Notice: A função add_theme_support( 'title-tag' ) foi chamada incorretamente. O suporte para o tema title-tag deve ser registrado antes do gancho wp_loaded. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 4.1.0.) in /home/design/public_html/wp-includes/functions.php on line 6031

Marcelo Tomaz

Marca inglesa de artigos esportivos, recentemente comprada pela alemã Adidas, a Reebok figura entre as grandes do setor há muito tempo. Com um posicionamento truncado, ela nunca chegou a brigar de igual para igual com a líder do segmento, a americana Nike, e boa parte disso deve-se a sua postura, nunca muito clara, dificultando a compreensão dos seus consumidores a respeito dos objetivos da empresa. Sua marca é o reflexo da confusão conceitual que é a empresa em si. Ora utiliza um posicionamento nacionalista, unindo a bandeira da Grã-Bretanha à sua marca, ora, ao entrar no Brasil, deixa de lado a bandeira bretã e agrega a nossa verde-amarela (sim, a Reebok, durante alguns anos, usou a bandeira brasileira agregada à sua marca). Enfim, a Reebok é daquelas empresas que parecem que andam sempre sem rumo. Suas campanhas publicitárias nunca causam grandes impactos, não criam tendências e raras vezes vão além da foto do produto e a assinatura com a marca enorme (marca grande, raciocínio pequeno.) Olhem a evolução da marca mundial e percebam o que digo, erros desde a evolução tipográfica até o uso do símbolo, que, convenhamos, é uma mistura das japonesas Asics e Mizuno. A busca pela valorização do símbolo deve ter levado a essa decisão de eliminar as vogais de seu nome, o que futuramente vai gerar a eliminação das consoantes, restando, assim, somente seu símbolo, caminho seguido pela Nike e Adidas, com maestria. O problema é que o símbolo da Reebok, que foi claramente ?sampleado? (sampleado = chupadinha leve em tupi-guarani, rerere?brincadeirinha) da Mizuno, não cola, não é forte e nem simpático, por isso digo que uma marca forte surge da assimilação rápida de uma idéia clara. O que não é o caso da Reebok.

Clap, clap, clap?
A nova tipografia é muito bem construída e ousada, alçando a marca do século passado direto para o século seguinte.A concisão do nome e o simples fato de eliminar as vogais não prejudicam a compreensão da mensagem e ainda desafiam o raciocínio dos menos atentos. E ao que parece, a Olympikus também deve ter gostado, vide o lançamento da linha OLK ( hummm?). Composta apenas por dois elementos, a marca atual ficou leve e ágil. Contrariando as atuais perspectivas de evolução, eu apostaria no RBK e mandaria o símbolo para o reino dos céus.

Bleargh…

A falta de originalidade do símbolo. O uso de bandeiras, ou outros símbolos que identifiquem grupos específicos, gera uma segmentação desnecessária nesse caso. Ainda bem que abandonaram a tipografia antiga, era de doer.

Bla-marcelotomaz nasceu em 2005, como um blog de opinião, criado para falar facilmente sobre temas nem sempre tão fáceis, como branding, design, propaganda, marcas e afins. Quem quiser saber mais sobre o assunto, basta acessar bla-marcelotomaz.com.br

Publicado por Armando Fontes

Carioca, morando no oeste catarinense, ex-baixista, ex-míope e ex-cabeludo, que crê que atividade de design ganhará cada vez mais respeito na sociedade, quando a classe como um todo, perceber que o que fazemos está mais próximo da Economia do que da Arte. Que nosso atividade gera lixo, riquezas, transformações sociais e culturais. Gestor de marcas e identidade corporativa pela PUC-MG, Designer de produtos pela UFRJ. Editor do twitter (@design_se) que uniu forças com o Espaço.com/design em 2010. Estudioso de cervejas e homebrewer da Cerveja Vilã Autor da frase: "Minha mãe fez designer."

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *