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Sobre muros, arte e design
Minha atração pelo design começou na arte. Quanto mais lia a respeito dos dois, mais via autores se engalfinharem na discussão sobre se um era outro e o outro era um. Gostei do tema e gastei dúzias de conexões neuronais pensando sobre as diferenças entre ambos até formular uma explicação cartesiana (bem a minha cara) que me deixou satisfeita até ontem à noite, mais exatamente, até às 23h40.
Os segredos dos Códigos de Leonardo da Vinci
Pela primeira vez em cartaz na América do Sul, a mostra, realizada em parceria com o Instituto de Comércio Exterior (ICE), do Ministério do Comércio Internacional da Itália, revela o Leonardo da Vinci arquiteto e designer, e traz as informações preservadas desde 1637 nos subterrâneos da Biblioteca Ambrosiana de Milão.
Digitalizados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Leonardo3, o Código Atlântico e o Código do Vôo, disponíveis em estações multimídia, trazem a ampla coleção de manuscritos de Da Vinci. Entre eles, estudos e reconstituições virtuais tridimensionais para um projeto urbanístico para a cidade de Milão, intitulado Cidade Ideal; 130 modelos criados com base nas observações sobre o Vôo dos Pássaros; projetos para a construção de um automóvel; inúmeros estudos para a construção de armamentos de defesa, pontes, fortificações, máquinas, instrumentos musicais.
Código Atlântico e o Código do Vôo
Os chamados Códigos de Leonardo representam agrupamentos da mais ampla e extraordinária coleção de manuscritos de Leonardo da Vinci, das mais de dez mil páginas de anotações e desenhos produzidas pelo artista, que ao longo dos seus 67 anos de vida e no decorrer dos séculos, após sua morte, acabaram se dispersando por várias partes do mundo. Três, de um total de 24 códigos, estão atualmente preservados em museus italianos, entre os quais o Código Atlântico e o Código do Vôo.
O Código Atlântico representa a mais ampla e fascinante coleção de anotações e desenhos do gênio. Cobre 40 anos do que pode ser considerado o período mais fértil de sua atividade criativa, de 1478 a 1518, e apresenta a heterogeneidade de argumentos sobre matemática, geometria, astronomia, botânica, zoologia, arte militar, arquitetura, mecânica, hidráulica, engenharia, anatomia e física.
Já o Código do Vôo discorre principalmente sobre o vôo dos pássaros, que Leonardo estudava de maneira analítica buscando reproduzir sua estrutura mecânica e, assim, desenvolver uma inédita máquina que levaria o homem a voar, sonho até então restrito a figuras mitológicas.
Os modelos físicos – reconstruções inéditas
Automóvel-robô, Código Atlântico
“O Automóvel” é uma das mais conhecidas máquinas de Leonardo da Vinci, objeto de diversas montagens físicas (vem sendo estudado desde 1905). Só recentemente foi descoberta sua verdadeira finalidade: não é um automóvel segundo a concepção moderna, mas um veículo capaz de mover-se sozinho. Um complicado sistema de engrenagens permite tencionar as molas que funcionam como motor desta máquina, que entrava em cena vinda das coxias de um teatro, com bonecos de papel sobre ela, os quais podiam mover algumas de suas partes (por exemplo, podiam mover a cabeça, ou mexer o braço). Trata-se, portanto, de um elemento criador de efeitos especiais teatrais.
Essa invenção realmente funcionava. Os estudiosos da L3, Mario Taddei e Edoardo Zanon, comprovaram essa tese ao construir o primeiro protótipo do mundo em 2004. O sistema opera graças a dois motores à mola, engrenagens para a transmissão do movimento e um sistema para a estabilização do movimento. A rodinha da frente, graças a uma programação baseada num sistema de “matracas”, permite a pré-programação do percurso a ser realizado.
Em 2007, a L3 apresentou uma atualização na interpretação dessa invenção, ao rever o modo de funcionamento do motor à mola e transferindo o sistema de programação para as balestras (ou bestas) e para as rodas principais. Além disso, também sugere que o sistema robótico possa ter outras aplicações. A mostra do MCB apresenta pela primeira vez ao público a reconstrução física dessa segunda interpretação.
Pássaro mecânico para estudos, Código do Vôo
A metodologia de trabalho de Leonardo da Vinci baseava-se na experimentação direta e esta máquina é um claro exemplo disso. Trata-se de um instrumento para medir o baricentro e a posição de equilíbrio de um boneco com formato de pássaro: um modelo dinâmico em escala, comparável, com as devidas proporções, aos modernos túneis de vento. Ele utilizava tal instrumento sem a ajuda do vento, mas mesmo assim conseguia tirar dele importantes conclusões. Na parte inferior da página do Código do Vôo, na qual Da Vinci desenha o referido modelo, estão anotadas que as linhas do baricentro e das bordas das asas são diferentes nas diversas situações, como subida e descida do pássaro.
Leonardo da Vinci, vida e obra
Leonardo da Vinci, um dos mais notáveis pintores do Renascimento e seu maior gênio, era também engenheiro, matemático, anatomista, músico, arquiteto e escultor. Nasceu no dia 15 de abril em 1452, em Anchiano, na região de Vinci, próximo à Florença. Quando jovem, foi aprendiz na oficina de Andrea del Verrocchio, em Florença. Mudou-se para Milão em 1482, onde serviu na corte de Ludovico Sforza. Até 1506, trabalhou principalmente em Florença, quando pintou a Mona Lisa, sua obra mais famosa. Entre 1506 e 1516, viveu entre Milão e Roma. Convidado pelo Rei Francisco I, viajou para a França em 1516, falecendo em 1519.
Escreveu e desenhou sobre vários temas. Em cerca de 5 mil páginas de manuscritos que chegaram intactos aos dias de hoje, há estudos de praticamente todas as áreas do saber: biologia, geometria, anatomia, geologia, botânica, astronomia, óptica, mecânica, arquitetura e projetos bélicos. Há, principalmente, a mais fantástica coleção de invenções e soluções de engenharia já imaginadas por um único homem: esboços de helicópteros, submarinos, pára-quedas, veículos, embarcações, máquinas voadoras, turbinas, teares, canhões, pontes, carros de combate etc.
Seus projetos de máquinas e invenções não tiveram aplicações práticas na ocasião, porque a tecnologia da época não estava à altura da sofisticação e das teorias futurísticas do cientista.
Abertura: 15 de abril, às 19h30
Visitação: de 16/4 a 4/5/08
Museu da Casa Brasileira – Av Brigadeiro Faria Lima, 2705 – São Paulo
Diferenças entre Decorador, Designer de Interiores e Designer de Ambientes
Outra parte de minha monografia.
Já apresentei as diferenças anteriormente ligadas à arquitetura, mas vale à pena ressalta-las novamente focando melhor agora, na área do Design e Decoração:
O Decorador é aquele profissional formado (ou não) naqueles cursinhos de finais de semana ou de curtíssima duração (antigos do SENAC, por exemplo). Sua função é a escolha de acessórios como vasos, toalhas, almofadas e afins. Na realidade o seu trabalho não passa de uma maquiagem no já existente.
O Designer de Interiores, além do trabalho do Decorador que vem ao final do projeto tem a função de elaborar o espaço coerentemente, seguindo normas técnicas de ergonomia, acústica, térmico e luminotécnica além de ser um profissional capaz de captar as reais necessidades, explicitas ou não, dos clientes e concretiza-las através de projetos específicos. A reconstrução do espaço a ser habitado ou não através da releitura do layout, da ampliação ou redução de espaços, dos efeitos cênicos e aplicações de tendências e novidades técnicas, do desenvolvimento de peças exclusivas entre outras tantas atribuições deste profissional. Porém seu trabalho restringe-se a ambientes internos.
O Designer de Ambientes está apto a elaborar projetos nos padrões dos de um Designer de Interiores, porém, este não está preso aos limites internos podendo atuar em paisagismo e light design de áreas externas, concepção de praças, clubes e parques. No entanto, sua atuação nas áreas que tenham elementos estruturais, que são aqueles que realmente podem colocar em risco a vida do usuário, assim como a de um Designer de Interiores mantém-se, apenas como formalidade e segurança técnica, sob a supervisão/acompanhamento de um engenheiro estrutural.
Tais atribuições do Designer de Ambientes são sim reais – mesmo que não regulamentadas – pois o mesmo teve em sua formação cadeiras que o habilitam em conhecimento técnico para efetuar tais projetos.
Para o Designer de Interiores e o Designer de Ambientes uma nova realidade começa a despontar no horizonte: a Justiça Federal obrigou o CREA a nos inscrever e fornecer o registro (carteirinha) profissional. Este fato nos libera da sombra de outros profissionais em vários aspectos e partes dos projetos. Porém, através da lentidão da Justiça e imposições de entidades, os processos mantêm-se parados.
Design de Interiores/Ambientes x Arquitetura de Interiores x Decoração
Este texto faz parte de minha monografia de pós. Vou começar a dividi-lo em partes para poder postá-los para que algumas pessoas não reclamem dos tamanhos de meus textos.
Para perfeita delimitação das áreas de atuação de um profissional de DA, há que se destacar a diferença de atuação dos diversos profissionais que atuam neste mercado.
Para o público, os profissionais são e fazem a mesma coisa. Genericamente, na cabeça dos clientes todos são arquitetos. Decorador e Designer são sinônimos de arquiteto. Porém, para esclarecer e delimitar as áreas e atuações faz-se necessário o entendimento claro de cada um desses profissionais e de seus trabalhos:
a) Decoração: é aquele profissional que buscou aqueles cursos de curta duração oferecidos por escolas como SENAC ou até mesmo aqueles autodidatas. Suas atribuições são bastante restritas uma vez que o seu conhecimento sobre vários elementos componentes de um projeto é inexistente ou nulo. As suas funções restringem-se à escolha de acessórios (vasos, almofadas, cortinas, outros), móveis, cores para paredes e poucas coisas mais. Param por aí, pois não possuem o conhecimento necessário para interferências mais pesadas no ambiente. Não há projeto e detalhamento de mobiliários específicos.
b) Arquitetura de Interiores: está bem distante da realidade da Decoração ou do Design. O uso deste termo como algo similar ou referente ao DA fez-se tão somente por causa do status e valor – glamour – que o termo arquitetura agrega ao trabalho profissional. Na realidade, Arquitetura de Interiores diz respeito à parte estrutural interna da edificação e dentre essas temos as aberturas, fechamentos, janelas, portas, colunas, vigas, escadas estruturais, mas tem a ver também com a relação entre os espaços, destinação e usos destes espaços, enfim, tudo o que faz parte do esqueleto é Arquitetura de Interiores. É o antes do Design. Apesar de alguns arquitetos¹ alegarem que tiveram durante a sua formação essa disciplina e que ela os habilita para atuação em Design de Interiores, é uma afirmação inverídica, pois no Brasil apenas em cinco cursos constam em suas matrizes curriculares disciplinas específicas em Interiores – e mesmo assim nada de Design aparece nem no nome da disciplina nem no ementário. Este profissional, raramente projeta e detalha móveis e, assim como o Decorador, busca opções já prontas no mercado como móveis de linha ou planejados. Adrian Forty, historiador britânico e crítico de arquitetura, que foi o organizador de um extenso volume da editora britânica Phaidon, “Arquitetura Moderna Brasileira” noz diz:
“Houve algumas mudanças no status da arquitetura brasileira na cena mundial. O Pritzker dado a Mendes da Rocha certamente foi importante. Mas eu ainda tenho a impressão de que o Brasil persiste um tanto isolado em termos de cultura arquitetônica.” (Folha de São Paulo, Ilustrada, 17/06/07).
Anamaria de Moraes, já em 1994 quando da concepção da Matriz Curricular da Especialização em Design de Interiores, quando atuava como docente da Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro, vislumbrava as diferenças entre as áreas e da necessidade e importância da atuação conjunta dos profissionais de arquitetura com os designers na concepção dos projetos de DA quando, nos objetivos do curso coloca, entre outros:
“Integrar o design e a arquitetura de interiores num projeto que considere a otimização espaço, o conforto ambiental e o bem estar do usuário.” (MORAES, 1994)
Já Francesco Iannone, arquiteto italiano, entende que o trabalho multidisciplinar é fundamental, mesmo para a solução de problemas de menor complexidade. Em uma entrevista sua para a revista Lume Arquitetura (2007), ele desconstrói toda a visão totalitarista e onipresente que a arquitetura emprega quando deixa claro o papel do arquiteto e a real necessidade destes profissionais em realizar essas parcerias pelo simples fato de reconhecer que a sua formação não é tão perfeita como alguns arquitetos afirmam. E esta é a característica principal da visão que alguns arquitetos e até mesmo alguns órgãos e associações ligadas direta ou indiretamente à arquitetura no Brasil tem: somos perfeitos e completos.
Aproveito para fazer um aparte neste ponto. Acho engraçado como alguns arquitetos teimam em atacar e atrapalhar o trabalho dos Designers. Digo isso pois pelo visto não deve haver nada de mais importante e sério para eles fazerem como, por exemplo, dentro de suas próprias cidades, junto à administração pública, buscar soluções para as mazelas urbanas. É mais fácil atacar quem está quieto fazendo o seu trabalho para o qual foi devidamente capacitado, treinado e habilitado e não tem poderio de fogo que as prefeituras e câmaras de vereadores exigindo das mesmas que realizem melhorias. Outra coisa é que adoram criticar a péssima fiscalização do CREA sendo que não se dispõem a ajudar. Só coloquei estes dois exemplos para incitar a análise de quem lê este trabalho. Se formos olhar bem para nosso bairro, cidade, estado, país ou planeta não é nada difícil perceber o tanto de trabalho realmente arquitetural há por se fazer. Há coisas mais importantes a se fazer senhores alguns arquitetos.
c) Design de Interiores/Ambientes: o profissional de Design é habilitado para atuar em intervenções que possa ocorrer já desde o momento da concepção do projeto arquitetônico auxiliando o arquiteto a resolver os espaços da edificação de forma a atender melhor as necessidades do cliente. Após a obra pronta, o designer entra em cena para fazer o fechamento/coroamento da obra através da escolha das cores, texturas, revestimentos, mobiliário, os layouts ergonomicamente corretos, a iluminação adequada, o ajuste de algum elemento arquitetônico que esteja atrapalhando ou que esteja esteticamente desagradável. Enfim, o profissional de DA carrega um vasto conhecimento sobre como as pessoas habitam e usam seus espaços. Ele não se preocupa com a escultura que é a edificação e por isso tende a realizar os projetos com maior complexidade e perfeição.
Diferente do que prega um grande arquiteto brasileiro em um livro de sua autoria onde narra uma história ocorrida com uma cliente sua. A mesma foi reclamar com ele pois seu filho pequeno caiu de um beiral com 1,5m de altura e fraturou a perna. Em resposta, ele simplesmente diz que agora ele aprendeu que não se deve chegar próximo do beiral. Um profissional de DA certamente não daria uma resposta absurda dessa apenas com a intenção de proteger a sua escultura, obra de arte.
[1] Antes de qualquer confusão ou generalização como tem ocorrido em alguns fóruns de discussões sobre os assuntos aqui abordados, deixo claro que em nenhum momento eu ou qualquer um dos outros Designers que compartilham desta mesma opinião estamos generalizando. O grifo sobre “alguns arquitetos” (que usarei a todo momento que esta referência aparecer neste trabalho) serve para chamar a atenção ao sentido exato da colocação: ALGUNS profissionais de arquitetura e não TODOS como tem sido interpretada esta colocação exatamente por estes “alguns” com a intenção explícita de provocar todos os outros arquitetos contra os Designers.
Malditos Designers
Malditos Designers
Gambiarra e Design
A “gambiarra”, popularmente definida como práticas que se utilizam da improvisação para gerar soluções pode estar relacionada ao conceito de design industrial. De acordo com o designer Rodrigo Boufleur, as duas atividades estão próximas em suas concepções. No estudo A Questão da Gambiarra, apresentado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, o pesquisador analisa a questão e propõe uma reflexão na tentativa de desmistificar alguns preconceitos que envolvem essas duas práticas.
Design desmodrômico
Quantas vezes você ouviu ou leu o termo “design sofisticado” nos últimos tempos? Um rápido passeio pelo Google pode nos dar uma estimativa: nada menos que 25 mil páginas promovem esse encontro semântico, e o número aumenta a cada dia.
Malditos Designers
Malditos Designers
Malditos Designers
Putz! Depois que li o texto da Lígia Sobre designers e micreiros até fiquei com vergonha de postar minha humilde tirinha. O tal texto merecia uma semana (no mínimo!) como post mais recente no blog. Esse foi um tapa na cara. Pelo menos eu senti.
Bem… C’est la vie.
Malditos Designers
A arte-design e o design-arte: O que é, o que é?
Por Valmir Perez
Quando paramos para pensar sobre o design de iluminação, começam surgir algumas perguntas interessantes, tais como: um projeto de iluminação é uma obra artística? Os designers de iluminação são artistas? Quando alguma coisa é arte e quando é design? Essas perguntas não são formuladas apenas pelos profissionais da iluminação contemporâneos e estudantes da área, mas por todos aqueles que se vêem envolvidos com design e arte no mundo todo.
Já no início do século XX, quando da criação da Bauhaus[1], na Alemanha, esse tema gerava polêmica em vários círculos de debates, tanto acadêmicos quanto puramente artísticos. O que a Bauhaus trouxe à tona naquela época foram discussões em torno do valor artístico de uma obra projetada racionalmente e até que ponto as chamadas “artes aplicadas” poderiam reivindicar o status de “arte”, dentro do conceito clássico.
A mim, particularmente, essa discussão não tem sentido, pois acredito que a arte não pode ser encaixada dentro de parâmetros absolutamente rígidos. Foram esses mesmos preconceitos que levaram os impressionistas a serem espezinhados em suas primeiras tentativas de terem suas obras reconhecidas pelo público francês em finais do século XIX. Aqui no Brasil, anos depois, o movimento modernista sofreria quase os mesmos ataques, de uma elite e da população culta extremamente iludida com a visão clássica européia.
Se pesquisarmos com mais profundidade sobre o assunto, entenderemos que mesmo um projeto encomendado, seja ele de pintura, escultura, iluminação, etc., pode se tornar uma espetacular demonstração artística do espírito humano. Muitos artistas plásticos, designers e arquitetos deixaram suas marcas em murais, edifícios, e até mesmo em cidades inteiras, e nem por isso essas obras deixaram de ser consideradas grandes obras de arte. Olhando também através desse prisma, achar que a Capela Sistina de Michelangelo não é arte apenas porque foi projetada e encomendada pelo Papa é um absurdo. Da Vinci pintou a maioria de suas obras por encomenda e nem por isso se trata, como dizem muitos, apenas de design.
Outra discussão que permeava as atividades da Bauhaus era a de que essa escola procurava levar conceitos artísticos a produtos industrializados, ou seja, trazer beleza aos produtos fabricados em linhas de produção, o que para alguns até hoje é um absurdo. Mas essas mesmas pessoas acabam comprando gravuras de artistas que as fabricam em série, como nas fábricas. Com processos parecidos aos da indústria de objetos em série.
Sabemos, porém, que nem toda obra de um artista se transforma em obra de arte, assim como nem toda obra de design pode requerer esse status. Qual a diferença fundamental então entre uma obra artística e as outras? Esse assunto é um dos mais complexos e o que causa mais polêmicas. Isso acontece porque o que é considerado uma obra de arte em determinado momento histórico, em determinadas condições político-sociais, de cultura regional, nacional, etc., pode ser considerado até mesmo um insulto, ou uma provocação barata em outro momento. Para dar um exemplo, posso citar a exposição de “Arte Degenerada”, patrocinada pelo Partido Nacional Socialista Alemão, em 1937.
“Com o evento, os nazistas pretendiam desmoralizar a arte moderna e seus mais significativos nomes como Kandinsky, Klee e Picasso. Foram expostas 650 obras entre pinturas, gravuras e esculturas, selecionadas entre os mais de 5 mil trabalhos confiscados dos principais museus e galerias pelo Ministério da Propaganda de Hitler. A arte moderna estava sendo considerada perniciosa à “estética” partidária, “fruto da insanidade, imprudência, inépcia e completa degeneração”, como anunciava em seu discurso de inauguração o nazista Adolf Ziegler.”[2]
Assim, uma das formas de analisarmos e entendermos o que significa “arte” em nossa sociedade é também tentarmos compreender os mecanismos ocultos que se insinuam sorrateiramente nela e por ela.
Mas a arte não é fruto apenas desse “entendimento” racional de seu contexto em nossas vidas e sociedades, mas, e acima de tudo, a sensação de beleza, completude e harmonia que uma grande obra traz à tona e nos excita, nos hipnotiza e contagia. Isso também pode ser realizado pelo design, daí, a meu ver, a inócua discussão que existe entre artistas e designers para saber quem é o melhor, o mais capaz – quem realmente pode criar o que insistimos chamar apenas de “arte”.
Vale a pena o estudo das artes?
Outra questão que se debate ultimamente é a da validade de se estudar a arte ou da pesquisa pictórica pelos designers de iluminação. Será mesmo que existe alguma importância em se estudar a arte da pintura em nossa atividade? A meu ver sim, mas com o cuidado de não abstrairmos demais e darmos uma importância maior do que realmente deveríamos. Estudar as artes e seus movimentos não é importante apenas para designers de iluminação, mas para todo aquele que deseja evoluir sua maneira de enxergar o mundo, de refletir mais seriamente sobre as questões de sensibilidade, do mundo abstrato da beleza e da harmonia.
Quando fazemos paralelos entre a arte pictórica e a iluminação cênica e arquitetural, devemos refletir sobre os limites dessas comparações. A pintura, geralmente, se dá em superfícies bidimensionais, enquanto a iluminação se dá em ambientes tridimensionais e seus efeitos atingem elementos em movimento.
Sendo assim, sabemos, de antemão, que qualquer pesquisa pictórica e visual sobre suportes bidimensionais não poderá oferecer todas as soluções para a iluminação das cenas, pois a iluminação não deve se resumir apenas na representação de espaços e situações, mas, acima de tudo, integrar-se ao fluxo das cenas, dos ambientes das temáticas dos espaços e das situações. É possível que designers de iluminação utilizem as artes pictóricas como elementos de pesquisa, mas a coisa é muito mais complicada quando se deseja realmente criar uma luz viva, que não signifique apenas iluminar ambientes e cenas.
Na criação de iluminação, os designers devem também considerar a luz como parte da cena, e não como algo mais que é somado ao conjunto, mas que está separado do todo.
Ao criar a luz para uma ou mais cenas, ou para diferentes espaços, os designers não podem apenas se servir de propósitos artificiais, de imitação natural, ou de imitação da intenção. Para chegar a esse nível de criação, os designers devem, acima de tudo, conhecer as intenções profundas e subjetivas dessas cenas, das correntes de vida que “atuam” nesses espaços e, acima de tudo, aprofundar-se em conhecer o todo no qual elas se inserem, o contexto total como obra de relações e expressões complexas. Aí entra, além do saber técnico, a intuição e o conhecimento estético desse todo. Através desse trabalho de criação artística é possível integrar a luz na obra.
Obviamente, para isso, é preciso um design, um projeto, porém, não um design que se baseie apenas em resoluções prontas, retiradas de testes simulativos de computador, mas um design em aberto, que crie condições para que a luz estabeleça diálogo com os elementos que compõem esses universos, no momento em que ambos se defrontam.
Sendo assim, podemos concluir que luz, cenas, espaços, temáticas, etc., não são absolutamente elementos separados, mas que interagem mutuamente, num relacionamento íntimo de expressão. A criação de iluminação, nesse sentido, pode utilizar os elementos visuais e pictóricos sem, no entanto, esquecer as peças fundamentais que compõem essa criação, ou seja, os limites de até onde a pesquisa pictórica para o desenvolvimento de poéticas criativas pode chegar, em relação à própria expressividade das cenas como um todo.
O artista e suas ferramentas de expressão
O que se percebe, então, é uma estreita ligação entre a iluminação de palco e outras formas de expressão artística, sendo o universo da iluminação, ou seja, equipamentos, filtros, estruturas, etc., ferramentas e materiais que o designer utiliza para expressar poéticas, estéticas, dentro de um todo orgânico que são os espetáculos, os espaços, os objetos, etc.
Na pintura, o artista se utiliza de pincéis, tintas, solventes, vernizes, palhetas, etc. sobre um suporte qualquer. Já na iluminação, os suportes são os próprios palcos, espaços arquitetônicos, jardins, etc., mais os elementos que compõem essas “cenas” fictícias ou de cotidiano humano. Os pincéis são as luminárias, os instrumentos[3]; as tintas, as suas luzes colorizadas através de filtros, lâmpadas coloridas; seus brilhos, suas intensidades – cujo controle geralmente é feito nas mesas (consoles) de iluminação, nos sistemas de automação; suas sombras nos cenários, nos elementos, nos atores, nas paredes, objetos, e tudo o mais que possa ser utilizado para criar efeitos visuais estáticos e dinâmicos com a luz.
As artes têm em comum alguns aspectos que se pode considerar fazendo parte de um mesmo universo, pois, “A unidade é manifesta nas qualidades estruturais básicas compartilhadas universalmente pelas diferentes modalidades dos sentidos”. (ARNHEIN – 1989)[4]. E que: “… o essencial no sensório-perceptivo não é o que separa os sentidos um do outro, mas o que os une; une-os entre si; une-os à experiência total em nós próprios (inclusive a experiência não-sensória); une-os, finalmente, à totalidade do mundo externo, que aí está para ser vivenciado”. HORNBOSTEL (1939)[5]
Observa-se, então, que a iluminação interage de maneira bastante eficiente na determinação da expressão artística de qualquer obra, porém, não determina sozinha toda a expressividade; complementa-a, mas sua complementação pode ser igualada à da tinta sobre o suporte. Sua complementação é mais plástica nos sentidos pictórico, espacial.
Por outro lado, a iluminação também pode atuar como determinadora do universo temporal nos espetáculos teatrais e até mesmo em residências e eventos diversos, onde suas entradas e saídas determinam geralmente as trocas de cenas, de mundos, de tempos, de espaços, de climas emocionais. Na pintura, a iluminação favorece um tempo “estático”, eterno, congelado em sua dimensão plástica, enquanto no palco ou na arquitetura, com “atuação” controlada, favorece um tempo “dinâmico”, na sua dimensão vital, mutante, de ação transformadora desse tempo.
Qualidades da luz
Ao se estudar a complexidade do design de iluminação, percebe-se a importância do conhecimento das principais propriedades – físicas e psicológicas da luz – para o desencadeamento de soluções, da mesma forma que artistas da pintura já percebiam isso há centenas, senão milhares de anos. Não é à toa que mestres como Da Vinci e Michelangelo não eram apenas pintores, mas cientistas, pesquisadores da natureza. Eles conheciam a importância do estudo das luzes, da anatomia, da biologia, etc.
Esses artistas representaram o oposto ao ser humano especializado. Mais tarde, todas as atividades que eles desenvolviam em sinergia foram separadas pelas academias para facilitar a transferência de conhecimento e a pesquisa. Parece que atualmente vivemos uma reviravolta desse conceito de experiência de aprendizado e pesquisa, através do que se chama atualmente nas universidades de muitidisciplinaridade, que é o trabalho conjunto de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento.
As propriedades físicas afetam o sistema visual, químico, biológico dos seres humanos e, dessa forma, as funções psicológicas, os sentimentos e as emoções. Entender as propriedades físicas auxilia os lighting designers a buscar efeitos subjetivos com um grau maior de consciência. Além disso, o conhecimento das leis de aplicação da reflexão, refração e absorção são de grande valia no dia-a-dia desses profissionais, que utilizam esses conceitos tanto teoricamente como praticamente.
Segundo WILLIANS (2003)[6] as qualidades básicas da luz são: Intensidade, forma, cor, direção e movimento. Pode-se também adicionar mais uma: o ângulo de inclinação, que é responsável dentro dos palcos e na arquitetura pela modelagem dos elementos e de suas sombras.
Ainda de acordo com o autor: “Quase toda imagem visual pode ser descrita, discutida e analisada nesses termos – ambas física e psicologicamente. Existe um excelente exercício de aula que sempre começa com a análise da reprodução de pinturas dos antigos Mestres”. “O estudante aprende a discutir as qualidades da luz utilizando termos tais como intensidade, brilho, direção, cor, forma e distribuição. Esses termos são utilizados para discutir a pintura de um detalhe de uma área pequena para o todo, ou para outras. Além disso, a pintura como um todo é discutida em respeito a todos os impactos da luz, estilo, modo, composição, conteúdo emocional e outras qualidades”. (WILLIANS, 2003).[7]
Iluminação de palco – conhecer e sentir
O design de iluminação, como qualquer outra manifestação artística, necessita de sua materialização, de sua extrinsecação em nosso universo material para se tornar[-se] verdadeiramente arte sentida, explorada pelos sentidos e pelas emoções humanas. Ao se pensar na iluminação apenas como arte de suporte para a manifestação de artes mais complexas, como o teatro, a dança, a arquitetura, etc., pode-se também pensar o mesmo das outras artes que a integram, como a arte da interpretação teatral, da interpretação coreográfica, da interpretação musical tocada e cantada, da cenografia, da decoração, etc.
Em vez disso, pode-se pensar na iluminação como materialização de sentidos e sentimentos e nessa condição apreende-se que: “… o ato artístico é todo extrinsecação, e o corpo da obra de arte é toda a realidade dela. A pintura não é nada diversa de uma superfície colorida, a estátua nada diversa do bronze fundido, a poesia nada diversa de uma série de palavras, a música nada diversa de uma sucessão rítmica de sons e a dança nada diversa de corpos em movimento. O corpo físico da obra de arte não é um instrumento mais ou menos necessário para comunicar uma imagem interior, e nem ao menos é o indispensável aspecto externo de uma realidade interna que, mais profunda e escondida, viva dentro dele e dentro dele se deva colher e penetrar, ou necessária manifestação física de uma realidade superior ou ulterior que se patenteie através dele e para ele aluda além de si. Ele basta a si mesmo e constitui a totalidade da arte”. (PAREYSON, 1989)[8]
A compreensão sensível e de expressividade nos palcos e nos ambientes diversos passa, primeiramente, pela necessidade de compreensão visual, física mesmo, entendida em seus aspectos formais para, posteriormente, afetar os outros caminhos de entendimento do espectador, como na pintura, que exige primeiramente a contemplação de suas formas objetivas, materiais, e, posteriormente, a introspecção e conseqüentemente a reação intuitiva e intelectual subjetiva do observador, pois:
“Dizer que, na obra de arte o corpo é tudo, não significa negar-lhe a espiritualidade, mas apenas afirmar que esta espiritualidade deve ser vista no seu mesmo aspecto físico. Todas as tentativas de unificar ou mediar a espiritualidade e a fisicidade da obra de arte, deixando-as distintas, conservam aberta a possibilidade de separá-las, e, por isso, a alternativa de negar uma em favor da outra, isto é, de volatilizar a arte no capricho ou enrijecê-la na técnica.
Considerar a obra de arte como tal significa, pelo contrário, tê-la diante de si como uma coisa, e, ao mesmo tempo, nela saber ver um mundo; fazer falar com sentidos espirituais o seu próprio aspecto sensível; não tanto buscar o significado de sua realidade física como, antes, saber considerar esta mesma realidade física como significado: já que nesta não se trata de distinguir interno e externo, alma espiritual e corpo físico, pura imagem e intermediário sensível, realidade oculta e invólucro exterior, mas de encontrar a coincidência de espiritualidade e fisicidade”. (PAREYSON, 1989)[9]
Artistas ou designers, somos todos aqueles que se preocupam com a beleza e com a harmonia. Diferenças entre design e arte, talvez não existam, talvez existam apenas visões distorcidas da mesma realidade. Talvez alguém, um dia, tenha olhado essas coisas através de um prisma, ou de um caleidoscópio, e separado em muitas partes o que sempre foi um todo integrado. Talvez tudo seja uma coisa só, separada apenas por nossos preconceitos. Talvez…
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[1] Escola de design, artes plásticas e arquitetura, fundada em 1919 por Walter Gropius, em Weimar, Alemanha. Considerada a mais importante expressão do modernismo e uma das primeiras escolas de design do mundo.
[2] Retirado do artigo de Yeda Arouch – http://yedaarouche.arteblog.com.br/17785/Obras-inimigas-arte-degenerada/
[3] Optei pelo termo “instrumentos” para designar os equipamentos convencionais e não-convencionais para projeção de efeitos luminosos. Esse termo também é abusivamente utilizado pelos designers americanos em relação aos equipamentos de iluminação cênica.
[4] ARNHEIN, R. Intuição e intelecto na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p.68
[5] HORNBOSTEL, E. M. V. Die Einheit der Sinne – Melos, Zitschrift für Musik. Nova York: Harcourt Brace, 1939. vol 4, 1925, pp. 290-7. tradução para o inglês de Willis D. Ellis
[6] Op. Cit .Tradução livre
[7] Op. Cit. Tradução livre
[8] PAREYSON, L. Os Problemas da Estética. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p. 119
[9] PAREYSON, L. Os Problemas da Estética. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p. 120 – 121
Fonte: Revista Lume Arquitetura Ano V no. 30 – pags. 54 a 58
CURSO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA 2008 – Sampa
NÚCLEO DE FORMAÇÃO TÉCNICA
Surgido de uma discussão do papel do Técnico na atualidade em 2003, o Núcleo formado porprofissionais da área de iluminação, nasceu com a idéia de informar e formar profissionais, oferecendo Oficinas, Palestras e Assessoria, procurando assim contribuir para o aprimoramento e a conscientização do papel do Técnico no teatro brasileiro e na sociedade.
O Núcleo tem como meta também, fazer fazer um resgate da memória do Técnico no Teatro, haja visto que não existem registros desta história, nem literários, nem audiovisuais no Teatro Brasileiro,principalmente em São Paulo.
CURSO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA 2008
A função deste curso é formar um bom técnico em iluminação, ou seja, a base da pirâmide profissional.
Para tanto trataremos mais profundamente de técnicas e materiais utilizados em Teatro, Shows, TV e Vídeo, trabalhando inicialmente conceitos como: o que é a luz e a cor, suas várias teorias, técnicas de roteiro e montagem de iluminação, diferenças básicas entre os vlarios tipos de equipamentos, seu uso,nomenclaturas mais comumente utilizadas, utilizadas, codificações internacionais de materiais, e muito mais informações pertinentes à área de iluminação cênica O Curso de Iluminação, é composto de 2 módulos, seqüenciais, com uma aulas semanais, com duração de 3 (três) horas diárias, perfazendo um mínimo de 100 horas/aula, onde serão abordados os seguintes temas:
“História do Teatro”
“Teatro Grupo e Teatro Comercial”
“História da Iluminação”
“O que é Luz”
“Teoria da Cor”
“O Olho e a Visão”
“Percepção das Cores”
“Noções de Eletricidade”
“Noções de Segurança em Eletricidade”
“Atitude e Disciplina Profissional”
“Tipos e Usos de Lâmpadas, Lentes e Refletores”
“Eletricidade e Segurança”
“Gelatinas de Cor e Filtros”
“Moving Light”
“Luz no Teatro e na TV, Arquitetural e Exposição”
“Técnicas de Montagem”
“Noções de Segurança em Montagens”
“Operação de Luz”
“Leitura e confecção de Mapas e de Roteiro de Luz”
“Motivação Profissional”
“Nomenclatura Técnica”
“A Educação do Olhar (assistindo espetáculos)”
“O Processo de Criação”
“Legislação e Registro Profissional”
Além destas matérias e suas ramificações, também estão previstas outras atividades como:
“Visitas Técnicas à Espaços Cênicos”
“Assistir Espetáculos em Cartaz”
“Visitação à Lojas e/ou Fabricantes”
Profissionais com reconhecida atuação no mercado de trabalho, poderão ser convidados para dividirem com os alunos suas experiências e vivências como forma de expandir a visão profissional dos alunos.
O curso será ministrado por profissionais com vários anos de atuação no mercado, trabalhando com Direção e/ou Criação em Teatro, Shows, Dança, Televisão e Comerciais, Iluminação Arquitetural e Museológica. Os membros fundadores do Núcleo de Formação Técnica e responsáveis pelas matérias supra citadas são, em ordem alfabética:
CIZO DE SOUZA (Iluminador) DRT 2110
DÉCIO FILHO (Iluminador) DRT 7737
LAURA DE FIGUEIREDO (Iluminador) DRT 8308
TONINHO RODRIGUES (Iluminador) DRT 2062
VINICIUS FEIO (Iluminador) DRT 1 3 5 7 3 – R J / 3 4 0 9 – S P / CREA 0 3 6 4 7 – 6
UÍLSON FRANÇA (Diretor de Fotografia, Vídeo/Cinema)
As aulas e palestras ocorrerão às segundas feiras, no período da noite e alguns sábados pela manhã. As visitas à espaços poderão ocorrer outros dias da semana, a serem combinados e as possíveis idas a espetáculos, provavelmente serão noturnas.
Serão admitidos alunos de idade mínima de 16 anos. Haverão avaliações periódicas de conhecimentos (para aprimoramento do estudo). O Curso oferecerá certificação, porém só receberão certificação plena os que tiverem mínimo de 80% de presença e 80% de avaliação positiva.
Haverá possibilidade de indicação para estágio em companhias, grupos e/ou firmas de montagem, além de encaminhamento do formando ao SATED-SP, para obtenção de Registro Profissional Provisório (aos maiores de 18 anos), de forma a poder ingressar, ou regularizar sua situação no mercado de trabalho.
CALENDÁRIO DE AULAS
MÓDULO 1
ABRIL
14 Aula de Apresentação
21 Feriado
28 Ética e Disciplina
MAIO
05 História do Teatro – História da Iluminação
12 Eletricidade 1
19 Eletricidade Prática 1
26 Equipamento e Nomenclatura 1
JUNHO
02 Equipamento e Nomenclatura 2
09 Equipamento e Nomenclatura 3
16 História do Espetáculo 1
23 Eletricidade 2
30 Eletricidade Prática 2
JULHO
07 Montagem 1 (Mapa e Roteiro)
14 Montagem 2 Prática
21 História do Espetáculo 2
28 Montagem 3 Prática
AGOSTO
04 Luz e Cor 1
11 Introdução a Estética 1
18 Operação de Luz 1 – Analógica
25 Luz e Cor 2
SETEMBRO
01 Operação de Luz 2 – Analógica
08 Introdução a Estética 2
15 Avaliação – Fim do Módulo 1
MÓDULO 2
SETEMBRO
22 Introdução ao DMX
29 Olho e Visão
OUTUBRO
06 Introdução TV/Vídeo 1
13 Operação de Luz 3 – Digital
20 Operação de Luz 4 – Digital
27 Operação de Luz 5 – Digital
NOVEMBRO
03 Introdução TV/Vídeo 1
10 Estética Complementar
17 Gobos e Novas Tecnologias
24 Introdução a Moving Lights
DEZEMBRO
01 Avaliação – Fim do Curso
08 Entrega de Certificados
HORÁRIO DAS AULAS MÓDULOS 1 E 2
19:00h. ÁS 22:00h.
TOTAL DE HORAS AULA
MÓDULO 1 – 66
MÓDULO 2 – 33
Informações: (11) 3101-4600 / (11) 3257-2264