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Fonte X9: Calibri conseguiu derrubar o primeiro-ministro do Paquistão

Lembram que postei aqui que investigadores revelaram que documentos financeiros cruciais fornecidas pela família Sharif utilizava da fonte Calibri da Microsoft, mas tinham datas de antes da liberação da fonte para o público. Pois é, o primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, vai deixar o cargo imediatamente, seguindo uma decisão história da Suprema Corte do país. Sharif tem enfrentado acusações desde o ano passado, quando documentos vazados aparentemente mostravam que sua família tinha riquezas escondidas em empresas fantasmas no exterior.

Enquanto no Brasil uma mala de dinheiro, duas gravações não comprovam nada…

Nessa sexta-feira cinco membros da Suprema Corte decidiram de forma unânime que Sharif será desqualificado de ocupar qualquer cargo público, alegando que ele foi “desonesto com o Parlamento e com o sistema judicial”, a CNN apurou que, um porta-voz do partido o PMLN, depois deu uma declaração que dizia: “Nawaz Sharif deixará de ser o primeiro-ministro do Paquistão apesar de ressalvas a respeito do veredito”. O gabinete do primeiro-ministro também será dissolvido.

As finanças da família de Sharif passaram a ser apuradas depois do vazamento de 11,5 milhões de documentos conhecido como Panama Papers. Os documentos supostamente hackeados identificaram muitas pessoas poderosas as redor do mundo, o nome de Sharif estava nestes documentos que destacavam como era escondido o dinheiro nas empresas fantasmas. Foi aí que começou a investigação não só no primeiro ministro, como em toda sua família.

A investigação foi neste mês e o relatório final identificou muitas irregularidades, mas o ponto cabal foi a fonte da Microsoft em um documento que deveria existir antes da existência oficial da fonte, Calibri. O documento que estava datado em 2006 foi pastado por sua filha, Maryam Sharif no twitter, e quando os investigadores foram analisar, perceberam que o papel não poderia ser legítimo porque a Calibri foi lançada só em 2007.

O caso ganhou muita notoriedade por lá e nas redes sociais foi usado a hashtag, #Fontgate, como uma referência a todas as coisas relacionadas com a corrupção da família.

Eu sou uma administradora e não a dona. Prova anexada.

Nas descobertas que o GizModo noticiou, os investigadores descobriram que os filhos de Sharif não declararam a propriedade de três empresas offshore que fecharam negócios avaliados em pelo menos US$ 25 milhões e também afirmam que Sharif foi o presidente do conselho de uma empresa chamada Capital FZE, registrada nos Emirados Árabes Unidos. Essas coisas não necessariamente seriam ilegais no Paquistão, mas a família precisa declarar formalmente o envolvimento.

Paquistão Sinistro!

Nos últimos 69 anos do Paquistão nenhum primeiro ministro civil terminou seu primeiro mandato completamente. Essa também foi a primeira vez que Sharif é forçado a sair fora. Ele já foi deposto em 1999 por meio de um golpe militar e ficou preso sob acusações de apropriação e corrupção. Seis meses depois ele foi liberado e mesmo após o escândalo, Sharif conseguiu ser reeleito em 2013. Agora os paquistaneses só esperam que decisão da Suprema Corte impeça uma futura eleição no futuro.

[Bloomberg]

 

Quando o poder e a arte não convivem mais. Saí Portinari e entra Romero Britto

Essa semana 48 obras serão devolvidas do acervo do Palácio do Planalto e do Alvorada para o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro (MnBA). As informações da Revista Fórum indicam que sairá as obras históricas de Candido Portinari e entrará o pop art mais criticado do mundo.

 

Porque não estamos surpresos?

Ainda que a memória do brasileiro seja curta, a da maioria dos designers não. Acho que ninguém que está lendo esse artigo esqueceu que foi o “michelzinho” que aprovou a identidade visual do novo governo e que esse governo está sendo acusado de pedalar e roubar junto com o governo anterior.

Não só isso, também vimos o novo governo falar que não tinha dinheiro, tirar dinheiro de lugares sucateados enquanto:

  • Tem dinheiro pra ignorar as dividas da OI
  • Tem dinheiro pra anistiar os planos de saúde
  • Tem dinheiro pra anistiar as dividas dos proprietários de terra
  • Tem dinheiro pra aumentar o salário dos juízes e ministros
  • Tem dinheiro para DOBRAR a publicidade na Globo e nas revistas de direita como, Época, Veja, Istoé
  • Tem dinheiro para aumentar os salários dos políticos
  • Tem dinheiro para comprar mais armamento
  • Tem dinheiro para dar isenção fiscal para empresários
  • Tem dinheiro pra tirar todos os programas de software livre e comprar licenças da Microsoft
  • Tem sete ministros acusados na lava-jato, aquela mesma do Lula…

Seque os olhos;

Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa (um dos “inventores” de Brasília) e ex-presidente do Iphan, criticou a devolução das obras e faz um apelo à atual presidente do órgão, Kátia Bogea, para que evite a saída do acervo de Brasília.

Segundo ela o ex-presidente Juscelino Kubitschek  “conseguiu que o Museu de Belas Artes da antiga capital lhe cedesse uma bela coleção de obras de arte, a serem colocadas nos Palácios de Brasília, como a dizer – aqui, Poder & Arte convivem, cotidianamente.”

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional sabe a diferença entre pop e histórico, só o governo não!

Não é de se espantar também ver que a atual gestão do Iphan não ligue muito pra situação e que Kátia Bogéa, presidente do conselho consultivo não se manifeste. Esse governo está todo errado, saca só:

Recentemente o ex-ministro Cultura Marcelo Calero pediu demissão do cargo de ministro e, posteriormente, acusou ministro Geddel Vieira Lima e Michel Temer de praticarem tráfico de influência. No caso o então Secretária-Geral da Presidência, residente da Bahia tentou  conceder a licença de construção do prédio de luxo localizado em um bairro nobre de Salvador, que foi barrado pelo Iphan. Quer saber mais?

Foi a mesma figura que afirmou em uma entrevista para a TV Globo, que caixa dois não é crime e que quem fez isso no passado não deveria ser punido.

Notório Saber

Devido ao encerramento do contrato de comodato, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou, junto com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e pela Diretoria de Documentação Histórica (DDH) do gabinete da Presidência da República, a devolução de trabalhos de Cândido Portinari, Djanira da Mota, Alberto da Veiga Guignard, Arcângelo Ianelli, Eliseu Visconti, Maria Leontina, Rodolfo Amoedo e Henri Nicolas Vinet.

Nesse momento você pode estar pensando, nossa, mas você odeia Romero Britto tanto assim?
Você acha que os quadros dele não são arte? O que é arte? Não, não odeio ele. Só não acho que a arte dele, seja de perto maior que esses nove artistas, que representaram mais que o notório saber na arte, muito mais.

Em 1949, Cândido executou um painel lindo chamado “Tiradentes”, narrando episódios do julgamento e execução do herói brasileiro que lutou contra o domínio colonial português. Por este trabalho, Portinari recebeu, em 1950, a medalha de ouro concedida pelo Júri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia (Polônia). Djanira fez um painel cabuloso, o Painel de Santa Bárbara. Guignard criou a obra de arte mais valiosa de um brasileiro já vendida em um leilão…

Agora sou eu quem te pergunto, que sensação que fica?

Que o governo que diz que não tem dinheiro, mais uma vez gastou onde não devia. A troco de que? Popularidade, as pessoas que nunca leram sobre arte, nunca se interessaram e vão visitar o palácio nacional verão não as pessoas fodas da nossa história, vão ver o popular e clichê Romero Britto e o pior é que vão achar que o presidente que fala corretamente é genial, inteligente e que sabe tudo sobre arte, enquanto a nossa arte, junto com a nossa Democracia fica escondida em um estado do Brasil.

2016, vá embora, apague a luz e feche a porta.

Senado aprova reconhecimento da profissão de designer de interiores

O Senado aprovou nesta quinta-feira (16) um projeto de lei da Câmara que reconhece a profissão de designer de interiores. Como já havia sido aprovado pelos deputados, o texto segue agora para a sanção do presidente da República, Michel Temer.

CORREÇÃO: Na publicação desta reportagem, o G1 informou incorretamente que o Senado havia regulamentado a profissão de designer de interiores. Na verdade, o projeto aprovado é de reconhecimento da profissão. A informação foi corrigida nesta sexta, 18, às 18h22

De acordo com o projeto, a atividade é assegurada a quem tiver diploma de nível superior nos seguintes cursos: Design de Interiores; Composição de Interior; Design de Ambientes na habilitação de Interiores; e Arquitetura e Urbanismo.
Ainda segundo o texto, o designer de interiores deve “zelar, especialmente, pela conduta ética, pela transparência para com seu contratante, prestando-lhe contas e atendendo-o quanto às suas necessidades, pela sustentabilidade, pela responsabilidade social e pela segurança dos usuários, evitando a exposição destes a riscos e potenciais danos”.
O texto também estabelece que os projetos de designers de interiores serão considerados obras intelectuais, garantindo, assim, os direitos autorais dos projetos aos criadores.

Técnico
Pela proposta aprovada, é assegurado o exercício da atividade de técnico em design de interiores à pessoa que tiver certificação em curso técnico da área.

“O designer de interiores é o profissional responsável pela transformação dos mais variados tipos de ambientes, tornando-os mais confortáveis, prazerosos, seguros e eficientes”, destacou em seu parecer o relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS).

Relatório
No relatório, Paim destacou ainda que o objetivo do reconhecimento da profissão de designer de interiores é permitir o exercício da atividade somente às pessoas que possuem especialidade na área ou em setores similares. Na avaliação do parlamentar, o texto não promove reserva de mercado.

“Não há, assim [com o reconhecimento], a indesejada promoção de reserva de mercado em prol de determinado segmento profissional. Ao contrário, a proposição em apreço observa o direito fundamental ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, consagrado na Constituição”, afirmou.

Via: Globo.com