A polêmica que envolve as obras do Istituto Europeo di Design (IED) no Cassino da Urca está estampada em diversas casas do bairro: enquanto umas ostentam placas em protesto, outras expõem cartazes aprovando a escola de design no local – iniciativa que conta com o apoio da prefeitura. Além disso, dois inquéritos tramitam no Ministério Público, que investiga possíveis irregularidades, de acordo com matéria publicada na edição desta quarta-feira do jornal “O Globo”. Alheios às divergências, cerca de 30 operários trabalham em ritmo acelerado no prédio próximo à orla, com previsão de inauguração em quatro meses.
A principal preocupação dos moradores que criticam o IED é com o trânsito. Além disso, há denúncias de irregularidades na cessão do prédio, investigada pela 7 Promotoria de Tutela Coletiva e Defesa da Cidadania do MP, e de falta de licenças e de placa com informações da obra.
O IED na Urca não foi recebido apenas com críticas. Há os que defendem a revitalização do prédio histórico, que já serviu como balneário, cassino e estúdio da TV Tupi.
O diretor do IED no Rio, Mauro Ponzè, considera a polêmica saudável, porque permitirá modificar o projeto. Ele explica que as obras na primeira fase se restringem ao prédio voltado para a orla. O outro, com acesso pela Avenida São Sebastião, tem inauguração prevista para o fim de 2010 e está sofrendo alterações. O estacionamento que seria construído foi descartado para evitar congestionamento. A altura da construção será diminuída para atender a exigências do Iphan.