Category Archives: Visual

Design Visual é uma derivação do design gráfico aplicado a Usabilidade, UX e UI. São poucas as graduações que utilizam o termo de Visual Design, mas existem. Nessa seção você encontrará referências e tendências de Sites, Aplicativos, UX e UI.

O design gráfico e o preconceito: quando as palavras alimentam a discriminação

O objetivo desse texto é demonstrar que, embora condenem publicamente o preconceito, muitos designers gráficos agem de forma preconceituosa, quando tentam definir verdades absolutas sobre o jeito “certo” de falar algumas palavras usadas na sua profissão. Acerca disso, Marcos Bagno, autor do livro Preconceito Linguístico (2007), afirma:

“Parece haver cada vez mais, nos dias de hoje, uma forte tendência a lutar contra as mais variadas formas de preconceito, a mostrar que eles não têm nenhum fundamento racional, nenhuma justificativa, e que são apenas o resultado da ignorância, da intolerância ou da manipulação ideológica. Infelizmente, porém, essa tendência não tem atingido um tipo de preconceito muito comum na sociedade brasileira: o preconceito lingüístico. Muito pelo contrário, o que vemos é esse preconceito ser alimentado diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornal e revista, em livros e manuais que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”…” (o grifo é meu)

No nosso caso, o preconceito linguístico se manifesta entre designers gráficos que afirmam que usar a palavra “logo-marca” é errado, mas que o certo é usar “logo-tipo”, que “tipo-logia” está incorreto, e que o certo é “tipo-grafia”, ou que ao invés de usar “metodo-logia”, deve-se utilizar apenas “método”, e assim por diante, numa batalha sufixal que tenta definir como devem terminar as palavras.

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Infografias do ano

Inception Architecture by Rick Slusher

Saiu aqui os 13 melhores infográficos do ano, lembrando meu fascínio por essa atividade de organização da informação. Como profissional de usabilidade, torço para que um dia todos os entregáveis me cheguem e sejam entregues majoritariamente no formato de infografia – são mais fáceis de ler, entender, digerir, compreender. São a usabilidade per se de um documento para o cliente.

Quem tem apostado bastante nas infografias são os jornais, quando têm que explicar algum assunto, processo, idéia, descoberta para o público em geral. Eis aqui dois talentosos designers da informação, do Estadão e da Folha, respectivamente, e links para seus trabalhos expostos no Flickr: Flávia Marinho e Rodrigo Damati. Além da contribuição para a estética e diagramação do jornal, infografias não se tratam de explicações “for dummies”, e sim de reduzir (para esquemas muito mais viáveis e compreensíveis) explicações que levariam várias colunas de maçante leitura.

Vamos falar de tendências…

Final de ano é aquela história. O que esperar do ano que vai chegar? Com a observação de comportamentos coletivos de grupos sociais foram definidas as próximas tendências.

O TrendHunter.com listou as Top 20 tendências para 2011 na moda, design, cultura, tecnologia e propaganda. Logo abaixo do vídeo, comento rapidamente cada uma delas.

20 projected publicity – Com grande poder para atrair a atenção, tem a seu favor o baixo custo, mas pode ser invasiva se mal utilizada

19 interactive retail – Varejo interativo. É a experiência real do consumido! Bons produtos, que entregam exatamente o que prometem suas marcas e propagandas, ganharão cada vez mais força! Aproveite para fidelizar!

18 chariable deviance
– instituições de caridade disputando a atenção do consumidor através de uma variedade de métodos que chamam a atenção muitas vezes apelativos.

17 wearable tech
– Roupas, jóias e acessórios tecnológicos. Cada vez mais gadgets e portabilidade.É a “moda nerd” com produtos cada vez mais chiques e elegantes.

16 brand reversion – Marcas que pararam no tempo, podem se dar bem com isso. Mas cuidado, nem toda marca é nostálgica, e nem toda nostalgia é positiva. É pra quem pode, não é pra quem quer. Concordam?

15 on the spot style
– O estilo das ruas. Reafirme sua personalidade. Blogs de moda ganham cada vez mais visibilidade.

14 real timing – Os consumidores anseiam por imediatismo. Empresas promovendo cada vez mais gratificações instantânea em diversas mídias sociais. (Empresas, aproveitem para fazer uma gestão de relacionamento eficiente! A opinião do consumidor nunca foi tão mensurável)

13 modern cubism
– Simplicidade. Minimalismo, linhas limpas, clareza visual e estética organizada  na arquitetura e no design, resgatando a forma cúbica, potencializando funcionalidades e otimização espacial. Tomara que não seja uma monotonia só.

12 next besting (update)
– A regra é clara. Comprar! Comprar! Comprar! Comprar! Comprar!

11 tangible printing – Com os custos mais baixos, a personalização esta cada vez mais em alta.

10 Hyperrealism – É a revolta contra o uso indiscrimado de Photoshop para deixar tudo perfeito e artificial. Uma imperfeiçãozinha aqui e ali, são aceitáveis em prol de transparecer a realidade. (Será a decadência das siliconadas?)

9 toddler touchscreens – Produtos com telas touchscreen para maior interação e imersão das novas gerações. (Interessante, mas coisas táteis, reais não fazem mal a ninguém, principalmente nos primeiros anos de vida e desenvolvimento)

8 democratic selling
– Os consumidores nunca tiveram tanto poder para influenciar design e preços. (previsão de muitos Frankensteins sendo criados por empresas que no afã de se posicionarem contemporâneas não souberão interpretas as informações vindas do consumidor)

7 rockstar self-expressionism – Produtos rebeldes. Contradiz aqueles que dizem que o Rock morreu. Essa tendência é a prova de que ele ainda está vivo, e sua cultura ainda tem influência significativa.(Mas nem toda marca precisa ter seu discurso encaixado aqui, concordam?)

6 modern kidvertising – Crianças em campanhas publicitárias apelando aos interesses dos adultos. Não vejo com bons olhos essa tendência.

5 luxury lives on – Vida com cada vez mais luxo, para quem pode pagar.

4 geriatric couture
– Bordados, crochês, tecidos vintage. É a ascensão da moda dos tempos de nossos avós. Viva o steampunk!

3 perpetual adaptation – COnsumidores envolvidos, promovendo mudanças estéticas sem afetar a funcionalidades dos produtos

2 tweetonomics – E o uso do twitter para promover industrias, empresas e carreiras. Empreenda!Em tempos de alta exposição, aproveite para construir e reforçar boa reputação

1 descrete consumerism – Os consumidores estão se afastando das grandes marcas. Portanto marcas discretas, desconhecidas e locais ganham força. Com uma fatia de consumidores pequena, a comunidade ajuda a construir grande parte da alta reputação que essas mini-corporações detém.

Você concorda com essas tendências?
Será que eles acertaram em 2010? Veja abaixo o que diserram sobre o ano que está acabando.

TRON E O DESIGN FLUOR


Para aqueles que viram o primeiro filme TRON de 1982, a volta deste título às telonas pode parecer (ou não) um sonho nerd… “até que enfim refizeram um filme futurista numa era que agora sim, dá pra fazer efeitos futuristas”!

O original dos anos 80 é um deleite àqueles que adoram estética futurista (de verdade e não a pseudo-futurista de Hans Donner) e que acompanhavam, mesmo que a passos muito lentos ainda, a produção de efeitos em 3D naquela remota época.

Cena do filme TRON de 1982 com design “tecnológico” e cores vivas para simular um ambiente virtual

O contraste entre cores quentes e frias contribuiu para que estas parececem mais luminosas do que realmente eram.
Com este truque nos estúdios, a equipe do filme conseguiu um efeito de luminescência ainda maior do que
o que seria possível apenas com tintas e aumento de contraste na ilha (de edição)

O grande resultado futurista, limpo e ao mesmo tempo instigante foi conseguido por um gênio do desenho e do design “clean” – Jean Moebius Giraud, ou para aqueles que conhecem quadrinhos: Moebius. Além de TRON, Moebius também contribuiu para filmes como Alien, O Quinto Elemento e O Segredo do Abismo.

Acompanhado com o 3D – que para a época era um show à parte, mesmo que hoje pareça algo primitivo e abaixo de qualquer game de R$ 200 – vinha também uma estética que hoje volta com força total tanto no design gráfico como também em roupas e até mesmo em alguns automóveis de marcas mais ousadas: a estética Fluor.

Na verdade, não gosto muito de utilizar a palavra FLUOR, já que esta vem sendo utilizada ultimamente para definir o uso de cores fluorescentes principalmente na moda. Digamos que para o design no geral, o que se encaixaria melhor seria o uso da palavra NEON.

Visual com cores “neon” ou “fluor” para enfatizar controles totalmente eletrônicos e oferecer um toque de “tecnologia avançada” às armas usadas no filme TRON de 1982

Se bem que NEON DESIGN pode ser associado à criação de letreiros em neon… como a criação de bolos pode ser chamada de CAKE DESIGN (leia meu outro post polêmico sobre o assunto).

Sei que seu uso no design gráfico (mídias impressas) pode tornar-se um tanto limitado, já que demanda o uso de tintas especiais que provoquem este tipo de efeito “luminoso” em letras ou detalhes, mas além das tintas, há toda um padrão estético envolvido.

Um dos últimos estilos de design gráfico que surgiu há cerca de 4 anos é o “organic design“, onde linhas sinuosas, curvas e até mesmo motivos florais passaram a ser usados como detalhe ou até mesmo como mot de muitos trabalhos não só de mídias mais rápidas, como panfletos, mas também em peças publicitárias de grandes marcas, principalmente da área de cosméticos e que têm relação com público consumidor feminino (o organic design também aplica-se à arquitetura). Poderíamos então, aplicar cores especiais na gráfica em um destes padrões orgânicos e dizer que é design NEON? Talvez não seja tão simples assim.

Além das cores fortes e “acesas” (indispensáveis) também há o uso de linhas que lembrem design futurista e nada orgânico, com linhas retas e ângulos agudos ou até mesmo linhas paralelas que lembram circuitos de computador. Este sim dá o toque ao design Neon.

Acima, visual dos atores do TRON de 1982. Logo abaixo, o visual hiper-futurista e sombrio da versão 2010

Este tipo de design pode ser de aplicação muito mais restrita, indicando para áreas onde a tecnologia esteja no scopo ou até mesmo eventos deste nicho de mercado.

De qualquer forma, fiquei imensamente feliz em ver a estética aplicada ao novo filme TRON – O Legado, onde os produtores acertaram em cheio na remodelagem das roupas, baseando-se no conceito do filme original onde as roupas pareciam estar “ligadas” ou “acesas”. O contraste dos trajes negros com toda  a ambientação noturna do cenário do filme também já traz ao visual uma acentuação do design neon, não só nas roupas, como na arquitetura, veículos e tudo o mais que compõe este cenário digital.

O visual frio e sombrio do TRON – O Legado mantém as linhas paralelas e com pouquíssima “organicidade” como no original de 1982, porém com um visual atualizado e mais crível

Vários conceitos da arquitetura e design das máquinas e armas foram mantidos na nova versão de TRON, como linhas que contornam as formas e espaços entre determinadas partes das naves

O visual rígido e ao mesmo tempo fluente das linhas paralelas e luminosas é inspirador para os apreciadores do design mais hightech

Para quem é webdesigner ou faça design gráfico para mídias digitais a notícia é que o bom e velho RGB ainda permite o uso das cores intensas e com a ilusão de parecerem estar “ligadas”. Já quando migramos pro CMYK, aí o papo é outro e como eu disse acima, devemos lançar mão do uso das cores especiais. Em dúvida? Consulte sua gráfica de confiança!

Resumindo: TRON é um filme que traz de volta a antítese do design orgânico e não deve ser assistido apenas por cinéfilos, nerds de plantão ou fãs da franquia: mas por todos interessados em design como um todo e que desejam estar sempre ligados no que acontece de mais novo nas tendências visuais deste mundo tão veloz e globalizado.

Ou assista simplesmente pra curtir o visual! Não há pecado nenhum em simplesmente se divertir (mas quem é do mercado, não consegue assistir nada sem ver o lado técnico, não é?)…

Lançamento de edital para Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro

Com o objetivo de sensibilizar o setor produtivo para a aproximação entre indústrias e profissionais da área de design e arquitetura, foi realizado, na tarde da última sexta-feira, 10 de dezembro, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a segunda edição do evento Rio Design Indústria. Na ocasião, foi celebrada também a assinatura de Termo de Cooperação entre a FAPERJ, Firjan e o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), visando ao lançamento de edital para Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, uma parceria inédita.

A plateia, que lotou o auditório, era composta de autoridades estaduais e municipais, empresários e designers fluminenses, grupo que compunha a maioria maciça dos presentes ao evento e se mostrava ávido em entender de que forma poderia contribuir para agregar valor e criatividade a produtos já desenvolvidos ou que serão desenvolvidos pelas empresas. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa, enfatizou a importância do evento para a indústria do estado. “É muito bom para nós, do sistema Firjan, estarmos colaborando e levando o conhecimento, talento e charme da criatividade do Rio de Janeiro para o mundo.”

Também presente à cerimônia, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, destacou a iniciativa como resultado de um longo esforço para a criação de uma parceria entre diferentes órgãos de fomento e a economia estadual. Ele aproveitou a ocasião para fazer um pequeno balanço dos quatro anos de sua gestão à frente da Fundação. “Com este edital, chegamos, só em 2010, à marca de 26 editais lançados ao longo do ano. Nesse quatriênio que se encerra, foram aproximadamente R$ 1,1 bilhão que a FAPERJ investiu na ciência em todo o estado”, falou. O diretor-superintendente do Sebrae-RJ, Sérgio Malta, endossou a importância da ocasião: “Este evento e o lançamento do edital representam um dia histórico para o design fluminense”, falou.

O diretor de tecnologia da Fundação, Rex Nazaré Alves, chamou a atenção para o número de municípios atendidos por programas de incentivo à inovação da Fundação. “Atualmente, mais de 70 municípios fluminenses são contemplados por programas dessa modalidade”, afirmou. Ao constatar que a plateia era composta majoritariamente por designers, ele aproveitou sua fala para lhes dar uma dica. “Recomendo que entrem na lista de editais, no site da FAPERJ, e verifiquem as empresas e os projetos contemplados pela área de tecnologia da Fundação. Desta forma, ficarão conhecendo as empresas normalmente contempladas e o tipo de projeto que desenvolvem, para que possam, com criatividade, pensar formas de agregar valor a esses projetos”, acrescentou. Ele ainda destacou a importância da parceria firmada. “No momento em que mais de 700 projetos encontram-se em execução, chegou a oportunidade para a iniciativa conjunta de um edital do Sebrae, da Firjan e da FAPERJ”, destacou. “Alinhando-se à tendência moderna, estamos lançando um edital que permite às micro e pequenas empresas procurar profissionais da área de design para gestar a apresentação dos produtos da maneira mais atraente possível para o consumidor”, complementou.

A diretora de Inovação e Meio Ambiente da Firjan, Marilene Carvalho, falou sobre o pioneirismo e a possibilidade da iniciativa contribuir para a economia fluminense. “Este edital é pioneiro e representa uma grande oportunidade para as empresas incorporarem o design como elemento estratégico de competitividade, agregando valor a produtos industriais. A parceria entre  a Firjan, o Sebrae e a FAPERJ surgiu a partir da constatação de que não existia um programa específico para apoiar a projetos inovadores com foco em design de produtos e que este era um gargalo importante para as empresas do Rio de Janeiro”, destacou Marilene.”Estamos vivendo um momento oportuno de grandes investimentos públicos e privados, de novos negócios e parcerias, e às vésperas de dois megaeventos – a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 – que nos colocarão em evidência no cenário mundial. Como os bons ventos do Rio de Janeiro sopram em direção ao desenvolvimento de projetos inovadores, também é hora de estimularmos a indústria criativa, ainda mais aqui, na capital cultural do País. Ao beneficiar segmentos industriais geradores de riqueza no estado, incluindo o metal-mecânico, moveleiro/mobiliário, náutico, acessórios de moda, plásticos, eletroeletrônicos e embalagens, estaremos contribuindo para fortalecer cada vez mais a vocação do Rio de Janeiro para o design”, salientou.

Já o especialista em projetos tecnológicos da Firjan, Fabiano Galindo, salientou a importância de estimular a cultura do design como instrumento de inovação nas indústrias fluminenses. “Espero que os produtos criados com o apoio deste edital possam ser logo colocados no mercado, gerando renda e impostos para incentivar a economia fluminense.” Ele também adiantou a realização de um workshop, em fins de janeiro de 2011, para que os interessados tivessem mais informações para participar do edital.

Para Ricardo Vargas, gerente da unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia, do Sebrae, o edital representa uma iniciativa inédita por disponibilizar recursos para que especialmente as pequenas empresas desenvolvam projetos inovadores. “Essa conjugação de esforços significa criar oportunidades num momento em que as pequenas empresas estão buscando processos de inovação. Nossa expectativa é que tenhamos uma grande demanda e mobilização por parte dessas pequenas empresas”, falou.

Iniciativa voltada a estimular projetos inovadores em design, o edital visa promover a aproximação entre empresas e profissionais de design para desenvolver projetos de inovação e renovação criativa de produtos; estimular o processo de inovação nas empresas e a cultura do design como instrumento de inovação; o desenvolvimento de produtos inovadores, que leve à melhoria de competitividade. As propostas devem necessariamente contemplar áreas prioritárias, como Metal-Mecânico (fabricação de artigos de cutelaria; artigos de serralheria; ferramentas; artigos de metal para uso doméstico e pessoal; máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas e pessoas; aparelhos e equipamentos de ar condicionado; automóveis, caminhonetes e utilitários; caminhões e ônibus; cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores; locomotivas, vagões e outros materiais rodantes; aeronaves; motocicletas; bicicletas e triciclos não-motorizados; equipamentos de transporte não especificados anteriormente); Moveleira/Mobiliário (móveis e mobiliário de madeira, vidro, metal, plástico, cerâmica, mármores e granitos e outros materiais); Náutico (embarcação para esporte e lazer, pesca e outros); Acessórios de Moda (bolsas, calçados, bijuterias, cintos, jóias e outros); Plásticos (ferramentas, móveis e artefatos para esporte e lazer, equipamentos de proteção pessoal e utensílios domésticos); Eletroeletrônicos (aparelhos de recepção, reprodução, gravação e ampliação de áudio e vídeo; fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico e material elétrico); Embalagens (embalagens de madeira, papel, papel-cartão, plástico, metálicas e materiais reciclados e biodegradáveis).

Com recursos de R$ 2,7 milhões – R$ 1 milhão da Firjan, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/RJ); R$ 1 milhão do Sebrae-RJ e os restantes R$ 700 mil da FAPERJ –, a serem pagos em uma parcela, o edital poderá financiar despesas de capital, como material permanente; e equipamentos; assim como despesas de custeio, como serviços de terceiros (pessoa física e jurídica, até o limite de 50% dos recursos solicitados); material de consumo (incluindo softwares) necessário ao desenvolvimento do projeto; pequenas reformas e adaptações de infraestrutura e instalações, que impliquem aumento de patrimônio (até o limite de 10% dos recursos solicitados); e diárias e passagens no território nacional (até o limite de 5% dos recursos solicitados). No país, o valor dessas diárias será de R$ 187,83.

Cada um dos projetos submetidos só poderá solicitar valores de até R$ 120 mil. O prazo para inscrição de propostas se estende até o dia 18 de fevereiro de 2011 e a entrega da cópia impressa do projeto simplificado com os documentos relacionados no Anexo I deverá ser feita até o dia 25 daquele mesmo mês. A divulgação dos resultados das empresas pré-qualificadas será feita até 24 de março, ao que se seguirá a submissão on-line do projeto detalhado até 15 de abril, e a entrega da documentação impressa do projeto detalhado até 26 de abril. A divulgação do resultado das empresas selecionadas está previsto para acontecer até 19 de maio, e a entrega dos documento relacionados no Anexo II, até 10 de junho. A divulgação dos resultados finais deverá acontecer até 16 até junho.

Cronograma

Submissão do Projeto Simplificado on-line (Etapa 1): de 16/12/2010 até 18/02/2011

Entrega de cópia impressa do Projeto Simplificado com documentos relacionados no Anexo I: até 25/02/2011

Divulgação dos resultados das empresas pré-qualificadas: a partir de 24/03/2011

Submissão do Projeto Detalhado on-line (Etapa 2): até 15/04/2011

Entrega de cópia impressa do Projeto Detalhado: até 26/04/2011

Divulgação dos resultados das empresas selecionadas: até 19/05/2011

Entrega dos documentos relacionados no Anexo II: até 10/06/2011

Divulgação dos resultados finais: a partir de 16/06/2011

Confira a íntegra do edital: Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado

Games – Design Gráfico impressionante em Red Dead Redemption

Todos nós sabemos que o mercado de jogos é um mundo sem fronteiras para o design. Sou meio suspeito para falar sobre o assunto pois sou fanático por jogos de qualidade (em todos os sentidos). Não só para um designer mas para muitos gamers exigentes, um jogo não basta ter um ótimo roteiro com bastante ação se não houver qualidade visual.

Red Dead Redemption é um jogo que supera praticamente todas as expectativas de um jogador exigente. Eu poderia ficar aqui enchendo de linhas sobre o jogo para falar de todas as suas qualidades porém não é esse o foco deste post. Além da  identidade visual empolgante de divulgação do jogo e a trilha sonora contagiante, o game em si não fica pra trás nenhum pouco. Muito pelo contrário.

Ao desenrolar da história, o personagem John Marston viaja por diversos lugares com seu cavalo onde é possível observar nos vilarejos por onde passa a identidade visual rica do oeste no século 19.

Entre diversas coisas vemos muitas fachadas de madeira com escritas caligráficas impressionantes, rótulos de garrafa, cartazes de bandidos, carruagens com letreiros e principalmente os posters.

Red Dead Redemption é sem dúvida nenhuma a cartada de mestre da Rockstar  Games e que chegou para ficar por um bom tempo no ranking dos melhores jogos da atualidade sem precisar consultar estatísticas pois é um puta jogo. Só jogando pra entender.

Recomendo!

Via Sobredesign

The Noun Project / Download free de GLIFOS

Alfabetização visual é uma necessidade essencial da vida moderna. Mas alguns dos símbolos mais reconhecidos da linguagem visual são envolvidos em uma quantidade surpreendente de obscuridade histórica e contextual. Este é o local onde o Projeto NOUN vem – num esforço maravilhoso para recolher, catalogar e contextualizar a linguagem visual do mundo.

O site oferece uma gama crescente de símbolos diversos disponível gratuitamente sob uma licença CreativeCommons. Embora muitos dos símbolos populares – a partir de lixo no estacionamento com as setas direcionais familiar – foram desenhados pelo American Institute of Graphic Arts, em 1974, com a intenção explícita de ser do domínio público, encontrando livre, as versões de alta qualidade dos on-line ainda é uma dor. Cada símbolo do Projeto NOUN , pelo contrário, pode ser baixada como um arquivo de formato SVG (Scalable Vector Graphics), o formato mais flexível de padrões abertos disponíveis.

THE NOUN PROJECT: http://www.thenounproject.com/

ADG, novamente em fria…

Recentemente a Associação dos Designers Gráficos (ADG) aliou seu nome ao desastrado concurso para a marca da Copa 2014, cujo resultado, amplamente questionado, é de conhecimento geral.  Marcello Montore criou um texto muito interessante que merece ser citado abaixo.

Até hoje, no entanto, não se sabe quais foram as bases sobre as quais se apoiou essa parceria da ADG com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Depois dos protestos generalizados contra a escolha da marca, a Associação não se manifestou sobre o processo, nem mesmo em comunicação reservada a seus associados. Tampouco os designers envolvidos se manifestaram, provavelmente presos a um acordo de confidencialidade que, no entanto, desprezou critérios dignos de honrar a prática profissional.

Agora, em nova oportunidade, parece que o caso se repete na concorrência para a criação de marca turística para São Luís do Maranhão. Há matizes diferentes, mas a essência é a mesma.

O regulamento desta concorrência afirma em seu item 5.2: “Os critérios de avaliação serão estipulados dentro das normas internacionais estabelecidas pelo ICOGRADA (International Council of Graphic Design Associations)”, porém desrespeita essas normas em vários pontos, além de deixar várias questões em aberto:

1. O regulamento não estabelece um padrão para o envio dos portfolios da primeira fase e sequer pede confidencialidade. Como garantir a imparcialidade do julgamento se é possível saber de quem é o portfolio? Mesmo que os portfolios não apresentem o nome do designer ou do escritório, os projetos mais conhecidos denunciam o autor e isso compromete a imparcialidade de uma escolha.Cabe a pergunta: será que a escolha por portfolios é a mais adequada a um concurso?

2. Na primeira fase, o item 4.1.1 do regulamento afirma que os portfolios serão avaliados por “uma Comissão Técnica, formada por profissionais indicados pela ADG e que tenham reconhecida experiência na área de identidade visual, além de dois (2) representantes do Consórcio Máquina-Chias.” Ele não esclarece quantos profissionais e nem quem serão! Isso vai contra as normas do Icograda que é clara: “The names of the jurors must be published in the Call for Submissions” (Os nomes da comissão julgadora devem ser publicados na Chamada de Trabalhos”) – item 1.1 das normas. http://www.icograda.org/smallbox4/file.php?sb4b7c1b46825dc.

3. Na segunda fase, os trabalhos serão avaliados por um Júri Técnico. As perguntas que restam são as mesmas: Quem fará parte desse corpo de avaliação? Os designers selecionados não estarão se submetendo a um júri que não legitimam, como no caso do logo da Copa?

4. Esse “corpo técnico” do júri (item 5.1 do regulamento) terá 7 representantes, sendo apenas 2 designers indicados pela ADG, o que, mais uma vez, contraria as recomendações do Icograda que afirma no item 1.1: “The majority of the jurors must be professional designers who are members of a member association of Icograda” (A maioria dos julgadores devem ser designers profissionais que sejam associados a uma entidade membro do Icograda).

5. Uma vez selecionado, cada profissional deverá encaminhar “duas” marcas, isto é, cada profissional estará recebendo metade do valor do prêmio por “cada marca” – cada uma, um trabalho em si. Além disso, em vez de o designer/escritório concentrar toda a sua expertise na busca do que considere a melhor solução para o problema e busque trabalhar nos refinamentos necessários à apresentação – ele deve apresentar duas propostas?

6. O júri julga mas não decide! Esse júri, por fim, escolherá três marcas que irão para “pré-teste”? Com quem? Será qualitativo ou quantitativo? Qual a relevância do que será apurado? Será essa amostra significativa? Testa-se um logo, uma marca, como se testa um refrigerante? A questão do gosto, sobre a qual certamente recairá essa avaliação, é suficiente para avaliar o trabalho? Com outras tintas, esta é uma situação semelhante à avaliação final do logo da Copa realizada, entre outros pela cantora Ivete Sangalo, pela modelo Gisele Bündchen e pelo escritor Paulo Coelho.

7. O concurso não apresenta o nome de qualquer “consultor” ou “moderador” que, entre outras atribuições, é responsável por sanar dúvidas dos participantes. Esta também é a recomendação do Icograda no item 1.3: “An independent moderator (“Moderator”) must be appointed by the organiser to act amongst the organiser, the jury and the entrants. The name of the moderator must be announced at the same time as the announcement of the competition” (Um consultor deve ser indicado pela organização para atuar entre a organização, o júri e os participantes. O nome do consultor deve ser anunciado quando for anunciado o concurso). Em seguida, o Icograda lista as atribuições desse moderator/consultor, e entre elas se lê: “receiving written questions within the time limit stated in the rules” (receber questões por escrito dentro do prazo estipulado pelas normas).

8. A ADG não informa seus associados sobre as bases de sua participação e sequer apresenta os benefícios desta empreitada conjunta para a associação, extremamente fragilizada depois do episódio da Copa do Mundo. Será que, no caso de se repetirem os equívocos do concurso para o logo da Copa, a diretoria da Associação simplesmente se calará novamente?

Caberia à ADG fazer uma avaliação muito séria quanto à forma de condução desses processos, o descumprimento absoluto das recomendações do Icograda, seu envolvimento nesses concursos/concorrências/premiações e estabelecer com clareza a  garantia da seriedade, imparcialidade e até mesmo dos legítimos interesses da categoria como um todo.

Em tempo: fui convidado (com apenas dois dias de antecedência) para fazer parte da “Comissão Técnica” desse concurso, que se reuniria ao longo de todo um dia, sem qualquer documentação prévia. Naturalmente o convite (recusado) sequer mencionou pagamento, como recomendado, mais uma vez, pelas regras do Icograda no item 2.3: “We recommend that the organiser pay jurors’ travel, provide accommodation and per diems (Nós recomendamos que a organização pague viagem, forneça acomodação e pague diária para o trabalho dos julgadores).

via agitprop