All posts by Adriana Diniz

“CONCURSO ARQUITETANDO DOCOL”

Concurso voltado para profissionais e estudantes de Design.

Na busca pelo conforto e prazer através da água, aliada ao design, os interessados em participar deste concurso deverão criar um projeto original de desenho industrial para um Chuveiro com funcionamento por aquecedor central, que pode ser de passagem, de acumulação ou solar, não serão aceitos desenhos de chuveiros elétricos.

A edição Arquitetando Docol Design será realizado em todo o território nacional no período de 25/03/2008 a 31/10/2008

1° lugar – O participante premiado terá direito a escolher um destino de viagem, entre as opções que serão disponibilizadas pela Docol, sem direito a acompanhante, para participar de um evento internacional, relacionado ao design, a se realizar no ano de 2009*.

2° lugar – Um MacBook Pro Modelo 17”.

3° lugar –Um MacBook Pro Modelo 15”.

Mais informações em www.arquitetandodocol.com.br

PROPAGANDA BELGA …. VALE A PENA CONFERIR


“Think about what it consumes before buying”
“Pense no consumo antes de comprar”

Esbarrei, por acaso, com esta campanha publicitária promovida pelo governo belga para incentivar o consumo regrado da energia. A campanha dá pelo nome de Energyvores e assenta em algumas imagens muito explícitas. É caso para usar aquela velha expressão: uma imagem vale por mil palavras. A verdade é que esta campanha ganhou a Prata nos Epica awards 2006.

Gostei bastante da ideia porque torna óbvio o nosso descuido e desleixo nas questões da gestão dos recursos energéticos. É quase repugnante conviver com a ideia de termos estes monstros nas nossas casas. Devíamos adoptar esta campanha por cá… ou criar uma nossa!

Ficha técnica:

Agência: Leo Burnett Brussels
Direcção Criativa: Jean-Paul Lefebvre & Michel De Lauw
Copywriter: Wim Corremans
Art Director: Alex Gabriels
Fotógrafo: Frieke Janssens
Retouching : The Living Room

” A COR DE 2008, SEGUNDO A PANTONE”

De que cor será 2008?… Já escolheram a cor para este ano?
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A cor de 2008 será… o Blue Íris (PANTONE 18-3943).

Segundo a Pantone, esta cor foi escolhida porque combina os aspectos calmantes e estáveis do azul com as qualidades místicas e espirituais da púrpura. Ou seja, supostamente, o Blue Íris satisfaz a necessidade de confiança, num mundo cada vez mais complexo, ao mesmo tempo que adiciona uma pitada de mistério e de excitação 😉


Já agora, só por curiosidade, a cor do ano passado, 2007, era o PANTONE 19-1557 Chili Pepper… que me gradava muito mais… 😉

CONCURSO LIVING YOUR DREAMS


 

> Living your dreams / TemaHome

A TemaHome, em parceria com o Centro Português de Design, estão a promover o concurso de design de equipamento/industrial – “Living Your Dreams”. O objectivo deste concurso, exclusivo para alunos inscritos em cursos de Design de Equipamento/industrial, é o desenvolvimento de conceitos de mobiliário e novos estilos para a casa do futuro. Os interessados poderão fazer a pré-inscrição (obrigatória) até ao próximo dia 18 de Abril. Os trabalhos devem ser submetidos até 5 de Maio de 2008.

Para mais informações devem contactar o CPD para o e-mail: [email protected]

MILÃO – MECA DO DESIGN…..REFLEXÃO

Como está chegando a feira mais esperada do ano, essa matéria eu consegui a algum tempo e guardei, pois achei muito interessante na época, hoje temos vários Designers que estão cada vez mais se firmando no Mercado Europeu, como Baba Vaccaro uma das mais premiadas, Kiko Sobrino que a cada ano trás uma idéia mais brilhante que a outra, e por um outro lado as empresas, mesmo as de mercado popular estão aderindo aos novos conceitos e trazendo ao público o que a um tempo atrás só os mais favorecidos economicamente tinham acesso.Gosto muito das novidades, porém a um tempo atrás estive em um Congresso onde o Fábio Noviembre falou uma coisa muito séria e reflexiva a nossa tão premiada Brunete…..- Vocês aqui no Brasil tem tantas coisas maravilhosas, materiais que nós europeus nem pensamos em poder explorar devido a falta lá fora, e vocês buscam e copiam tudo o que é feito lá….por que isso? Eu não consigo entender…..Acho que isso é uma coisa para pensarmos….  Milão – Meca do Design

A lenda do Made-in-Italy continua funcionando, apesar dos distúrbios econômicos. A Itália não só exporta produtos e projetos, mas também estilo de vida. E, desafiando tanta ineficiência, a cidade de Milão ao norte da Itália ainda é considerada a número um como metrópoles do Design e a epítome absoluta do estilo Italiano. O termo se refere a produtos tangíveis e talvez menos tangíveis em se tratando de relações humanas, mas isso vai além de tudo, coisa que o antropologista britânico, Eugene Beauty tem chamado de “sapore del vivere”.
O que é isso que caracteriza o estilo italiano, o que é isso que o faz tão atrativo?. Com o nome de “Volare”, uma exposição montada recentemente em Florença se esforça para nos dar a resposta em palavras, sons, figuras e produtos…em sua transição para um catálogo publicado por Giannino Malossi, da Monacelli Press, Nova York, 1999. Ted Pholemus, antropologista e especialista em cultura e moda da juventude, fala a respeito da atração da inconsistência. Pholemus diz, “vista de fora, a Itália está envolta numa multiplicidade fascinante de contradições. É, ao mesmo tempo, o centro do cristianismo e da libertinagem, é absoluta e também orientada, sempre no limite entre o equilíbrio estático e o excesso irrestrito. Com suas 1000 caras e múltiplas identidades, a Itália é o ícone perfeito do pós-modernismo e, por esta razão, colocada de forma ideal para refletir todos os desejos do mundo. Resumindo, não existe tal coisa como a Itália homogênea, a não ser que alguém tenha sonhado com isso”.

Com a exposição mostrando coisas como… Ferraris e macarrão Barilla, visitantes são lembrados de como o sucesso dos produtos italianos devem ser associados a uma mistura única de qualidades humanas. Ingredientes que incluem um conhecimento estético associado ao potencial inventivo; a habilidade de avaliar a experiência e combinar tecnologia com a habilidade artesã.

Para quem nós devemos atribuir a legendária versatilidade de todas as pequenas e medias empresas espalhadas por todo o país…? Isso é um dom italiano que mantém industriais e designers com mentes abertas, empreendendo e prontos a assumir o risco.

Designers Migrantes

Muitos daqueles que um dia vieram para passar uma temporada, acharam um lugar agradável para trabalhar e acabaram ficando. Eles apreciaram a aceitação ao novo e ao desafiador.

Um lugar onde projetos inovadores não são rejeitados a princípio por serem inexecutáveis, mas são vistos como metas, válidas enquanto designers e produtores discutirem no espírito de assistência mútua. Esse tipo de diálogo foi a chave do sucesso do design Italiano no começo dos anos 50 e está retomando seu significado hoje em dia. Tal troca de idéias e opiniões nem sequer precisa de um encontro, basta uma conversa por telefone … Seja qual for o meio, é essa magia que continua trazendo designers do mundo inteiro para Itália, principalmente para Milão.

Essa migração de designers é encorajada pela fascinação exercida pelas celebridades internacionais que obtiveram sucesso, no início graças as companhias italianas. Exemplificando, nomes familiares como Philippe Starck, que enquanto trabalhava para Barelli em 1985, lançou em série, sua mesa presidente M, feita originalmente para a Miterrand’s Elisse Office. Ou ainda, Jasper Morrison, aquele designer inglês, pai do estilo minimalista , que do mesmo modo deve seu sucesso internacional a um fabricante italiano, Cappellini. Junto com Morrisson, diz que a empreitada requer uma nova aproximação para lidar, até mesmo com a sintonia da imagem da empresa.

Hoje, a um passo do século 21, o ‘know-how’ tecnológico dos fabricantes italianos continua a exercer uma considerável atração a muitos designers, tais como o espanhol Josep Llusca, que está aperfeiçoando seus protótipos para Driade, em um pequeno ateliê próximo a Veneza…ou mesmo Ron Arad. Ele está fazendo sua “coisa” num estúdio em Brianza, dando forma ao metal, como se fosse um vidro moldado. Marzorati & Ronchetti, uma companhia especializada no processamento de metais, que cedeu a ele um estúdio onde, entre outras coisas, ele criou sua famosa cadeira Vack (um pedaço de folha de alumínio dobrado como uma página) ou o protótipo em metal da estante “Book Worm Book” que, na versão em plástico, se tornou campeã em vendas da Kartell.

Ninguém nunca contou quantos designers tiveram fama na Itália. Isso se aplica a aqueles que se fixaram permanentemente, como Makio Hasuike que fez vários acessórios para MH Way, ou Nicolas Bewick, sócio da De Lucchi Studio, ou mesmo James Irvine, da Sottsass Associati. Essa premissa também se aplica àqueles que ficam no país periodicamente ou arranjam outros meios de ficarem na Itália, como Toshiyuki Kita, Ross Lovegrove, Jasper Morrison, Konstantin Grcic, etc.

Itália – Sonho e pesadelo
Todas as moedas têm dois lados. Como Ted Pholemus diz, a Itália é um sonho mas pode se tornar um pesadelo. Esta é a natureza das miragens que podem se tornar desapontadoras. Aquilo que brilha a distância pode perder o glamour, quando analisado de perto. As mesmas grandes mentes que têm toda a sabedoria do mundo para dar o conselho perfeito, algumas vezes deixam de lado suas mentes afiadas, para explorar novos talentos.

Os novos designers que vão para os estúdios acreditando piamente que serão treinados em uma arte. Meus Deus… a inocente boa vontade é sempre abusada no caminho de se tentar galgar degraus em seus currículos. Eles pagarão o horrível tributo de trabalharem como assistentes e aprendizes, trocando trabalho duro por pouco ou nenhum pagamento, num não existente escalonamento de tempo…, tudo isso porque aqui designers são vistos como freelancers, enquanto na França, Alemanha ou Estados Unidos eles são aceitos como empresários. Aqui também eles não têm grandes estúdios. Vico Magistretti trabalha por si só, tradicionalmente auxiliado por uma pessoa, que também é seu assistente, desenhista e secretário. O mesmo acontece com Alberto Meda que, no Salão do Mobiliário de Paris, ganhou o título de designer do ano de 1999 ou para Denis Santachiara, que teve pelo menos um ajudante fazendo seus desenhos e atendendo telefones. Na Itália eles puderam se safar, pois não há lei que garanta seus direitos autorais…, royalties têm sido somente uma convenção ao invés de ser assunto de contratos vigiados por uma legislação nacional e porque também, nesse país ninguém faz a menor idéia do que é ser um “designer”.

Mas então, jovens designers vêm à Itália não só porque talvez, aqui eles possam encontrar grandes estrelas, como: Achille Castiglione, Ettore Sottsass, Alessandro Mendini, Enzo Mari, etc. Mas também porque aqui estão os clientes. Não no sentido de companhias com diretores anônimos, mas pequenas empresas lideradas pelos proprietários.
Muitas firmas ainda são feitas de pessoas reais. Pessoas com quem se possa dialogar, amigos em potencial, prontos a tentar novos produtos e a assumir riscos.

Sapore del vivere

…De um lado, Milão tira proveito da fama de “meca do design”, reputação pela qual novos suprimentos de jovens talentos continuam vindo. Mas do outro, os novos escolhidos se comportarão como falcões. Obcecados pelo desejo de se tornarem “autores reais”, eles oferecerão tudo, sem se resguardar para uma imagem mais corporativa. Talvez eles sejam apenas ignorantes do aviso tão comumente reiterado por Bruno Munari, falecido em 1998, com 90 anos. “Se eu fosse um jovem designer, juntaria-me a uma empresa para, principalmente, saber como eles estão indo a respeito do trabalho” …jovens designers continuam vindo despreparados, atraídos por algum designer renomado, atraídos pelas companhias, especialmente pelas especializadas em mobiliário, mas também, atraídos pelo “sapore del vivere italiano”.De acordo com a eleição “Demoskopea”, 9 entre 10 italianos declaram qualidade de vida, como sendo um dos principais objetivos a serem buscados. Diga-se, que qualidade de vida no estilo italiano é um composto de pequenas bênçãos, como um prato de macarrão e tomates, um pouco de sol, um encontro com um bom artesão, uma conversa com um empresário interessado – Tudo isso enriquecido com uma pitada de ironia para ajudá-los a levar a vida mais facilmente. Outros critérios são: a criatividade, o cuidado com materiais, amor pelos detalhes e o apaixonado interesse por tudo. Verdade… parece lugar comum, mas é exatamente o que faz esses jovens virem para Itália e aqui ficarem, mesmo sendo tão severo o preço.

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TEXTO RETIRADO DO SITE DA FIESP (algum tempo atrás, não tenho guardado o autor)