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Bem, antes de mais nada, o iPad é sim um iPhone gigante que não faz ligações, só que a pergunta é: O quanto isso define realmente o insucesso da nova plataforma da Apple?
Em 1913 Coco Chanel abria sua primeira loja em Paris. O que muita gente não sabe é que muito antes disso Chanel chocou os franceses durante muitos anos com seus hábitos estranhos, roupas escuras e cortes de cabelo curtos. Os chapéus que usava eram incompreensíveis e seu estilo completamente “não apropriado”. As pessoas da época simplesmente não conseguiam visualizar como aquele estilo controverso poderia um dia alcançar o patamar de alta costura. A verdade é que Chanel prototipou durante toda a sua carreira, experimentando em si mesma suas criações e aprendendo com os resultados, o que lhe permitiu propor mudanças radicais nos modelos apresentados na época e realmente inovar para sempre a moda feminina.
Bem, o resto é história: corte de cabelo Chanel, sapato Chanel, vestidos e chapéu Chanel…e principalmente, o estilo Chanel de ser que inspirou a mulher moderna. Enfim toda mulher deve muito essa visionária considerada esquisita demais e criticada durante a maior parte da sua vida.
Em Outubro de 2001 Steve Jobs anunciava para o mercado o iPod. Para quem não sabe o primeiro MP3 player foi lançado em 1997 por uma empresa Coreana chamada Saehan. Isso fez do iPOD apenas mais um MP3 player de “tamanho”(capacidade) gigante. O que aconteceu depois? Duas coisas: O fone branco e a iTunes store.
O primeiro elemento catapultou o iPod ao patamar de “cool” criando um diferencial que posicionou o aparelho de Jobs como objeto do desejo. Ouvir música é uma experiência pessoal, mas desfilar com um fone branco por ai é uma experiência social. E experiências sociais pegam.
O segundo elemento – iTunes store. Ao desenvolver uma orquestra de serviços bem estruturada em torno do iPod, a Apple posicionou o pequeno gadget para a venda em grande escala, criou um novo modelo rentável de negócio com musica e tornou o iPod líder absoluto na categoria com 240,000,000 de unidades vendidas até Janeiro de 2010.
Steve Jobs anteviu esses dois elementos explosivos desde o inicio? Provavelmente não. Mas ter visão não é sobre antecipar todos os passos dos próximos 10 anos (isso é ser vidente), ter visão é sobre continuar se perguntando incansavelmente como tornar aquilo parte relevante da vida das pessoas, o que somado ao aprendizado do lançamento e evolução de um novo produto gera uma quantidade de insights chave que podem ser usados por uma empresa com cultura de inovação para redefinir um setor ou categoria.
Quando criticar o iPad lembre-se : A inovação não está no produto, está na orquestra. Que orquestra? Só o tempo vai dizer, inclusive para Steve Jobs.
O iPad é o mais novo protótipo de Jobs, e a Apple aprende e se mexe rápido.

Publicado por Tennyson Pinheiro

Tennyson é Sócio-Diretor da live|work no Brasil. A live|work é pioneira em Design de Serviços com escritórios em Londres,Oslo e São Paulo atendendo a clientes como Sony,Fiat, BBC, Experian e outros. Design Thinker e especialista em Design de Serviços.Possui formação no Brasil e USA em Marketing, Tecnologia,Gerenciamento de Projetos, Experience Design e especialização em Branding. Tennyson estudou também no M.I.T – Boston US – e foi o primeiro profissional do Brasil a ser certificado pelo Design Management Institute em Design de Serviços no Design Council de Londres.Ao longo de seus 14 anos de carreira gerenciou projetos multimilionários para grandes empresas com atuações no Brasil, USA e África. Dentre essas empresas estão a Bayer,Petrobrás, Microsoft, C&A, Gol, Boticário, Bank of Tokyo, Grupo VR, Banco BNP, Siemens,Boticário e outras. Tendo nesse caminho conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais, dentre eles Cyber Lions (Cannes). É professor do MBA de Branding da Rio Branco, também leciona na ESPM, e participa como professor convidado em diversas outras universidades.

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