Alguns mais tarde dirão que o titulo em nada lembra o texto, até poderei concordar mas para isso deverei antes de mais nada terminar esse texto para ver se tem ou não a ver com a proposta que seguirei.
A algum tempo li aqui mesmo, até por que não sou um internauta muito ativo…tenho preguiça de surfar. Eu sou um internauta acomodado, faço uma ronda nos 10..12 sites que sempre frequento e eventualmente aceito uma dica ou outra (se alguém tiver um boa pode deixar no comentário) mas voltando a vaca fria…
A Algum tempo eu li por aqui mesmo que a profissão de Astrologia ia ser regulamentada, a mesma informação foi desmentida por aqui mesmo e identificada como mais uma brincadeira de Mr. Mason do Kibeloco.
Mas eu lembro de ter pensado, “fazem eles muito bem!”
Eu não leio, até por que não creio, em horóscopos e acho uma perda incrível de tempo dizer como fulano, beltrano ou sicrano devem agir baseado na posição de marte na casa da lua vizinha de não sei quem…
Mas o fato é que a (falsa) noticia não me surpreendeu, nem me indignou, sabem por que?
Por que é perfeitamente plausível ao vermos os “astrólogos” como um grupo reivindicando uma regulamentação. Coisa que não ocorre conosco.
Ora, basta ver um exemplo simples e basal:
Quantas revistas de horóscopos saem por mês na banca? Sempre tem aquela(e) astróloga(o) de renome dando dicas, nos jornais, o asrologo sempre anuncia um mini currículo junto com suas previsões (idem em revistas e sites).
Agora quando vamos falar de design? A quem recorrem?
Arquitetos…
Engenheiros…
Publicitários…
Modelos…
Cantores…
As vezes e se der espaço na matéria chamam um designer…
Ahhhh Ed você está exagerando? Ah tô é? Então dêem uma olhada nisso daqui meus lindos:
http://agencia.tse.gov.br/sadAdmAgencia/index.jsp?pageDown=noticiaSearch.do?acao%3Dget%26id%3D972262
Isto é a prova cabal que vivemos em um pais muito estranho, meus amigos. É preciso ter segundo grau completo para ser gari, mas para ser presidente da republica não! E para ser designer precisa de algo? P0rr@ nenhuma! Basta um PC na escrivaninha, programas piratas e uma (parca) idéia de como usa-los. Voilá, mas um de nós! Pelo menos é o que acredita o Tribunal Superior Eleitoral.
E nós como grupo o que faremos?
Bom, já sabendo que de nada ia adiantar mas pelo menos eu iria dormir melhor, fiz o que todo brasileiro revoltado faz. Reclamei!
Primeiro com os meus botões, depois com meus amigos e depois dos dois grupos anteriores me mandarem pastar, aê sim eu reclamei direito, mandei um e-mail para o TSE, que eu transcrevo para quem quiser fazer o mesmo:
“A quem interessar possa.
Sou designer, brasileiro mas confesso de já desisti.
Desisto de tentar entender a mentalidade deste governo que nos “representa”.
Cansei de perder horas do meu dia imaginando por que se precisa ter o segundo grau completo para entrar na COMLURB, mas o mesmo não é cobrado de que deseja ser Presidente da Republica. Não desmerecendo nossos garis…pelo contrário…que a vergonha recaia sobre o presidente.
Quando se abre licitações para construções de barragens, pontes e estradas sempre aparece bem claro as exigências para tanto. Uma delas é que a obra seja feita por empreiteiras ou construtoras CAPACITADAS. E por capacitadas eu espero (por Deus eu realmente espero) que estejamos falando de engenheiros e profissionais de construção civil.
Quando se abre licitações para projetos urbanísticos, mais uma vez deparamos com mais exigências, desta vez os preteridos são arquitetos, e outras classes profissionais capazes de realizar a tarefa a altura. Nada mais justo!
Então digníssimos, me respondam porque, no momento de escolher um logotipo que irá representar o TSE nacionalmente as mesmas exigências não são feitas.
Na hora de se “projetar” a logo, a licitação é aberta a todos?
Será que o Design, conhecido (espero eu uma vez mais) por aqui de Desenho Industrial, ficou tão banalizado a ponto de poder ser exercido sem nenhuma pratica, conhecimento ou experiência seja em Desenho, metodologia ou mesmo domínio de material mínimo necessário para se desenvolver tal projeto?
Estou plenamente capacitado para participar de tal licitação, na verdade 15 mil reais é o preço justo para se pagar por tal projeto (não o considerem premiação…). Mas não o farei!
Boicotarei seu edital e licitação por um valor moral mais elevado que os R$15.000,00 da “premiação”, uma firme convicção de que nós, designers, precisamos ter nossas atividades respeitadas.
Sei que minha atitude é pequena perto da enormidade de “material” que vocês receberão. Mas como eu disse antes, o faço por mera convicção ideológica.
Como na frase: “Para que o mal prevaleça, basta que os bons se omitam.”
Não pretendo com isso conquistar nossa regulamentação, mas espero de coração que tenha sido dado aqui, passo na direção correta.
Cordialmente,
Eduardo Sturges
Designer por opção
Brasileiro, por total falta de.”