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Os Concursos de Design e a Pizza.

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Grandes concursos de design sempre existiram e agora pipocam por aí mais do que nunca. Mas vale realmente a pena pasrticipar de um? Será?

PERGUNTAS TOP TEN NO DESIGN INDUSTRIAL

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AS 10 PERGUNTAS INTRIGANTES QUE OCORREM NO DIA A DIA DE UMA EMPRESA DE DESIGN INDUSTRIAL.
Inspirado nas 20 perguntas da IDEO, empresa americana de desenvolvimento de produtos, decidimos tropicalizar o modelo e apontar as 10 perguntas mais frequentes.

 

Mesmo que não tenham desenvolvido um produto como o meu , vocês conseguirão desenvolver um?

Depende, pois alguns produtos necessitam de know-how especializado. Temos processos, metodologias, ferramentas e uma equipe especializada em determinados segmentos; energia, saúde, telecomunicações, defesa e microeletrônica. Fora destas áreas de conhecimento teremos um pouco mais de trabalho, mas conseguiremos com o devido suporte e coordenação do cliente e especialistas.

Que garantias eu tenho de que o design será de acordo com o meu briefing?

Todas as garantias possíveis. Em todo projeto o cliente necessariamente aprova antecipadamente todas as reuniões de acompanhamento e supervisão, assim como os devidos relatórios. Ou seja, todo e qualquer movimento dentro do projeto é transparente para o cliente, do contrato a conclusão, tudo previamente acordado em contrato.

Vocês conseguirão cumprir meu prazo? E qual o tempo médio de um projeto?

Todos os prazos acordados entre o cliente e a TipoD são exeqüíveis, uma vez que o detalhamento de processos é sempre previamente acordado com o cliente. Já quanto ao prazo, não existe um padrão de tempo, o prazo de projeto é sempre relacionado ao conjunto de serviços contratados, complexidade do número de peças, recursos financeiros disponíveis e principalmente quanto ao comprometimento da empresa do cliente com o projeto. Mas pode variar de 45 dias (projeto relâmpago) até 36 meses (projeto de pesquisa e desenvolvimento).

Quanto custa em média um projeto?

Não existe preço médio ou tabela de referência. O preço é o mero resultado do conjunto de; recursos humanos, especialidades da equipe, prazo, complexidade da arquitetura do produto, maturidade tecnológica e entregas.

É possível um produto final de alta qualidade mesmo com poucos recursos financeiros?

Raramente. Existe uma relação direta de qualidade do produto versus recurso financeiro para construção de ferramental, material e controle de processos. É impossível se obter um produto da classe de um Ford FOCUS gastando-se apenas o que se gasta em um Ford KA.

Vocês vão conseguir um design bonito e fácil de usar? E se eu (cliente) não gostar?

Sim, vamos conseguir. O Design será bonito e fácil de usar sempre, uma vez que o cliente aprova cada avanço e mudança realizada no produto. E caso não goste, o que nunca ocorre, ele estará sempre em fases de aprovação, portanto no momento certo. E mesmo assim, caso não goste de determinado design ele contará sempre com diversas opções, nunca apenas uma. Apenas como exemplo, para um design de gabinete para a Parks, foram desenvolvidos mais de 190 conceitos à mão-livre, após a seleção, 04 modelos foram detalhados em plataforma CAD-3D (SolidWorks) e finalmente um destes entrou em produção. 

Gosto do trabalho e da abordagem de vocês, mas a distância me preocupa no caso de contratação.

A distância não é e nunca foi um impeditivo. No início da empresa em 2001 projetávamos para clientes locais e fabricávamos mundialmente: projeto na unidade de Brasília e fabricação nos EUA e China. Atualmente projetamos para clientes de todo o Brasil e até nos EUA, e fabricamos inclusive nos EUA, Brasil e Sudeste Asiático.

O que eu terei na conclusão do projeto? Quais seriam os próximos passos?

As entregas, ou delivereables, são relacionadas ao escopo do projeto e do contrato. Em um projeto integrado (design, engenharia, ferramental, logística e suprimentos) em que o cliente opta pela contratação ponta-a-ponta, ou seja, do planejamento ao lote piloto, nos entregamos tudo, o cliente não tem de se preocupar com nada. O que é este tudo: relatórios, cronogramas, planilhas de especificações, normas, fluxogramas de processos, árvores de falhas, BOM, listagem de fornecedores, arquivos CAD-3D, patentes, mockups, prototipagens rápidas, ferramentas…  A idéia toda é que o cliente tenha em um único parceiro a centralização do processo de desenvolvimento, ficando a seu cargo apenas suas especialidades.

Nos casos em que o produto necessite de processos de testes, aceleração de ciclo de vida, certificação e/ou homologação nos encaminhamos o projeto para os parceiros respectivos.

É necessário um protótipo, modelo ou algo similar antes da fabricação? Afinal, qual a diferença entre estes termos?

Sim é necessário. Em um processo de desenvolvimento sem uma prototipagem antes da fabricação final ou de ferramental todos os erros possíveis irão surgir e muita coisa não funcionará. O protótipo final deve garantir a checagem de montagem, tolerâncias dimensionais, simulação de funcionamento, propriedades mecânicas e químicas de materiais entre outros fatores. Caso contrário, é bem provável um grande gasto de dinheiro e tempo na etapa final.

A TipoD é um escritório, estúdio ou fábrica?

Nenhuma das anteriores. A TipoD é uma empresa de desenvolvimento de produto que faz parte do grupo LECTRON. Ela é o braço de produtos industriais, sendo a Ciaporte o braço de software embarcado, e a LECTRON o braço comercial do grupo. A função da TipoD é desenvolver produtos do zero: da pesquisa básica ao desenvolvimento sob contratação. Respectivamente junto com Universidades /Institutos Ciência e Tecnologia e Empresas Privadas. A questão fabril é totalmente horizontal, fabricamos componentes, ferramentas e até importamos para nossos clientes. E no caso de produtos próprios, nos desenvolvemos e a LECTRON fabrica e comercializa.

 

Links:

www.tipod.com.br

blog.tipod.com.br

www.lectron.com.br

www.ideo.com

Pixelshow 2008 – cobertura via twitter

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Pra quem não veio, (ou está no Rdesign Bauru) pode acompanhar o pixelshow em conta gotas aqui:
http://twitter.com/design_se

EWD CURITIBA – RESULTADO

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Desde já agradecemos a todos que participaram enviando comentários com idéias criativas e interessantes e elogios. Os felizes ganhadores que enviaram o melhor comentário (foi difícil escolher) e ganharam um convite EWD Curitiba foram o ….:

Daniel Nass comentou:
Analizando (designer deveria analizar mais) seriamente o contexto geral do Espaco.com, eu acredito que ele esteja perto do que é ideal, vejamos bem não perfeito e sim ideal.
E o que seria o ideal? Seria informar devidamente todos os designer e aspirantes a designer sobre este universo maravilhoso que é o design.

Considerações finais: Mudança do layout. Sei que o layout é muito bom e a leitura é otima, mas acredito que se pode fazer algo realmente diferente!

Os assuntos abordados são otimos continuem assim!

HunterDog Comentou:

1º Sou fã de carteirinha dos textos-que-fazem-repensar-nosso-conceito, que tem sido muito bem explorado pela Lígia e pelo Ricardo Martins.
2º Falta mais organização do fórum, é apenas minha opnião, mas me sinto bombardeado de informações sempre que eu entro lá.

Tiago Pastorello Comentou:
1) O que eu mais gosto na Espaco.com é saber de todas as últimas notícias, fresquinhas e as tirinhas de bom humor

2) Como outro comentou não há o que mudar, em time que tá ganhando não se dá uma de Dunga, mas daria pra adicionar algumas peças publicitarias e cases pra galera que não tem o que fazer.

Ambos estarão recebendo 1 email em breve com o convite e é só imprimir e ir ao evento.

Lembrando que em breve terão muitos mesmo… Entre eles pro convites pro Animaserra e EWD Porto Alegre, “e outras cositas mas”… ASSINE NOSSO FEED AGORA MESMO!

III ANIMASERRA 2008 ABRE INSCRIÇÕES PARA ANIMAÇÃO PUBLICITÁRIA

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Na 3ª edição de um dos maiores festivais de animação do Brasil, o Animaserra, a organização vem como uma novidade que pode aquecer ainda mais o mercado publicitário: a nova categoria da mostra competitiva: ANIMAÇÃO PUBLICITÁRIA.

Sabe-se que hoje cada vez mais a animação é utilizada por grandes agências para cativar o público e, por vezes, transmitir uma mensagem de forma mais suave e atrativa. Exemplo disso são os anúncios do Unibanco, Bradesco PrevJovem (este último inclusive feito pelo time da SeagullFly, palestrantes do evento em 2007), Confort e etc.

Não há mais aquele conceito que animação é apenas para crianças e jovens. Prova disso, é o crescente mercado de animação para adultos, como Death Note, o pacote de comemoração dos 20 anos da animação Akira e diversos outros.

A organização do Animaserra 2008 está confiante e diz que aguarda inscrições de diversas agências de publicidade de todo o Brasil. “Para aquecer ainda mais o movimento do festival, criamos esta categoria que também fará parte a partir deste ano das categorias fixas que já existiam no festival, como 2D, 3D, Flash, Stop-Motion e Técnica Mista, além das tiras de quadrinhos” – afirma Antonio Ribeiro, criador e organizador do evento.

Com público de mais de 8 mil pessoas nas duas edições anteriores do evento, o Festival acontece na cidade de Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro e já conta com um secto de fãs por todo o Brasil.

Este ano está prevista uma palestra internacional, além de grandes nomes do circuito nacional. E ainda, o evento tem o selo de comemoração dos 70 anos da DC Comics no Brasil, contando com apoio da Warner Bros. e Panini Comics, além da empresa Pixologic, criadora do software de modelagem ZBrush e também do Centro de Treinamento Cadritech, de São Paulo. O Festival conta ainda com o apoio do site ESPACO.COM na divulgação virtual em sua terceira edição
Se você trabalha em alguma agência de publicidade ou tem algum trabalho freela que utilizou animação para vender alguma idéia ou produto, você pode se inscrever na categoria Animação Publicitária! Mas atenção, o prazo está se esgotando!

Acesse o regulamento e outros detalhes no site oficial do evento em

www.animaserra.com.br

99 sites que todo designer deveria conhecer

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Ontes de ontem postei alguns sites de fontes, hoje pra continuar o Armando Fontes (rimou) postou no dG“99 sites que todo designer deveria conhecer”. O post original foi feito há muito tempo (data 25 de fevereiro passado) pelo Jacob Cass no justcreativedesign.com,  mas sempre vale a lembrança.

Neste ele teve cuidado de separar em várias categorias:
General Design, Web Design, Resources, Show Cases, Development, Flash and Flex, Typography, Video and Motion, Personal Design Blogs, Web 2.0, Relaxation e Various.

Segue o link para quem não quer terminar de ler isso e entrar logo no site (em inglês): http://justcreativedesign.com/2008/02/25/99-graphic-design-resources/

E ainda fecha com chave de outro ao linkar o antigo post onde lista 101 sites para adquirir inspiração. (em inglês).

Infelizmente dos incríveis 29 trackbacks nenhum é brazuca, e o único em língua portuguesa é o blog português Webmania.

99 sites que todo designer deveria conhecer

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O post de Jacob Cass no justcreativedesign.com é velho, data 25 de fevereiro passado, mas nunca é demais republicar.
Ele teve cuidado de separar em várias categorias 99 sites que todo designer deveria conhecer:
General Design, Web Design, Resources, Show Cases, Development, Flash and Flex, Typography, Video and Motion, Personal Design Blogs, Web 2.0, Relaxation e Various.

E ainda fecha com chave de outro ao linkar o antigo post onde lista 101 sites para adquirir inspiração.

Infelizmente dos incríveis 29 trackbacks nenhum apenas um é brazuca, o Abduzeedo, e o único em língua portuguesa é o interessante blog português Webmania.

Concurso: Design for Poverty

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Design for Poverty International Contest é um concurso promovido pelo Yanko Design em colaboração com o Blog Action Day. A participação está aberta para applicantes de qualquer parte do mundo; profissionais, estudantes e simpatizantes do design.
Visto no Young Zeh.

Ciclo de Palestras em Design Emocional 2008

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A européia Marjolein de Wilde, mestre em Gestão do Design e colaboradora do escritório Park Advanced Design Management, abre nesta sexta, 12 de setembro, no campus da PUCPR, em Curitiba, o ciclo da pelestras Design Emocional 2008. Com sedes na Holanda e na Alemanha, o Park trabalha para empresas como Whirpool e Lego, atuando conjuntamente com o instituto alemão Sinnus, o mesmo que desenvolveu o conceito de estilo de vida para a elaboração de briefings de design na Europa.

No dia 26 de setembro, será a vez de João Bezerra de Menezes. Ele é professor da Escola Superior de Desenho Industrial (RJ), e responsável pelo Laboratório da Motorola que investiga padrões de consumo dos brasileiros para o desenvolvimento de produtos para a
empresa.

Kleber Puchaski é o palestrante do dia 31 de outubro, Doutor em Design pelo Royal College of Art, na Inglaterra, ex-aluno da PUC, Puchaski se especializou no design de transportes. Em seu doutorado tratou de questões emocionais no design.

O ciclo será encerrado no dia 5 de dezembro, com a presença de Dario Caldas. Consultor de várias empresas, Caldas desenvolveu o Observatório dos Sinais a partir de sua experiência na França. Publicou livro homônimo e forneceu conteúdo material para jornais nacionais.

Mais informações:
Profa. Dra. Virginia Borges Kistmann
Departamento de Design
Coordenadora do Curso de Especialização em Design Emocional Pontifícia
Universidade Católica do Paraná Rua Imaculada Conceição 1155 80 215-901
Curitiba PR [email protected]

TecDESIGN – Evolu

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O Campus Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná realizará no período de 21 a 24 de outubro de 2008, a segunda edição do TecDESIGN. O evento, cujo tema é “Evolução e Diversidade”, objetiva contribuir para o aperfeiçoamento curricular e para o desenvolvimento sócio-econômico de Apucarana e região, possibilitando a atualização e maior interação entre alunos, professores, profissionais e comunidade.

O programa do TecDESIGN consiste em palestras, mini-cursos, apresentações de trabalhos científicos e comunicações coordenadas que apresentarão o estado da arte do design brasileiro.

Expo Visual Print 2008

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O mercado de comunicação visual é conhecido pela grande oferta de produtos e equipamentos das várias empresas do setor; entre fabricantes, distribuidores, importadores, etc. A tomada do mercado pelas máquinas de baixos custos fez com que as empresas reavaliassem suas de decisões, porém, poucas ações são planejadas estrategicamente.

Esta é a missão da Expo Visual Print 2008: mostrar as novas tecnologias de impressão, soluções para projetos, lançamentos de produtos, entre outros. Afim de proporcionar aos visitantes o que há de mais moderno no mercado e garantir que a empresa tenha oportunidade de escolha no investimento, incorporando qualidade e eficiência para crescer e conquistar novos clientes.

A feira irá reunir as principais marcas do setor, nacionais e internacionais, proporcionando um grande encontro para fechamentos de negócios, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2007.
O evento ocorrerá no Expo Unimed Curitiba, a área de exposição conta com 3.780m² , plenária com capacidade para 400 pessoas, salas de reunião, salas de workshop, área de alimentação. Nesse local você encontrará:

* estacionamento gratuito para mais de 2 mil veículos;
* ampla rede de alimentação;
* Total infra-estrutura tecnológica – projetores em todas as salas multifuncionais;
* acesso a internet banda larga;

Além de todas essas vantagens você também conta com um amplo espaço de laser, rápido acesso a um dos maiores shoppings de Curitiba, à 5 minutos do Parque Barigui e serviços de apoio completos.

Inscreva-se

II designers

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Com a temática do Design Gráfico ao Design Digital, acontece de 15 e 18 de setembro, no auditório do ICH da Universidade Federal de Pelotas (RS), o II designers ? VII Festival de Design.

O evento acadêmico contará com palestras, oficinas e exposições, além do Festival de Design e o Festival de Cinema, organizado pelo curso de Cinema e Animação da UFPEL. A organização é do PET ? Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas, e conta com patrocínio master da agência Conrad Caine Media Applications, da Alemanha, patrocínio da agência Insight Design, de Pelotas, e do apoio da Editora Rosari e dos Hotéis Manta.

A proposta é valorizar o design gaúcho – todos os palestrantes convidados são nascidos no Estado e possuem um trabalho relevante na área. Entre eles: Cainã Nunes, da globo.com; Marcos Nähr, da DELL; Prof. Dr. Luis Vidal Negreiros, da Uniritter; Alex Maldonado, da Conrad Caine; Pablo de La Rocha, da agência w3Haus; e Isabela Rodrigues, da agência Santa Motion.

As inscrições estão sendo realizadas no IAD/UFPel, ao valor de R$ 15,00 (com direito a uma oficina), desde 8 de setembro, podendo ser efetuadas também nos dias do evento. As vagas são limitadas. O IAD fica na rua Alberto Rosa, 62.

Arghdesign #5: Beer designers

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Você pode reclamar do cake designer que fez seu bolo de aniversário. Pode reclamar do designer de sobrancelhas do seu bairro ou do hair designer da sua mãe. Mas convenhamos, falar em Beer Designers é muito mais divertido. Além disso, é um tema ótimo para retomar esta coluna depois de três semanas de hiato – desviando um pouco (muito) do foco deste blog, ainda que seja sempre bom ouvir sobre outros assuntos fora do nosso mundinho fechado. Se o assunto em questão envolve canecos batendo e cereais fermentados descendo goela abaixo, tanto melhor!

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Dia 30 de agosto, em um belo sábado quente de inverno de Belo Horizonte, foi realizado o III Concurso Nacional de Cerveja Artesanal. Em uma chácara nos subúrbios da cidade, cervejeiros do país inteiro se reuniram (de táxi, é claro) para distribuir suas produções próprias, “provar” (interprete como quiser) as mais de 15 microcervejarias presentes no evento e “debater” (de novo, interprete como quiser) sobre esse fantástico assunto que é a cerveja produzida em casa. E aqui posso fazer o comparativo: cervejeiros também sofrem de uma certa crise de identidade. Mas essa “crise” vem da ainda inscipiente cultura cervejeira nacional. Quando falamos de estilos de cerveja, existem as escolas belga, alemã, tcheca, britânica e norte-americana… mas não uma escola brasileira. É isso aí, povo: designers não são os únicos seres do mundo a procurar uma identidade nacional para seu trabalho.

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A diferença está na abordagem. Boa parte dos designers são chorões e birrentos, perdendo tempo discutindo em círculos. Cervejeiros simplesmente não estão nem aí – produzem primeiro e perguntam depois. A Colorado (cervejaria de Ribeirão Preto) inovou usando mandioca e café na cerveja. A Dado Bier (gaúcha), com erva-mate. Se ficou bom, ótimo. Se não, até a próxima experiência maluca. É tanto otimismo transbordando que dá dó comparar com nós, designers em crise.

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Veja o seguinte caso: quando nós olhamos um rótulo de cerveja, não encontramos muito mais informações além dos ingredientes e do grau alcóolico. Mas cervejas possuem uma variadade grande de índices, e um deles é o IBU, ou índice de amargor. As pilsens tchecas – as originais (nada a ver com o suco de milho que tomamos aqui) – têm entre 25 e 30 de IBU. Uma Heineken, que consideramos amarga para o nosso paladar, tem 20. Skol, Bohemia, Kaiser e afins não costumam passar de 10. Um maluco carioca que se enquadra perfeitamente no perfil que tracei acima criou uma assombração alcóolica com 150 de IBU e 10,5º – com o sugestivo nome de “Hop Wine” (Vinho de Lúpulo). Foi provar tal líquido fermentado que me fez chegar à conclusão que existe, sim, um estilo brasileiro de fazer cerveja – que se resume na palavra insanidade.

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Esse não é o único comparativo interessante. Uma das cervejas ganhadoras de um concurso anterior foi fervida em uma panela de batata e esfriada na piscina do quintal – mais ou menos como muitos projetos fantásticos (e premiados) de design que vemos por aí foram feitos. Os cervejeiros estão se organizando em associações – a AcervA Nacional (Associação de Cervejeiros Artesanais) e as Regionais. Concursos atrás de concursos têm sido realizado pelo país para divulgar a “arte”. O mercado tem tido um crescimento tão assustador que até as megacervejarias mudaram suas estratégias – enquanto a Schincariol entrou de cabeça nesse mundo, comprando várias microcervejarias e investindo em inovações, a Ambev/Inbev aposta nos rótulos importados que a empresa já têm. Em menos de uma década e de maneira completamente anárquica, os cervejeiros estão fazendo com seu mercado o que os designers lutam desde que a profissão aportou por aqui.

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Fazer uma cerveja em casa não é difícil, mas é trabalhoso: da moagem do malte à passagem para os fermentadores (não raro galões de 20l de água mineral improvisados) passam-se fáceis 12 horas, além de melecar toda a área de serviço da casa e boa parte da cozinha. O custo da brincadeira por litro sai muito mais caro que qualquer cerveja de supermercado – e ninguém estaria nessa se não fosse por paixão. E paixão muitas vezes é também o que faz toda a diferença para os bons e maus profissionais de design.

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Se você ama o que faz, por mais ruim que seu trabalho seja, vai fazer o possível e o impossível para melhorá-lo. Não só pelo esforço, mas simplesmente porque tudo (bem, quase tudo) passa a ser muito divertido. Pense nas 24 horas do dia. Qual o sentido de se dormir 8 horas e fazer o que não gosta durante outras 8 com o objetivo de se fazer o que gosta nas 8 restantes? Ainda não inventaram um jeito prático de se abdicar do sono, então temos 1/3 de toda uma vida sendo jogada pela janela. Dá pra tornar essa vida mais interessante – especialmente com um caneco de Belgian Strong Ale do lado da mesa.

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E viva a invasão dos beer designers!

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(em tempo: nenhum cervejeiro no mundo se autodenomina “beer designer”, mas inventar essa expressão foi uma maneira prática de irritar os pentelhos do design. Se você é um deles, provavelmente está sofrendo de falta de preocupações na vida. Vá fazer um filho)

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Luiz Fernando Pizzani é coordenador geral do Projeto Empreendedorargh!, uma iniciativa de cursos de curta duração, palestras e pesquisas itinerante sobre mercado de trabalho e empreendedorismo em design no Brasil. É formado em desenho industrial – projeto de produto pela PUCPR, pós-graduando em CBA de Gestão de Negócios pela Estação-Ibmec Business School e presta serviços de consultoria para empresas de design recém-formadas ou em fase de formação. É viciado em Strong Golden Ales, Rauchbiers, IPAs, Kölschs, Barley Wines e tomar café da tarde com Fernando Henrique Cardoso, não necessariamente nesta ordem.

Fala Freela! – Podcast para feelancers

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Mauro Amaral e Humberto Oliveira criaram um podcast bem interessante chamado Fala Freela onde é debatido o dia-a-dia do profissional liberal, não somente designers, mas qualquer um que trabalha desta forma independente.
Ainda estão no segundo número (mas existe o episódio zero) e acredito que muita coisa boa venha por aí. Querendo debater alguma questão, mande pra lá sua sugestão de pauta.

2. O caminho do meio
1. Clientes, cliantas e creontes
0. O que é um freelancer?

36 Vistas do Cristo Redentor

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A editora Casa 21 convida ilustradores, desenhistas e fotógrafos a enviarem imagens sobre o tema Como eu vejo o Cristo.

As 36 melhores e mais originais visões do Cristo Redentor ganharão um livro autografado pelo artista Renato Alarcão. As imagens ficarão expostas na galeria virtual no site da editora. O livro, 36 Vistas do Cristo Redentor, inspirado nos famosos trabalhos do artista japonês Katsushika Hokusai e dos franceses Henri Rivière e André Juillard, será lançado pela editora Casa 21 em dezembro.

Os interessados em participar devem enviar seus trabalhos até o dia 30 de outubro no seguinte endereço: http://www.editoracasa21.com.br/36vistas/como.php. O resultado será divulgado em dezembro.

O Projeto
Há exatamente 172 anos, o pintor japonês, Katsushika Hokusai, conhecido por suas gravuras em madeira, realizou 36 Vistas do Monte Fuji. Em 1902, Henri Rivière, amador de selos japoneses, descobriu a obra de Katsushika e decidiu desenhar Paris, tendo a Torre Eiffel, que ele viu construir, como fio condutor de sua obra. Rivière, ilustrador e gravador, que trabalhou no célebre cabaret artístico de Montmartre, Le Chat Noir, apresentou sua obra mostrando vistas da Torre Eiffel e paisagens de Paris com a torre como fundo de horizonte.

A obra 36 Vistas da Torre Eiffel foi impressa em litografia e em cinco cores. Um século depois, o ilustrador e desenhista de quadrinhos, André Juillard, teve contato com a obra de Henri Rivière por ocasião de uma exposição no Museu d?Orsay. A cidade de Paris tinha sofrido grandes transformações. A nova versão de 36 Vistas da Torre Eiffel foi lançada em 2002, a partir do olhar, desta vez, de um ilustrador.

36 Vistas do Cristo Redentor pretende dar continuidade ao projeto nascido em 1832, realizando um livro e apresentando, sob diversos ângulos e perspectivas, o principal símbolo da cidade do Rio de Janeiro. O Cristo será visto a partir de situações inusitadas e de diversos bairros. Imagens diurnas e noturnas. Serão, como sugere o título do livro, 36 ilustrações tendo o Cristo Redentor como personagem principal ou compondo, como elemento discreto, porém essencial, uma cena urbana.

Características do livro Título: 36 Vistas do Cristo Redentor Formato: 290 x 230 mm Capa dura 80 páginas a cores em papel couché fosco 36 ilustrações em aquarela Renato Alarcão Designer gráfico com mestrado em ilustração pela School of Visual Arts de Nova York, Renato Alarcão tem trabalhos publicados no jornal The New York Times, na Folha de São Paulo, no anuário da Society of Ilustrators (NY), além de diversas revistas e livros dos EUA e Brasil.

Suas ilustrações já participaram de exposições no American Institute for the Graphic Arts (AIGA), na New York Public Library, na Bienal de Bratislava e também em Tóquio, quando ganhou o prêmio NOMA para livros ilustrados (uma competição patrocinada pela UNESCO do Japão).

Atualmente Alarcão divide-se entre diversos projetos editorias, participando também da Sociedade dos Ilustradores do Brasil (da qual foi um dos fundadores), além de promover diversos cursos em seu ateliê-escola, o Estúdio Marimbondo. O artista também realiza cursos, palestras e workshops em diversas cidades do país.

Ilustrações e imagens sobre o Cristo Redentor Os trabalhos devem ser enviados para o site da editora: http://www.editoracasa21.com.br/36vistas/como.php 36 trabalhos serão escolhidos.

Os autores receberão o livro 36 Vistas do Cristo Redentor, autografado pelo ilustrador Renato Alarcão. Prazo para envio: 30 de outubro Assessoria de imprensa Mais e Melhores Produções e Marketing Paulo Almeida [email protected] (21) 2208 5952 | 8197 5600

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