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“Fazaê”

Quem nunca ouviu esse desprendido pedido de um amigo ou familiar?

O “fazaê” geralmente vem seguido do “radipin”, normalmente na sentença:

To pensando em abrir um negócio, tu que é “dizainer” “fazaê” a minha marca, tu é fera para tu é fácil e “rapidin” de pois te pago um chopp!

Ou ainda:

O teu tio Paulo (aquele que esquece teu aniversário e só aparece uma vez por ano) ta montando um restaurante, por que você não “fazaê” toda a comunicação visual do local para ele? Afinal de contas é teu tio…E nem pense em cobrar! Ele é da família!

O “fazaê” é quase uma instituição governamental, tal qual o Bolsa Família ou a Farmácia Popular. Visa como todo movimento social brasileiro lesar aquele que menos tem culpa no processo (o pagante de impostos) em prol daqueles “menos” favorecidos da nossa sociedade “opressora” e “maniqueísta” (duvido que o Lula saiba o que signifique maniqueísta…na verdade eu nem creio que ele saiba o que é opressora também!)

Eu tive um professor durante a universidade que dizia: “Um dia vocês todos (bem nem todos) serão designers (bem feito!), se lhe pedirem para carregar um piano, e vocês forem amigo dessa pessoa, ok! Podem carregar o piano nas costas sozinho com um sorriso na face. Mas se em seguida essa pessoa pedir a vocês que produzam a próxima capa do CD dela, COBRE AFINAL VOCÊS SERÃO DESIGNERS NÃO CARREGADORES DE PIANO!

Na época eu pensei, “Mas que linha de pensamento mais torta! Eu nem conheço ninguém que tenha uma joça de piano!”.

Sim, eu nunca fui bom em entender figuras de linguagem… e normalmente me apego aos detalhes mais desimportantes de uma história. Mas isso não vem ao caso.

Mas tempos depois eu entendi essa história (Viu “fessor” só levou uns anos…) e é bem aê que entra a industria do “fazaê”.

O “fazaê” não tem outra função senão desacreditar nossa profissão, nos dimimuir como classe e sobretudo importância profissional.

Ao me pedirem para carregar um piano ninguém espera que eu saiba muito bem o que estou fazendo. Esperam sim um par de braços fortes, mas não esperam que eu apareça munido de cobertas e cordas para proteger e amarrar o instrumento afim de facilitar seu transporte.

MAS ao me pedirem um “fazaê” eles querem que eu saiba prontamente do que se trata e de como eu devo fazer o serviço afinal já fui identificado como “dizainer” mas com o “fazaê” imbutido não esperam que eu cobre como tal.

Muito justo! E como eu odeio injustiças eu dei o meu jeito:
Hoje eu cobro para carregar pianos, assim como cobro para os demais trabalhos que executo em minha atividade ;^)

sujeito magnanimo esse que vos fala… odeia injustiças

Publicado por Ed Sturges

Designer Carioca, 32 anos, formado em Desenho Industrial pela UniverCidade em 2000, atua na area de Design, Publicidade há mais de 15 anos, anteriormente como Ilustrador. Tem como hobby artes gráficas 3D, Tattoos, Desenhos (sua grande paixão), video-games e animação

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