Muito se fala no nosso meio da regulamentação. Já houve inclusive alguns projetos propondo a mesmo. Alguns muito bem redigidos e concretos não foram adiante sabe-se lá porque, outros que beiravam o idealismo utópico, estes claro são defendidos por unhas e dentes por um minoria desinformada, mas a grande parte ignora estes projetos sabendo que utopias mesmo só em papeis e em contos de fadas.
Um dia, assim sem maiores pretensões fui abalroado por um pensamento: Temos milhares de propostas e projetos para a regulamentação, associações proliferam mais que mosquitos viram e mexem e CAPOF! Siglas diferentes, mesma bandeira e ideais Em rumo à regulamentação!
Mas se temos tantas associações, tanto projetos, e acreditem desse mar de projetos tem até um ou dois que se salvam, por que até o presente momento nenhum movimento CONCRETO foi dado em prol da referida regulamentação?
A verdade é que o máximo que podemos fazer é especulação. Mas eu o faço com um pouco mais envergadura pois de todo santo remédio já tomei e conheci bem os efeitos colaterais de cada um deles.
Ainda universitário, me contaram que se eu me associasse já poderia lutar pelos nossos direitos. Aê já viu, né? Falou em luta por direitos para universitário foi logo uma carrada correndo para a ADG se associar. Coisa linda de Deus de se ver…só faltava irmos correndo e cantando “Vêm vamos embora que esperar não é saberrrr….”. Me associei, pagava as mensalidades, comprei o manual, fui a reuniões. Enfim segui a risca o manual do “pseudo-revolucionário fashion” e a única coisa que aprendi com essa experiência é que paguei fortunas pelo direito de ouvir besteiras utópicas e beber café ruim. Não valeu a pena. Nem pelas besteiras, nem pelo café, mas se lamento de algo..lamento pelas besteiras. Não demorou muito e cancelei minha participação na associação.
Anos mais tarde, já formado em uma conversa com colegas de profissão, acabei recebendo convite para voltar a fazer parte da associação. Desta vez fui convencido com o argumento que universitário não era levado a sério lá (então nos convidaram para que ora porra?!) e que agora que eu era um profissional formado a coisa mudava de figura. Convencido pelos argumentos, dei nova chance. E realmente, muito havia mudado, agora eu precisava preencher uma ficha de cadastro, enviar juntamente com meu currículo e “print” de 3 trabalhos para analise e daê eu saberia se seria aceito ou não na digníssima instituição. Bem aparentemente fui aceito sem problemas, afinal 2 semanas depois recebi a primeira boleta para pagamento de minha mensalidade.
Nos meses seguintes, recebi 4 cartas, cada uma delas me dava um ingresso para uma determinada palestra. Todas em São Paulo. Como moro no Rio fica um tanto quanto complicado palestras no meio da semana em São Paulo para minha pessoa.
Alguns meses depois novamente me encontrava cancelando minha participação nas referida associação. E até hoje recebo criticas por isso. “Se todos que pensam como você, Eduardo, cancelarem a sua participação aê sim que a regulamentação não sai!”
Tão vendo?! A culpa é minha! É por minha causa que vocês não tem uma regulamentação! É por que eu não freqüento palestras em São Paulo (a maioria workshops) que vocês não têm direitos! È por que eu e cansei de pagar 85 reais por absolutamente nada, que nosso projeto de regulamentação não foi para Brasília!
As associações fizerem bem a sua escola e aprenderam direitinho o jeitinho brasileiro:
Nos cobram taxas, vendem caro seus produtos, argumentam de forma prolixa e quando fazem algo, fazem fora do aspecto proposto (palestras e workshop, não é batalha sindical!) fazendo um paralelo com o nosso governo que o mesmo fazem com seus impostos e mais imposto e quando finalmente nos revoltamos e cortamos laços, se voltam contra nós dizendo que nada poderá ser feito sem a SUA ARRECADAÇÃO!
É triste dizer, mas acredito que as associações atuais viraram cabide de emprego ou segunda fonte de renda para sua diretoria. Em nada estão acrescentando na nossa luta pela regulamentação.
Gostaria de estar errado… mas não creio que seja este o caso. De qualquer forma um Feliz natal e ótimo 2008 para todos nós!