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Você vai se perguntar… o que significa “X Designer” ? Não é a tendência “X” que surgiu há uns 12 anos atrás… “X Designer” significa outra coisa… e a notícia não é nada boa…

O “X” da questão do título (literalmente) não significa a tendência de design X, mas sim a variável X, onde agora, qualquer profissão pode ser “. . . designer”.

Um dia desses eu estava resolvendo algumas questões no centro da cidade, quando olhei para um muro com propagandas e vi algo aterrador: um anúncio (com foto e tudo) de uma mulher que se entintulava “Cake Designer“!

Pensei comigo: “será que eu tô sonhando? Não é possível… Cake Designer? ”

Pois é isso mesmo minha gente… agora CONFEITEIRA se tornou CAKE DESIGNER.

A foto do anúncio mostrava uns 3 tipos diferentes de bolos (nem tão mirabolantes assim) e uma equipe com roupas de “chef” ao lado da “dona do negócio”.

Como já não bastasse, há uns 8 anos pra cá, os salões de cabeleireiro passaram a usar a designação de Coiffeur , abraçando a expressão francesa para cabeleireiro. Mas os próprios profissionais passaram a adotar uma nomenclatura que os possibilitasse ser reconhecidos sem perder o glamour de sua profissão, que, pela palavra em português não oferecia status nenhum. Daí surgiu o HAIR STYLIST, ou HAIR DESIGNER.

Agora vejamos… imagine se amanhã, o pintor civil, que faz pátinas e texturas em paredes e tudo mais, resolver se chamar WALL PAINTING DESIGNER? Ou talvez a pessoa que embrulhe os ovos de páscoa resolver se auto-definir como EASTER EGG DESIGNER ? Ou ainda, se aquela pessoa que monta bijuterias resolver dizer que é FAKE JEWERLY DESIGNER? Será que é pra rir ou pra chorar?

Não estou colocando em discussão o talento das pessoas em suas tarefas. Eu não seria capaz de ornamentar um bolo usando o chantily naqueles complicados e intrincados padrões geométricos e arabescos… pra isso existe a hábil mão do CONFEITEIRO. Agora, CAKE DESIGNER, é demais…

Imaginem vocês se amanhã, o artesão que fabrica brinquedos de madeira resolvesse se definir como WOOD ENGINEER?

Enfim… não será por conta de um balcão que eu instalei na minha cozinha que me definirei como ENGENHEIRO ou até mesmo DESIGNER DE INTERIORES… cada coisa no seu lugar.

Já que as palavras em português estão ficando sem efeito e banalizadas, devemos tomar cuidado para que o uso das definições em inglês – quando não há alternativa em nossa língua, como o caso do designer – não se tornem “lugar comum” e percam a força também, como as próprias palavras que fizeram estes profissionais migrarem para “novas expressões”.

Com certeza, peça para um CONFEITEIRO fazer seu bolo de aniversário, casamento ou bodas. Mas não peça a um CAKE DESIGNER para auxiliá-lo bolando uma “logomarca” – leia meu artigo sobre a expressão LOGOMARCA – para cima do bolo!

Publicado por Antonio Ribeiro

Antônio Ribeiro é designer gráfico e ilustrador com formação pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Já participou de inúmeros projetos e trabalhos de grande projeção no Estado do Rio e até mesmo no território nacional, como campanhas para o HSBC e outras instituições. Foi editor de arte de uma revista mensal, por 3 anos, chegando a assumir sua gerência durante um período para ajuste do workflow da equipe. De janeiro de 2005 a janeiro de 2007 foi Gerente de Marketing da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Teresópolis (RJ), onde tinha como função a criação de peças publicitárias do Governo Municipal para as mais diversas campanhas. Tinha a incumbência ainda de aprovar diversos materiais criados pelo restante da equipe das Secretarias de Comunicação e Cultura. Além disto, foi consultor para agendas de eventos culturais da Secretaria de Cultura. Antônio Ribeiro também é o criador e organizador do ANIMASERRA – Festival Nacional de Cinema de Animação e Quadrinhos da Região Serrana do Rio de Janeiro. Já indo para a sexta edição em 2011, o ANIMASERRA em apenas cinco anos já alcançou renome nacional, sendo considerado o segundo evento gratuito mais importante do Brasil no gênero. O ANIMASERRA recebe como palestrantes nomes desde Ziraldo e Miguel Paiva, passando por Marcelo Campos e Renato Guedes até mesmo Cesar Dacol Jr (supervisor de efeitos especiais do filme 300) e Levi Trindade, editor da DC Comics no Brasil. www.animaserra.com.br . Antônio também já palestrou em diversas universidades do Estado, sobre a importância do design gráfico e da animação no mercado atual. Lançou ainda também em 2007 o livro “Brasil: Referência no Cinema de Animação e HQ”, pela Editora Zem, distribuídos em diversas livrarias do Brasil e tido como uma das publicações mais abrangentes e dinâmicas sobre o assunto até então. Atua ainda como professor concursado de História da Arte pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e da Prefeitura Municipal de Teresópolis - RJ. Também dá palestras sobre o mercado do design gráfico no Brasil e no mundo, assim como suas influências no dia-a-dia das pessoas. Também fala sobre filmes, efeitos especiais e cinema de animação. É videogamer aficcionado e tem um canal no YouTube chamad PlayTime Games News, além de também escrever para a revista eletrônica Arkade e para a europeia World Gaming Executives Magazine. Adora jogar seu XBox 360 e/ou seu PSP enquanto testa jogos ou somente como diversão mesmo.

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