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Há algum tempo, representantes do Google entraram em contato com diversos artistas conhecidos para doar obras que seriam para a nova versão do seu navegador (Chrome),e seu grande ponto era a “ideia” de que os artistas teriam a oportunidade de exibir suas peças para milhões de pessoas.

Porém, alguns dos convidados não se impressinaram com a proposta e a recusaram. Como Gary Taxali que já teve trabalhos publicados pela revistas como Time, Fortune e Newsweek. Como forma de indignação rolou um post no Drawger (portal americano de ilustradores) em 28 de abril, onde Taxali lamentou o pedido do Google e também o fato de que algumas revistas norte-americanas, em dificuldades financeiras, estejam reduzindo praticamente à metade a remuneração a seus ilustradores. Junto é claro com a imagem do post (acima).

O post atraiu mais de 200 respostas, grande parte de outros ilustradores que também rejeitaram o convite do Google, entre os quais Joe Ciardiello (New York Times Book Review), que até cedeu entrevista falando como uma empresa que lucra milhões e milhões de dólares, não é capaz de pagar pelo trabalho de artistas e illustradores?

A Google retornou a imprensa, informando que o projeto se inspirava em uma ideia semelhante usada no ano passado para o iGoogle, uma homepage personalizada. Empresas e artistas conhecidos (entre os quais Jeff Koons, Bob Dylan e Gucci) contribuíram com ilustrações que podiam ser usadas como skins para suas páginas pelos usuários.

“Embora tipicamente não ofereçamos pagamento em dinheiro por projetos como esses”, afirma o comunicado, “por meio das reações positivas que eles causaram até agora imaginamos que representem uma oportunidade única e muito favorável para que os artistas exibam seu trabalho a milhões de pessoas”.

“Eu já desenhei cartões de presentes para a cadeia de lojas Target, que são vendidos em todo o país, e animações para a Nickelodeon que ficam 24 horas no ar em canais de TV a cabo de todo o mundo”, escreveu a ilustradora Melissa Beck, de Brooklyn, em mensagem de e-mail na qual rejeitava a oferta do Google. “Os dois trabalhos conquistaram muito destaque e propiciaram excelente exposição aos meus produtos, e ainda assim os dois clientes me pagaram por eles”.

Beck estimou em entrevista que criar um trabalho original de acordo com as especificações do Google lhe custaria cerca de uma semana de trabalho. (Mas um porta-voz da empresa afirmou que não havia restrições a utilizar ilustrações já existentes que um artista deseje submeter.)

Embora algumas publicações online, como a Salon e a Slate, paguem pelas ilustrações que utilizam, muitas outras dependem de serviços que distribuem ilustrações genéricas gratuitamente ou a baixo preço, e por isso os ilustradores estão enfrentando dificuldades para ganhar a vida online.

O fato de que as publicações em mídia impressa estejam reduzindo seu número de páginas ou fechando as portas também preocupa os ilustradores.

“Há muita preocupação quanto aos jornais e toda a mídia impressa estarem na condição de espécie ameaçada”, disse Brian Stauffer, um ilustrador que trabalha em Miami e cujas peças já foram utilizadas por revistas como Rolling Stone, Esquire e Entertainment Weekly, mais um dos artistas que rejeitaram o convite do Google. “Quando uma empresa como o Google se manifesta de uma maneira assim tão pública diante do mercado, na expectativa de receber arte de graça, o precedente criado é muito perigoso”.

Ainda que seus convites tenham sido rejeitados por mais de uma dúzia de ilustradores, o Google informa em seu comunicado que muitos outros artistas aceitaram participar.

“Não nos sentimos confortáveis para divulgar o nome dos artistas que estão participando do projeto antes que ele seja lançado”, declarou a empresa, que tampouco revelou quando as ilustrações começariam a ser oferecidas com o Google Chrome. “No entanto, estamos trabalhando com dezenas de artistas que demonstraram entusiasmo com a possibilidade de participar desse projeto”.

Fonte: The New York Times / Terra

Publicado por Jonas Rafael Rossatto

Jonas Rafael Rossatto é designer digital e cobre tecnologia desde 2005.

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