All posts by Ed Sturges

Designer Carioca, 32 anos, formado em Desenho Industrial pela UniverCidade em 2000, atua na area de Design, Publicidade há mais de 15 anos, anteriormente como Ilustrador. Tem como hobby artes gráficas 3D, Tattoos, Desenhos (sua grande paixão), video-games e animação

Dos deveres…

Vou logo avisando, este texto não é no tom de desabafo (parece), nem tão pouco pessoal (mas poderia ser) e nem sequer vem desejar pisar nos calos de ninguém (mas eu sei que pisa)

Eu converso diariamente com diversos designers e vira e mexe converso também com uns “dizairneres” que eu carinhosamente chamo de entusiastas (Um dia titio Ed explica o porque desse apelidinho carinhoso).

E se temos algo em comum é que todos reclamam da ausência de direitos que nossa atividade vive nos dias de hoje.

Ora bolas! Mas que direitos? Nem regularizados estamos como poderíamos ter direitos? A não ser que sejam os direitos Miranda*, mas como não estamos nos EUA, nem isso temos!

A regularização da nossa atividade visa realmente conseguir alguns direitos para nossa classe, mas nem tudo são rosas!

Quem já assinou um contrato na vida (ou teve que fazer um) sabe que a velha máxima do Tio Bem (tio do Peter Parker…O HOMEM-ARANHA!!!) é verdadeira; vamos a máxima:

“Com grandes poderes (ou direitos) vem grandes responsabilidades.”

E é exatamente por isso, que todo contrato que se preze, se o seu não tem é por que não é um contrato que se preze, só lamento especifica claramente em um item a parte em letras garrafais DAS RESPONSABILIDADES… (daí o título desse texto…tá vendo como tudo aqui tem um por quê?)

E a, triste, verdade é essa mesma. Todo direito vem cercado de deveres e por assim dizer, responsabilidades. Afinal é assim desde que somos crianças: “Quer comer a sobremesa? Então tem que raspar o prato!” (um caramelo para quem nunca ouviu isso a mãe ou da avó! Eu sei que ouvi…MUITO!).

E como esse texto não trata dos direitos e sim dos deveres vamos a eles? Agora vocês podem fechar o browser e ignorar o que vêm a seguir, ou tomar a decisão que eu tomei na faculdade, ler se conscientizar e ficar chato que nem eu! To avisando que é um caminho sem volta!

1) O dever de zelar pela profissão:

-Você é profissional? Ótimo! Não faz mais que a sua obrigação! A verdade é essa mesma, vendeu? Entregue no prazo e em perfeitas condições de uso. Ao fazer isso você está zelando não apenas pelo seu bom nome profissional mas também de toda uma classe de profissionais.

E não é só isso não. Cada um de nós somos fiscais da nossa atividade. Afinal uma maça podre pode arruinar um cesto inteiro em pouco tempo.

Então, profissional do design, fiscalize. Entusiastas, “dizaineres”, blogueiros, micreiros, AUTODIDATAS (eu não disse que ia pisar em calos?) NÃO SÃO DESIGNERS! Logo não deveriam exercer a mesma atividade que você… Eu, enquanto não se regulariza a atividade, faço a minha parte denunciando esses escroques sempre que os encontro vendendo “conhecimento” que não possuem…

E diga-se que as vezes denuncio até mesmo maus profissionais…mas isso também faz parte de zelar pela profissão.

2) O dever de atualizar-se:

Isso vale para qualquer atividade… OU você segue as tendências ou acaba fora do mercado. Qual vai ser?

Ou você acha que a cerejinha do sundae hoje em dia é um “super-site” em HTML e GIFS Animados? (eu vi semana passada um néscio vendendo isso como se fosse a descoberta da pólvora…).

Seu cliente quer o melhor, e merece! Então ofereça isso ou caia fora!

3) Ética não é opcional de fabrica é, sim, um DEVER:

Isso por si só já dava um novo texto, então eu faço o seguinte, vou resumir aqui nesse parágrafo e depois venho com um sermão maior sobre Ética (Deus sabe como esse país precisa disso…)

Povo, é sério, contrato não é só para impressionar o cliente não. Ë um ACORDO entre as partes, está lá? Então é para ser cumprido por AMBAS as partes. Simples assim!

Prometeu? Entrega.

Errou? Assuma o erro e concerte-o sem ônus para a outra parte.

Eu tenho uma frase que resume bem isso, quando meus clientes começam a chorar suas pitangas sobre os “profissionais” do passado com os quais se meteram eu sempre digo:

“Bom, desses eu não sei. Só dou garantias sobre o MEU trabalho.”

Muito se fala em comer o bolo, todos querem os direitos de se viver em uma legislação que acalente e proteja o profissional.

Mas quantos profissionais estão, hoje, dispostos a viver sob a batuta de um estatuto que regulamente e rege DEVERES que devem ser obedecidos com o risco de sanções para aqueles que o descumprem?

As vezes eu penso que é por isso que tem tanto designer contra a regulamentação…a anarquia é mais segura.

*Para os que desconhecem a legislação americana, e nem tenham assistido a um episódio de Lay & Order nos últimos 18 anos (por onde vocês andaram caramba???) eu explico:

Miranda Rights é um direito garantido ao réu/suspeito de uma ação criminal que no momento de sua prisão deve ser avisado pelo responsável pela efetuação da mesma o direito que assiste a esse réu/suspeito de permanecer calado e de que tudo que ele possa por ventura dizer, poderá e será usado contra ele no tribunal. Ele também tem direito a um advogado para assistir a sua defesa e caso não tenha meios de prove-lo o ESTADO providenciará um advogado para ele.

Viu? NEM ISSO TEMOS!

Design mutante

Antes de mais nada, eis me aqui de volta.

Peço desculpas a todos pelo sumiço apesar do mesmo ser justificável, talvez em um post separado deste eu o justifique melhor. Talvez…

O título acima logo se explicará. Antes preciso fazer algumas considerações do por que deste título:

Quem conhece este que vos escreve sabe que de nerd nada tenho, fujo da figura clássica do nerd, aquele rapaz franzino, de óculos, tímido e muito quieto que ama gibis, computador e matemática. Bem tirando gibis e computador o resto nada tem a ver comigo…

Neste post vou falar de Super-heróis! Sim, vamos falar do Batman, do Super Man, do Homem de Ferro, Hulk e tantos outros.

Por que? Ora, por dois motivos:

Eu quero! (simples, não?) e está na moda (motivo maior ainda).

Hollywood tem sido invadida pelos BLOCKBUSTERS de Super-Herois, produções milionárias que levam pro telão os nossos ídolos de infância. Eu acho ótimo! Sou fã incondicional de cada película mostrada até o presente momento.

Mas tudo tem os dois lados da moeda, vejo muito gente reclamando que seus heróis foram modificados para o cinema, já ouvi coisas como:

“-O Batman não usa armadura”

“-O Homem-Aranha não produz a própria teia.”

“-A origem do Hulk não é aquela!”

E a coisa vai se embora, alias basta se ter uma adaptação pro cienema que os fãs logo quicam e se tremem de medo, muitos enfatizam “Ai! Vão destruir minha infância”.

Mas a verdade é que essas “alterações” muitas vezes são mais que necessárias para adequar o “produto”a nova mídia que ele se destina, como? Tio Ed explica!

No caso dos super-heróis a grita é geral, mas é com eles que podemos ver mais claramente o motivo das mudanças. Originalmente criados e desenvolvidos para os quadrinhos eles seguem a mítica e o estilo narrativo do autor e dos desenhistas. Mas isso tem pouco peso no real motivo.

O motivo real é o publico alvo ao qual a mídia se destina, no caso dos gibis é uma mídia restrita se comparada com a do cinema onde o objetivo é de gerar milhares de espectadores e o custo da produção consideravelmente maior que o de um gibi mensal.

O publico que freqüenta o cinema também difere o dos quadrinhos, então é normal que certas adaptações no personagem se façam necessárias para tornar o mesmo mais crível ao publico do cinema, outras mudanças se dão para poupar tempo de película, ora para que mostrar Peter Parker (o homem-aranha, para quem não sabe) desenvolvendo os lança-teias que ele usa nos gibis se pode dizer que a picada da aranha deu a ele a habilidade de tecer teias? Isso poupa pelo menos 10 minutos de tempo de filme que sabe Deus lá quantos milhares de dólares custariam e não seriam tão empolgantes quanto a cena dele no refeitório do colégio foi (lembram?).

Tá certo que essas modificações não são feitas tão somente por um designer, isso é um projeto inter-disciplinar. Tem uma gama enorme de profissionais envolvida. Mas é algo que certamente podemos aplicar no nosso dia a dia.

Perdermos a idéia de Design imutável é uma ótima concepção, nos torna flexíveis e mais aptos a quebrar paradigmas…e não é para quebrar paradigmas que estamos por aqui?

Um grande abraço a todos!

Brinca comigo?

Confesso no alto de minha soberba que sempre fui uma criança meio besta…hoje, já adulto acredito que já evolui e sou besta por inteiro.

Nunca fui de muitos amigos, preferi os grandes à quantidade. E desde aquela época aprendi a defender aquilo que achava certo.

Na escola, local este freqüentado mais que o desejado, sempre fui bom em humanas e péssimo em ciências exatas. Alias aquele que diz que matemática é uma ciência exata é por que nunca viu Ed Sturges resolvendo uma equação de 2º grau. Reza a lenda que um professor meu teve que entrar em antidepressivos quando eu após 23…sim VINTE E TRÊS tentativas de resolver uma equação destas, consegui apresentar ao mestre 23 resultados DIFERENTES e NENHUM deles o correto. Ciência é exato é berimbau!

E eu era essa balança pedagógica. Se por um lado amava história, a matemática me odiava (e eu a ela em contra partida). Se ia bem em português, química logo se mostrava um mistério para mim, e não me envergonho de dizer que ainda é assim. (NHCL4 que diabos é isso!!!???)

Mas o fato é que na escola tive todas as matérias possíveis, matemática, português, inglês, biologia, história, física, química, arte, e uma enormidade de matérias que não vou transcrever aqui pelo tempo ser curto tal qual a minha memória.

Mas com a paciência dos professores, algum estudo e a mão de Deus eu me graduei e pude escolher minha faculdade. Apesar de já estar trabalhando em agências eu o beócio que vos fala, fui tentar inicialmente Direito (não me perguntem por que.) depois de 2 anos e de uma noite em uma delegacia (também não me perguntem!) eu desisti do Direito, após um tempo para pensar, optei pelo Desenho Industrial. Hoje me encontro totalmente realizado profissionalmente, amém!

O fato é que a primeira escolha foi inconsciente, direito é algo que eu sempre quis fazer desde criança (eu era um moleque peculiar para dizer o mínimo), e tal qual criança eu cismei que ia fazer e fiz…besteira que foi o que acabou se mostrando ser a escolha.

Desenho Industrial não, foi uma escolha sensata, foi conversada com amigos, profissionais da área, meu chefe (que ainda não entendia que diabos eu fui fazer em uma faculdade de Direito mas mesmo assim não me demitiu…esse homem ou é santo ou péssimo empresário.) li e reli a respeito e depois fui fazer meu vestibular, matricula, dias e noites sem dormir para entregar trabalhos e aquele que nunca se cortou com a famigerada faca alfa que atire a primeira pedra!

Bem se você ainda está aqui comigo nesse ponto do texto, certamente deve estar se perguntando:

“O que este néscio, está fazendo em um site sobre design e regulamentação, escrevendo sobre a infância e o estudo primário dele?”

Bem, “querido” leitor , Eu estou transcrevendo a minha infância com um enfoque maior na minha educação por que tirando pequenos detalhes e desvios, acredito eu que a minha educação se assemelha com a de vocês que freqüentam e lêem este texto (o fato de serem aptos para ler já demonstra isso.)

Hoje recebo um convite por um site pessoal de uma pessoa, não vou dizer o nome do santo mas descreverei o “milagre”.

Abaixo transcrição do texto:

“VOCÊ GOSTARIA QUE O DESIGN AUTOMOBILÍSTICO E A SEGURANÇA NO TRÂNSITO SE TORNASSEM PARTE DO CURRÍCULO ESCOLAR E FÔSSEM ENSINADOS DESDE A
PRÉ-ESCOLA, INCLUSIVE EM ESCOLAS PÚBLICAS, AUXILIANDO NO APRENDIZADO DE MATEMÁTICA, CIÊNCIAS, PORTUGUÊS, HISTÓRIA E GEOGRAFIA, TORNANDO-SE A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DO SÉCULO XXI?

Pois este é o projeto educacional do Professor Erasmo Rizzuto, que vem sendo desenvolvido e aplicado com sucesso, desde 1980, sem apoio da imprensa, sem vínculo político ou religioso, nem patrocínio de espécie alguma; Conheça-o e ajude VOCÊ a divulgar!

Esta comunidade destina-se exclusivamente a divulgar as PALESTRAS proferidas pelo Professor Erasmo Rizzuto, versando sobre Transportation Design e Segurança no Trânsito.

Todos aqueles que desejarem receber informações sobre datas e locais das palestras, queiram tornar-se membros, desde já, ficando cientes de que receberão regularmente informativos.

Caso deseje agendar uma palestra em sua cidade, queira visitar:

www.erasmorizzuto.com.br

***Fim da transcrição***

Como podem ver… não resisti e disse o nome do santo…

Genial né?

Que idéia magnífica!

Que se lanhe a regulamentação! VAMOS CRIAR DESIGNERS DESDE A PRÉ-ESCOLA!

Afinal Design é mole de aprender! È um bando de desenhos, um nome legal e voilá eis a mais nova “logomarca” da galera.

Não precisamos de uma faculdade ou universidade, para que?

Basta uma “tia” legal que nos ensine o corel-draw, o photoshop e um biscoito de goiaba no recreio! Eis mais um designer feliz e esse só com 8 anos!

Bauhaus? Ciência comportamental? Psicologia das Cores? Teoria da Percepção?

BESTEIRA!

Você não vai querer confundir a mente infante dessas pobres crianças, vai? Deixa isso de lado e ensina logo o Autocad para elas! Assim elas projetam o “look” do próximo carro que o querido papai delas vai dirigir, a menos que ele seja designer como nós, aê esse ta lanhado porque vai perder o emprego pro filho dele como todos nós iremos!

Afinal eu trabalho hoje por compensação financeira, também conhecido por salário. Um criança designer vai custar muito menos! Afinal basta você dar o mais novo pokemon para elas que elas irão projetar sua sinalização, e ainda vão te achar um tio muito legal!

Se o projeto do digníssimo for à frente em alguns anos, teremos o seguinte dialogo entre clientes e profissionais do design:

Cliente: Você faz o que da vida mesmo?

Profissional: Eu sou Designer…

Cliente: Grandes M&*#@$ …meu filho acaba de formar no C.A e também pegou o diploma dele.

É aquele negócio… não ta querendo ajudar? Numa boa! Mas faz o favor de não atrapalhar!

ARGH!! Alguém pare o mundo que eu quero descer!!!!!

Se alguém estiver curioso para conhecer a comunidade mais a fundo… eis o link:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=46765377&refresh=1

Mas não digam que eu não avisei!

Ande antes de correr..de preferência engatinhe antes de andar!

A alguns textos atrás, um “cálega” escreveu nos comentários:

“regulamentação = utopia”

Para não encher a bola dele deixei o assunto morrer, mas passado o tempo devido eu hoje sinto-me a vontade para divagar sobre o assunto.

Tratado de forma crua a regulamentação dos sonhos é sim uma forma de utopia, como tudo aquilo que no fundo desejamos é mera utopia.. Afinal não podemos ter tudo que desejamos da forma que desejamos e a idealizamos, simples assim.

Outra forma de encarar o comentário seria de uma forma mais lacônica e sarcastica encarando que utopia seria desejar uma regulamentação para nossa atividade, quase um devaneio! Bem..aí já discordo do nosso “cálega”.

A verdade que a regulamentação sai sim, mas como tudo no Brasil é devagar, moroso, sofrido e, como já manda a tradição, corrupto.

Mas a verdade que gritar pela regulamentação tão somente nem adianta mais, ONGS, Associações, Grupos, Conselhos, Papai Noel.. todos aí já se provaram FALSOS, INEPTOS e INEFICAZES .

Regulamentar uma atividade é como correr. E ninguém correr sem aprender a andar, ninguém anda sem aprender a engatinhar. Então para regulamentar, precisamos de apoio governamental e para ter apoio governamental é preciso APRENDER A VOTAR!

Não, acreditem, não é tão distante uma coisa da outra.

2008 é ano de eleição, e já que as ongs e associações que dizem nos representar, ou até onde sei nos cobram para, querem e declaram tanto ser a favor da regulamentação, por que estas mesmas instituições não levantam junto aos candidatos seus planos de governos e não começam uma indagação sobre nossa regulamentação?

Quem sabe daí não nasce um projeto de lei decente e real? Quem sabe não se consegue uma porta de entrada em brasília?

Ahhhhh é difícil! “Né não joão!” Nós como grupo somos a galinha dos ovos de ouro de qualquer deputado, senador, sindico, candidato… o que for! Junte o numero de profissionais e estudantes ligados a nossa atividade? Imagina cada um de nós fazendo a nossa parte nas urnas… imaginou?

Então… só falta alguém explicar isso pro congrecista certo e teremos aliados a rodo aparecendo.

Ahhhhhhh é difícil! Difícil é aprender a votar… depois que aprende..tudo fica mais fácil, inclusive a vida!

OS: Agora só para exclarecer, corre no congresso projeto de lei que regulamenta a atividade das PROSTITUTAS! É isso mesmo! NEPOTISMO declarado! Todos em defesa de suas mães! Nós designers??? …pobre de nós!

“Fazaê”

Quem nunca ouviu esse desprendido pedido de um amigo ou familiar?

O “fazaê” geralmente vem seguido do “radipin”, normalmente na sentença:

To pensando em abrir um negócio, tu que é “dizainer” “fazaê” a minha marca, tu é fera para tu é fácil e “rapidin” de pois te pago um chopp!

Ou ainda:

O teu tio Paulo (aquele que esquece teu aniversário e só aparece uma vez por ano) ta montando um restaurante, por que você não “fazaê” toda a comunicação visual do local para ele? Afinal de contas é teu tio…E nem pense em cobrar! Ele é da família!

O “fazaê” é quase uma instituição governamental, tal qual o Bolsa Família ou a Farmácia Popular. Visa como todo movimento social brasileiro lesar aquele que menos tem culpa no processo (o pagante de impostos) em prol daqueles “menos” favorecidos da nossa sociedade “opressora” e “maniqueísta” (duvido que o Lula saiba o que signifique maniqueísta…na verdade eu nem creio que ele saiba o que é opressora também!)

Eu tive um professor durante a universidade que dizia: “Um dia vocês todos (bem nem todos) serão designers (bem feito!), se lhe pedirem para carregar um piano, e vocês forem amigo dessa pessoa, ok! Podem carregar o piano nas costas sozinho com um sorriso na face. Mas se em seguida essa pessoa pedir a vocês que produzam a próxima capa do CD dela, COBRE AFINAL VOCÊS SERÃO DESIGNERS NÃO CARREGADORES DE PIANO!

Na época eu pensei, “Mas que linha de pensamento mais torta! Eu nem conheço ninguém que tenha uma joça de piano!”.

Sim, eu nunca fui bom em entender figuras de linguagem… e normalmente me apego aos detalhes mais desimportantes de uma história. Mas isso não vem ao caso.

Mas tempos depois eu entendi essa história (Viu “fessor” só levou uns anos…) e é bem aê que entra a industria do “fazaê”.

O “fazaê” não tem outra função senão desacreditar nossa profissão, nos dimimuir como classe e sobretudo importância profissional.

Ao me pedirem para carregar um piano ninguém espera que eu saiba muito bem o que estou fazendo. Esperam sim um par de braços fortes, mas não esperam que eu apareça munido de cobertas e cordas para proteger e amarrar o instrumento afim de facilitar seu transporte.

MAS ao me pedirem um “fazaê” eles querem que eu saiba prontamente do que se trata e de como eu devo fazer o serviço afinal já fui identificado como “dizainer” mas com o “fazaê” imbutido não esperam que eu cobre como tal.

Muito justo! E como eu odeio injustiças eu dei o meu jeito:
Hoje eu cobro para carregar pianos, assim como cobro para os demais trabalhos que executo em minha atividade ;^)

sujeito magnanimo esse que vos fala… odeia injustiças

Brincando nos campos do senhor…

 Alguns mais tarde dirão que o titulo em nada lembra o texto, até poderei concordar mas para isso deverei antes de mais nada terminar esse texto para ver se tem ou não a ver com a proposta que seguirei.

A algum tempo li aqui mesmo, até por que não sou um internauta muito ativo…tenho preguiça de surfar. Eu sou um internauta acomodado, faço uma ronda nos 10..12 sites que sempre frequento e eventualmente aceito uma dica ou outra (se alguém tiver um boa pode deixar no comentário) mas voltando a vaca fria…

A Algum tempo eu li por aqui mesmo que a profissão de Astrologia ia ser regulamentada, a mesma informação foi desmentida por aqui mesmo e identificada como mais uma brincadeira de Mr. Mason do Kibeloco.

Mas eu lembro de ter pensado, “fazem eles muito bem!”

Eu não leio, até por que não creio, em horóscopos e acho uma perda incrível de tempo dizer como fulano, beltrano ou sicrano devem agir baseado na posição de marte na casa da lua vizinha de não sei quem…

Mas o fato é que a (falsa) noticia não me surpreendeu, nem me indignou, sabem por que?

Por que é perfeitamente plausível ao vermos os “astrólogos” como um grupo reivindicando uma regulamentação. Coisa que não ocorre conosco.

Ora, basta ver um exemplo simples e basal:

Quantas revistas de horóscopos saem por mês na banca? Sempre tem aquela(e) astróloga(o) de renome dando dicas, nos jornais, o asrologo sempre anuncia um mini currículo junto com suas previsões (idem em revistas e sites).

Agora quando vamos falar de design? A quem recorrem?

Arquitetos…

Engenheiros…

Publicitários…

Modelos…

Cantores…

As vezes e se der espaço na matéria chamam um designer…

Ahhhh Ed você está exagerando? Ah tô é? Então dêem uma olhada nisso daqui meus lindos:

http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/index.jsp?pageDown=noticiaSearch.do?acao%3Dget%26id%3D972262

Isto é a prova cabal que vivemos em um pais muito estranho, meus amigos. É preciso ter segundo grau completo para ser gari, mas para ser presidente da republica não! E para ser designer precisa de algo? P0rr@ nenhuma! Basta um PC na escrivaninha, programas piratas e uma (parca) idéia de como usa-los. Voilá, mas um de nós! Pelo menos é o que acredita o Tribunal Superior Eleitoral.

E nós como grupo o que faremos?

Bom, já sabendo que de nada ia adiantar mas pelo menos eu iria dormir melhor, fiz o que todo brasileiro revoltado faz. Reclamei!

Primeiro com os meus botões, depois com meus amigos e depois dos dois grupos anteriores me mandarem pastar, aê sim eu reclamei direito, mandei um e-mail para o TSE, que eu transcrevo para quem quiser fazer o mesmo:

“A quem interessar possa.

Sou designer, brasileiro mas confesso de já desisti.

Desisto de tentar entender a mentalidade deste governo que nos “representa”.

Cansei de perder horas do meu dia imaginando por que se precisa ter o segundo grau completo para entrar na COMLURB, mas o mesmo não é cobrado de que deseja ser Presidente da Republica. Não desmerecendo nossos garis…pelo contrário…que a vergonha recaia sobre o presidente.

Quando se abre licitações para construções de barragens, pontes e estradas sempre aparece bem claro as exigências para tanto. Uma delas é que a obra seja feita por empreiteiras ou construtoras CAPACITADAS. E por capacitadas eu espero (por Deus eu realmente espero) que estejamos falando de engenheiros e profissionais de construção civil.

Quando se abre licitações para projetos urbanísticos, mais uma vez deparamos com mais exigências, desta vez os preteridos são arquitetos, e outras classes profissionais capazes de realizar a tarefa a altura. Nada mais justo!

Então digníssimos, me respondam porque, no momento de escolher um logotipo que irá representar o TSE nacionalmente as mesmas exigências não são feitas.

Na hora de se “projetar” a logo, a licitação é aberta a todos?

Será que o Design, conhecido (espero eu uma vez mais) por aqui de Desenho Industrial, ficou tão banalizado a ponto de poder ser exercido sem nenhuma pratica, conhecimento ou experiência seja em Desenho, metodologia ou mesmo domínio de material mínimo necessário para se desenvolver tal projeto?

Estou plenamente capacitado para participar de tal licitação, na verdade 15 mil reais é o preço justo para se pagar por tal projeto (não o considerem premiação…). Mas não o farei!

Boicotarei seu edital e licitação por um valor moral mais elevado que os R$15.000,00 da “premiação”, uma firme convicção de que nós, designers, precisamos ter nossas atividades respeitadas.

Sei que minha atitude é pequena perto da enormidade de “material” que vocês receberão. Mas como eu disse antes, o faço por mera convicção ideológica.

Como na frase: “Para que o mal prevaleça, basta que os bons se omitam.”

Não pretendo com isso conquistar nossa regulamentação, mas espero de coração que tenha sido dado aqui, passo na direção correta.

Cordialmente,

Eduardo Sturges

Designer por opção

Brasileiro, por total falta de.”

É de pequeno que se torce o design

 

 A maioria dos meus post nasce de uma situação do meu cotidiano, conversas, comentários de textos meus, situações vividas ou vistas. Se existe alguma razão para meus textos serem considerados estranhos culpem o meu cotidiano, ele é o verdadeiro culpado por isto.

 

Este texto não poderia ser diferente, nasceu de uma conversa com um(a) colega, o nome eu não conto para evitar futuros processos e/ou divisão de autoria deste texto.

 

Antes que me perguntem eu adianto, não ele(a) não é designer. Mas a situação apresentada já foi vista por mim diversas vezes em alguns estudantes e até mesmo colegas de profissão. Por conseguinte merece um texto. (mesmo que não merecesse eu ia faze-lo..afinal tenho uma cota a preencher por aqui por isso, por favor, compreendam).

 

A conversa girava em torno da sua atividade profissional, quando ele me passou o quanto cobra por sessão. Eu argumentei que o valor estava muito abaixo do oferecido pelo mercado. Sua resposta seca foi:

 

“-É assim mesmo… Eu ainda estou começando.”

 

Mediante tal argumento, fiz o que qualquer um em meus calcanhares faria: calei-me.

 

Mas aquilo me incomodou profundamente – a resposta não o fato de eu ter que me calar, até por que eu curto momentos de silêncio e introspecção, mas estamos fugindo do assunto.

 

E comecei a dar asas a minha memória, e lembrei de quantas vezes eu ouvi e sou obrigado a confessar, um pouco envergonhado admito, proferi eu mesmo estas malditas palavras.

 

Na época eu achava não haver problema algum com tal atitude, mas vejo hoje que era a raiz de todo mal que eu ajuda a disseminar. Eu hoje que tanto luto e me importo pela nossa regulamentação já agi contrariamente a tudo aquilo que desejamos. E que atire a primeira pedra aquele que nunca fez isso (ED, Fernando Galdino, Canha, Antonio Ribeiro e Jonas, abaixem as pedras por favor! Foi figura de linguagem galera!)

 

É uma situação delicada, eu sei. Começo de vida profissional você aflito, as vezes ansioso, pelo primeiro cliente. Confesso que chegamos a beira do “fazemos qualquer negócio por um cliente”. Mas essa ansiedade é uma de nossas maiores inimigas.

 

Uma analise do mercado já demonstrou que consumidores de uma forma em geral possuem uma ideia de qualidade ligada a preço. Quando cobramos tão abaixo da tabela de mercado estamos passando um recado muito sutil ao nosso publico.

 

“Pra que pagar mais?”

 

Sim, sucinto assim. Infelizmente nosso empresariado e empreendedores brasileiros ainda ligam, design, publicidade a custo e não a investimento. A diferença entre custo e investimento, eu mesmo já comentei aqui e diversos colegas também, é enorme!

Custo é algo que sempre se busca cortar, economia é a palavra chave no Brasil de hoje. As altas cargas tributárias exigem do empresariado essa atitude. Podendo corta-se os custos de produção e da divulgação!

 

Investimento não tem jeito. É preciso fazer se deseja-se crescer. Seja investimento em pessoal qualificado, recursos e maquinário, lojas ou mesmo divulgação.

 

Mas opa! Divulgação consegue aparecer em ambas as listas?! Como isso é possível e como resolver esse dilema?

 

Ora, meus caros. Essa é a visão do nosso publico sobre nossa atvidade: “É necessário, mas se posso fazer baratinho..por que investir muito?”. Triste realidade esta que sofremos. E a concorrência é grande! Temos que lutar por espaço contra micreiros, publicitários, arquitetos, entusiastas e agora..contra nós mesmos?!?! È muito para tão poucos, não concordam?

 

Iniciar é preciso, todos hão de concordar comigo nesse aspecto. Afinal ninguém, creio eu, faz uma faculdade ou universidade para depois pendurar o diploma na parede para servir de alvo pros seus dardos. Espero eu que não!

 

Mas a iniciação não pode ser auto-empreendedora. O caminho mais acertado é o estagio. Ou pelo menos sob a orientação de um profissional qualificado.

 

Ao se diminuir demais o preço, seja ele pelo motivo que for criamos um vácuo no mercado. E como todos sabemos a natureza abomina o vazio. Tende a preencher esse espaço de uma forma ou de outra.

 

Então o que ocorre? De uma lado da tabela temos o “iniciante” que o empresário e cliente vê com certa razão como inexperiente e até mesmo “amador” cobrando bem abaixo da tabela, temos no outro extremo o profissional gabaritado com tempo na profissão cobrando o preço justo pelo serviço como recomendado pelo mercado e demais profissionais e assossiações.

 

E entre eles? Bem povo, entra os micreiros, arquitetos, publicitários, entusiastas e todo aquele que recém baixou o “córeudrau” e já consegue alinhar um quadrado com um circulo e escrever algo “lindjo” dentro.

 

Então temos preços bem abaixo da tabela, preços entremeios e o topo de linha. Os empresários e empreendedores brasileiros com suas mentes (tacanhas) buscam o meio termo…

 

Olha lá nós jogando contra o patrimônio!

 

Antes de discutir preços…precisamos nos unir..tanto estudantes quanto profissionais sejam eles de quanto tempo forem!

 

Abraços!

Vaia de bebado não vale…

É eu sei que ele não é uma sumidade em popularidade. Nem todos gostam de João Gilberto (não me perguntem por que). Mas mesmo quem não curte JG teve que dar o braço a torcer no Credicard hall de SP (noite de estréia da casa diga-se de passagem) quando contra uma turba de ignorantes JG entoou de improviso:

“vaia de bêbado não vale…vaia de bêbado não vale…”

Pronto! Bastou de fã me promovi a fanático por JG. Anos depois conversando sobre este e demais assuntos cheguei a uma conclusão muito apropriada sobre criticas.

Nós como povo estamos muito acostumados a fazer criticas (ou pouco caso e piadas) a todo e qualquer projeto ou tentativa de melhoria que nos é apresentada, mas da mesma forma que criticamos na maioria dos casos (e pessoas) não somos capazes de fazer melhor… Olha só que coisa!

Quem apostaria comigo que a meia dúzia (ou 2 duzias!) que vaiava JG no Credicard Hall anos atrás, nem cantar no chuveiro cantaria, tocar vilão então só se fosse para transportar o instrumento por que tirar acordes..é ruim!

Eu mesmo estudo violão (e guitarra) a anos, me considero como guitarrista um excelente holder. Me esforço muito para fazer o que os músicos profissionais fariam com uma mão nas costas (se não precisassem de ambas as mãos para tocar o instrumento).

Mas pombas Eduardo! Surtastes?! Vai ficar falando de João Gilberto, violão e musica no design.com.br? Que que isso tem a ver com design? Ora, meu caro mancebo TUDO!

Quantas vezes não vimos discussões em fórum de design sobre a regulamentação de nossa atividade ser abalroada por abrobrinhas proferidas por micreiros e arquitetos?

Agora eu vos pergunto: Que chongas esses dois grupos citados entende de design?

Mas fazem questão de nos vaiar e meter o bedelho em nossa regulamentação?! Ora vão para a (censurado pelo próprio autor do texto).

E até mesmo aqui neste digníssimo espaço. Quantas sugestões ou textos não foram malhados ou mesmo massacrados por não condizerem exatamente com as crenças do comentarista.

Alias, vamos combinar? Comentarista comenta, e tá de bom tamanho já. Todos nós temos direito a uma opinião. Mas que a mesma seja baseada em estudo, observação e por favor um mínimo de conhecimento sobre o que se tenta argumentar.

Dizer que temos que ser regidos pelo CREA por que temos que ser regidos pelo CREA é um argumento tão válido quanto o daquelas crianças mimadas que chantageiam os pais com ameaças de nunca mais respirar (?!?) se não ganharem o que desejam. Se bem que no caso de alguns arquitetos e micreiros eu até topava a ameaça..e se ficar difícil para de respirar..chama o titio Ed que ele ajuda! ;^)

O alto e o baixo meretrício

Juro que este texto estava pronto a tempos, bem antes do natal, mas por receio de posta-lo em sua versão original eu hora desistia dele hora mexia as palavras tentando amenizar seu conteúdo evitando assim um possível linchamento de uma turba enfurecida (existe outro tipo de turba?)

Conversando com o Jonas ele me incentivou a não mudar uma virgula sequer e postar da forma que fosse, isso demonstra, no mínimo, duas coisas:

1)Jonas realmente confia nos meus textos.

2)Ele acha que corre mais do que eu em caso de necessidade.

Então com as responsabilidades divididas (ok, eu escrevi mas é por culpa do Jonas que o texto veio pro ar!) eu exponho o alarido!

A melhor coisa para um escritor é ter seus escritos comentados, para um escritor preguiçoso como eu melhor ainda! Pois às vezes um único comentário gera um texto novo, prontinho dado de bandeja.

E justiça seja feita! O Justus se provou ser um baita comentarista, 2 palavrinhas mais um sinal e voilá! Atiçou-me o cérebro.

Gostei tanto do comentário que repito aqui:

· Freelancer=Prostitutas

Comentario por Justus

Viu a simplicidade do comentário? Sucinto! Lindo!

E mandou tão bem no comentário que os seguintes nenhum sequer comentou meu texto, comentaram o comentário do Justus! Ou seja fui jogado para escanteio com 2 palavrinhas… sacanagem! Isso fez um mal ao meu ego que nem lhe conto…

Mas a verdade caríssimo, Justus que a generalização é errada como afirmou nosso colega Fernando Galdino. Alias toda unanimidade é burra já afrmou o pensador (cujo nome me escapa com assaz elegância).

O que estamos falando é de postura profissional. Um freelancer pode se prostituir tanto quanto aquele diretor de arte daquela mega agência ou estúdio famoso. É claro que os motivos que levarão ambos a se prostituírem são bem diferentes, mas ainda assim bem reais e qualificativos.

Um profissional que vende uma logo por 300 reais está se prostituindo? Talvez! Ele teria como cobrar mais, ou melhor, Seu cliente estaria disposto a pagar mais?

Muito mal se fala do freelancer em detrimento do profissional efetivado, mas a verdade é que ambas as posturas são bem divergentes e como tal ambas tem as suas vantagens e desvantagens.

O freelancer se por um lado tem toda a liberdade para escolher clientes e cases, bem como a liberdade de escolha do quanto cobra, como ou quando fará o trabalho (dentro é claro de uma realidade mercadológica) enfim sendo dono de seu nariz. No entanto por ser inteiramente responsável por todo o processo desde a negociação até a execução ele precisa ter uma imensa capacidade organizacional para não se embananar e acabar perdendo prazos, entregas e reuniões e consequentemente clientes e dinheiro.

Já o designer efetivado não tem nada disso para com que se preocupar, tem salário definido, 13º (ou seja trabalhando ou não, seu mês esta ganho), seguro saúde, vale transporte, tiket refeição. Este se preocupa somente com a parte criativa e de produção de todo o processo, o atendimento e o orçamento não são de seu escopo. Isso faz com que ele possa se dedicar exclusivamente ao seus serviços. Mas infelizmente este não pode determinar com quem ou com o que trabalha. Esta subordinado a vontade da empresa.

Como se vê altos e baixos em ambos os casos, é quase que inteiramente uma questão pessoal. Existem pessoas que não foram talhadas para trabalhar em escritório, a rotina é algo visto como prejudicial por estas pessoas, estas preferem quase sempre trabalhar como freelancers. Outros optam pela segurança oferecida em um escritório (salário e outras vantagens). Estas pessoas não se sentem bem na insegurança do dia a dia do freelancer. E tem aqueles casos excepcionais de pessoas que além de trabalhar em agências ainda fazem um por fora como freelancers..tem de tudo como vimos agora. Mas e a prostituição?

Na minha opinião prostituição é um caso de ética tão somente no trabalho. Uns o fazem por receio de não terem como pagar as contas, outros o fazem por medo de perder um emprego fixo e confortável. Ambos os casos estão certos em se proteger. Os dias de hoje estão aê para nos provar que qualquer um que pensar o contrario esta correndo o sério risco de ficar sem trabalho, freela ou não!

Perigoso mesmo é a atitude de rotularmos uns aos outros enquanto uma minoria concisa e instruída tenta unir a todos em prol da regulamentação.

Picuinhas, gracejos, troca de amabilidades apenas separam e destroem, e não é exatamente o oposto do que estamos tentando fazer aqui? Construir algo?

É novo… mas já vi em algum lugar antes…

Não é esta a exata sensação que temos ao andar nos shoppings centers nos dias de hoje?

Refiro-me não as promoções e taxas de crédito “acessíveis” a todos. Digo em questão ao visual como um todo.

Andando em um dos maiores shoppings centers da América Latina (pelo menos é o que eles dizem) senti uma sensação estranha, subitamente havia perdido a orientação. Não sabia mais em que ponto do shopping eu me encontrava. Levei um tempo para me localizar. Passado o susto voltei aos meus afazeres natalinos.

Pouco tempo depois, perdido novamente! Ora essa! To certo que não sou o cara mais orientado do mundo (basta ver quantas vezes eu perco meu carro nos estacionamentos da vida) mas assim também já era demais! Até mesmo para mim. Então incomodado com a situação comecei a tentar achar motivos para esta situação.

A resposta me deixou assombrado, praticamente TODAS as lojas do referido shopping haviam itens de decoração praticamente idênticos! Ou seja, não havia mais referencial para qual loja era qual. Em alguns casos acabei notando que as próprias logos era muito semelhantes, não sendo as lojas necessariamente concorrentes.

Movido pela curiosidade comecei a fazer pequenas perguntas aos lojistas, perguntas como:

-Quem teria feito a decoração da loja?

– Era algum profissional ou ficou a cargo dos vendedores?

-O projeto foi concebido por algum Designer?

-Que empresa?

As respostas variavam enormemente de loja para loja. Mas se as respostas variavam por que os resultados não?

Aê entramos na questão da qualidade profissional, as lojas que usaram seus próprios vendedores na missão de decoração de suas vitrines, salvo os erros óbvios e esperados de um trabalho executado por leigos, vimos basicamente uma pesquisa e, claro, cópia do que eles viram em outras vitrines e poderia ser executados por eles mesmos. Ora mas isso era o esperado quando se usa o trabalho de leigos, nada demais até aqui.

O espantoso se encontra nas lojas que usaram ajuda profissional, freelancers, empresas e até escritórios de arquitetura para desenvolver suas decorações de natal. Por que estes trabalhos estavam extremamente parecidos? Até onde a culpa é do cliente (ao pedir algo semelhante ao concorrente) até onde é culpa do profissional?

Nós profissionais temos a obrigação de saber a diferença entre pesquisa, referência e plágio. E isso para se dizer o mínimo possível (afinal já to me arriscando a levar pelo menos uns 9 processos pelo que já coloquei aqui)

Não seria a ética profissional proibitiva e desencorajadora no que se refere a plágios e cópias descaradas? Afinal ao copiar você esta roubando seu colega de trabalho, ao se apossar de uma idéia que não foi sua! Simples assim.

Mas aparentemente tanto nosso comercio quanto nós mesmos ainda temos um longo caminho a percorrer!

Mas eu ainda sou teimoso… tanto que continuo a desejar Feliz Natal e Prospero Ano Novo para todos nós! ;^)

Mea Culpa, mea máxima culpa

Muito se fala no nosso meio da regulamentação. Já houve inclusive alguns projetos propondo a mesmo. Alguns muito bem redigidos e concretos não foram adiante sabe-se lá porque, outros que beiravam o idealismo utópico, estes claro são defendidos por unhas e dentes por um minoria desinformada, mas a grande parte ignora estes projetos sabendo que utopias mesmo só em papeis e em contos de fadas.

Um dia, assim sem maiores pretensões fui abalroado por um pensamento: Temos milhares de propostas e projetos para a regulamentação, associações proliferam mais que mosquitos viram e mexem e CAPOF! Siglas diferentes, mesma bandeira e ideais Em rumo à regulamentação!

Mas se temos tantas associações, tanto projetos, e acreditem desse mar de projetos tem até um ou dois que se salvam, por que até o presente momento nenhum movimento CONCRETO foi dado em prol da referida regulamentação?

A verdade é que o máximo que podemos fazer é especulação. Mas eu o faço com um pouco mais envergadura pois de todo santo remédio já tomei e conheci bem os efeitos colaterais de cada um deles.

Ainda universitário, me contaram que se eu me associasse já poderia lutar pelos nossos direitos. Aê já viu, né? Falou em luta por direitos para universitário foi logo uma carrada correndo para a ADG se associar. Coisa linda de Deus de se ver…só faltava irmos correndo e cantando “Vêm vamos embora que esperar não é saberrrr….”. Me associei, pagava as mensalidades, comprei o manual, fui a reuniões. Enfim segui a risca o manual do “pseudo-revolucionário fashion” e a única coisa que aprendi com essa experiência é que paguei fortunas pelo direito de ouvir besteiras utópicas e beber café ruim. Não valeu a pena. Nem pelas besteiras, nem pelo café, mas se lamento de algo..lamento pelas besteiras. Não demorou muito e cancelei minha participação na associação.

Anos mais tarde, já formado em uma conversa com colegas de profissão, acabei recebendo convite para voltar a fazer parte da associação. Desta vez fui convencido com o argumento que universitário não era levado a sério lá (então nos convidaram para que ora porra?!) e que agora que eu era um profissional formado a coisa mudava de figura. Convencido pelos argumentos, dei nova chance. E realmente, muito havia mudado, agora eu precisava preencher uma ficha de cadastro, enviar juntamente com meu currículo e “print” de 3 trabalhos para analise e daê eu saberia se seria aceito ou não na digníssima instituição. Bem aparentemente fui aceito sem problemas, afinal 2 semanas depois recebi a primeira boleta para pagamento de minha mensalidade.

Nos meses seguintes, recebi 4 cartas, cada uma delas me dava um ingresso para uma determinada palestra. Todas em São Paulo. Como moro no Rio fica um tanto quanto complicado palestras no meio da semana em São Paulo para minha pessoa.

Alguns meses depois novamente me encontrava cancelando minha participação nas referida associação. E até hoje recebo criticas por isso. “Se todos que pensam como você, Eduardo, cancelarem a sua participação aê sim que a regulamentação não sai!”

Tão vendo?! A culpa é minha! É por minha causa que vocês não tem uma regulamentação! É por que eu não freqüento palestras em São Paulo (a maioria workshops) que vocês não têm direitos! È por que eu e cansei de pagar 85 reais por absolutamente nada, que nosso projeto de regulamentação não foi para Brasília!

As associações fizerem bem a sua escola e aprenderam direitinho o jeitinho brasileiro:

Nos cobram taxas, vendem caro seus produtos, argumentam de forma prolixa e quando fazem algo, fazem fora do aspecto proposto (palestras e workshop, não é batalha sindical!) fazendo um paralelo com o nosso governo que o mesmo fazem com seus impostos e mais imposto e quando finalmente nos revoltamos e cortamos laços, se voltam contra nós dizendo que nada poderá ser feito sem a SUA ARRECADAÇÃO!

É triste dizer, mas acredito que as associações atuais viraram cabide de emprego ou segunda fonte de renda para sua diretoria. Em nada estão acrescentando na nossa luta pela regulamentação.

Gostaria de estar errado… mas não creio que seja este o caso. De qualquer forma um Feliz natal e ótimo 2008 para todos nós!

Calote no dos outros é refresco…

A gente tem conversado bastante sobre clientes, preços e orçamentos. E isso é bom. Mas meu avô sempre dizia: “Saia enquanto ainda está por cima.” Então obedecendo a sabedoria dele eu vou dar um tempo nesse tópico e vou enveredar por um outro assunto.

Na verdade o assunto é uma continuação do tópico, mas pouco tenho eu visto falar sobre o mesmo ultimamente. O que é uma pena. Então sem mais delongas ou suspense vou apresentar-lhes o tema de hoje:

Ok, o preço foi acertado e aceito, como evitar o tão famigerado e temido calote?

Consigo imaginar alguns rostos se retorcendo ao lembrar dos calotes sofridos e até mesmo alguns olhos brilhando com a esperança de aprenderem como fugir deste inimigo financeiro. Mas infelizmente sou obrigado a ser portador de más noticias: Não existe formula mágica para fugir do calote!

Mas de quem é a culpa do calote? Temos sempre a mania de culpar o cliente e mau pagador de ser o responsável pela nossa desgraça. Mas a verdade é que os maiores culpados de levarmos calotes em 90% das vezes somos NÓS mesmos!

Ah! Mas o cara é um canalha! O cara é mau pagador! O cara não teme escrúpulos! Sim, tudo isso pode ser verdade. Mas outra verdade, e essa pouco agradável aos nossos ouvidos, é que nós criamos a situação do calote.

Meu avô (aparentemente hoje estou nostálgico) também sempre dizia: “A ocasião faz o ladrão.” E olha que ele era estrangeiro. Pior para nós que vivemos no Brasil onde infelizmente ainda impera a Lei de Gerson, a mania chata que alguns tem de ter que levar vantagem em cima de todo mundo. Visto este histórico, precaução e vitamina C nunca fizeram mal a ninguém ;^) (To cheio de chistes também…).

Dito que não temos como fugir do calote, que hora vindoura estaremos levando um… o que podemos fazer?

Simples! Nos precaver! Vamos ser sinceros?

Ninguém aqui atua em Design por hobby, essa é a nossa profissão, nossa atividade, nosso meio de sustento. Isso por si só já denota uma certa responsabilidade. E tal responsabilidade exige de nós certa postura ética e moral tanto para com a nossa atividade, quanto para com nossos colegas de profissão como para com os clientes também.

Ora! Não somos mais crianças para selar acordos com um cuspe na mão e o aperto logo em seguida (Graças a Deus, pois sempre considerei tal habito no mínimo nojento…). E existem certas formalidades que nos servem de termometro para saber quão sério nossa atividade está sendo levada a sério e qual a real intenção do cliente no decorrer das negociações.

Eu acabei desenvolvendo uma cartilha própria para me defender, e como estamos perto do Natal eu vou dividi-la com vocês. É claro que é mais um emaranhado de idéias do que uma cartilha em si, mas desde que eu a desenvolvi alcancei um certo grau de sucesso e os calotes praticamente cessaram. Eis-la:

1)Desenvolva um método de atendimento cortês porém sempre profissional:

Pronomes de tratamento existem e servem exatamente para isso. Criar certo distanciamento profissional. Ora! Ele é seu cliente, não seu colega de bar ou velho amigo de infância (salvo as exceções quando nesse caso serão).

Dr.(a), Sr.(a), Sra, é sempre bom, deixam claro que você esta lá como um profissional e que espera o mesmo tratamento em retorno. Criar uma “amizade” com o cliente é complicado afinal: “Quem te f8d# é amigo, inimigo tu não deixa chegar perto!” (meu avô era demais..mas isso vocês já perceberam).

Não estou dizendo para chegar no cliente com 4 pedras na mão! Pelamordedeus não é isso não! Mas cortês é uma coisa, intimista é outra ;^)

2)Papelada… recorra a papelada:

Burocracia, pode ser a sua amiga e até trabalhar a seu favor.

Após uma reunião com o cliente, eu sempre envio um e-mail para o mesmo com os principais tópicos acertados. Uso o e-mail como desculpa para reforçar os pontos da reunião e a vantagem é que agora o que foi dito verbalmente passa a ter concisão documental.

Nesse e-mail geralmente envio um formulário Briefing para o cliente responder e me mandar de volta, nele consta uma série de perguntas pertinentes ao projeto e com as respostas que ele me fornecer eu vou saber mais do cliente, da empresa e o que ele realmente deseja, minimizando meu trabalho de tentar adivinhar o que lhe agrada e o que não lhe agrada. Visto esta etapa, vamos montar um orçamento…

Orçamento é uma coisa, proposta é outra e contrato então nem se fala!

Quanto mais descritivo você conseguir ser, melhor para você. Envie Orçamento em papel timbrado mesmo, bem detalhado, descrito, escrito torna as coisas mais claras para você e para o cliente.

Aceitou o orçamento? Maravilha! Agora dá uma assinadinha aqui na proposta por favor?

Eu preguiçoso que sou já faço Orçamento/Proposta no mesmo documento assim se ele aceita o orçamento, assina a proposta e manda a 2º via da mesma de volta para mim.

To com a proposta assinada…vou trabalhar? NÃO! Eu também peço um sinal normalmente de 50% do valor do projeto, mas não é regra geral pois o valor pode ser alto e o projeto grande então vale aqui é a analise e o bom senso. Mas sem sinal nada se faz! Pelo menos eu não faço…

Projetos grandes com várias etapas, como se faz? Eu cobro por etapa concluída.

O custo geral é de R$ 5.000,00 em 5 etapas de R$ 1.000,00 simples, não? E, claro, tome mais papelada.

Eu solicito ao fim de cada etapa ao cliente uma avaliação geral da mesma (aqui vão dois formulários, uma pesquisa de satisfação e um outro atestando a conclusão da etapa) e a assinatura atestando que esta etapa finalizou-se e estamos avançando no projeto. (assim caso mais para frente ele queira voltar etapas, eu cobro hora técnica para ele, afinal ele havia concordado que tudo estava satisfatório)

Ah então com tudo isso eu nunca mais levo um calote?

Não é isso que eu disse! Sempre tem um sem-mãe (para não dizer coisa pior!) com um índole pervertida doido para aplicar o velho 171 em cima de alguém. Mas com estas precauções diminui-se bastante a chance de levarmos um bom calote!

Bons trabalhos!

OS: É Natal mesmo! Então eu vou anexar alguns arquivos que baixei na WebDesign e os utilizei para renovar os meus documentos de propostas, orçamentos e etc… Podem baixar pois são bem legais e sobretudo úteis para todo tipo de projeto não apenas sites!

Exemplos de documentação para encaminhar um projeto

Cobrar caro pode sair caro… para nós!

Bem, antes de mais nada..DESCULPEM MINHA AUSÊNCIA! Andei afastado por natureza clinica familiar (se é que tal coisa exista) mas meu pai esta se recuperando de um infarto e agora as coisas começam a voltar aos seus devidos eixos, e com os eixos eu posso dividir com vocês uma vez mais meu devaneios e insanidades em geral ;^)

A muito tempo venho conversando com colegas de profissão , e uma idéia bastante popular é de que Design é artigo de luxo, e por ser artigo de luxo deve custar caro. Claro que eu discordo!

Acredito que para que possamos assumir uma postura profissional devemos estar capacitados de atender todas as camadas sociais, mas como vamos atender todas as camadas da sociedade se nossos preços forem considerados exorbitantes para a maior parte da chamada sociedade?

Também discordo da banalização do Design, essas promoções de cartões de visita por R$35,00 e “de grátis” ganhe a logo beira a prostituição de nossa atividade, muitas vezes exercidas por aqueles que nem conhecimento ou estudo na nossa querida área.

Então como ficamos? Como tudo na vida a melhor saída é o balanço entre as duas vertentes. Nem prostituiremos nossa atividade nem tão pouco a tornarmos exclusivas de reis e grandes corporações multi-bilhardárias.

Darei um exemplo: Tenho um colega que diz que cobra independente do site uma taxa de pelo menos 2.500,00 (que significa isso? O preço mínimo do site dele é de R$2.500,00) quer seja uma única página com 5 fotos e um pequeno texto, quer seja uma mega portal, neste ultimo caso, claro, o preço sobe de acordo com o numero de páginas extras, programação, criações e etc. Ele ta bem então? Não. Se não me engano é raro o mesmo ter algum site para fazer.

Eu não cobro essa taxa (cansei de ter minha mãe xingada pelos clientes) ao invés disso, analiso o que o cliente me pede e faço um calculo encima de horas a serem trabalhadas X Tecnologia empregada.

Afinal uma página com 5 fotos , alguns textos tudo em htm simples, é bem diferente de uma págin amais elaborada com flash, programação em ASP.NET que por sua vez é consideravelmente mais simples que aquele mega portal interativo com streaming de vídeo, com carrinho de compras, acesso e busca em banco de dados. E tudo isso que eu disse para sites podem ser aplicados para criação, diagramação e projetos de modelagem e animação 3D. Não concordam comigo?

Quanto eu cobro por hora? Bem meu preço indefere para vocês uma vez que cada região tem suas próprias características e cartilhas a serem analisadas. O preço exercido na praça do Rio de Janeiro é diferente do praticado em São Paulo que difere do da Bahia, Curitiba ou Paraná e isso é normal, pois a velha oferta e demanda existe em tudo que é lugar. E dentro de cada universo temos o microverso deles, pois dentro de um estado tem vários municípios, cada município sofre de uma realidade diferente entre os demais e o mesmo se reflete nos bairros de cada município

O que precisamos fazer individualmente é analisar o mercado a nossa volta, quantas concorrências REAIS têm a nossa volta, qual é a demanda para nossos serviços e quantos profissinais qualificados o oferecem alêm de você, isso definirá o seu preço? Não tão somente. Isso aliado as horas trabalhadas X tecnologia empregada definirão o seu preço.

Quando tabelamos um serviço focamos o mesmo para um determinado publico alvo. Isso funciona com produtos Um AUDI, MERCEDEZ ou BMW tem seus preços focados para uma determinada classe social diferente daqueles que buscam um FIAT, FORD ou WOLKSWAGEN por exemplo.

A grande questão real que devemos todos praticar é a analise da nossa posição e realidade política em que nosso país vive e aí sim adequarmos nossos preços aliados as dicas e métodos acima… bem pelo menos é o que venho praticando com relativo sucesso no decorrer dos anos.

Bons trabalhos a todos!

Nós, gregos. Eles, claro, troianos.

As vezes parece que o único intuito daquele cliente ao nos contratar é nos contrariar.
Eu na minha experiência de anos lidando com o público já ouvi: “Eu até faria eu mesmo mas ando muito atarefado… por isso achei melhor te chamar.” Não publico minha resposta aqui por que minha religião prega o perdão e não creio que palavrões sejam o modo de melhorar um texto.

Mas como fazer? Ou melhor como todos nós sabemos (espero eu), mas O QUE fazer nesses casos? Sacrificar nossa qualidade em prol dos desejos do cliente, ou partir para a linha Cap. Nascimento (Quem manda nessa p*##@ sou eu!)?

Alguns clientes pedem LogoMARCAS (isso já mostra que nem sabem o que pedem). Corrigimo-los, Ou deixamos o barco rolar?

Como responder essas 2 questões? Calma que eu ajudo. Para a primeira pergunta a resposta é Nenhuma das duas linhas de comportamento… mas uma mistura de ambas, acalmem-se que mais para frente eu explico. E a segunda pergunta, a resposta é, Ora! Nós educamos o sujeito!

Um trabalho para ser defendido deve antes de tudo MERECER essa defesa. Um trabalho pesquisado, embasado, feito da forma correta tem muito mais chances de sair integro de um “confronto” com o cliente do que um que não disponha dessa mesma equação em sua criação.

Um cliente pergunta: “Tem como fazer colocar esse desenho maior?”. Designer, você é obrigado a ter uma resposta, afinal aquele desenho está lá por um motivo…E ao estar lá, ele está naquele formato, cores, efeitos e tamanho por um motivo muito simples e muito forte.

Afinal nós designer quando fazemos algo, fazemos não simplesmente por que vai ficar “bunitin” mas por que além do lado estético possui-se todo um lado psicológico, subjetivo e funcional aliado ao lado estético (espetadela: Senhora e senhores, Isso é o que mais nos afasta dos MICREIROS)

Um cliente tem todo o direito de querer sua marca maior, mais colorida, mais brilhante, mais rebolativa, ora! Ele é o cliente! Esta no seu direito (e por que não dizer DEVER de cliente). Cabe a nós darmos as razões pelas quais suas sugestões não são as mais apropriadas para o projeto elaborado seja este um logotipo, um site, um pôster..enfim seja lá o que o cliente deseja.

E quais as vantagens de se agir assim? Mostramos responsabilidade social e somamos com uma demonstração de ética no trabalho, criamos um divisor de águas bem claras quanto nós Designers e os demais entusiastas, amadores e micreiros que cerceiam o mercado e vivem dizendo que não existem diferenças entre eles e nós… afinal qualquer um pode criar uma logoMARCA no Corel e aumentá-la de acordo com a vontade leiga do cliente… Mas é preciso um profissional para defender seu trabalho de forma concisa e clara. Afinal perguntem a um médico por que tal procedimento que ele está sugerindo é necessário e você obterá uma resposta completa do seu quadro médico e não um “por que assim você vai continuar passando mal”.

Se queremos ser tratados como profissionais, então devemos a agir como tais.

Um grande abraço a todos, e bons trabalhos!

Versus o Cliente

ou uma lição prática para se dar um tiro no pé.
Quando enfrento alguma dificuldade ou mesmo antevejo a mesma se aproximando, sempre me vem a mente a frase do Roger do Ultraje à Rigor “Futebol é massa, o que atrapalha é que tem um time inteiro jogando contra”.

É a mais pura verdade, senhoras e senhores! A mais pura! “Ihhh lá bem ele enrolando a gente de novo! Ed o que isso tem haver com Design e a nossa situação”

Respondo-te com toda a sinceridade… “NADA!” E talvez “TUDO!”

Na verdade o que temos a tirar dessa frase é uma continuação para o meu texto anterior sobre a educação dos clientes.

Eu já tive como mote pessoal frases como “pagando bem, que mal tem?” e “Trabalhar com Design é ótimo, o que estraga é o cliente”.

Eu costumava colocar a culpa de nossa situação na parte menos envolvida no processo, o cliente. Ao cliente não importa nossos problemas, ele mesmo já tem um monte dos dele para resolver. Então o que fazemos?

Eu adoro frases de efeito e como quase todo parágrafo deste texto teve uma vou colocar neste mais uma, prometo ser a ultima deste texto: “Se não pode vencê-los junte-se a eles!”.

Devemos ver os clientes como nosso maior aliado nessa luta contra micreiros e causa maior ainda a nossa regulamentação. Como? Simples educando cada um deles no papel de empreendedores. Se tornar-mos cada cliente em empreendedores nossa chance aumenta, por quê?

Simples! Nossos clientes buscam lucros pura e simplesmente para atender seus negócios, seus escritórios e negócios são muitas vezes vistos, podendo-se comparar com, agricultura de subsistência.

Ora se o que você planta mal sustenta a tua família qual seria o procedimento a seguir? Arriscar e plantar tudo novo, correndo o risco de no final não ter o bastante para matar a fome de sua família, ou mantenha tudo como está, ao menos a família não passa fome…

Fica até mais fácil entender por que muitas vezes o cliente esta mais preocupado com custo do que com qualidade, não é verdade?

Mas a mente do empreendedor é diferente, ele não pensa em termos de custos…pensa em termos de investimento. Qual a diferença entre custo e investimento? Bem, a diferença é que custo é um dinheiro pago que não volta. Você comprou uma camiseta ou um tênis? Isso é custo! Este dinheiro foi gasto e este tênis ou camiseta não lhe trará mais dinheiro, tênis ou camisetas em troca.
Mas com o investimento tudo é diferente, você investe você recebe de volta, desde que bem investido é claro! Se você investe seu dinheiro em um fundo de ações (considerando que você saiba o que está fazendo) este dinheiro investido se multiplicará.

Mas eu vou direto ao ponto antes que vocês comecem a pedir pela minha cabeça.
O fato é que, nosso trabalho é visto pelo cliente como custo, mas a verdade é que precisamos convence-lo que é um investimento. E como faremos isso?

Essa é a parte em que precisamos usar de tato, aqui entra a diferenciação pelos anos de estudo. Sim o cliente pode optar por fazer um Logotipo com um micreiro por meros 50 reais. Cabe a nós lembrar ao cliente que esta Logo não terá embasamento, pesquisa, bem não é mentira dizer que será feita “nas coxas”. Estes 50 reais gastos se transformarão em uma Logo que não atenderá as necessidades do cliente fazendo com que seu negócio não chegará a ser tudo que poderia ter sido. Isso, senhoras e senhores foi CUSTO!

Ok, conosco o buraco é mais embaixo, o Logotipo sairia bem mais “caro” em torno de 1.000 reais (para mais) mas vejam a diferença. Este Logotipo que será feito por um Designer profissional e muito competente (eu até diria bonito mas a modéstia me impede) terá um estudo de formas e cores (Gestalt alguém lembra?), terá um embasamento forte, será pesquisada para se evitar semelhanças desnecessárias e inconvenientes. Este Logotipo se destacará, servirá aos seus propósitos e o negócio do nosso cliente prosperará. E em breve estes 1000 reais serão troco considerando o que ele está ganhando.

Agora aplique a este conceito a tudo, cartões, websites, animações, mascotes, decoração, produtos…
Sabe o que acabamos de fazer? Usamos argumentos irrefutáveis para trazer o cliente para o nosso lado. Não parece ser bem mais fácil do que ficarmos brigando com profissionais pouco qualificados?