes, o “mainstream” (grande mídia) e o “underground” (mídia independente, blogosfera), utilizando o ceticismo saudável, na busca pela informação real ou a opinião mais relevante.

Centralizando uma página com CSS

Uma dúvida muito comum de alunos e iniciantes: como centralizar o conteúdo numa janela de navegador? Realmente é um recurso bastante útil, já que aproveita o espaço de maneira uniforme e se adapta a qualquer tamanho de janela.
Veja, abaixo, um código que centraliza o conteúdo. Observe que as divs posteriores são criadas aninhadas, ou seja, dentro da div “conteúdo”:

<!DOCTYPE html PUBLIC “-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN” “http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd”>
<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml”>
<head>
<meta equiv=”Content-Type” content=”text/html; charset=iso-8859-1″>
<title>Centralizando com CSS</title>

<style type=”text/css”>

html, body, #conteudo{height:100%;}

body{text-align:center;}
#conteudo{
width:796px;
border: 2px #666666;
position:relative;
background-color:#CCCCCC;
margin:auto;}

.esquerda{
position:absolute;
top:10px;
left:10px;
width:245px;
background-color:#00FF00;}

.centro{position:absolute;
top:10px;
left:265px;
width:245px;
background-color:#ffff00;}

.direita{
position:absolute;
top:10px;
left:520px;
width:265px;
background-color:#ccff33;}

.dentro{
font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;
position:relative;
width:245px;
color:#FFFFFF;
background-color:#000000;}
</style>
</head>
<body>

<div id=”conteudo”>
<div class=”esquerda”>
Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento<br />

<div class=”dentro”>
div dentro do div “esquerda!<br />
</div>
</div>
<div class=”centro”>
Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento<br />
</div>
<div class=”direita”>Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento<br />
Oi, teste de posicionamento
</div>
</div>
</body>
</html>

Experimente este código em sua página e faça suas modificações. Teste, ele funciona nos dois browsers (ie e firefox) principais. ok?

Entendendo o código
Para se atingir este objetivo, a utilização de elementos div foi essencial. Observe o seguinte trecho do código:

html, body, #conteudo{height:100%;}

Aqui, os elementos html, body (o corpo da página, parte visível ao usuário) e a div id “#conteúdo”, tiveram suas respectivas alturas definidas como 100%, ou seja, independente do tamanho da janela do browser(navegador), elas ocuparam toda a altura disponível.

Já neste trecho:

body{text-align:center;}

O body é utilizado como seletor de css para centralizar o conteúdo geral. Na verdade, com esta atribuição, o elemento principal da página (#conteudo), estará sempre centralizado.

#conteudo{
width:796px;
border: 2px #666666;
position:relative;
background-color:#CCCCCC;
margin:auto;}

A div id “#conteudo” será utilizada como div principal, todas as outras divs estarão dentro (aninhadas) a ela. Assim, é possível controlar a centralização dos elementos. A largura, definida como “width:796px”, tem o tamanho ideal para resolução de 800×600. Foi definida uma borda (border: 2px #666666), por razões estéticas, o mesmo acontecendo com a cor de fundo (background-color:#CCCCCC). O posicionamento foi definido como relativo (position:relative;) à página (elemento html e body). A margem está definida como automática (margin:auto).

Note que as div criadas posteriormente (esquerda, centro, direita) são inseridas dentro da div “#conteudo”, ou seja, suas tags são abertas e fechadas dentro da div principal, fazendo com que elas fiquem “dentro” da mesma. Todas estão com o atributo “position:absolute;”, para que o posicionamento seja absoluto com relação ao elemento pai (“#conteudo”), não à página.

Finalizando, foi inserida a div “dentro”, inserida dentro da div “esquerda”, demonstrando que é possível inserir divs dentro de divs indefinidamente. Porém, com critério e organização.

Como um web designer pode se dar bem em uma agência

O designer Andy Budd escreveu há algum tempo um artigo sobre os 7 hábitos de um bem sucedido web designer freelancer. Pois o relato abaixo é uma versão de um artigo do designer Scott Gledhill na mesma linha dos “7 hábitos”, mas do ponto de vista de um web designer que trabalha em uma empresa (pequenas agências de fundo de quintal, times de desenvolvimento de corporações financeiras ou até grandes empresas de mídia).

Os 7 hábitos a seguir são exatamente os mesmos do texto original de Andy Budd.
As diferenças entre o mundo do freelancer e o mundo de uma agência/empresa é muito sutil.
Seguem aqui algumas dicas de como manter a sanidade trabalhando para uma empresa!

AME O QUE VOCÊ FAZ
Políticas empresariais, gerentes que não tem a mínima noção do que você faz, colegas sem inspiração e nerds lunáticos (por favor, ninguém se ofenda) são algumas das coisas com as quais você vai ter de lidar no dia-a-dia do trabalho. O seu local de trabalho é um dos poucos lugares onde você terá de conviver com pessoas que não te interessam ou que não se interessam pelas mesmas coisas que você.

Quando você não estiver lidando com este tipo de gente, você poderá mergulhar em algum trabalho interessante que irá lhe manter inspirado e motivado pelo resto do dia. Se você for um dos poucos sortudos que existem neste mundo das agências, isto poderá ser um dia inteiro, mas – assim como na vida de freelancer – sempre vai haver uma série de coisas chatas que se precisa terminar antes de entrar na parte divertida do trabalho.

Estas coisas divertidas serão responsáveis por fazer com que você se levante todos os dias para ir trabalhar e que farão o seu dia ter valido a pena. Se estes momentos de diversão começarem a desaparecer e o seu dia inteiro começar a se tornar chato e enfadonho então chegou a hora de fazer alguma coisa diferente. Está na hora de uma mudança. Isto significa ir para o mundo freelancer ou mudar de departamento ou mesmo de empresa?

Independente das opções, nunca seja aquela pessoa que bate o cartão às 9:00 e às 18:00 sem ter nada de positivo a dizer sobre o dia que passou. Você deve sempre gostar do que você faz, independente do fato de trabalhar para você mesmo ou para outra pessoa.

NUNCA PARE DE APRENDER
RSS, livros e blogs de sua área devem ser as maiores referências para o web designer que trabalha em uma agência para manter suas habilidades afiadas e, principalmente, relevantes para o mercado. Esta indústria é rápida demais o que faz com que o aprendizado e troca de idéias constante sejam absolutamente imprescindíveis.

Uma grande vantagem de se trabalhar em uma agência está nos recursos humanos que você tem á disposição para “sugar” conhecimento. Você pode estar trabalhando em um setor muito específico com um escopo restrito e fazendo sempre as mesmas coisas, mas ainda assim pode extrair de cada um dos seus colegas o que de melhor eles possuem. Um pode ser um guru em javascript e outro saber tudo sobre ajax. Faça muitas perguntas e descubra maneiras de usar os conhecimentos deles em seu favor. Este tipo de aprendizado ajuda a criar uma sensação de “sintonia fina” nos seus próprios conhecimentos.

ESPECIALIZE-SE
Já vai longe o tempo dos webmasters, aquelas pessoas que eram responsáveis por absolutamente tudo no desenvolvimento de ferramentas web. Hoje em dia o melhor a se fazer é ter um embasamento bastante sólido em algumas poucas áreas. Em uma grande empresa isto normalmente significa se focar no web design e procurar ter uma visão geral do processo como um todo, mas as responsabilidades de programação não devem estar sob sua responsabilidade.

Analisando apenas a questão “CSS” veremos que existem muitas habilidades envolvidas para se produzir um website profissional e de qualidade: compatibilidades entre browsers, conhecimento de regras semânticas, acessibilidade, SEO e arquitetura da informação em grandes projetos. Sempre é bom absorver o conhecimento daqueles que nos cercam, mas você nunca poderá ser um expert em todas estas áreas.

MONTE UM PORTFOLIO MATADOR
Esta é a parte mais complicada quando se trabalha em uma agência ou departamento de uma grande empresa. O seu trabalho servirá como portfolio por um período muito pequeno pois provavelmente começará a ser alterado por várias pessoas em seguida ao seu lançamento (ou mesmo antes de ir ao ar).

Use estas mudanças rápidas como uma vantagem! Você pode continuar a incrementar algo que já foi lançado, criando novas funcionalidades por exemplo e adicionar tudo isto ao seu currículo quando for aplicar para uma vaga em outra empresa. Melhor do que ter uma lista interminável de URLs de sites que você criou é ter uma lista de coisas que você fez em projetos em que participou. Você é um designer… crie apresentações que valorizem os seus trabalhos.

Grandes clientes e sites com milhares de páginas e milhões de acessos é algo que a maioria dos freelancers não possuem em seus portfolios. Tire vantagem disto!

Outro aspecto importante é criar o seu próprio website ou blog utilizando todos os conhecimentos que você possui. Isto ajuda a provar que você sabe fazer o que diz em seu currículo e ajuda a se livrar da responsabilidade por coisas abomináveis que muitas vezes tem de fazer em projetos para a empresa onde trabalha.

NETWORK, NETWORK, NETWORK
As vezes esquecemos que em grandes companhias existem outros departamentos. Procure conhecer as outras áreas, se relacionar com elas, se fazer notar.

Estes outros departamentos podem representar chances de conhecer melhor a empresa onde você trabalha e a indústria como um todo. Web designers tem a tendência de verem apenas os problemas em escalas menores, mas é extremamente importante “dar um passo atrás” e ver as coisas de uma maneira mais ampla. Porque o pessoal do marketing não se interessa por Web Standards? Existe uma razão lógica ou é apenas pelo fato de ninguém ter explicado de maneira que eles entendam os benefícios que teriam? Conheça e entenda as necessidades e preocupações de todas estas pessoas e veja como os seus dias serão bem mais tranqüilos.

Algum dia estas pessoas irão deixar a empresa para trabalhar em outro lugar. É sempre bom ter pessoas que conheçam o nosso trabalho empregadas em vários lugares e sendo verdadeiros “olheiros” de novas oportunidades.

GERENCIE SEU TEMPO
É extremamente fácil de se distrair no trabalho e não ser tão eficiente quanto se gostaria de ser. Ler toneladas de e-mails, ir a reuniões desnecessárias, tomar cafezinho com colegas, receber ligações a todo minuto, tudo isto pode fazer com que seu dia acabe em um piscar de olhos sem que você tenha feito nada do que havia se planejado (ou pior, que seu gerente havia planejado).

É importante que você consiga ficar em sua mesa e consiga realmente trabalhar de vez em quando, especialmente se outras pessoas dependem do seu trabalho. Não fique checando seus e-mails a cada minuto e bloqueie determinados horários em seu calendário (provavelmente o Outlook) para você mesmo para que ninguém “roube” seu precioso tempo com algum pedido de reunião. Use seus fones de ouvido (mesmo que não esteja ouvindo nada) para compensar a falta de privacidade dos cubículos.

CONSTRUA SUA REPUTAÇÃO
Uma maneira de aproveitar o dia no trabalho é construindo sua reputação e se tornando uma pessoa com quem todos querem trabalhar.

A cada dia novas oportunidades surgirão lhe proporcionando maneiras de aprender novas coisas sobre o Mercado e maneiras de aperfeiçoar suas especialidades. Todas as pessoas que deixam a sua mesa terão alguma percepção sobre você. Todas estas pessoas irão cruzar novamente com você em algum momento, em alguma empresa ou quando você estiver procurando trabalho como freelancer e é sempre bom quando se pode encontrar pessoas que tiveram uma boa percepção a nosso respeito.

Uma coisa que aprendi nos últimos tempos é que o mundo está cada vez menos e você nunca sabe quando alguém que você conhece estará na posição de poder ajudar você.

Como enlouquecer um webdesigner

webdes
Vi na nossa comunidade passos para enlooquecer um designer grafico e já vi outros posts, mas nenhum sobre web. tão vaí os passos para você que quer foder destruir a vida de um web designer ou de um freelancer.

 

1 ) Use sempre o Microsoft Office – Qualquer coisa que ele pedir diga que você tem e está em qualidade boa, e passe aquele arquivo do Word ou PowerPoint cheio de figuras na pior qualidade possível. (essa é a regra padrão em todos os segmentos de design)

2 ) Logo – certifique-se de que ele seja realmente pequeno no Word e de baixa resolução ou opte por dizer que sua empresa não tem logo, mas que tudo que ele fazer ficará legal.

3 ) Fontes – Se o web designer escolher Verdana, peça Times New Roman. Se ele escolher Arial, lembre-se de pedir pra ele deixar a fonte bem grande (32pt), afinal os textos tem precisam chamar a atenção.

4 ) Cores – Escolha as cores que realmente não combinam com sua logo e fale ela em código Morse ou utilize aquele termo “Amarelo Patrola” “Laranja Cenoura” “Amarelo Pastel”.

5 ) Briefing – Quando estiver respondendo ao briefing utilize seu melhor vocabulário e use os termos que são compreendidos universalmente. Termos como “gosto de coisas diferentes e animadas”.

6 ) Sistema – Lembre-se que você precisa aquele sistema “facinho” de administração de vendas depois da proposta e fale: “o outro cara que faz sites tinha me falado que era fácil de fazer e não ia custar nada a mais”

7 ) Prazos – Quando chegar à aprovação do site esqueça. Você realmente não precisa ter pressa, lembre-se o seu web designer é muito rápido então você poderá passar para ele no ultimo dia do prazo e ligar para o mesmo com correções e mudanças drásticas que precisa ser feitas. Mais uma vez lembre-se de utilizar o termo “só precisa mudar uma coisinha”.

8 ) Finalização – Quando o site inteiro estiver pronto. Fale que você achou que ele realmente faria o que você gostaria e está chateado com a sua falta de criatividade e que era melhor você ter pagado um churrasco pro seu sobrinho que ele teria feito melhor.

9 ) Pagamento – Recuse-se a pagar pelo site e diga que é pra ele lhe enviar todos os arquivos do site que ele fez, caso contrario você irá processá-lo.

 

Caso alguem saiba mais regras para destruir com o humor de qualquer designer posta aí nos coments 😉

Lei de Fitts no web design

Na ergonomia, a lei de Fitts (“Fitts’ law“) é um modelo de movimento humano que prevê o tempo necessário para rapidamente mover a uma área designada com base na distância e tamanho desta área. Publicado por Paul Fitts em 1954, a lei de Fitts é usado como modelo para o ato de apontar no mundo real (por exemplo, com uma mão ou dedo) e no mundo virtual (em computadores, como por exemplo com um mouse). Afinal de contas, o que diz a lei de Fitt e por que ele está sendo usado muito hoje em dia na web?

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Calote no dos outros é refresco…

A gente tem conversado bastante sobre clientes, preços e orçamentos. E isso é bom. Mas meu avô sempre dizia: “Saia enquanto ainda está por cima.” Então obedecendo a sabedoria dele eu vou dar um tempo nesse tópico e vou enveredar por um outro assunto.

Na verdade o assunto é uma continuação do tópico, mas pouco tenho eu visto falar sobre o mesmo ultimamente. O que é uma pena. Então sem mais delongas ou suspense vou apresentar-lhes o tema de hoje:

Ok, o preço foi acertado e aceito, como evitar o tão famigerado e temido calote?

Consigo imaginar alguns rostos se retorcendo ao lembrar dos calotes sofridos e até mesmo alguns olhos brilhando com a esperança de aprenderem como fugir deste inimigo financeiro. Mas infelizmente sou obrigado a ser portador de más noticias: Não existe formula mágica para fugir do calote!

Mas de quem é a culpa do calote? Temos sempre a mania de culpar o cliente e mau pagador de ser o responsável pela nossa desgraça. Mas a verdade é que os maiores culpados de levarmos calotes em 90% das vezes somos NÓS mesmos!

Ah! Mas o cara é um canalha! O cara é mau pagador! O cara não teme escrúpulos! Sim, tudo isso pode ser verdade. Mas outra verdade, e essa pouco agradável aos nossos ouvidos, é que nós criamos a situação do calote.

Meu avô (aparentemente hoje estou nostálgico) também sempre dizia: “A ocasião faz o ladrão.” E olha que ele era estrangeiro. Pior para nós que vivemos no Brasil onde infelizmente ainda impera a Lei de Gerson, a mania chata que alguns tem de ter que levar vantagem em cima de todo mundo. Visto este histórico, precaução e vitamina C nunca fizeram mal a ninguém ;^) (To cheio de chistes também…).

Dito que não temos como fugir do calote, que hora vindoura estaremos levando um… o que podemos fazer?

Simples! Nos precaver! Vamos ser sinceros?

Ninguém aqui atua em Design por hobby, essa é a nossa profissão, nossa atividade, nosso meio de sustento. Isso por si só já denota uma certa responsabilidade. E tal responsabilidade exige de nós certa postura ética e moral tanto para com a nossa atividade, quanto para com nossos colegas de profissão como para com os clientes também.

Ora! Não somos mais crianças para selar acordos com um cuspe na mão e o aperto logo em seguida (Graças a Deus, pois sempre considerei tal habito no mínimo nojento…). E existem certas formalidades que nos servem de termometro para saber quão sério nossa atividade está sendo levada a sério e qual a real intenção do cliente no decorrer das negociações.

Eu acabei desenvolvendo uma cartilha própria para me defender, e como estamos perto do Natal eu vou dividi-la com vocês. É claro que é mais um emaranhado de idéias do que uma cartilha em si, mas desde que eu a desenvolvi alcancei um certo grau de sucesso e os calotes praticamente cessaram. Eis-la:

1)Desenvolva um método de atendimento cortês porém sempre profissional:

Pronomes de tratamento existem e servem exatamente para isso. Criar certo distanciamento profissional. Ora! Ele é seu cliente, não seu colega de bar ou velho amigo de infância (salvo as exceções quando nesse caso serão).

Dr.(a), Sr.(a), Sra, é sempre bom, deixam claro que você esta lá como um profissional e que espera o mesmo tratamento em retorno. Criar uma “amizade” com o cliente é complicado afinal: “Quem te f8d# é amigo, inimigo tu não deixa chegar perto!” (meu avô era demais..mas isso vocês já perceberam).

Não estou dizendo para chegar no cliente com 4 pedras na mão! Pelamordedeus não é isso não! Mas cortês é uma coisa, intimista é outra ;^)

2)Papelada… recorra a papelada:

Burocracia, pode ser a sua amiga e até trabalhar a seu favor.

Após uma reunião com o cliente, eu sempre envio um e-mail para o mesmo com os principais tópicos acertados. Uso o e-mail como desculpa para reforçar os pontos da reunião e a vantagem é que agora o que foi dito verbalmente passa a ter concisão documental.

Nesse e-mail geralmente envio um formulário Briefing para o cliente responder e me mandar de volta, nele consta uma série de perguntas pertinentes ao projeto e com as respostas que ele me fornecer eu vou saber mais do cliente, da empresa e o que ele realmente deseja, minimizando meu trabalho de tentar adivinhar o que lhe agrada e o que não lhe agrada. Visto esta etapa, vamos montar um orçamento…

Orçamento é uma coisa, proposta é outra e contrato então nem se fala!

Quanto mais descritivo você conseguir ser, melhor para você. Envie Orçamento em papel timbrado mesmo, bem detalhado, descrito, escrito torna as coisas mais claras para você e para o cliente.

Aceitou o orçamento? Maravilha! Agora dá uma assinadinha aqui na proposta por favor?

Eu preguiçoso que sou já faço Orçamento/Proposta no mesmo documento assim se ele aceita o orçamento, assina a proposta e manda a 2º via da mesma de volta para mim.

To com a proposta assinada…vou trabalhar? NÃO! Eu também peço um sinal normalmente de 50% do valor do projeto, mas não é regra geral pois o valor pode ser alto e o projeto grande então vale aqui é a analise e o bom senso. Mas sem sinal nada se faz! Pelo menos eu não faço…

Projetos grandes com várias etapas, como se faz? Eu cobro por etapa concluída.

O custo geral é de R$ 5.000,00 em 5 etapas de R$ 1.000,00 simples, não? E, claro, tome mais papelada.

Eu solicito ao fim de cada etapa ao cliente uma avaliação geral da mesma (aqui vão dois formulários, uma pesquisa de satisfação e um outro atestando a conclusão da etapa) e a assinatura atestando que esta etapa finalizou-se e estamos avançando no projeto. (assim caso mais para frente ele queira voltar etapas, eu cobro hora técnica para ele, afinal ele havia concordado que tudo estava satisfatório)

Ah então com tudo isso eu nunca mais levo um calote?

Não é isso que eu disse! Sempre tem um sem-mãe (para não dizer coisa pior!) com um índole pervertida doido para aplicar o velho 171 em cima de alguém. Mas com estas precauções diminui-se bastante a chance de levarmos um bom calote!

Bons trabalhos!

OS: É Natal mesmo! Então eu vou anexar alguns arquivos que baixei na WebDesign e os utilizei para renovar os meus documentos de propostas, orçamentos e etc… Podem baixar pois são bem legais e sobretudo úteis para todo tipo de projeto não apenas sites!

Exemplos de documentação para encaminhar um projeto

Cobrar caro pode sair caro… para nós!

Bem, antes de mais nada..DESCULPEM MINHA AUSÊNCIA! Andei afastado por natureza clinica familiar (se é que tal coisa exista) mas meu pai esta se recuperando de um infarto e agora as coisas começam a voltar aos seus devidos eixos, e com os eixos eu posso dividir com vocês uma vez mais meu devaneios e insanidades em geral ;^)

A muito tempo venho conversando com colegas de profissão , e uma idéia bastante popular é de que Design é artigo de luxo, e por ser artigo de luxo deve custar caro. Claro que eu discordo!

Acredito que para que possamos assumir uma postura profissional devemos estar capacitados de atender todas as camadas sociais, mas como vamos atender todas as camadas da sociedade se nossos preços forem considerados exorbitantes para a maior parte da chamada sociedade?

Também discordo da banalização do Design, essas promoções de cartões de visita por R$35,00 e “de grátis” ganhe a logo beira a prostituição de nossa atividade, muitas vezes exercidas por aqueles que nem conhecimento ou estudo na nossa querida área.

Então como ficamos? Como tudo na vida a melhor saída é o balanço entre as duas vertentes. Nem prostituiremos nossa atividade nem tão pouco a tornarmos exclusivas de reis e grandes corporações multi-bilhardárias.

Darei um exemplo: Tenho um colega que diz que cobra independente do site uma taxa de pelo menos 2.500,00 (que significa isso? O preço mínimo do site dele é de R$2.500,00) quer seja uma única página com 5 fotos e um pequeno texto, quer seja uma mega portal, neste ultimo caso, claro, o preço sobe de acordo com o numero de páginas extras, programação, criações e etc. Ele ta bem então? Não. Se não me engano é raro o mesmo ter algum site para fazer.

Eu não cobro essa taxa (cansei de ter minha mãe xingada pelos clientes) ao invés disso, analiso o que o cliente me pede e faço um calculo encima de horas a serem trabalhadas X Tecnologia empregada.

Afinal uma página com 5 fotos , alguns textos tudo em htm simples, é bem diferente de uma págin amais elaborada com flash, programação em ASP.NET que por sua vez é consideravelmente mais simples que aquele mega portal interativo com streaming de vídeo, com carrinho de compras, acesso e busca em banco de dados. E tudo isso que eu disse para sites podem ser aplicados para criação, diagramação e projetos de modelagem e animação 3D. Não concordam comigo?

Quanto eu cobro por hora? Bem meu preço indefere para vocês uma vez que cada região tem suas próprias características e cartilhas a serem analisadas. O preço exercido na praça do Rio de Janeiro é diferente do praticado em São Paulo que difere do da Bahia, Curitiba ou Paraná e isso é normal, pois a velha oferta e demanda existe em tudo que é lugar. E dentro de cada universo temos o microverso deles, pois dentro de um estado tem vários municípios, cada município sofre de uma realidade diferente entre os demais e o mesmo se reflete nos bairros de cada município

O que precisamos fazer individualmente é analisar o mercado a nossa volta, quantas concorrências REAIS têm a nossa volta, qual é a demanda para nossos serviços e quantos profissinais qualificados o oferecem alêm de você, isso definirá o seu preço? Não tão somente. Isso aliado as horas trabalhadas X tecnologia empregada definirão o seu preço.

Quando tabelamos um serviço focamos o mesmo para um determinado publico alvo. Isso funciona com produtos Um AUDI, MERCEDEZ ou BMW tem seus preços focados para uma determinada classe social diferente daqueles que buscam um FIAT, FORD ou WOLKSWAGEN por exemplo.

A grande questão real que devemos todos praticar é a analise da nossa posição e realidade política em que nosso país vive e aí sim adequarmos nossos preços aliados as dicas e métodos acima… bem pelo menos é o que venho praticando com relativo sucesso no decorrer dos anos.

Bons trabalhos a todos!

404 Page Not Found

Há alguns meses atrás a SmashingMagazine pediu aos seus leitores que enviassem exemplos de mensagens de erro criativas(as famosas 404). Sim, para quem não sabe, é possível personalizar aquelas mensagens que surgem quando a página que procuramos foi removida do servidor ou mudou de nome.

A idéia é não deixar o usuário puto quando isso acontece (evitando a perda de audiência) e, para isso, há uma série de recursos que podem ser utilizados, desde mensagens “engraçadonas” até lista de links oferecidos como sugestão ao que o usuário poderia estar procurando.

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Veja o post com todas as páginas .

Portfolio na web: dicas e cuidados

A apresentação do portfólio na Internet ganhou terreno pela relativa facilidade de publicação e pela abrangência da rede. A apresentação de trabalhos on-line, além de simples, representa economia de tempo tanto para quem se apresenta quanto para quem o visita.A única desvantagem, se é que podemos chamar assim, é que, enquanto na apresentação impressa o profissional pode defender pessoalmente seus trabalhos, na Internet o discurso falado dá lugar ao discurso virtual – construído por imagens, textos e hyperlinks – por onde o visitante viaja sem ter que, necessariamente, obedecer a uma ordem lógica. O discurso virtual, portanto, deve ser elaborado de modo a ser tão convincente quanto o real. Por isso, alguns cuidados devem ser observados na hora de construir um portfólio na Internet, afinal, ele será não apenas um site, mas uma vitrine da sua capacidade profissional! 

“Ciberfolio” – A elaboração de um portfólio on-line tem tantas peculiaridades que a professora Joy Till (PUC-RJ) cunhou, em sua tese de mestrado, um termo especial para designá-lo: ciberfólio. Em seu artigo acadêmico intitulado “Ciberfólio: contribuições da linguagem narrativa no portfólio virtual”, ela destaca a Internet como um espaço propício para que o designer divulgue seus principais trabalhos bem como projetos pessoais (fotografias, literatura, entre outros), individualizando seu portfolio e revelando um pouco de sua personalidade. Quanto ao número de trabalhos a serem expostos, ela dá a dica: não mais que 8 a 10 já são suficientes para mostrar as habilidades profissionais. 

Itens de atenção – outros passos podem ser seguidos para não errar a mão no seu portfólio virtual: 

1) Blogs e sites gratuitos: têm sido muito usados para abrigar portfolios. Especialistas, no entanto,  recomendam o uso de domínio próprio porque transmite mais profissionalismo, evita endereços longos que ninguém memoriza e torna o profissional mais rapidamente identificável em meio a tantos “sitegratis.com.br/grupos/trabalhos/ portfolio/fulano/etc.”  Ao mesmo tempo, a hospedagem própria mantém afastadas as pop-ups de propagandas que atrapalham a navegação e irritam os internautas.Outra questão é que o portfólio é composto, basicamente,  por imagens. Com isso, certos blogs pesam demais e demoram muito para carregar, o que pode afugentar o visitante. O blog pode ser usado como um “extra”, um apoio que o profissional usa para, por exemplo, discorrer sobre temas ligados à sua área. Deverá estar linkado no site do portfólio, nunca devendo ser usado para contar detalhes da vida pessoal.  

2) Navegação: aqui a palavra de ordem é objetividade. A capacidade de organização profissional já pode ser avaliada neste item.  

3) Layout: ele não pode “brigar” com as peças apresentadas e nem chamar mais atenção que elas! O ideal é que seja simples, bonito e enxuto, sem excesso de informações visuais. 

4) Animações: o uso da animação precisa ser consciencioso. É bom considerar os usuários de Internet que não têm banda larga. Além disso, nem todo mundo tem tempo ou paciência de esperar uma animação pesada carregar e assisti-la até o fim. Corre o risco do visitante fugir.

 5) Erros de português: a língua portuguesa é colocada em segundo plano por profissionais de diversas áreas. Muitos não se preocupam com a correção do idioma, achando que isto não tem importância em suas carreiras, o que não é verdade. Pesquisas indicam que erros de português perante empregadores transmitem a idéia de desleixo, pouco-caso e ineficiência. Uma solução para os mais distraídos é ter um dicionário sempre ao alcance para consultá-lo em caso de dúvidas. 

No mais, criatividade e bom-senso.    

Agência de Domínios

Hoje me deparei com uma nova agência brasileira, voltada a venda e locação de domínios, bastante interessante para empresas de publicidade e propaganda e web que querem dar um serviço melhor ao cliente…

Ex: A agencia da “Loja da Maria” produz uma propaganda viral, porém o domínio dela não é tão interessante ou ela pretende pegar pessoas pela internet também. Solução?

Comprar o boutique.com.br onde muitas mulheres e pessoas interessadas nesse tipo de material irão encontrar o que precisam.

São mais de 5.400 domínios para venda, locação, parcerias ou projetos…

http://www.agenciadedominios.com.br/design/

Rsizr – Redimensionamento “inteligente” de imagens

Buenas povo! É meu primeiro post no design.com.br então minhas saudações a todos os leitores e parabéns pro pessoal que faz as coisas funcionarem aqui. 😉

Vou aproveitar o gancho que o Márcio deixou escrevendo sobre o Vetorização Online para comentar outro aplicativo web muito útil: o rsizr (lê-se resizer, acho eu).

É um webservice gratuito com interface bem intuitiva – não tive dificuldade para utilização e acredito que qualquer pessoa familiarizada com internet não terá dificuldades. O rsizr é faz um redimensionamento “inteligente” das imagens, rastreando a imagem e protegendo as partes relevantes das fotos, alterando (aumentando ou diminuindo) o que não é considerado importante: chão, céu, cenário, etc. Este vídeo mostra o que não consegui explicar com clareza.

O aplicativo já me poupou tempo de trabalho na criação de arte para web utilizando fotografia. Nada de carimbo do photoshop para ir ampliando a foto e os resultados foram muito bons.

Utilize o aplicativo em: rsizr.com

O scroll horizontal

A barra de rolagem horizontal, muitas vezes evitada pelos webdesigners, começa a mudar de cara e ter uma nova utilidade: é que a navegação horizontal em sites, embora ainda pouco difundida, ganha cada vez mais espaço. Viu-se nela um jeito diferente e original de exibir o conteúdo, facilitando, por exemplo, a criação de sites de uma única página, com layouts arrojados. Com criatividade, este tipo de rolagem pode resultar em trabalhos bonitos, diferentes e de fácil navegação.

Sobre este assunto, segue uma dica “pescada” do DSGN resources: é o www.thehorizontalway.com , que mostra vários sites feitos com scroll horizontal e disponibiliza template para download, para quem estiver a fim de fazer um “test drive”.

A preferência dos cliques dos internautas

Para quem se interessa em pesquisas sobre o ambiente WEB, segue abaixo um resumo da 4ª edição da pesquisa que a WBI Brasil realiza sobre a preferência dos cliques nas pesquisas feitas nos mecanimos de busca.

Resultados espontâneos lideram cliques nas pesquisas em mecanismos de busca.
Pesquisa da WBI Brasil mostra que 100% dos usuários da Internet usam mecanismos de busca e os resultados espontâneos ganham disparado dos links patrocinados na preferência dos cliques.

Do universo pesquisado, 60% clica nos três primeiros resultados da busca, enquanto 80% não vão para a segunda página dos resultados.
Os usuários também preferem os resultados espontâneos em lugar dos links
patrocinados.

Os dados completos e os gráficos da pesquisa podem ser acessados neste link.
Contribuição: Vanda Araújo – [email protected]