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ACREDITAR OU NÃO NO DESIGN?

Após ler os textos do Marcinho e do Cuducos, comecei (ou voltei) a me questionar se acredito ou não no design. Nunca pensei no design como o grande salvador da humanidade, mas penso sim que é possível mudar o mundo através dele. Porém, penso também que é possível mudar o mundo através de qualquer ferramenta, desde que se saiba utilizá-la de forma correta.

Discordo do Marcinho quando ele diz que o designer não tem comprometimento moral. Eu acho que todos os designers têm sim esse comprometimento mesmo porque antes de designers, eles são pessoas, portanto, comprometidos moralmente com a sociedade em que vivem. E um designer possui grande responsabilidade moral, pois, atualmente pelo menos, qualquer profissional que trabalha com mídia, moda e coisas afins, se torna automaticamente responsável pela formação da mentalidade da massa. A cultura do mundo atual é definida em grande parte por o que está “na moda”.

Acredito também que o design seja uma engrenagem no processo de projetar. É importante sim julgar as informações disponíveis para poder filtrá-las. Mas como julgar corretamente? Existe “julgar corretamente”? Cada pessoa julga de uma forma diferente, porque cada pessoa possui uma vivência diferente. Os designers possuem sim uma forma diferente de ver o mundo, mas todas as pessoas possuem formas diferentes de ver o mundo, exatamente por possuírem vivências diferenciadas. É importante saber colaborar em grupo, para poder aproveitar as diferentes formas de ver o mundo.

Assim como o Cuducos, também me desiludi quando pensei nas amarras do design que ele cita em seu texto. Cheguei a pensar que, como designer, não teria outro fim a não ser fazer sitezinho, folderzinho e cartazinho. Até este momento da minha vida acadêmica, ainda não descobri alguma forma de fazer alguma mudança realmente significativa no mundo através do design. Porém, como sou otimista e um pouco utópica, ainda acredito que há alguma solução.

Eu também acredito que contribuir para uma mudança social seja a melhor contribuição em direção a qualquer melhoria, mas eu acho (e é acho mesmo, pois é um pensamento muito “cru” ainda) que para isso, o design, pelo menos no Brasil, ainda tem que evoluir. Eu acredito no design e não acredito que o design seja puro marketing, que exista somente para agregar valor, mas o que me incomoda de verdade é que eu não acredito que o ensino de design no Brasil está no caminho certo.

Ju Tanaka – Curitiba, 26/10/07

 

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