Para o design ter sucesso ele deve primeiro atender as necessidades básicas das pessoas antes de tentar satisfazer necessidades de níveis mais altos. Os 5 elementos chave na hierarquia das necessidades no design são os seguintes (seguindo o padrão de Maslow)

FUNCIONALIDADE (fisiologia): significa atender os requisitos mais básicos do design. Exemplo: um aparelho de DVD deve, pelo menos, ser capaz de gravar e reproduzir vídeos.
Valor agregado pelo design é muito baixo.

Os 5 elementos chave na hierarquia das necessidades no design
ESTABILIDADE (Segurança): significa estabelecer uma performance estável e consistente. Exemplo: um aparelho de DVD deve reproduzir vídeos com qualidade e o mecanismo (software/hardware) não deve apresentar defeitos.
Valor agregado pelo design é baixo.

USABILIDADE (relacionamento): significa disponibilizar uma interface simples, fácil de ser usada e que perdoe erros do usuário. Exemplo: programar um aparelho de DVD para começar a gravar um filme a uma determinada hora deve ser fácil e o sistema deve ser tolerante em relação a erros cometidos pelo usuário.
Valor agregado pelo design é moderado.

PROFICIÊNCIA (estima): significa disponibilizar recursos para melhorar o modo como os usuários fazem as coisas. Exemplo: um aparelho de DVD que consiga pesquisar e gravar programas baseado em palavras chave escolhidas pelo usuário.
Valor agregado pelo design é alto.

CRIATIVIDADE (realização pessoal): é o nível na hierarquia onde todas as necessidades foram atendidas e onde as pessoas começam a interagir com o design de formas inovadoras. O design passa a ser usado para criar e explorar áreas que estendam a experiência do usuário.
Valor agregado pelo design é muito alto.

De acordo com a teoria de Maslow, as necessidades fisiológicas, as necessidades de segurança e algumas das necessidades sociais (funcionalidade, confiabilidade e usabilidade se aplicado ao design) são fatores de desmotivação. A Teoria de Maslow diz que a satisfação destas necessidades é básica; já a ausência da satisfação destas necessidades não motiva ninguém, pelo contrário, desmotiva.

Já as necessidades sociais, as necessidades de “status” e de estima e as necessidades de auto-realização são fortes fatores motivacionais, ou seja, na ausência dessas necessidades satisfeitas as pessoas batalham para tê-las satisfeitas, motiva as pessoas a alcançar a satisfação destas necessidades.

Quando se fala em design agregando valor a algum produto, serviço, interface, é preciso ter a clareza que ele terá o efeito desejado quando passar a atender os níveis mais altos da pirâmide (proficiência e criatividade). Mas até chegar a estes níveis, os primeiros devem necessariamente ser atendidos.

este material faz parte de minha palestra no WUD (World Usability Day, edição do Rio Grande do Sul)

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