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2º SEMINÁRIO OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA MOVELEIRA

Acontecerá no dia… Ôpa, enganei todo mundo. Fiquei sabendo em cima da hora e aconteceu ontem na FIEP em Curitiba, mas segue uma pequena pseudo-cobertura do q aconteceu por lá.

O evento tinha o objetivo de fomentar valores na indústria moveleira e é bem voltado pro alto da hierarquia (como costumam ser as coisas da FIEP).

Quem abriu o evento foi o Rafael Greca (que aparentemente é ou era ministro de alguma coisa, mas ser ministro ficou muito popular no governo Lula então não sei ao certo e nem vou ter a pachorra de ir dar uma olhadinha no google da outra aba). Ele abriu o evento na protocolagem básica mas é um cara descolado e foi logo atiçando o pessoal moveleiro para um trabalho em parceria com o Cohapar para criar um novo mercado de móveis populares onde a instituição serviria de atravessador e facilitador de comercialização entre a indústria e o público habitante das casas populares, diminuindo o preço para o consumidor final e mantendo uma distribuição bem pontual para o público-alvo.

Ano passado a masisa fez o concurso dela voltada a móveis populares, pelo q sei o Núcleo de Sustentabilidade da UFPR tb estava com um projeto para o nicho, trazia até a proposta interessante de casas populares com o mínimo de divisórias (paredes) com a idéia de desenvolver móveis, como guarda roupas por exemplo, que já servisem como divisórias entre os comodos. Bem inteligente se for ver, principalmente pq uma parece é imóvel e tem seus 20 centímetros, uma “parede” de mdf poderia ter seus 1,8 cm e dividir os comodos de uma casa que de construção seria um salãozinho (adoro aumentativos-diminutivos). Se é praticável? Não sei. Só sei que a galera JÁ FAZ ISSO. Coisa mais comum uma cortininha dividindo um quarto e afins. Etnografia galera.

Aconetceu então uma apresentação sobre linhas de financiamanto do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (tipo um BNDES mais de casa). O q achei mais interessante disso é q a galera de design se afastadessas coisas business, mesmo sendo nossa atuação totalmente ligada a indústria e ao consumo. Esses caras tem dinheiro pra emprestar que ajuda a financiar iniciativas no setor de serviço e inovação. OPA, quer dizer que o design pode entrar na fest? Aparentemente sim. lembram da notícia sobre o BNDES reconhecer design como capital intangível? então. O difícil vai ser ter certeza da procedencia do profissional né? aquele velho probleminha…

Alan Schlup Sant’anna, escritor e gerente da Conexão – consultoria empresarial, deu uma palestra com cara de ser do tipo q não gosto muito, motivaciona / auto-ajuda. “Liderança e Sucesso” começou me deixando com o pé atrás mas fui curtindo o jeitão Mr Beam do cara q ia falando rápido pra xuxu e q faz uma coisa q eu tb gosto de fazer. Piadas com a cara séria pra todo mundo ficar confuso. Foi bacaninha, falou um pouco das boas e velhas características de lider/empreendedor, quebra de paradigmas e coisa e tal, coisa q muita gente já está meio careca de saber (lá era meio literal, estamos falando de FIEP, senhores empresários, se é q me entendem. Nada contra ser careca, um dia tb serei com certeza, por isso aproveito o cabelão enquanto tenho a chance, hehe).

Marcelo Miranda, Diretor da House of Marketing, perguntou “Qual o Melhor Modelo de Negócios para a sua Empresa?”.Entre as boas e velhas piadas e exemplos de palestras deixou claro que cada caso é um caso, mas acho q a maior contribuição foi sobre “ter o ponto de vista DO cliente, e não NO cliente” sacar melhor o que seu cliente precisa, e não o que vc acha q ele precisa.

Uma que eu achei q fosse interessante e meio q me decepcionou foi a de Biomarcenaria com o palestrante Ari Bruno Lorandi Diretor de MKT da Central de Exelência Moveleira. Basicamente é um título pompóso pra uma coisa simples, uma marcenaria alinhada para a sustentabilidade. Um probleminha maneiro é q eles registraram essa palavra, e sei lá… acho q se vc quiser estampar na frente da sua marcenaria (ou padaria, vai saber…) tem que pagar uns royalties… pra quem não sabe o mesmo acontece com “ecodesign” registrado pela Gueto Design do RS (bad bad designer, no link for you). Sério, essas ações de registro doentias não me agradam.

Colocaram um cara acelerado pra depois do almoço, Renato Meirelles é sócio diretor da Avenida Brasil comunicação e marketing palestrou sob o título “para quem vender mais e melhor: segmentação do mercado moveleiro”. Sob o eufemismo de “base da pirâmide” (leia-se pobres, nos quais, aliás, eu me enquadro, hehe) ele falou sobre os números desse mercado que impressionam. Todo mundo está careca de saber que tem mais pobres que ricos, mas agora estão vendo este mercado como bem promissor (casas Bahia e Silvio Santos já sabem disso faz tempo…). Uma coisa q ele enfatisou é o grande aumento do uso de PCs nas classes mais baixas. Outro dia até falei sobre a Positivo aplicando Etnografia pra atender melhor essa classe, até então, meio desconhecida. Dá uma olhada no site da empresa e vc pode ter mais informações.

O que penso sobre isso: Designers são treinadinhos pra fazer coisinha bonita pra rico, fato. Os conceitos estéticos que a maioria das universidades prega (a marteladas mesmo) é eurocentrista e bauhasiano, que surpresa as empresas copiarem modelos de objetos europeus não é? Então pra atender esse público bem brasileiro que acha q nunca ouviu falar em wasily os designers vão ter q descer do salto prada (ou converse que seja) e ter um conversê com o pedreiro, a dona maria entre outros. Agora um perigo. Essa galera não consome como as classes A e B e o mundo já está nesse barranco insustentável, imagina agora que os marketeiros querem fazer todo seu zé ter uma televisão gigante em casa, agora pensa em toda a china consumindo como um americano coxinha. Pensou? Medo galera.

Salientando que eu não estou dizendo que pobre não merece as coisas boas, mas ficar instigando a sanha de consumo e o jogo do desejo (meio gramado do vizinho) em q sempre tem o celular com mais pixels q vc não precisa… mas quea propaganda faz parecer que vc será um ser humano melhor se tiver. Nesse jogo o consumidor sempre perde, verdade seja dita.

Opa, hora do design. Fernando Jaeger (Já é!, diria um carioca, mas se pronuncia Ieger) usou um título bem coringa “Design agregando valor”. Basicamente foi uma palestra portifólio porém com grandes sacadas e ideais bacanas no meio. O cara é bom, sejamos francos, e tem o perfil dos designers q ando vendo q se dão bem. Não é um cara que faz lá um deseinho bacana e pá, é antes de tudo um bom empresário e com boas estratégias, podem chorar, mas acho que muitas vezes as melhores sacadas do design estão fora da prancheta. Cheguem lá no site dele, garanto que o passeio vale a pena.

“Sustentabilidade na Indústria Moveleira” com Washington Novaes, comentarista do Reporter Eco e colunista do Estado de SP. Basicamente muitos números sobre como o mundo tá indo pro buraco e a culpa é sua parcero. Sua mesmo aí sentado lendo isso. Seja como consumidor e esbanjador de recursos, seja como designer e criador de mais lixo. O problema é q ficou muito nesse cenário que a gente já conhece, todo mundo já sabe q a merda tá feita e gente tá ferrado e que meu neto vai usar protetor solar fator 87.000, mas e aí? “E agora josé”? Achei q faltou dar aos empresários mais saidas e uns toques sobre como sair dessa, chegou a passar por alguma coisa, mas a geral já estava meio sonolenta depois de um catatau de gráficos.

Finalizando com os bons e velhos coffe break da FIEP, sargadinhos e outras goloseimas de primeira linha, nada de café preto e bolacha água-e-sal não galera. Destaque para as mini-pizzas e bolinhos de creme com cobertura de chocolate, iguarias inigualáveis.

PS:. Um “alô você” pra Gheysa e pra Sheila, mais duas Designers que estão se aventurando na abertura de uma nova empresa.

PS2:. Tinha uma jornalista da Revista Móveis de Valor por lá, então deve sair alguma coisa melhor q isso no site da revista, pq a guria parece ser muito mais copetente q eu, verdade seja dita.

Publicado por Fernando Galdino

Acredito que o Design pode ser muito mais do que escolher tamanho de fonte do corel e cor de acabamento. Acho q essa atividade é totalmente dispensável da vida humana, porém pode melhorar qualquer tipo de produto, serviço ou outra atividade quando aplicada ao processo (sério). Eu acredito no direito de falar o que eu penso, com as informações que eu tenho. Acredito no direito de estar errado e de assumir que não sei de muita coisa, mas tô disposto a compartilhar esse pouco com quem quiser visitar este periódico vez por outra. "No fundo no fundo... bem lá no fundo... se torna raso" Benedito Galdino

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