Falar do Manual de qualquer tipo de projeto é falar da união de várias categorias do design. Mais propriamente da união do PRODUTO com o GRÁFICO. Mas vendo vários casos e pela experiência que eu tive na confecção de manuais, garanto a vocês que o timing do manual (sua criação), é atrasado em relação a sua ordem de significância. Ou pelo menos o esboço dele.
Ele representa o modo como o usuário deve utilizar o projeto. E isso só é feito depois. Normalmente é um dos últimos itens a serem feitos. Qual o problema disso?
Antes de chegar a essa resposta, vou citar um raciocínio do Donald A. Norman em um de seus livros: se o usuário olha o produto e não sabe como usá-lo, a culpa é do designer. A culpa não pode ser do usuário (mesmo ele achando muitas vezes que a culpa é dele), a culpa deve ser do cara que não averiguou todas as possibilidades de compreensão do uso do seu projeto.
Pois então, voltando a resposta, temos um grande inimigo que é o designer egocêntrico que achou seu projeto perfeito. Esse cara vai dizer que “se o usuário olha o produto e não sabe como usá-lo, olhe o manual”. Mas mesmo aí existe a possibilidade do usuário não entender ou o pior, ele entender como deve ser feito e mesmo assim errar no uso.
Não, o usuário não pode, mesmo nessa situação, ser considerado culpado (ou burro!!). Se mesmo depois disso o usuário comenter um erro, o projeto não está 100% pronto.
E aí vem o tema desse texto que é o Manual do Usuário. Este item deve ser visto como uma extensão conjunta de todo o projeto e deve ser “rascunhado” durante o desenvolvimento, durante testes e tudo mais. Ele pode acabar virando um herói para projetos ruins, mas deve ser visto com uma maior importância pelos designers.
Conseguiríamos a partir daí formatar os usuários a entenderem a importância de cada categoria, resultando numa maior seleção e busca aos bons profissionais.