All posts by Gustavo Jota

Formado em design industrial pela Universidade de Brasília - UnB. Empresário, sócio de empresas do setor de design e infra-estrutura. Frase do ano: modernidade hoje significa um bocado de user names, senhas e sites, dos quais vcs nao se lembra nem de um nem do outro.

Irmão Campana Chinês: Copiando e Recriando…

 

Luminária feita de garrafas de vinho ou espumante

Sou designer de produto formado, mas desta vez me senti um Irmão Campana Chinês. Por que? Simples, ano passado li uma matéria em um site americano de “faça você mesmo” que demonstrava com criar uma Luminária bem bacana… Daí peguei minha experiência de designer de produto e recriei a luminária. O efeito final é o de “vaga-lumes” voando dentro de uma garrafa de espumante… Confira este efeito em vídeo, e as dicas de como fazer. Clique aqui…

No final das contas, acho que vou nomear este produto de arte “arteira” de Luminária Vaga-Lumes. E aproveitem e deem uma visitada no recém inaugurado espaço da Bebideria no Facebook…

Não me entendam mal, copiei e deixei claro! Mas fica o dilema, Irmão Campana Chinês nessa aqui ou não? E quem mais já fez uma destas?

Qual o rótulo mais bonito de 2009?

Caros colegas e entusiastas de design. Devido ao grande acesso do público na Bebideria.com.br, trazemos um assunto polêmico: o rótulo mais bonito de vinho. Cabem aqui discussões quanto à estética, forma, função, público… Fora as relacionadas ao universo do vinho em si. Mas para encurtar, fica a provocação: qual o mais bonito? Acessem a matéria na íntegra e respondam ao questionário. No final do processo traremos para cá os resultados e todos os encaminhamentos da discussão, e ainda a votação do ano seguinte…  Um bom fim de semana e bons tragos e causos!

Desenvolver é fácil, o difícil é vender!

Desenvolver este produto foi relativamente fácil. O Furo Limpo é bem criativo, simples e por aí vai. O capital para financiar a produção é algo mais delicado, pois necessita de histórico bancário ou “bala na agulha”. Agora nada se equipara ao esforço de vendas, esse sim… Dá muito trabalho e gasta muito recurso financeiro. Quem mais do design está enveredando pela criação e venda de produtos próprios? O que tem gerado maiores esforços?

Maiores informações, acesse aqui…

A Heineken, o Vírus e o Design

Acompanho há algum tempo os designs repaginados não-oficiais de diversas marcas. Os casos mais famosos são os da Heineken, até porque ajudam a vender, e muito! Em alguns casos denigrem a imagem, como fizeram com Activia + Johny Walker, sem comentários. E o que retiramos de aprendizado destes designs não-oficiais? Dizem que os positivos ajudam a vender…

É possível medir o retorno destas ações virais em termos de resultados?

Baseado nos casos descritos iniciaremos séries de ações de marketing para vendas, todos utilizando este instrumento de modificação não-oficial da marca com outra marca notória qualquer. E para medir o resultado, positivo ou negativo, vamos utilizar uma ferramenta de MKT-CRM – o WeLink – que irá gerenciar e calcular os resultados de forma mensurável, sejam estes resultados no formato de venda, permuta, parceria, oportunidade de negócios, comentários e etc. Mas o principal, queremos saber o ROI (retorno do investimento) desta ação.

Utilizaremos os 10 anos da TipoD, empresa conhecida em seu segmento de engenharia e design industrial. A empresa presta serviços de consultoria, design, engenharia, prototipagem e fabricação. Como sou um dos sócios, só preciso me preocupar com o outro lado, o lado do retorno negativo…

Qual será o resultado? Contamos nos próximos POSTs!

Quem tem coragem? Todo mundo faz, mas…

O filme “Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar” de Woody Allen é notório, e traz à tona uma questão muito polêmica, o Sexo. E embora sejamos muito liberais, nossa criação pseudo-católica brasileira nunca tratou bem do asssunto, diferentemente dos protestantes, pseudo-protestantes e outros mais…

Mas essa pequena introdução é para jogar pimenta no tempero: quem aqui já fez, ou acha que gostaria de trabalhar com a indústria erótica? Porque lendo a IstoéDinheiro desta semana me deparei com uma matéria online sobre este mercado que se demonstra totalmente promissor e que ainda é dominado por produtos importados!

O mercado erótico movimenta mais de R$ 1 bilhão: filme pornográficos, “boates” (conhecidas como whiskerias aqui no sul), brinquedinhos e profissionais do ramo (com todo respeito). Imagino que destes ramos, os designers devam procurar trabalhar nos “brinquedinhos” e sites de serviço! Mas, nunca se sabe, cada um na sua! De qualquer modo, para título de comparação, 65% deste mercado é de produtos importados. Temos então muito para crescer!

Fica minha pergunta, quem tem coragem? Afinal, sexo todo mundo faz, mas…

Vídeo da IstoéDinheiro…

Terça do Riso no Paraíso de Marcas e Patentes

Preciso compartilhar com vocês o dia da risada! Todas as terças no início da manhã ou logo depois do almoço entro no site do INPI e vejo a RPI (revista de propriedade industrial) para verificar o status de alguma marca de minha propriedade, as de clientes e obviamente para aproveitar e rir um bocado. Mas além das risadas vou compartilhar com vocês alguns processos do INPI e desmistificar algumas coisas…

Primeiro, como gosto de polêmica vou começar nela. Vejo que boa parte do designers (gráficos e de produto) se esquecem que existe propriedade intelectual, seja  quando estão na fase criativa (e pergunto porque) ou na validação e seleção de idéias! O que gera uma enorme confusão e discussão que permeia a Academia e o setor Privado: roubo de idéias, como proteger, como apresentar sem ser copiado e por aí vai. Polêmica tipo “O que é Design” e ” Reconhecimento da Profissão”. Poxa, basta ler uns livros e isso é problema resolvido. Ninguém discute CAD x Régua T, problema superado, vamos para a frente! Resumindo: proteção é no INPI e órgãos similares em outros países. Nada de cartinha registrada enviada para a vovó!

Agora a segunda parte engraçada: tem cada MARCA registrada lá. Tem cada MARCA depositada lá. Valem as risadas! Sucessão de mal gosto, cópia, criatividade-libertina, populismo gráfico e por aí vai. Nem lhes digo! É preciso ver para crer! Vale a visita! Mas não fica no campo estético o problema. Vale ainda o aprendizado de tecnologia cronológica: É tanto efeito de Corel e Ilustrator, fora os mais avançados do popular “Fotoshopi” que dá para ver qual versão de software os criadores usam! E para os que adoram jogar pedra nos micreiros, mas também têm feito coisas feias, ficam os aprendizados de modismos: vários quadrinhos ao redor de imagens, coisas fofinhas, bichinhos e tudo que é meio Twitter etc e tal. Isso me lembra idos de 1990 quando todas marcas tinham de ter uma elipse para remeter aos substantivos de conexão  e globalização (Internet Explorer bom bando no aaaaaaaauge).

Agora as dicas menos fúnebres: caros, ao inventar um nome, uma coisa, um objeto, entrem no INPI e ainda procurem no Google, Big, (…)  e até no Registro.BR por coisas similares. O ser humano pensa de modo parecido, fora os picos de criatividade, portanto, todos vamos passar por ideias parecidas, imagens parecidas, insights e tal.

O meu problema em questão foi dar nome a um blog de vinhos. Me deparei com um nome que cabe, Bebideria Tragos & Causos, e fui atrás do Registro.BR e INPI. Fora isso, verifiquei no Google se alguém usava esse nome em algum blog ou coisa e tal. Dito e feito, consegui um nome “novo” e efetuei todo o registro no INPI e Registro.BR. Depois do processo do INPI todas as terças durante 60 dias verifico se existe alguma oposição, algo que não ocorreu. Portanto, em algumas poucas semanas tenho o registro definitivo!

Riam um pouco, amanhã é dia de visita ao parque de diversões!

E espero em algumas semanas poder abrir para votação a identidade visual da Bebideria, vou colocar na mão de vocês a decisão!

GUIA PARA GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS

Depois de alguns estresses do cotidiano acerca de como gerenciar de modo prático um projeto de produto, e principalmente para  esclarecer a forma de cobranças, resolvi sentar e escrever um guia para compartilhar aqui no escritório. E acho que vale a pena compartilhar com vocês…

A – Premissas para entendimento básico para o ciclo de gestão:

  • O produto é resultado de um projeto;
  • O produto evolui e estabiliza por etapa de projeto;
  • O projeto é uma estratégia, abordagem para se desenvolver um produto;
  • O projeto tem etapas distintas, algumas em paralelo;
  • O projeto é baseado em métricas numéricas – quantitativas (prazo, início, fim, custo, pessoas, documentos, lucro, ROI…);
  • O projeto é também baseado em métricas de valor – qualitativas (opiniões, sensibilidades, ou; melhor, pior, similar, igual, indiferente…);
  • As fases internacionalmente aceitas de projeto se dividem em:
    • Ante Projeto de Negócio – planejamento estimado para análise de risco sobre o ROI;
    • Planejamento do Projeto – detalhamento executivo do plano;
    • Projeto Informacional – levantamento de dados de mercado, normas, patentes, concorrentes, tecnologias e estabelecimento de metas do produto;
    • Projeto Conceitual – desenvolvimento de alternativas conceituais;
    • Projeto Preliminar – cálculo de pré-dimensionamento e simulações computacionais de alternativa;
    • Projeto Detalhado – detalhamento técnico e refinado na cadeia de fornecedores e envolvidos;
    • Preparação da Produção – protótipos finais e aquisição de ativos – ferramentas ou moldes;
    • Lançamento – vendas iniciais;
    • Produção – processo constante de suprir produtos para a venda;
    • Pós Venda – suporte ao produto no ciclo de produção;
    • Manutenção – assistência técnica e suprimento de partes para correção de falhas nos produtos;
    • Re-Projeto – evolução do produto;
    • Descontinuação – retirada do mercado, término de vendas;
    • Reciclagem e Descarte – re-manufatura, re-processamento, rastreio de peças catalogadas e deposição;

Esta figura ilustra em engenharia simultânea, as macro-etapas  de projeto que correm em paralelo. Os projetos são medidos normalmente em Meses (parte cinza), já os processos de produção /fabricação são medidos na escala de anos.

B – Dica para tornar objetivo o gerenciamento de projetos:

  • Listar: etapas, processos, atividades;
  • Enumerar: todas as etapas, processos e atividades;
  • Quantizar: dar valor numérico a todas as etapas, prazos, entregas, resultados, documentos;
  • Indexar: gerar prioridade de operação (início, término);
  • Precificar: atrelar tudo a preço, de modo a se analisar a cadeia de valor no projeto.

C – Auditoria nos Projetos

C 1 – Perguntas genéricas no PROJETO, ordem inversa:

1)    Quanto tempo para a conclusão final, produto na mesa?

2)    Quanto tempo para o protótipo final?

3)    Quanto tempo para o POC (prova de conceito – proof of concept)?

4)    Quanto tempo para a apresentação de conceitos de engenharia? (alternativas)

5)    Quanto tempo para a avaliação de metas (quantitativas e qualitativas do produto – ou Caderno de Especificações)?

6)    Quais as normas vigentes para este mercado? Quantas normas e recomendações em evolução?

7)    Quais as etapas de projeto, prazo, pessoal, custo, aquisições? Estimadas por Etapas? (o resultado tem de ser um Excel físico-financeiro, cronograma e relação de pessoal e aquisições estimadas antes do início de projeto)

8)    Qual o mercado-alvo, tamanho do mercado, quem são os concorrentes (marcas e produtos), prática de preços por praça

9)    Quem é o produto concorrente que devemos parear ou superar? De onde podemos trazer diferenciais tecnológicos? Existem patentes relacionadas ao produto em questão?

10)  Que produto será desenvolvido, funções principais do produto e/ou sistema ao redor?

C 2 – Perguntas genéricas no PRODUTO /SERVIÇO, ordem inversa:

1)    Demonstrar e avaliar o lote piloto (qualidade dos produtos e funcionamento de software que vão ao mercado)

2)    Demonstrar e revisar produto final (produto montado final e software versão de pré-lançamento)

3)    Demonstrar protótipo final (funcionamento de protótipo rápido e software versão beta)

4)    Demonstrar como nosso produto vence o concorrente, quais as vantagens competitivas e pontos fracos? SWOT (análise de forças e fraquezas)

5)    Demonstrar e avaliar mockups (maquetes), plantas técnicas, layout final de software com navegação e funcionalidades

6)    Apresentar alternativas de design de produto, arquitetura da engenharia do produto, funcionalidades possíveis do software (serviços oferecidos aos usuários)

7)    Demonstrar e provar quais alternativas cumprem com normas e regulações. Demonstrar como as alternativas interagem como produtos integrados (design, engenharia e software)

8)    Apresentar Especificações Meta (cadernos de especificações) com resultados esperados e não desejados de cada frente do produto (design, engenharia e software)

9)    Análise comparativa entre os concorrentes e quais caminhos tecnológicos seguir

10)  Descrição básica das funções do produto

Novo Uno e velhas práticas de design industrial

Um ícone reprojetado, é assim que vejo o novo UNO. E como o primeiro de 1980 este trouxe novidades e benefícios para o consumidor de 2010. Aguardo um espaço na minha agenda para fazer um test drive!

O projeto foi uma resposta aos carros orientais que chegavam no mercado europeu, mas o carro caiu muito bem no Brasil, onde é um sucesso de vendas comparável aos feitos do VW Fusca e VW Gol. O conceito do veículo original foi desenvolvido por 2 times de design; um dentro da própria FIAT (Centro Stile FIAT) e outro terceirizado com o famoso Giorgio Giugiaro (Italdesign) que desenhou inúmeros sucessos de venda e público, aliás a terceirização é muito comum na Europa e América, algo que ainda lutamos no Brasil para que se torne uma prática.

Uno 1980, o guerreiro. Projeto Italiano dentro da FIAT e com fornecedores de design terceirizados.

Já o novo Uno é outra história, veio prioritariamente para comer mercado da concorrência utilizando uma marca de sucesso, o UNO e aproveitando uma plataforma derivada do Pálio. Se será um sucesso de vendas como o primeiro, apenas o tempo poderá dizer. Mas vejo como vitória ao menos o novo Uno ser desenvolvido no Brasil dentro do Centro de Stilo FIAT, em Betim Minas Gerais.

Uno 2010

Falando francamente, espero muito que a FIAT trabalhasse aos moldes da matriz, onde os projetos são levados aos escritórios de design mais compententes através de um concurso. A FIAT teria a força para iniciar esta prática que já é uma realidade nos mercados maduros, afinal, ela já realizou com a Mueller plásticos um concurso de design de interiores onde inclusive ganhamos na categoria escritório… Quem sabe a FIAT inove na próxima também para os designers?

Matéria na íntegra, mais fotos e vídeos: blog.tipod.com.br

Design Thinking e Etnografia são Modas?

Don Norman, Northwest University

Norman afirma em seu novo livro, ainda não lançado que o Design Thinking e a Etnografia são modas, e que realmente a complexidade e a tecnologia são o motor da Inovação, e não o design. Polêmica? Mas tem sentido…

Sendo Ex Designer da Época, o PhD Don Norman tem uma vasta experiência com produtos ditos inovadores, pois trabalhou em uma das empresas mais inovadoras em tecnologia. Mas afirma em seu livro que as maiores invenções da humanidade não foram realizadas por designers, e sim; engenheiros; físicos; químicos; matemáticos. Bem, realmente por trás de muitos produtos existem uma equipe multidisciplinar e o Designer é um deles. Mas seria realmente O Cara? O que vocês acham? Quais invenções foram feitas por designers????

Vale a leitura da reportagem na Época que tem o iPAD na capa.

A pequena antecipação pode ser vista aqui…

Links:
Norman em entrevista à Epoca >>

Blog de Don Norman >>

Blog da TipoD >>

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Banda Dzaine!

Quando imaginamos que o fundo do poço foi alcançado, descobrimos um buraco negro logo embaixo. Muitos estudantes, profissionais, professores e empresários do ramo de design reclamam do uso do termo “design” e sua banalização. É designer de unhas, hair designer, designer de bolos e por aí vai. Onde vai acabar? Já fomos esculachados pelo Pretinho Básico no Sul do país ao vivo para milhares de pessoas no entoado “Design é Rei”. Bem, por enquanto acabou na banda de Forró DZAINE! .

E de quem é a culpa? Da mídia? Dos iletrados? Bem, eu sou parte da mídia, uma vez que aqui vos escrevo – e não ganho nada para isso. Quanto aos iletrados, bem. Somos um país de iletrados. Colocar a culpa em quem mal interpreta um texto, e tão pouco consegue articular uma sentença correta seria imprudente.
Se querem a minha opinião leiam, talvez não queiram. Mas aí vai a bomba: a culpa é de VOCÊS. Criam termos “teoricamente fundamentados” ao redor do “design” tentando criar significância onde não existe. Criando poder onde não há. E para piorar, desbravar fronteiras que são de outros profissionais – já ouvi gente reclamando no sentido oposto. Dói não é? Bem, chega! É web designer, designer instrucional, designer de escola de samba, designer automotivo, designer de interfaces, designer de superfícies, designer de gerenciamento, designer de modelagem, design de personagens, design dpqp@#$^!… Bem, não é à toa que o povão entendeu errado. Agora temos de conviver com os hair designer e Banda DZAINE da vida. Vivam e chorem, aliás como bem o Pretinho Básico pontuou: um bando de chorões.

Meus caros, vamos às raízes, estudem a história! Até a bauhaus deu para trás ao tentar fundir cênicas, arquitetura, design, artes e engenharia. O mundo mudou mas algumas fundamentais se estabeleceram, Design é: Gráfico, Produto, Interiores e é Moda. E quem diz isso não sou eu, é o MEC no Brasil. E quem manda aqui é o pessoal do MEC. Quando houver, e se houver uma mudança tudo bem. É oficial.
Enquanto isso, colham os frutos que plantaram e acima de tudo assistam a mais nova modalidade de design brasileira: a de música.

http://www.youtube.com/bandadzaine
Designer é Rei…

Branca de Neve rima com luxo?

Era uma vez uma empresa fundada, em outubro de 1923, por um jovem sonhador chamado Walter Elias Disney (1901-1966). Mais conhecido pelo apelido Walt Disney, ele tinha uma mente fértil e criativa que permitiu transformar suas ideias em personagens que encantaram crianças de todo o mundo nas últimas oito décadas.

Mickey Mouse, Pateta, Pluto, Pato Donald, Tico e Teco e outros desenhos animados foram os pilares do que hoje é o conglomerado Walt Disney Company, um grupo dono de parques de diversões, estúdios cinematográficos, lojas…

E que, em 2008, faturou US$ 37,84 bilhões. Mais do que uma marca cujos atributos são o sonho, a magia e a fantasia, o rótulo Disney é uma máquina de fazer dinheiro, um ímã que atrai empresas dos mais diversos segmentos interessadas em pegar emprestado o seu encanto. Cabe, portanto, à companhia selecionar com cuidado quem – e como – poderá usar o seu nome.

Por isso, causou estranheza o anúncio do lançamento da Kirstie Kelly for Disney by Mouwad, uma coleção de anéis, de platina e diamantes, inspirada em princesas da Disney, como Branca de Neve, Cinderela, Jasmim, Ariel, Bela, entre outras. Não haveria problema algum se esses produtos tivessem sido desenvolvidos para crianças, o seu público-alvo. Só que, ao contrário do que se imagina, são joias de casamento que custam até US$ 6 mil – um produto de luxo que, a princípio, nada tem a ver com a Disney.

Esse tipo de ação, por mais economicamente lucrativo que seja, chama atenção para uma questão crucial para as grandes empresas: como estender a marca sem perder a sua identidade? A rigor, a Disney é uma das companhias mais bem-sucedidas nesse campo. De acordo com a Interbrand, consultoria especializada em avaliação de marcas, a Disney ocupa a 10ª posição no ranking global das grifes mais poderosas do mundo, com um valor de mercado de US$ 28,4 bilhões.

Além disso, no ano passado, faturou US$ 2,8 bilhões apenas com as vendas de produtos que levam o seu nome. Tudo, porém, tem limite. Não há como Disney e suas princesas disputarem mercado com tradicionais marcas de luxo como Cartier, Tiffany e outros ícones do setor. Mais: ao tomar uma decisão como essa, a empresa corre o risco de fugir dos principais atributos que pautaram a sua história, como o sonho e a fantasia “Soa estranho ver um produto como esse, para adultos, com a marca Disney”, diz Marcelo Rosa Boschi, professor de gerência de marca da ESPM.

Essa discussão é longa. David Aaker, especialista em marketing da Universidade de Berkeley, um dos gurus da arquitetura de marca, defende a extensão com unhas e dentes. Al Ries, outro papa no assunto, é, definitivamente, contra. E não faltam exemplos que sirvam para pavimentar as teses dos dois. A marca de motocicletas Harley- Davidson é dona de um dos casos dos mais emblemáticos de uma extensão benfeita.

Todos os produtos com a sua grife, como jaquetas, camisetas e até canetas, têm um apelo que remetem à liberdade, a um estilo de vida próprio. Isso acontece porque os executivos da empresa não se deixam levar pela vaidade de que a marca pode tudo, que tudo pode. Há, evidentemente, um limite. A marca com pitadas de rebeldia não suportaria a uma aventura de estampar fraldas descartáveis ou iogurtes para crianças.

Da mesma forma, os brasileiros não assimilaram ver a Yakult, a famosa fabricante de lactobacilos vivos, vendendo produtos de beleza de porta em porta. Não demorou para os executivos da companhia perceberem que esse não era o DNA da marca aqui no País. Fecharam a fábrica que tinham em São Paulo e voltaram as atenções ao que interessava: o produto embalado no simples potinho de plástico. Sinal de que nem toda história termina com final feliz.

Extraído de IstoÉ Dinheiro.
Artigo de Carlos Sambrana

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Designer na presidência, vamos ganhar mais essa concorrência!

Um Designer para presidente 2010!

– Evitamos qualquer tipo de denúncia de corrupção para arrecadamento ilegal de dinheiro para financiar a nossa campanha, já que nós mesmos podemos fazer toda a campanha eleitoral, desde santinhos a vídeos, jingles, banners, etc, sem precisar pagar ninguém pra isso.
– Sempre estaremos muito bonitos e sem olheiras em qualquer foto de publicidade, já que podemos não ter a beleza de um modelo nem muitas noites de sono, mas sempre contamos com o photoshop como grande aliado.
– Entendemos da fome e já passamos muito por ela, ou você pensa que as 4 horas da manhã alguém entrega delivery?
– A matemática é simples: Quem entende de Pantone, CMYK, RGB e os manipula com maestria, entende de qualquer coisa.
– O Design Social é uma realidade, já ajudamos milhares de artesãos e comunidades em todo país a desenvolver seus trabalhos, gerando assim melhor fonte de renda e novos empregos
– Somos excelentes com a parte de finanças, já que todos os meses temos que fazer trabalhos incríveis geralmente com um borderô super escasso.
– Somos multi-tarefa, podemos ser contratados como Presidentes e ainda fazer um freela na câmara de vereadores à noite, no legislativo por e-mail e no executivo no final de semana.
– Entendemos muito da dificuldade da reforma agrária, pois esta também não acontece no nosso trabalho. Enquanto sofremos pra ocupar cubículos de 1×1 metro ou até mesmo dividir a mesa e o computador com um ou mais companheiros, nossos chefes sempre possuem um latifúndio, alguns até com frigobar e vista “privilegiada” da Marginal.
– Temos muita paciência e vontade de vencer, vide nosso histórico de quantos clientes traumáticos tivemos que superar.
– Somos muito bons não só em criar projetos mas em refazê-los milhares de vezes (e milhares às vezes não é exagero) para agradar a todos.
– Sabemos ouvir as exigências do povo e sempre as levamos em consideração, já que estamos acostumados a ter palpites em nosso trabalho de clientes, chefes, do amigo, do amigo do amigo, do motoboy que passou pela empresa, do joão do almoxarifado e do José, faxineiro que nem ao menos limpa a área em que trabalhamos.
– Muito comunicativos, estamos sempre conquistando novos “eleitores”, seja em máquinas de café ou em fumódromos.
– Já provamos por A + B que somos excelentes trabalhadores pois mesmo sem dormir, doentes, virados de balada, com uma puta ressaca, em estado terminal ou apenas em espírito, sempre fazemos um ótimo trabalho.
– Temos forte patrocinadores ao nosso lado, como a Neosaldina, Dorflex, Apple e, é claro, todas as marcas possíveis de café.
– Cumprimos todos os deadlines de projetos e entregamos tudo sempre sem atraso ou com atraso mínimo, mesmo que isso nos faça perder aquela festa esperada o ano inteiro, reuniões de família, batizados, Natal, Ano Novo, namoros, casamentos, vida social, vida de um modo geral…