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ArghDesign #2: Homo Tudo Sapiens (ou: “como eu amo meu Landau”)

Tempos atrás fui questionado em uma lista de discussões ao inserir o seguinte argumento, todo cheio de pompa e rebuscamento, como é típico dos grandes argumentos da humanidade:

“Design social é chato”

Pronto! foi o pivô de cucurbitações extasiantes, ofensas aleatórias e respostas que pareciam quase, mas não totalmente, completamente diferentes um debate construtivista (valeu, Douglas Adams!).

A verdade é que, com tantos modismos indo e vindo anexados no discurso de nosso querido design, fica extremamente difícil manter um foco sobre a atuação profissional. Quem pensa no design focado em marketing e administração corre o risco de ser taxado de “fomentador do consumismo”, “sanguessuga de moedas”, “porco capitalista” ou coisa pior. Quem analisa com foco em temas sociais, por outro lado, é “inimigo da profissão”, “populista”, “panfletário” ou ainda “profissional incompetente que virou professor” (esta última é a mais clássica). Nem caio no risco de citar sustentabilidade aqui – o termo mais em voga na nossa insignificante esfera azul nos últimos anos, e também o de significado real mais obscuro (chegando, neste quesito, a passar para trás com honras outros clássicos: “agregar valor”, “paradigma”, “interdisciplinariedade” e o meu preferido, “design como ferramenta competitiva estratégica”).

Para piorar, há, no Brasil, uma cultura estranha de que o lucro é pecaminoso. Ao mesmo tempo que empresas são vistas com maus olhos quando mostram publicamente que estão muito mais preocupadas em gerar dividendos que em salvar o planeta, um profissional de design que abandona o discurso social em troca de clientes é um “vendido” ou “prostituto”. Embalagens longa-vida são difíceis de se reciclar. Logo, quem desenha embalagens longa-vida é vilão. Quem diz “Não! Eu só trabalho com papel reciclado” para o cliente é herói. Isso ocorre mesmo que a longo prazo a atuação do primeiro se mostre como mais sustentável que do segundo, porque é difícil de analisar nestes casos relações de causa e efeito mais aprofundadas – e como tanto diz Steven Levitt em seu Freakonomics, relações de causa e efeito puras e diretas são difíceis de encontrar. Assim, talvez o primeiro designer possa estar contribuindo mais para nosso “mundo feliz” que o segundo sem sequer perceber isso – enquanto o outro, ao escolher trabalhar com determinados produtos sem conhecer a fundo seus ciclos de vida, pode estar causando um impacto ambiental muito maior, apesar das boas intenções.

Esse exemplo simples da complexidade de se trabalhar com design social é útil para entendermos outros “problemas” que inevitavelmente todo designer acaba enfrentando em sua vida profissional, como por exemplo a “indispensável educação” de clientes. Da mesma forma que um designer atrapalhado pode causar um dano ainda maior ao ambiente ao querer, na verdade, reduzí-lo, um designer com a melhor das intenções de educar seus clientes para o valor da atividade pode causar o efeito inverso e criar uma aversão eterna ao design. Essa é a consequência de guiar atos pelo senso comum.

Independente do rumo profissional que queremos seguir, independente das escolhas que fazemos, ter foco é essencial. Designers tem o péssimo hábito de querer mudar o mundo – partindo do princípio que o mundo queira ser mudado – e de pensar que ele é assim justamente por não conhecer o potencial do nosso trabalho. Besteira. Nós não somos deuses. Não somos super-heróis, nem temos as respostas para todos os problemas. E, principalmente, não precisamos forçar a existência de um aspecto social no design porque o design *é* social em sua essência. É uma redundância.

Proponho uma troca, então: deixemos de lado esta nossa prepotência – este nosso pretensionismo – e consideremos atitudes mais singelas. Você quer educar as pessoas para o design? Então que tal educar a si mesmo para entender as pessoas? Seus clientes vão agradecer. Você quer ajudar a criar um mundo mais verde? Estude bastante e vá fazer um mestrado ou doutorado (aliás, por que designers odeiam tanto livros?) em alguma linha de pesquisa ligada a sustainability design. Escreva uma tese bacana. Publique. Crie um caminho e mostre ele para o mundo, trocando achismos por fatos.

Ah, sobre o Galaxie Landau, para quem não sabe, era o carro top de linha da Ford até 1983 – um gigante de cinco metros e meio por dois, que (bem regulado) faz uma média de 3,5 km/l. Um tremendo poluidor na atmosfera. Sem problemas – durante a semana eu ando de bicicleta, então equilibro minhas emissões as de carbono. E eu durmo bem à noite.

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Luiz Fernando Pizzani é coordenador geral do Projeto Empreendedorargh!, uma iniciativa de cursos de curta duração, palestras e pesquisas itinerante sobre mercado de trabalho e empreendedorismo em design no Brasil. É bacharel em desenho industrial – projeto de produto pela PUCPR, pós-graduando em CBA de Gestão de Negócios pela Estação-Ibmec Business School e presta serviços de consultoria para empresas de design recém-formadas ou em fase de formação. É viciado em filmes dos Irmãos Marx, livros de HQs, dormir em rede, Albert Camus e voadoras, não necessariamente nesta ordem.

Quando não dá certo…

Tem dias que essa coluna até que está legal. Mas algumas vezes, confesso que não me orgulho nem um pouco de vê-la publicada. Até erros de português encontro.

 

Pois é, a gente não acerta todo dia (na verdade, o índice de erros é bem alto), mas ninguém precisa se matar ou desistir por causa disso. Melhor assumir, ouvir as críticas com atenção e partir para erros novos.

 

Acontece comigo, com você e com designers gráficos também. Pena que as pessoas relutem tanto em admitir.

 

Método projetual em design é uma coisa que designers sérios levam a sério mesmo. Os autores consagrados apresentam variações, mas de tudo o que li, sempre aparecem, de um jeito ou de outro, os seguintes passos:

 

1. Obter o máximo de informações sobre o projeto. Isso pode acontecer de várias maneiras. Deve-se definir bem o problema e conhecer o público de interesse, estudar os concorrentes diretos e indiretos, relacionar as necessidades e restrições que o projeto deve atender, prospectar tendências, verificar a disponibilidade de técnicas e materiais, redigir um briefing bem completinho e tudo o mais que puder ajudar. Eu incluo ainda, nos projetos dos quais participo, um diagnóstico da identidade corporativa.

 

2. Organizar ou representar visualmente as informações associadas. Isso pode ser feito por meio de um painel semântico, onde imagens e palavras podem conduzir o fluxo de idéias, mas há outras formas. Há quem use mapas mentais, visite bancos de imagens e até quem prefira rabiscar em Moleskines.

 

3. Gerar alternativas. Quem ignora o método geralmente começa desse ponto, perdendo pelo caminho um monte de informações essenciais quando se senta na frente do computador. A geração de alternativas pode ser feita a lápis mesmo, num primeiro momento.

 

4. Selecionar alternativas e refiná-las. Designers profissionais costumam escolher 3 opções (no máximo) para apresentar ao cliente. Isso acontece por dois motivos: se ele apresenta 10 idéias, é porque não fez uma pré-seleção e o trabalho ainda não está maduro. Além do mais, o cliente pode ficar confuso e querer construir um Frankestein com um pedaço de cada. Por isso é que se precisa estudar bem todas elas, verificar os prós e os contras de cada uma, analisar a pregnância da forma, as possíveis interpretações semióticas, se as cores são as mais apropriadas, as aplicações em positivo e negativo, a adequação da tipografia, os alinhamentos, a Gestalt. Se é um cartaz, é importante se certificar que ele cumpre os objetivos. Se é uma marca, garantir que ela não contradiz a essência da empresa. Se é um documento, assegurar-se de que a informação é comunicada com clareza e facilidade.

 

5. Apresentar o resultado ao cliente e estar aberto a ouvir feedbacks. Essa é a parte mais difícil, sem dúvida. Principalmente porque nesse ponto o designer já está considerando o seu trabalho como um filho e disposto a defendê-lo com unhas e dentes de qualquer ameaça de crítica. Sempre advogo que um profissional precisa ter argumentos técnicos para apresentar em caso de dúvidas ou descontentamentos, até para evitar que o cliente mutile o projeto ou modifique-o a ponto de torná-lo irreconhecível. Ok, mas às vezes acontece do trabalho não ter ficado bom mesmo.

 

O fato do sujeito ter seguido todos os passos, ter feito tudo direitinho e se dedicado, ainda não garante um resultado digno de nota. Pode ter faltado talento. Pode ter faltado tempo ou planejamento. Sei lá, pode ter faltado até inspiração para encontrar uma solução eficaz e contundente. Nada disso significa que ele é um incompetente, mas certamente significa que ele precisa fazer de novo.

 

O duro é quando o designer não quer admitir isso de jeito nenhum: ficam ele e o cliente tristes, frustrados, infelizes, agredindo-se com meias palavras e guardando mágoas mútuas. Ruim para todo mundo.

 

Vejo alunos dedicados fazerem tudo certo e apresentarem trabalhos medíocres, ruins mesmo. Como fazê-los entender? Na maioria das vezes, falta cultura visual, eles não fazem a menor idéia do que estou falando e acreditam piamente que o resultado ficou ótimo.

 

Não gosto da palavra humildade porque associo-a sempre à submissão, coisa que acho péssima. Então, nessa hora, aconselharia mesmo é ter bom senso e manter ouvidos e olhos bem abertos.

 

A gente pode aprender muito nessas experiências traumáticas quando consegue reconhecer que não foi brilhante. Convém não desperdiçar a chance.

 

Lígia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br

Crítica ao “Manifesto Anti-Design”

No segundo semestre de 2007 foi divulgado um manifesto cuja intenção era expandir a discussão sobre a atuação do designer e os rumos que a profissão estava tomando. É elogiável a intenção do manifesto, na medida em que propõe uma reflexão crítica sobre o design. É bom quando alguém decide se posicionar e deixar de aceitar passivamente tudo que é imposto seja pelo mercado, faculdades, professores, políticos etc.

Visando colaborar para a discussão, faço aqui uma análise crítica ao manifesto (esse post já havia sido publicado no meu blog pessoal, Design pra Vida, em outubro de 2007). Veja a análise a seguir.

Segundo o manifesto Anti-Design,

“Designers gostam de brigar, vivem na sua panelinha, são ignorantes em filosofia, são passivos, são ignorantes em design, são preguiçosos e só querem a prática, vivem pensando apenas numa abstração chamada “mercado”, são escravos do neoliberalismo, são escravos do modelo americano, lidam com abstrações como “mercado, design”, sem saber do que se tratam. Os estudantes de design também são conformados ou ignorantes. “Os designers” rejeitam a teoria, abraçam o tecnicismo, a prática. Eles não tem discussões teóricas com professores, só querem a prática. Os designers dependem do mercado. Sem o mercado, o Design perde identidade, pois professores ensinaram que se não vende e não tem propósito, é arte. Designers não refletem sobre o próprio design e isso gera a falta de reconhecimento da profissão. Quando surge um olhar externo, fora do modelo de design atual, ele não é ouvido pela maioria.”

Em primeiro lugar, que “designers” são esses? Estereotipar a figura do designer, dizendo que “os designers isso, os designers aquilo”, ou seja, todos são iguais, é ser simplista demais. Nem por um milagre ou incrível coincidência, seria possível encontrar um designer que fosse exatamente igual a outro em tudo. Portanto, generalizar dizendo que existe uma figura chamada “O Designer” é perigoso e coloca em dúvida qualquer afirmação que se faça sobre ele.

Em segundo, será que essas características de adoração à prática, rejeição da teoria, subordinação ao mercado e à política são características só dos “designers”? Sabemos que não. Médicos, capoeiristas, engenheiros, policiais, enfim, muitas profissões também padecem desse mal.

Esses comportamentos que são condenados pelo manifesto refletem menos um problema pessoal e mais um problema educacional, que nasce nas famílias, não só nas faculdades ou cursos técnicos.

Concorrência

  • Alguns designers brigam contra micreiros e publicitários, mas médicos também brigam com farmacêuticos, fonoaudiólogos brigam com médicos, engenheiros brigam com arquitetos que brigam com decoradores que brigam com as costureiras que fazem cortina em casa. E porque brigam? Não é porque são designers. É porque são seres humanos que sentem medo, ciúme, inveja ou simplesmente se sentem mais vivos quando entram numa disputa.

Conformismo

  • Alguns designers também são conformados e não criticam, devido a fatores culturais. O brasileiro é passivo. Desde o ensino fundamental, é ensinado a aceitar tudo que vem dos professores como lei. Levantar a mão e contradizer um professor merece apedrejamento nas faculdades, pois muitos brasileiros, sejam professores, alunos ou designers formados, tem dificuldade em aceitar a crítica e levam pro lado pessoal. Isso gera um ciclo perpétuo, onde eu não critico você, que também não me critica. E isso não é um problema só pros designers.

Prática

  • E a adoração à prática, seria um privilégio dos profissionais de design? Não. Que um raio caia na minha cabeça, se apenas os designers gostarem de “cursos práticos”. A rejeição à teoria tem raízes muito mais profundas do que se imagina. A ênfase no trabalho manual, o analfabetismo funcional e a dificuldade em escrever e interpretar textos, a deficiência didática dos professores, a urgência dos tempos, a lei natural do menor esforço, enfim, são muitos fatores que fazem o ser humano querer o caminho direto que leve à realização.

Ditadura do mercado

  • Com respeito à obediência ao mercado, isso também não é característica exclusiva dos designers. Essa sujeição capitalista está menos ligada à ignorância dos designers e sim a uma questão de sobrevivência imediata e subordinação econômica, onde quem detem o capital manda e quem precisa dele obedece. Obviamente, isso não agrada todo mundo, mas a forma de combater isso seria igualando o poder gerado pelo capital financeiro com o poder gerado pelo capital do conhecimento. Só que as instituições educacionais não conseguem isso e essa equalização não acontece. Resumindo, o buraco é mais embaixo, e esse descontentamento dos designers com a lógica capitalista neo-liberal não vai se resolver assim tão facilmente.

Um modelo melhor

Sobre a relação do designer com a teoria, prática, política, consumo e tecnologia, vale a pena comentar aqui o excelente texto “O designer valorizado”, de Nigel Whiteley (in ARCOS: design, cultura material e visualidade. Rio de Janeiro: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Design da Escola Superior de Desenho Industrial, out. 1998, v.1 n.1, p. 63-75).

Nesse texto de 1998, Whiteley propõe algo parecido com o que prega o Manifesto Anti-Design, quando propõe um modelo equilibrado de ensino do design que não seja totalmente excludente nem extremista, que atenda ao mercado sem ser um escravo dele. Ele diz:

Precisamos, para o próximo século, de designers criativos, construtivos e de visão independente, que não sejam nem ‘lacaios do sistema capitalista’, nem ideólogos de algum partido ou doutrina e nem ‘geninhos tecnológicos’, mas antes profissionais capazes de desempenhar seu trabalho com conhecimento, inovação, sensibilidade e consciência. Às escolas de design cabe a responsabilidade de fomentar essas qualidades no aluno, e não uma atitude de atender resignadamente às vicissitudes de um sistema consumista obcecado com lucros rápidos e com o curtíssimo prazo. As escolas e faculdades devem satisfações a toda a sociedade e não apenas àquelas empresas que empregam designers diretamente. O designer precisa ser formado para ser verdadeiramente profissional, no sentido em que fala a profissão médica, e para ter consciência de suas obrigações para com a sociedade como um todo e não apenas com os lucros do seu cliente. O designer precisa ser hipocrático, não hipócrita.

Pra finalizar, concordo com o manifesto, quando ele se posiciona contra fórmulas prontas da academia e contra os achismos dos designers. Mas acredito que isso não é um problema do design. Isso é um problema das pessoas. Portanto, o nome Anti-Design não reflete adequadamente a essência do manifesto, pois o que se deve combater não é o design em si e sim os mau designers.

Matrizes Curriculares – das Atividades Complementares

Matrizes Curriculares – das Atividades Complementares

Muita gente tem me questionado por e-mail e também tenho visto isto em várias comunidades e fóruns, sobre uma disciplina presente em muitas Matrizes Curriculares chamada “Atividades Complementares”.

Estas atividades são sempre bem vindas desde que tratadas da forma correta pelas IES. A função e objetivo delas visa a complementação para a plena formação do acadêmico com saberes e conhecimentos que por vezes não é aprendido dentro da sala de aulas.

Porém o que é mais comum encontrarmos são IES que fazem constar esta disciplina na Matriz Curricular do curso, porém a emprega de forma inadequada, pura enrrolação mesmo.

Quando você, futuro acadêmico, deparar-se com esta na Matriz do curso pretendido, questione a coordenação do curso sobre como é tratada esta disciplina durante o curso.

Muitas a colocam apenas para preencher a carga horária mínima necessária para ter o curso aprovado pelo MEC. Porém, o que acontece na realidade é que muitas utilizam esta carga horária para justificar o tempo que o aluno irá gastar EM CASA para fazer os trabalhos do curso. Ou seja, você estará pagando para realizar um trabalho onde em nada estará onerando a IES, pois este será realizado na tua casa, será o teu gasto energético, o teu material e os teus equipamentos.

Então, sempre que encontrar a tal “Atividades Complementares”,  questione a universidade sobre como é tratada esta questão.

Eles terão de explicar detalhadamente como será o processo desta disciplina e todo o ementário. Afinal, você é um cliente e estará pagando por um serviço. Logo, não pode comprar um produto às escuras.

Se perceber que esta carga horária tem a ver com a questão de desenvolvimento de trabalhos em sua casa (tipo tarefas) exija que isso seja descontado de sua mensalidade e que você  seja dispensado da disciplina pois pra esse tipo de trabalho, você  não é obrigado a pagar pra fazer uma coisa que sabe que terá de fazer independente da existência ou não desta na Matriz Curricular.

Para maior esclarecimento, listo abaixo algumas atividades que realmente podem ser consideradas como complementares:
projeto de pesquisa (iniciação e pesquisa)
visitas técnicas
monitorias
projetos
extensão e ensino
enfim, atividades acadêmicas que visem a FORMAÇÃO do acadêmico.

No caso dos estágios:

SE este for obrigatório, NÃO pode ser computado na carga horária desta disciplina.

SE este for opcional, aí PODE ser computado.

A parte de eventos também pode entrar no cômputo final desta carga horária (mas isso vai depender da regulamentação da universidade):
palestras
Feiras e mostras (promovidas pela IES)
Congressos
etc.

Portanto, muito cuidado na hora de escolher o teu curso para não comprar gato por lebre.

 

Estágios

Muita gente me escreve solicitando informações sobre estágios.

Realmente ainda é complicado encontrarmos estágios nas diversas áreas de Design, especialmente em Interiores/Ambientes.

Muitas IES não levam em consideração este elemento fundamental e importantíssimo para a formação do aluno onde o mesmo vai adequando-se à realidade do mercado ao mesmo tempo em que vai cobrindo na prática, falhas deixadas pelas Matrizes Curriculares.

Fiz uma breve busca de alguns órgãos e empresas que buscam aproximar empresas e acadêmicos através de estágios. Vale a visitinha a cada um dos sites indicados.

NUBE – Núcleo Brasileiro de Estágios realiza a integração de estudantes, empresas e instituições de ensino. Nossa principal meta, é identificar, selecionar e qualificar estudantes para integrá-los aos programas de estágios oferecidos pelas empresas.

Estagiários.com – Painel de vagas e a disponibilização, online e imediata, do currículo do Aluno para busca, seleção e contração, de Estudantes de nível médio e universitário junto às Empresas e Instituições contratantes.

CIEE – O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é uma instituição filantrópica mantida pelo empresariado nacional. O maior objetivo do CIEE, nestes 44 anos de existência é encontrar, para os estudantes de nível médio, técnico e superior uma oportunidade de estágio que os auxiliem a colocar em prática tudo o que aprenderam na teoria.

GNE – Aqui você encontrará diversas informações sobre o programa de estágio. Aproveite para conhecer o diferencial de uma empresa compacta, parceira e objetiva no que diz respeito as leis e procedimentos de estágios. Contrate estagiários! Conheça os benefícios para sua empresa, além
de contribuir com o futuro da nova geração de profissionais.

Bom, existem várias outras que operam em todo o país e aquelas mais localizadas. Nada que uma busca no Google não resolva.

Uma outra forma de encontrar estágios são os jornais, especialmente aqueles sobre concursos que sempre tem bastante vagas de estágios.

Se a sua IES não é cadastrada ou não cadastrou o seu curso, exija isso da coordenação do curso. É um direito seu e um dever dela.

Saudações!!!

A rapa é dura…

e a vida não é mole nao….

Acabo de ter o desprazer de olhar o edital do mega concurso que está sendo promovido pelo (des)governo federal. Quem quiser mais informações é só acessar: http://jcconcursos.uol.com.br/DefaultInformacao.aspx?IdInformacao=11859&IdSecaoSite=2

Concurso??? Ótimo, ao menos não são CCs e o povo que entrar vai ter de mostrar competência e não apenas QI…

Porém, ao analisar os cargos e respectivas exigências notei muitas, mas muitas mesmo, incoerências.

Profissões nada a ver com o cargo estão lá listadas e outras TUDO a ver não…

Isso sem contar que vi 2 cargos para designers: 1 para produto e outro para a área gráfica. Estão mais que clara as atribuições e funções, porém, a seguir as habilitações: Desenho Industrial e…. arquitetura, claro…

Isso sem contar que ela aparece até mesmo no desenvolvimento de projetos do Ministério da Pesca no desenvolvimento de programas…. tadinhos do pessoal de engenharia de pesca…

Isso sem contar que ela aparece no IPHAN onde as atribuições são o desenvolvimento e acompanhamento de projeto???? Culturais… E onde ficam o pessoal de história, artes, etc etc etc

Isso sem contar no SFH onde o cargo destinado à financiamento, os requisitos são??? direito, economia, contabilidade e??? arquitetura…

Isso sem contar que a cada 3 cargos, em um aparece arquitetura… até mesmo nos ligados à????? pedagogia, educação….

Pois é, todos sabem que não tenho absolutamente nada contra os arquitetos (à excessão de alguns já conhecidos de todos) e muito menos com a arquitetura, porém não é assim que se faz respeitada uma profissão… Não é assim que se ganha o respeito de outros profissionais…

A impressão que passa é que quem fez este edital ou é arquiteto ou tem a mãe, esposa, filha, sobrinha, trisavó ou sei lá quem que é arquiteto na família e está desesperado pra “salvar a pele e garantir um futuro farrrrrto pra beldade “…

E também não é assim que o (des)governo federal vai mostrar o que diz ser e lutar: justo! (kkkkkkkkkk) desculpem…

E Cadê o Ministério Público que não faz nada????

FUI!

Gostem ou não!

 

“Adeus livros, olá aprendizado open source”

Calma, calma! Antes que pensem que eu estou aderindo à guerra dos “mendigos culturais”, estou aqui apenas para fazer uma coisa que não é muito do meu feitio: tentar apaziguar. Vou falar um pouco sobre o Connexions.

Em 99 Richard Baraniuk mais uns amigos resolveram criar um sistema que possibilitasse a troca de conhecimento livremente. Não é a troca pela troca, mas construir uma rede confiável em que poderia-se aprender e ensinar; e onde qualquer um pudesse fazê-lo. Falando isso hoje, parece algo meio óbvio, atrasado, afinal, vivemos imersos nos sistemas Wikis da vida e toda essa coisa de Web2.0, mas estamos falando de um projeto de 1999! (nessa época eu ainda usava o mIRC!)

O maior mérito desse projeto é a organização da proposta em forma de cursos, ele tem uma ferrmenta em que você pode construir as “aulas” e disponibiliza-las, além de um profile pessoal onde os usuários podem ver mais produções suas.

“Create, Rip, Mix e Burn”. Essas são as etapas de formatação da produção intelectual livre. Na palestra apresentada no TED, Baraniuk explica cada um dos pontos mostrando as vantagens e por que fazê-lo, e ele pontua ainda, os problemas de orfdem mercadológica desse processo… não, você não ficará milionário fazendo isso. Mas a contribuição para as suas pesquisas terão um valor inestimável

E os tais mendigos? Bem, eles devem ler livros, ouvir músicas, ver webcasts, enfim, mídias para acesso à informação nós temos de sobra. As fontes são questionáveis? São. Mas também questiono grande parte dos títulos de uma certa Editora de livros de Design que só serve pra publicar livros “caça-niquel” pra dar visibilidade aos seus “autores-donos”. O real problema da educação não são como as respostas são obtidas, mas a qualidade das perguntas feitas.

“O estudante , assim como qualquer outro ator da socieadade, é um ser preguiçoso” (Ivo Pons em A Folha que Sobrou do Caderno).

Mendigos Culturais II – A revanche

Faz tempo que não posto por aqui e o motivo é o de sempre: absoluta falta de tempo.

Porém ainda ontem o Ed Sturges fez um post que me atiçou bastante, bem na linha que eu gosto.

E hoje me avisaram de um post da Lígia em que alguém a estava atacando no nível pessoal, fora do contexto de seu post. Lá fui eu ler…

Grande Lígia!!!! Sempre precisa e certeira em suas colocações!!!

Me faz parar com tudo pra escrever um comentário que acabou por virar este post.

 

Concordo em plenamente tudo o que vc escreve e assino embaixo.

Realmente está de lastimar a péssima qualidade acadêmica dos dias atuais.

É impressionante como a maioria dos alunos parecem-se com um bando de criancinhas mimadas e birrentas que fazem biquinho quando o professor diz que tal dia vai ter prova. Ou então quando o professor pede um trabalho com no mínimo 6 laudas é aquele chororô imenso na sala.

Pior ainda quando vc pede para lerem determinado texto (alguns de apenas 1 págininha de nada) e frustra-se ao chegar na sala e perceber que de uma turma de 40, 1 leu meia boca…

Pelamordedeus galera, que porra de profissionais vcs pensam que serão?

Que respeito do mercado vocês esperam ter?

Como pretendem ser levados a sério até mesmo entre seus colegas de profissão?

Aí vem a elha ladainha:

“Ah professor mas eu nao tenho tempo”…

Não nego que já usei uma vez essa desculpa escabrosamente esfarrapada e levei uma resposta que me fez acordar pra vida. Na época eu trabalhava das 7 da manhã até as 7 da noite, corria pra faculdade e chegava em casa por volta das 0:00hs. E ainda tinha de estudar, cuidar da casa (morava sozinho), etc.

Minha professora me perguntou:

“Que horas você dorme?”

“Da 1 até mais ou menos 5:30 / 6:00hs.”

“Então não me diga que você não tem tempo de sobra.”

É a mais pura verdade cambada, se você quer ser ralmente alguém na vida tem de esforçar-se, tem de fazer por si mesmo pois ninguem o fará por vc.

Ninguém vai morrer por causa disso.

Eu não morri logo você também não vai.

Outra coisa é sobre conteúdos dos trabalhos entregues, quando entregues…

É um tal de copy/paste by web que pelamordedeus.

Vocês pensam que nós professores somos burros? Orelhudos como vocês?

Se vocês usam primitivamente o Google ou qualquer outro mecanismo de buscas para “clonarem” seus trabalhos, nós os usamos de forma mais precisa e facilmente detectamos copy/paste. E depois ainda temos de aturar reclamações, chororôs e levantes dentro de sala de aulas contra nós. Especialmente em IES particulares onde o maior “argumento” de vocês é:

“CALA A BOCA POIS EU QUE PAGO O TEU SALÁRIO!”

Ou

“VOCÊ TEM OBRIGAÇÃO DE ME DAR NOTA POIS EU QUE PAGO TEU SALÁRIO”.

E, por mais que usem desse “poder” junto às coordenações (traíras e covardes que não tem culhões de falar na cara e resolver suas pendengas como adulto), eu mantenho sempre o meu 0 (zero) de nota mesmo que em seus boletins as coordenações tenham lhes dado a média (pra quem não sabe, média refere-se a medíocre, mediano e jamais que alguém é apto ou bom).

Pra mim e tantos outros professores serão sempre alunos (-)medíocres. De medíocres pra ruins, péssimos, escroques. Dos que só produzirão posteriormente lixo profissional.

Ja coloquei aqui e repito:

Entregar um trabalho sobre a Acrópole (todos sabem mesmo do que se trata isso?) em apenas uma lauda não fechada com uma imagenzinha comum e já batida, é querer tirar onda na cara do professor e chama-lo de ignorante.

Mas não caro “acadêmico”…. O ignorante e acéfalo aqui é você mesmo. E de tão faz isso achando-se o último gás da coca-cola.

Ou então naqueles seminários (excelentes por sinal pois deveriam promover debates sérios) nos quais vocês mal conseguem defender seus pontos de vista… começam a gaguejar, suar, olhos arregalados implorando ao professor ou alguém que os tire dessa sinuca de bico. Ficam num vai e vem de contextos desconexos, totalmente perdidinhos…

Mas não, a idéia foi tua, então seja capaz de arcar com as consequências e defende-la ou ainda, assuma publicamente que você errou.

Já que gostam tanto do Pequeno Príncipe (que dandyyyy), parafrasenado-o:

“Você é eternamente (e único) responsável pelas suas próprias cagadas”.

E, como lêem tanto a Bíblia (ahahahha duvido pelos mesmos motivos que a Lígia citou no texto dela):

“Não se esqueçam de carregar presa à cintura a pazinha pra, depois de cagar, enterrar o monte.”

Uma outra coisa que me ocorreu lendo tanto o post da Lígia quanto, especialmente, o comentário da Thalya no mesmo post.

Se você não tem condições de fazer uma coisa, não se meta a besta de querer fazer.

Se quer ir pra outra cidade estudar e não vem de uma família abastada, pense que você terá de trabalhar também.

Já comece então a trabalhar o seu senso moral e ético desde este momento: com a sua família.

Estude, trabalhe, invista em tua formação, livros, cursos extras e não como a maioria: baladas, cerva, festanças, babaquices, etc etc etc.

A Thalya até que começou bem o comentário (excluindo-se as agressões pessoais – desnecessárias a quem tem bons argumentos – que desmerecem todo o restante), porém errou feio nisso aqui:

“vários de seus queridos alunos não moram com seus pais, se você fizer uma pesquisa e levantar esses dados, aposto que morderia sua língua, muitas vezes não falta apenas um livro na casa de aluguel, mas moveis, eletrodomésticos, comida, e não seria culpa dos pais por esses alunos não estarem lendo, lógico que o aluno interessado vai ir até a biblioteca procurar um livro pra analisar a sua estrutura, por isso digo cuidado com o que você fala.”

Como se pode perceber ela mesma se contradiz anulando assim qualquer tentativa de auto-flagelação quando tenta se fazer de vítima.

Nessas horas me vem à cabeça as tais politicagens inclusivas de nosso (infelizmente) DESgoverno.

O que me leva novamente ao fato: se você não tem condições de arcar, não se meta.

Se você não tem interesse o suficiente, deixe a vaga pra quem tem.

Se você pensa que vai levar na flauta assim como fez no ginasial onde era proibida a reprovação, vaza carinha, pula fora que teu lugar não é numa universidade.

Se você quer ir pra faculdade pra ficar de trololó com os colegas atrapalhando o professor que está lá tentanto dar aula e os poucos colegas de classe realmente interessados, cai fora malaco!

Você não presta pra um curso superior.

É disso que a Lígia falou e que eu coloco de forma bem clara aqui neste post.

Não se façam de coitadinhos pois nenhum de vocês é.

Não se façam de incompreendidos, pois nenhum de vocês é.

E não me venham com papinho de generalizações.

Se te doeu, se mexeu contigo é porque a carapuça de uma forma ou de outra te serviu como uma luva, então reveja TEUS conceitos e não tente jogar pedra no telhado dos outros, pois aqui quem tem teto de vidro não sou eu, não é a Lígia e nem a maioria dos professores e sim, VOCÊ, pseudo-acadêmico de araque.

Ou melhor, seguindo a moda, acadêmico de botequim.

 

O que faz de um designer um designer

Karim Rashid

Há alguns meses tive o imenso prazer de assistir a uma palestra do André Villas-Boas, um jornalista que virou designer, e dos bons. O André já publicou alguns livros, entre os quais o antológico “O que é e o que nunca foi design gráfico. Vou tentar compartilhar um pouquinho o que aprendi com ele nesse encontro.

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Dos deveres…

Vou logo avisando, este texto não é no tom de desabafo (parece), nem tão pouco pessoal (mas poderia ser) e nem sequer vem desejar pisar nos calos de ninguém (mas eu sei que pisa)

Eu converso diariamente com diversos designers e vira e mexe converso também com uns “dizairneres” que eu carinhosamente chamo de entusiastas (Um dia titio Ed explica o porque desse apelidinho carinhoso).

E se temos algo em comum é que todos reclamam da ausência de direitos que nossa atividade vive nos dias de hoje.

Ora bolas! Mas que direitos? Nem regularizados estamos como poderíamos ter direitos? A não ser que sejam os direitos Miranda*, mas como não estamos nos EUA, nem isso temos!

A regularização da nossa atividade visa realmente conseguir alguns direitos para nossa classe, mas nem tudo são rosas!

Quem já assinou um contrato na vida (ou teve que fazer um) sabe que a velha máxima do Tio Bem (tio do Peter Parker…O HOMEM-ARANHA!!!) é verdadeira; vamos a máxima:

“Com grandes poderes (ou direitos) vem grandes responsabilidades.”

E é exatamente por isso, que todo contrato que se preze, se o seu não tem é por que não é um contrato que se preze, só lamento especifica claramente em um item a parte em letras garrafais DAS RESPONSABILIDADES… (daí o título desse texto…tá vendo como tudo aqui tem um por quê?)

E a, triste, verdade é essa mesma. Todo direito vem cercado de deveres e por assim dizer, responsabilidades. Afinal é assim desde que somos crianças: “Quer comer a sobremesa? Então tem que raspar o prato!” (um caramelo para quem nunca ouviu isso a mãe ou da avó! Eu sei que ouvi…MUITO!).

E como esse texto não trata dos direitos e sim dos deveres vamos a eles? Agora vocês podem fechar o browser e ignorar o que vêm a seguir, ou tomar a decisão que eu tomei na faculdade, ler se conscientizar e ficar chato que nem eu! To avisando que é um caminho sem volta!

1) O dever de zelar pela profissão:

-Você é profissional? Ótimo! Não faz mais que a sua obrigação! A verdade é essa mesma, vendeu? Entregue no prazo e em perfeitas condições de uso. Ao fazer isso você está zelando não apenas pelo seu bom nome profissional mas também de toda uma classe de profissionais.

E não é só isso não. Cada um de nós somos fiscais da nossa atividade. Afinal uma maça podre pode arruinar um cesto inteiro em pouco tempo.

Então, profissional do design, fiscalize. Entusiastas, “dizaineres”, blogueiros, micreiros, AUTODIDATAS (eu não disse que ia pisar em calos?) NÃO SÃO DESIGNERS! Logo não deveriam exercer a mesma atividade que você… Eu, enquanto não se regulariza a atividade, faço a minha parte denunciando esses escroques sempre que os encontro vendendo “conhecimento” que não possuem…

E diga-se que as vezes denuncio até mesmo maus profissionais…mas isso também faz parte de zelar pela profissão.

2) O dever de atualizar-se:

Isso vale para qualquer atividade… OU você segue as tendências ou acaba fora do mercado. Qual vai ser?

Ou você acha que a cerejinha do sundae hoje em dia é um “super-site” em HTML e GIFS Animados? (eu vi semana passada um néscio vendendo isso como se fosse a descoberta da pólvora…).

Seu cliente quer o melhor, e merece! Então ofereça isso ou caia fora!

3) Ética não é opcional de fabrica é, sim, um DEVER:

Isso por si só já dava um novo texto, então eu faço o seguinte, vou resumir aqui nesse parágrafo e depois venho com um sermão maior sobre Ética (Deus sabe como esse país precisa disso…)

Povo, é sério, contrato não é só para impressionar o cliente não. Ë um ACORDO entre as partes, está lá? Então é para ser cumprido por AMBAS as partes. Simples assim!

Prometeu? Entrega.

Errou? Assuma o erro e concerte-o sem ônus para a outra parte.

Eu tenho uma frase que resume bem isso, quando meus clientes começam a chorar suas pitangas sobre os “profissionais” do passado com os quais se meteram eu sempre digo:

“Bom, desses eu não sei. Só dou garantias sobre o MEU trabalho.”

Muito se fala em comer o bolo, todos querem os direitos de se viver em uma legislação que acalente e proteja o profissional.

Mas quantos profissionais estão, hoje, dispostos a viver sob a batuta de um estatuto que regulamente e rege DEVERES que devem ser obedecidos com o risco de sanções para aqueles que o descumprem?

As vezes eu penso que é por isso que tem tanto designer contra a regulamentação…a anarquia é mais segura.

*Para os que desconhecem a legislação americana, e nem tenham assistido a um episódio de Lay & Order nos últimos 18 anos (por onde vocês andaram caramba???) eu explico:

Miranda Rights é um direito garantido ao réu/suspeito de uma ação criminal que no momento de sua prisão deve ser avisado pelo responsável pela efetuação da mesma o direito que assiste a esse réu/suspeito de permanecer calado e de que tudo que ele possa por ventura dizer, poderá e será usado contra ele no tribunal. Ele também tem direito a um advogado para assistir a sua defesa e caso não tenha meios de prove-lo o ESTADO providenciará um advogado para ele.

Viu? NEM ISSO TEMOS!

Documentário “A Folha que Sobrou do Caderno”

Procurava uma forma de falar do documentário que a Boana Estúdio – formada por mim, Alexander (UFPR), a Erica Andrade (a mesma que criou o Megafônicas) e o Gabriel Costa Rodrigues – fez em Maio desse ano e eu e o Alex apresentamos durante o N Design Manaus. É impossível falar de um trabalho seu sem se posicionar (aliás, é impossível falar de qualquer coisa sem se posicionar). Então, ontem, olhando o blog Design de Fundão (designdefundao.blogspot.com) dos estudantes do Rio, me deparei com esse post sobre o documentário. Sim, ele fala bem do filme, mas ele permite que eu abra uma discussão sobre o filme aqui no Design.com.br com um comentários de um espectador.

Consequências de um Encontro

por Sarah Huber

Manaus, primeira semana de julho de 2008. Era o encontro nacional dos estudantes de design. Programação repleta das mais variadas e interessantíssimas palestras e oficinas, durante uma semana, de manhã até a noite. Pessoas de todos os lugares desse país, muitas cores, tipos e sotaques diferentes. Como em todos os encontros, não faltou festa, bagunça e diversão. Mas não foi isso o que marcou o evento.

Em um dia da semana, depois da palestra da noite, dois alunos (Mauro Alex e Alexander Czajkowsky) exibiram um documentário que eles próprios fizeram. Eu estava já muito cansada, mal podia esperar pela hora em que ia deitar e dormir até o dia seguinte. Mas resolvi ficar e assistir um pouco, nem que fossem cinco minutos daquele vídeo. Um documentário sobre educação. Sobre a educação nas escolas de design. Sobre a nossa educação.

Meus primeiros cinco minutos se multiplicaram em tantos que me deixaram atenta ao vídeo do início ao fim. Aquele documentário era a materialização de idéias e revoltas que eu tinha desde que entrei na faculdade. Só que para mim elas não saíram do campo das idéias. Os rapazes as transformaram em algo real, multiplicável, distribuível. Eles encontraram uma (excelente) maneira de dizer a quem quisesse ouvir o que eles pensam sobre o método de ensino do qual nós todos somos aprendizes.

Parafraseando Rubem Alves, Alexander e Mauro são ostras infelizes fazendo suas pérolas (Sei que já utilizei este exemplo em outras situações, mas é um bom exemplo, então por que não utilizar novamente?). E eles de certa maneira colocaram um grãozinho de areia dentro da minha concha, deixaram em mim alguma coisa que fica me incomodando. E dessa vez eu pretendo também fazer alguma coisa!

Quarenta minutos de imagens e depoimentos sobre nossos professores, nossos métodos, nossas universidades fizeram com que eu me sentisse completamente inútil. Estou estudando para quê? Arranjar um empreguinho qualquer numa empresa que assine minha carteira e garanta minha aposentadoria, e só? Fiquei revoltada. Vivemos reclamando dos nossos professores, coordenadores, da péssima estrutura que temos na UFRJ, e tal, mas dá pra contar nos dedos de uma só mão aqueles que fazem alguma coisa pra mudar isso. E sabe, tenho orgulho das Marinas e Alinas que correm atrás das coisas, fazem avaliações e tentam de alguma maneira organizar os alunos e assim tentar encaminhar nosso curso para aquilo que achamos que ele deve ser.

E foi aí que percebi que meu tempo na universidade está acabando, estou em vias de me formar e… não quero me formar! Pelo menos não agora. Ainda há muito o que aprender e modificar aqui!!! Quero sair do fundão podendo me chamar de “Sarah Huber, designer”. Ainda não me considero uma, mas sei que posso sê-la. Mas para isso é preciso fazer as coisas, e não apenas receber o pouco que me é oferecido aqui. E espero que depois de assistirem ao documentário, muitos sintam o mesmo que eu senti, e procurem também fazer alguma coisa!

 


 

Mendigos culturais

Fisher

Dia desses fiquei chocada na sala de aula. Não devia, mas fiquei. A tarefa era projetar uma capa, e os alunos deveriam trazer um livro encapado com a peça gráfica para que se pudesse ter uma noção de como ficaria. Não vou comentar a pobreza de cultura visual. Vamos pular essa parte, por ora.

Um aluno apareceu com uma agenda encapada. Como era um modelo de couro estofado, a peça ficou cheia de emendas e remendos, numa lamentável apresentação para alguém que faz um curso tão predominantemente visual. Perguntei porque ele não tinha usado um livro em vez da agenda. A resposta foi taxativa, dita sem nenhum pudor ou constrangimento: “porque na minha casa não tinha nenhum livro, só um monte de agendas“. Gente, esse menino faz parte da parcela privilegiadíssima da sociedade brasileira que tem acesso ao ensino superior. Ele mora num lugar onde não existe um único volume impresso! Sua intimidade com os livros era tão pouca que nem ocorreu ao futuro designer pegar um emprestado na biblioteca, mesmo que só para fazer o trabalho.

Sinceramente, nessas horas bate um desespero e dá vontade de chorar. Como é um universitário não tem nenhum livro em casa? Como vivem os pais desse projeto de cidadão, aptos a pagar uma mensalidade correspondente a quase 3 salários mínimos, mas incapazes de ler um primário paulo coelho que seja. Pelo menos um dicionário, ó Deus! Essa progressista família não vive no interior do sertão nordestino, o pai certamente não é cortador de cana. Provavelmente eles assinam TV a cabo e cada membro porta seu celular último modelo. Assim, não deve ser porque “os livros no Brasil são muito caros”, como reza a lenda (os sebos estão cheios de coisas legais a preço de pipoca).

Uma pesquisa realizada ano passado pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) na região metropolitana de São Paulo, revelou, pasmem, que pelo menos 20% dos universitários não lêem livros. Você pensa que essa notícia é ruim? Prepare-se para uma pior: dos que disseram que lêem, a Bíblia foi citada como o livro mais influente. Duvido que eles leiam realmente a Bíblia, pois a linguagem é muito sofisticada e de difícil compreensão para não iniciados. Acredito que ela foi citada só porque é o livro mais conhecido, o primeiro que vem à mente de quem não quer passar vergonha. E o segundo livro mais influente? Vocês não vão acreditar, mas é ninguém menos que “O Pequeno Príncipe”, de Saint-Exupéry. Sim, aquele mesmo das misses de antigamente!

Gente, como é que nossos futuros profissionais vão desenvolver o senso crítico com essas referências bibliográficas? Como vão se tornar cidadãos completos, com capacidade para se indignar com injustiças? Como vão adquirir cultura para se tornarem pessoas mais ricas e interessantes? Como a história do pensamento vai evoluir, com tão poucos pensantes?

Desse povo, 96% usam freqüentemente a Internet. Agora já deu para entender porque essa galera gosta de usar aquela língua esquisita para se comunicar nos chats e sites de relacionamento; simplesmente porque desconhecem os rudimentos do português.

Pelo que tenho visto em sala de aula, acontece algo muito parecido com os designers, mas com um agravante: além de muitos não saberem escrever, há uma parcela significativa que também carece de cultura visual (visitas freqüentes em livrarias e bancas de revistas, mesmo que só para olhar, já resolveriam grande parte do problema).

Essa falta de cultura, de pai e de mãe, tem provocado comportamentos medievais dignos da Idade das Trevas (não por acaso, uma época em que ninguém lia). No limite, faz com que jovens de “boa família” roubem e espanquem pessoas que consideram inferiores. Há pouco mais de 10 anos, um índio foi morto por jovens e promissores estudantes que tiveram a desfaçatez de se justificarem dizendo que achavam se tratar de um mendigo. A vítima da semana passada é uma empregada doméstica, alegadamente confundida com uma prostituta.

Sinceramente, dispenso a convivência com essa nobreza intelectual; se tiver que escolher, escolho sem titubear mendigos e prostitutas. Mendigos têm muitas histórias interessantes e, convém lembrar, a Bruna Surfistinha escreveu dois livros.

Lígia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br

Notícias recentes sobre a Regulamentação do Design.

Associações se uniram e fizeram uma proposta de projeto de regulamentação da nossa profissão de Design.(accreditation)

Esse texto foi entregue pelo Prof. Freddy Van Camp para um assessor do Deputado Federal Jorge Bittar do PT/ RJ.

O Fred acredita que iremos sensibilizar esse político para que possa encaminhar e acompanhar no Congresso Nacional essa nossa proposta e, se Deus quiser, ver a nossa profissão finalmente regulamentada. Pela nova proposta, nós Designers iremos mesmo nos filiar ao sistema CREA / CONFEA, principalmente por causa da recente derrota fragorosa dos Arquitetos em fazer seu próprio conselho.

A situação da nossa profissão se encontra hoje insustentável, sendo que se não houver uma regulamentação rápida, estamos correndo risco da simples extinção da profissão por interesses de vários lobbies e pelo mercado,que está se tornando refratário as nossas áreas de atuação como nivel superior.

No site eu disse que o mercado hoje nos encara como custo e não como uma solução ou estratégia. Hoje pelo mercado, nós não deveríamos existir. Isso está se tornando a regra e não mais a exceção.

Peço a vocês que façam um comunicado reportando essas últimas informações, pois o momento histórico é único, onde as várias Associações se uniram em volta deste texto gerado por elas.

Vamos torcer!

Texto de Rogério Foster Vidal. Designer.

Para comentar, veja aqui.

ABD – Já deu o que tinha que dar. Basta!

Recebi isso por e-mail através de um colega de profissão. Posto meus comentários depois do texto…

“Qual o futuro da Reserva Técnica?

Caros Colegas,

Realizamos no dia 07 de Maio, em parceria com a Revista Kaza, um Encontro com Empresários em São Paulo com o tema “O Futuro da Reserva Técnica”. Estiveram presentes como debatedores, o Dr. Igor Nascimento de Souza advogado tributarista, com larga experiência nas causas junto ao Ministério da Fazenda e Receita Federal, os empresários João Saccaro, diretor da Saccaro e Eduardo Machado, diretor da Artefacto, além de Renata Amaral, diretora da ABD e do Dr. Rodrigo Eterovic, advogado da ABD. Podemos resumir da seguinte maneira as conclusões que o debate nos proporcionou:

a) O mercado do design de interiores está, cada vez mais, impactado pela especificação. Muitas vezes, os negócios gerados através dos designers de interiores podem responder por até 80% das vendas em muitos fornecedores. Na média, segundo estudos feitos pela ABD, essa participação atinge a 40%, mesmo considerando lojas de materiais de construção, por exemplo.

b) Essa realidade de mercado está diretamente associada ao avanço na prática do comissionamento das empresas para os designers de interiores. Inicialmente restrita a um grupo especifico de fornecedores, em geral lojas de decoração mais sofisticadas, a reserva técnica está hoje disseminada em diversos segmentos. Grandes organizações do varejo praticam a RT. O mesmo acontece em indústrias.

c) É preciso estar atento aos desdobramentos da crescente pressão dos órgãos públicos (Ministério da Fazenda e Receita Federal) para a formalização de diversos segmentos da economia, entre eles, a área de prestadores de serviços. O pagamento da RT deve estar orientado para essa nova realidade.

d) Entende-se que a prática da RT seja legítima, porém existe de fato a necessidade de promover no segmento a adoção de certos procedimentos para que o pagamento da RT possa ser melhor estruturado nas empresas e também nos escritórios. Vejam quais são esses procedimentos:

– a empresa que concede a RT deve exigir a filiação do profissional à ABD como condição para comissionar. Isso é uma forma de proteger a empresa e o profissional no comissionamento. A ABD pode agir aplicando o código de ética, orientando seus associados (empresas mou profissionais) quando verifica uma conduta inadequada. Mas se o profissional (ou a empresa) não é associado ABD, a entidade nada pode fazer. Por isso, não basta exigir o CREA. A filiação à ABD é importante.

– o profissional para ter direito à RT deve, efetivamente, especificar o produto ou serviço para seu Cliente, materializando esse ato através do encaminhamento antecipado de uma solicitação de orçamento, com a identificação do Cliente, por e-mail ou por telefone. Outra possibilidade é o profissional visitar o fornecedor acompanhado ou não do Cliente. Em qualquer situação, deve haver a identificação do Cliente.

– a empresa que comissiona define as condições (percentual, forma e prazo de pagamento) e se compromete a cumpri-las.

– a empresa se compromete a não oferecer como desconto a RT quando o Cliente declara que não tem Arquiteto ou Designer de Interiores envolvido na operação.

– a ABD orienta os associados a serem transparentes com seus Clientes comunicando que existe uma prática no mercado – a RT – e que essa condição não afeta o preço final do produto (para isso, a empresa que pratica a RT deve se comprometer com a não alteração de preço quando existe um profissional ou concedendo descontos quando não existe).

– a ABD recomenda aos seus associados profissionais que façam da RT uma forma adicional de captação de recursos. Quando a RT representa mais do que 20% do faturamento de um escritório de Arquitetura ou Design de Interiores o negócio corre risco. Portanto, cabe à ABD fazer alertas aos associados, ajudando esses colegas a compreenderem o risco de depender de fontes de renda que não sejam fruto da remuneração pelo projeto ou administração de obra.

– a ABD continuará a promover seminários e palestras (a pauta do CONAD 2008 está toda estruturada na Organização e Operação dos Escritórios) preparando seus associados para negociar melhor seus honorários, estabelecer novas formas de remuneração e adotar sistemas modernos de gestão do negócio. Só em 2007, foram realizados 100 eventos em todo o Brasil com a presença de 12.000 profissionais.

– a ABD está preocupada com o desdobramento que a RT pode ter com a crescente pressão dos órgãos públicos que exigem a formalização da operação. Nesse sentido, está orientando seus associados na melhor alternativa para constituição de pessoa jurídica.

Importante: Associe-se à ABD e fortaleça uma instituição cuja finalidade é promover ações que possam contribuir para a adoção das melhores práticas no exercício profissional e na estruturação do mercado.

Profissional e Empresário: se você ainda não é um associado ABD acesse http://www.abd.org.br e venha participar desse movimento.

Abraços,

Roberto Negrete – Presidente da ABD”

É impressionante o descaramento e cara de pau da ABD mesmo através de informativos oficiais da associação.

Os destaques em negrito apontam para dois pontos

Primeiro: a formação de cartel é evidente o que caracteriza CRIME segundo o Código Civil Brasileiro. Seria muito mais ético e mereceria aplausos e reconhecimento de todos se a ABD lutasse por coisas do tipo independete se o profissional é ou não associado à ela. No entanto, a panelinha fervilha e eles pensam que estão acima das Leis e que só quem fica lá babando ovo merece ser tratado como profissional e respeitado como tal. No entanto cale-se e não opine pois nós ditamos as regras pois somos ditadorezinhos.

Segundo: a tentativa de colocar-se, mesmo após colocar uma falácia criminosa como a acima descrita, como entidade séria e que realmente luta seriamente pela categoria profissional. Lutar por “melhores práticas no exercício profissional e na estruturação do mercado.” nem de longe tem a ver com este tipo de açao. Muito pelo contrário, isso só reafirma a formação de CARTEL, de panelinhas umbiguistas e o uso de uma políticagem excludente típica de partidecos políticos: se você não está conosco é inimigo e como tal deve ser tratado.

O mal da ABD, o seu câncer, é exatamente esta política onde postam-se como deuses detentores de todos os saberes e direitos e que estão acima da LEI onde ignoram os apelos de seriedade e ética de quem não faz parte da mesma por causa disso.

Já cansei de enviar e-mails solicitando esclarecimentos sobre estas ações embusteiras e nunca obtive resposta alguma sobre nada. Preferem continuar em seu joguinho de faz de conta de que tudo está bem, de que tudo o que fazem é correto e o melhor para o mercado e para os profissionais.

Se fosse realmente assim, eles teriam levado à sério a reunião com o grupo de Designers que está realizando o projeto de Regulamentação do Design no Brasil e não teriam colocado-se como arrogantes imbecís do tipo “não precisamos disso pois já temos o nosso próprio projeto” como se Interiores não fizesse parte do Design. E pior, o projeto que a ABD diz ter não vai mudar absolutamente nada e tampouco faz distinção entre decorador, designer de interiores ou arquiteto de interiores até mesmo porque eles mesmos desconhecem as diferenças básicas entre elas.

Realmente chega! Já ultrapassaram todos os limites do bom senso, da falta de ética e do descaramento.

É um lixo e merece ser tratado como tal daqui pra frente.

Até então eu estava mantendo um certo tom amigável na ilusória tentativa de que alguém de lá pudesse esclarecer alguns pontos duvidosos sobre a atuação dessa associaçãozinha mequetrefe e embusteira. Porém como preferem ignorar a mim e a tantos outros Designers indignados com tudo isso, agora será no pontapé na bunda.

BASTA DE GENTE MENTIROSA E MELINDROSA QUE NAO TEM CORAGEM DE ENCARAR AS SUAS PROPRIAS MENTIRAS!

Se você é Designer mesmo (formado em alguma área do Design) e está associado à este antro, caia fora em nome do bom nome do Design Brasileiro. O post abaixo (do presidente da Kartell) tem muito a ver com isso tudo. Deixe aquele antro pros “dezáiners” e vamos juntos construir um futuro realmente sério para o Design Brasileiro.

Paulo Oliveira

putz…

” Talvez no futuro possamos contar com designers brasileiros em nossa equipe, mas admito que só conheço o trabalho dos irmãos Campana.”

Acredite se quiser, mas a frase acima é do presidente da Kartell e foi colocada drante a sua passagem por São Paulo em maio….

Quem quiser confrir a veracidade da mesma é só comprar a revista Casa Claudia deste mês (Junho/2008) na página 28.

É impressionante como as coisas parecem não funcionar aqui no Brasil ou às vezes só servem para manter sempre os mesmos bãmbãmbãns no top ou como se fossem os únicos existentes.

Não tiro o mérito do trabalho dos irmãos Campana, nem de longe, porém parece que são só os dois que fazem Design no Brasil atualmente, que não existe mais ninguém… Às vezes vemos um ou outro raro nome despontando e até ganhando prêmios internacionais mas que rapidamente caem no esquecimento…

Onde está o trabalho e as ações prometidas por entidades que prometeram rios e mundos em sua fundação? De divulgação do trabalho brasileiro para o mercado internacional?

É… realmente urge a necessidade da Regulamentação e formalização de um Conselho Federal de Design. construído e mantido APENAS POR DESIGNERS, caso contrário, continuaremos patinando e escorregando sempre para trás…

Pense nisso.

REGULAMENTAÇÃO DO DESIGN JÁ!!!!

Você está fazendo a sua parte?