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Como escolher a resolução para imagens, em grandes formatos

Quando alguém fala de arte-final para impressão, surge o número mágico na mente: 300 dpi. De onde ele saiu? Porque ele não representa a resolução adequada para todas as imagens, a serem impressas?

A resolução que se costuma usar em gráficas (300 dpi), para arquivos de arte-final, não é um número mágico. Ela está relacionada à linhatura de saída, que por sua vez está ligada ao tipo de retícula usada e o suporte de impressão.

Na tabela abaixo você pode entender isso melhor:

Definições para visualização a Meio Metro de Distância (0,5 m)

Suporte
Linhatura de saída
Tipo de Retícula
Resolução de saída (2 x lpi)
Resolução de saída (1,5 lpi)
Tecido
18 lpi
Periódica
36 dpi
27 dpi
Papel jornal
90 lpi
Periódica
180 dpi
135 dpi
Papel sulfite
133 lpi
Periódica 266 dpi
200 dpi
Papel couchê
150 lpi
Periódica 300 dpi
225 dpi
Banner impresso em jato de tinta

Não-periódica
72 dpi


Veja que essas medidas são usadas quando a distância de visualização é próxima, ou seja a meio metro aproximadamente. Isso serve para uma página de revista, um cartão de visitas, um anúncio de jornal.

No entanto, quando você for fazer um material que vai ser visto de longe, essa resolução (dpi) muda, pois os olhos processam a informação vista à distância de maneira diferente (quem quiser saber mais sobre o assunto, procure o assunto “Função de Sensibilidade ao Contraste – FSC” em algum livro sobre óptica humana).

Como regra prática, considere o seguinte:

Se um material que vai ser visto a 0,5 m de distância, for ser visto a uma distância 10 vezes maior (5 METROS), então a resolução pode ser 10 vezes MENOR.

Um exemplo:

Resolução a 0,5 m
Resolução a 5 m (visto 10 x mais longe)
Jornal 180 dpi
18 dpi
Sulfite 266 dpi
26 dpi
Couche 300 dpi
30 dpi
Banner jato de tinta 72 dpi
7,2 dpi


Portanto, se você for fazer um material que vai ser visto a 5 metros, e vai ser impresso usando uma retícula não-periódica (como a estocástica, da jato-de-tinta), você pode fazer sua arte-final com o tamanho 1:1 em 7,2 dpi.

Outra dica: para impressão em uma plotter jato-de-tinta de alta qualidade, você não precisa fazer sua arte-final em CMYK, pois a impressora não trabalha com 4 componentes de cor e sim com 6 ou até mais componentes. Portanto, se você envia sua imagem em CMYK, vc reduz o espectro da sua imagem, reduzindo a saturação e a faixa tonal. Deixe como RGB, e sua impressora irá usar os 6 componentes pra extrair o máximo de cores que ela conseguir.

Resumindo: a resolução depende de vários fatores, sendo que os principais são: linhatura de saída, tipo de material e distância de visualização. Desconhecer esses fatores faz com que sejam gerados arquivos gigantescos, quando na verdade era preciso um arquivo muito menor, ou se gerem arquivos com resolução muito baixa, sendo que uma resolução maior era necessária. Logo, pra sair do chutômetro, é importante entender a teoria sobre resolução e a forma como a visão funciona à distância.

abs,

Ricardo Martins

Publicado por Ricardo Martins

Ricardo Martins é professor de tipografia, metodologia visual, projeto de embalagens e design avançado de identidade visual da Universidade Federal do Paraná. Além de professor na UFPR, atua como designer gráfico freelancer desde 1993. É diretor institucional da ProDesignPR (www.prodesignpr.com.br), membro do Type Directors Club de Nova Iorque (EUA), da Sociedade Brasileira de Design da Informação (SBDI) e do Communication Research Institute, em Melbourne (Australia).

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