Tô vendendo o que eu comprei:
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
pretende, a partir do próximo ano, levar em conta os bens não-físicos
das empresas ao analisar créditos e conceder empréstimos. O banco
estabelecerá critérios para quantificar itens que antes não eram
considerados, como os investimentos em tecnologia, conhecimento e
transparência. Entre os bens intangíveis estão incluídos design, marcas
e patentes. A metodologia para avaliação desses bens não-físicos está
sendo desenvolvida pela Coppe/UFRJ (Coordenação de Programas
de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro) e já foi aplicada, como teste-piloto, em quatro empresas de
diferentes portes e áreas de atuação: Embraer (setor aeronáutico),
Suzano (papel e celulose), Genoa (biotecnologia) e Totvs (tecnologia
da informação). O reconhecimento oficial do design como capital
intangível abre novas oportunidades para a atuação da comunidade
dos designers junto aos setores produtivos, procurando expandir a
participação do design na política estratégica das empresas.
Isso significa que a festa do dinheiro público também está convidando a nossa classe, agora a pergunta. Como alguém de profissão reconhecida poderá montar projetos para BNDS? Será que colocando essa dinherama no meio não vai ficar ainda mais difícil pra gente? Afinal de contas o bolo acaba de ganhar mais alguns andares pra ser dividido, e agora josé?
Só clamo que figuras importantes do Design que estão lá em cima das hierarquias de instituições importantes (como o Dijon de Moraes na UEMG e o Ari Rocha no CNPQ) possam dar uma ajuda nesse processo e que os designers individualistas que só pensam em receber pelo seu freela ou o salário no fim do mês morram de causas desconhecidas.
Usabilidoido apud Feira Moderna apud ESDI, também já abordado no Design Gráfico