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Lançamento de edital para Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro

Com o objetivo de sensibilizar o setor produtivo para a aproximação entre indústrias e profissionais da área de design e arquitetura, foi realizado, na tarde da última sexta-feira, 10 de dezembro, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a segunda edição do evento Rio Design Indústria. Na ocasião, foi celebrada também a assinatura de Termo de Cooperação entre a FAPERJ, Firjan e o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), visando ao lançamento de edital para Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, uma parceria inédita.

A plateia, que lotou o auditório, era composta de autoridades estaduais e municipais, empresários e designers fluminenses, grupo que compunha a maioria maciça dos presentes ao evento e se mostrava ávido em entender de que forma poderia contribuir para agregar valor e criatividade a produtos já desenvolvidos ou que serão desenvolvidos pelas empresas. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa, enfatizou a importância do evento para a indústria do estado. “É muito bom para nós, do sistema Firjan, estarmos colaborando e levando o conhecimento, talento e charme da criatividade do Rio de Janeiro para o mundo.”

Também presente à cerimônia, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, destacou a iniciativa como resultado de um longo esforço para a criação de uma parceria entre diferentes órgãos de fomento e a economia estadual. Ele aproveitou a ocasião para fazer um pequeno balanço dos quatro anos de sua gestão à frente da Fundação. “Com este edital, chegamos, só em 2010, à marca de 26 editais lançados ao longo do ano. Nesse quatriênio que se encerra, foram aproximadamente R$ 1,1 bilhão que a FAPERJ investiu na ciência em todo o estado”, falou. O diretor-superintendente do Sebrae-RJ, Sérgio Malta, endossou a importância da ocasião: “Este evento e o lançamento do edital representam um dia histórico para o design fluminense”, falou.

O diretor de tecnologia da Fundação, Rex Nazaré Alves, chamou a atenção para o número de municípios atendidos por programas de incentivo à inovação da Fundação. “Atualmente, mais de 70 municípios fluminenses são contemplados por programas dessa modalidade”, afirmou. Ao constatar que a plateia era composta majoritariamente por designers, ele aproveitou sua fala para lhes dar uma dica. “Recomendo que entrem na lista de editais, no site da FAPERJ, e verifiquem as empresas e os projetos contemplados pela área de tecnologia da Fundação. Desta forma, ficarão conhecendo as empresas normalmente contempladas e o tipo de projeto que desenvolvem, para que possam, com criatividade, pensar formas de agregar valor a esses projetos”, acrescentou. Ele ainda destacou a importância da parceria firmada. “No momento em que mais de 700 projetos encontram-se em execução, chegou a oportunidade para a iniciativa conjunta de um edital do Sebrae, da Firjan e da FAPERJ”, destacou. “Alinhando-se à tendência moderna, estamos lançando um edital que permite às micro e pequenas empresas procurar profissionais da área de design para gestar a apresentação dos produtos da maneira mais atraente possível para o consumidor”, complementou.

A diretora de Inovação e Meio Ambiente da Firjan, Marilene Carvalho, falou sobre o pioneirismo e a possibilidade da iniciativa contribuir para a economia fluminense. “Este edital é pioneiro e representa uma grande oportunidade para as empresas incorporarem o design como elemento estratégico de competitividade, agregando valor a produtos industriais. A parceria entre  a Firjan, o Sebrae e a FAPERJ surgiu a partir da constatação de que não existia um programa específico para apoiar a projetos inovadores com foco em design de produtos e que este era um gargalo importante para as empresas do Rio de Janeiro”, destacou Marilene.”Estamos vivendo um momento oportuno de grandes investimentos públicos e privados, de novos negócios e parcerias, e às vésperas de dois megaeventos – a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 – que nos colocarão em evidência no cenário mundial. Como os bons ventos do Rio de Janeiro sopram em direção ao desenvolvimento de projetos inovadores, também é hora de estimularmos a indústria criativa, ainda mais aqui, na capital cultural do País. Ao beneficiar segmentos industriais geradores de riqueza no estado, incluindo o metal-mecânico, moveleiro/mobiliário, náutico, acessórios de moda, plásticos, eletroeletrônicos e embalagens, estaremos contribuindo para fortalecer cada vez mais a vocação do Rio de Janeiro para o design”, salientou.

Já o especialista em projetos tecnológicos da Firjan, Fabiano Galindo, salientou a importância de estimular a cultura do design como instrumento de inovação nas indústrias fluminenses. “Espero que os produtos criados com o apoio deste edital possam ser logo colocados no mercado, gerando renda e impostos para incentivar a economia fluminense.” Ele também adiantou a realização de um workshop, em fins de janeiro de 2011, para que os interessados tivessem mais informações para participar do edital.

Para Ricardo Vargas, gerente da unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia, do Sebrae, o edital representa uma iniciativa inédita por disponibilizar recursos para que especialmente as pequenas empresas desenvolvam projetos inovadores. “Essa conjugação de esforços significa criar oportunidades num momento em que as pequenas empresas estão buscando processos de inovação. Nossa expectativa é que tenhamos uma grande demanda e mobilização por parte dessas pequenas empresas”, falou.

Iniciativa voltada a estimular projetos inovadores em design, o edital visa promover a aproximação entre empresas e profissionais de design para desenvolver projetos de inovação e renovação criativa de produtos; estimular o processo de inovação nas empresas e a cultura do design como instrumento de inovação; o desenvolvimento de produtos inovadores, que leve à melhoria de competitividade. As propostas devem necessariamente contemplar áreas prioritárias, como Metal-Mecânico (fabricação de artigos de cutelaria; artigos de serralheria; ferramentas; artigos de metal para uso doméstico e pessoal; máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas e pessoas; aparelhos e equipamentos de ar condicionado; automóveis, caminhonetes e utilitários; caminhões e ônibus; cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores; locomotivas, vagões e outros materiais rodantes; aeronaves; motocicletas; bicicletas e triciclos não-motorizados; equipamentos de transporte não especificados anteriormente); Moveleira/Mobiliário (móveis e mobiliário de madeira, vidro, metal, plástico, cerâmica, mármores e granitos e outros materiais); Náutico (embarcação para esporte e lazer, pesca e outros); Acessórios de Moda (bolsas, calçados, bijuterias, cintos, jóias e outros); Plásticos (ferramentas, móveis e artefatos para esporte e lazer, equipamentos de proteção pessoal e utensílios domésticos); Eletroeletrônicos (aparelhos de recepção, reprodução, gravação e ampliação de áudio e vídeo; fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico e material elétrico); Embalagens (embalagens de madeira, papel, papel-cartão, plástico, metálicas e materiais reciclados e biodegradáveis).

Com recursos de R$ 2,7 milhões – R$ 1 milhão da Firjan, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/RJ); R$ 1 milhão do Sebrae-RJ e os restantes R$ 700 mil da FAPERJ –, a serem pagos em uma parcela, o edital poderá financiar despesas de capital, como material permanente; e equipamentos; assim como despesas de custeio, como serviços de terceiros (pessoa física e jurídica, até o limite de 50% dos recursos solicitados); material de consumo (incluindo softwares) necessário ao desenvolvimento do projeto; pequenas reformas e adaptações de infraestrutura e instalações, que impliquem aumento de patrimônio (até o limite de 10% dos recursos solicitados); e diárias e passagens no território nacional (até o limite de 5% dos recursos solicitados). No país, o valor dessas diárias será de R$ 187,83.

Cada um dos projetos submetidos só poderá solicitar valores de até R$ 120 mil. O prazo para inscrição de propostas se estende até o dia 18 de fevereiro de 2011 e a entrega da cópia impressa do projeto simplificado com os documentos relacionados no Anexo I deverá ser feita até o dia 25 daquele mesmo mês. A divulgação dos resultados das empresas pré-qualificadas será feita até 24 de março, ao que se seguirá a submissão on-line do projeto detalhado até 15 de abril, e a entrega da documentação impressa do projeto detalhado até 26 de abril. A divulgação do resultado das empresas selecionadas está previsto para acontecer até 19 de maio, e a entrega dos documento relacionados no Anexo II, até 10 de junho. A divulgação dos resultados finais deverá acontecer até 16 até junho.

Cronograma

Submissão do Projeto Simplificado on-line (Etapa 1): de 16/12/2010 até 18/02/2011

Entrega de cópia impressa do Projeto Simplificado com documentos relacionados no Anexo I: até 25/02/2011

Divulgação dos resultados das empresas pré-qualificadas: a partir de 24/03/2011

Submissão do Projeto Detalhado on-line (Etapa 2): até 15/04/2011

Entrega de cópia impressa do Projeto Detalhado: até 26/04/2011

Divulgação dos resultados das empresas selecionadas: até 19/05/2011

Entrega dos documentos relacionados no Anexo II: até 10/06/2011

Divulgação dos resultados finais: a partir de 16/06/2011

Confira a íntegra do edital: Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado

ADG, novamente em fria…

Recentemente a Associação dos Designers Gráficos (ADG) aliou seu nome ao desastrado concurso para a marca da Copa 2014, cujo resultado, amplamente questionado, é de conhecimento geral.  Marcello Montore criou um texto muito interessante que merece ser citado abaixo.

Até hoje, no entanto, não se sabe quais foram as bases sobre as quais se apoiou essa parceria da ADG com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Depois dos protestos generalizados contra a escolha da marca, a Associação não se manifestou sobre o processo, nem mesmo em comunicação reservada a seus associados. Tampouco os designers envolvidos se manifestaram, provavelmente presos a um acordo de confidencialidade que, no entanto, desprezou critérios dignos de honrar a prática profissional.

Agora, em nova oportunidade, parece que o caso se repete na concorrência para a criação de marca turística para São Luís do Maranhão. Há matizes diferentes, mas a essência é a mesma.

O regulamento desta concorrência afirma em seu item 5.2: “Os critérios de avaliação serão estipulados dentro das normas internacionais estabelecidas pelo ICOGRADA (International Council of Graphic Design Associations)”, porém desrespeita essas normas em vários pontos, além de deixar várias questões em aberto:

1. O regulamento não estabelece um padrão para o envio dos portfolios da primeira fase e sequer pede confidencialidade. Como garantir a imparcialidade do julgamento se é possível saber de quem é o portfolio? Mesmo que os portfolios não apresentem o nome do designer ou do escritório, os projetos mais conhecidos denunciam o autor e isso compromete a imparcialidade de uma escolha.Cabe a pergunta: será que a escolha por portfolios é a mais adequada a um concurso?

2. Na primeira fase, o item 4.1.1 do regulamento afirma que os portfolios serão avaliados por “uma Comissão Técnica, formada por profissionais indicados pela ADG e que tenham reconhecida experiência na área de identidade visual, além de dois (2) representantes do Consórcio Máquina-Chias.” Ele não esclarece quantos profissionais e nem quem serão! Isso vai contra as normas do Icograda que é clara: “The names of the jurors must be published in the Call for Submissions” (Os nomes da comissão julgadora devem ser publicados na Chamada de Trabalhos”) – item 1.1 das normas. http://www.icograda.org/smallbox4/file.php?sb4b7c1b46825dc.

3. Na segunda fase, os trabalhos serão avaliados por um Júri Técnico. As perguntas que restam são as mesmas: Quem fará parte desse corpo de avaliação? Os designers selecionados não estarão se submetendo a um júri que não legitimam, como no caso do logo da Copa?

4. Esse “corpo técnico” do júri (item 5.1 do regulamento) terá 7 representantes, sendo apenas 2 designers indicados pela ADG, o que, mais uma vez, contraria as recomendações do Icograda que afirma no item 1.1: “The majority of the jurors must be professional designers who are members of a member association of Icograda” (A maioria dos julgadores devem ser designers profissionais que sejam associados a uma entidade membro do Icograda).

5. Uma vez selecionado, cada profissional deverá encaminhar “duas” marcas, isto é, cada profissional estará recebendo metade do valor do prêmio por “cada marca” – cada uma, um trabalho em si. Além disso, em vez de o designer/escritório concentrar toda a sua expertise na busca do que considere a melhor solução para o problema e busque trabalhar nos refinamentos necessários à apresentação – ele deve apresentar duas propostas?

6. O júri julga mas não decide! Esse júri, por fim, escolherá três marcas que irão para “pré-teste”? Com quem? Será qualitativo ou quantitativo? Qual a relevância do que será apurado? Será essa amostra significativa? Testa-se um logo, uma marca, como se testa um refrigerante? A questão do gosto, sobre a qual certamente recairá essa avaliação, é suficiente para avaliar o trabalho? Com outras tintas, esta é uma situação semelhante à avaliação final do logo da Copa realizada, entre outros pela cantora Ivete Sangalo, pela modelo Gisele Bündchen e pelo escritor Paulo Coelho.

7. O concurso não apresenta o nome de qualquer “consultor” ou “moderador” que, entre outras atribuições, é responsável por sanar dúvidas dos participantes. Esta também é a recomendação do Icograda no item 1.3: “An independent moderator (“Moderator”) must be appointed by the organiser to act amongst the organiser, the jury and the entrants. The name of the moderator must be announced at the same time as the announcement of the competition” (Um consultor deve ser indicado pela organização para atuar entre a organização, o júri e os participantes. O nome do consultor deve ser anunciado quando for anunciado o concurso). Em seguida, o Icograda lista as atribuições desse moderator/consultor, e entre elas se lê: “receiving written questions within the time limit stated in the rules” (receber questões por escrito dentro do prazo estipulado pelas normas).

8. A ADG não informa seus associados sobre as bases de sua participação e sequer apresenta os benefícios desta empreitada conjunta para a associação, extremamente fragilizada depois do episódio da Copa do Mundo. Será que, no caso de se repetirem os equívocos do concurso para o logo da Copa, a diretoria da Associação simplesmente se calará novamente?

Caberia à ADG fazer uma avaliação muito séria quanto à forma de condução desses processos, o descumprimento absoluto das recomendações do Icograda, seu envolvimento nesses concursos/concorrências/premiações e estabelecer com clareza a  garantia da seriedade, imparcialidade e até mesmo dos legítimos interesses da categoria como um todo.

Em tempo: fui convidado (com apenas dois dias de antecedência) para fazer parte da “Comissão Técnica” desse concurso, que se reuniria ao longo de todo um dia, sem qualquer documentação prévia. Naturalmente o convite (recusado) sequer mencionou pagamento, como recomendado, mais uma vez, pelas regras do Icograda no item 2.3: “We recommend that the organiser pay jurors’ travel, provide accommodation and per diems (Nós recomendamos que a organização pague viagem, forneça acomodação e pague diária para o trabalho dos julgadores).

via agitprop

designUp, dê um UP na sua visibilidade

Já comentamos sobre cuidados e formas de se tratar os portfólios, discutimos sobre como apresentá-los e os motivos de se manter atualizado neste post. Demos ainda sugestões de onde você pode hospedar seus portfólios online nesse link. Se você está acompanhando nossas dicas é provável que você irá se sair bem no mercado de trabalho. Para facilitar ainda mais e aumentar a sua visibilidade é que eu recomendo o designUp. Um serviço voltado para profissionais e aspirantes à Design você vai encontrar ferramentas importantes para desenvolver suas habilidades, conhecer outros profissionais, buscar vagas de emprego, freelas e estágios, encontrar inspiração e recursos para os seus projetos. Conheça um pouco mais do designUp.

Após conhecer o designUp pelo Facebook dei uma olhada rápida e fui logo espalhando no meu twitter igual à um louco. Mas somente agora fui me dar conta do que realmente era o serviço. Ao navegar pelas páginas do serviço vi que minha visão anterior estava completamente equivocada. Antes eu acreditava que era apenas mais um serviço de hospedagem de portfólios, mas se espantem, o designUp é uma ferramenta muito completa, de relacionamento e divulgação focada em designers. Fui pesquisar mais a fundo.

Na homepage estilosa já dá pra se ter noção do que encontra, tumbs dos membros e alguns trabalhos (que por sinal muito caprichados) já dão o gostinho de quero entrar.  Algumas chamadas para o blog  e uma lista enorme de bookmarks rankeáveis, tudo isso salpicado de vários ícones de feeds RSS. Não tem jeito, o seu instinto te faz navegar pelas páginas. Descobri na minha busca uma página resumindo os serviços existentes no designUp. São eles:

Perfil e Portfolio

Esse é a primeira coisa a se fazer ao entrar no designUp: criar um perfil e fazer parte da comunidade. Você conhece e troca idéias com um pessoal que curte as mesmas coisas que você!

Como adicional, nós criamos uma página externa onde os seus trabalhos são a principal atração, sem nada para interferir. Esse é o seu portfolio público, um link que você vai poder enviar pra quem quiser ou disponibilizar em alguma outra página sua. Essa é a maneira mais prática e eficiente de mostrar seu trabalho para o mundo!

Perfil e Portfólio

Bookmark coletivo

Esse é um espaço onde você encontra inúmeros links relacionados a design, separados por tag e classificados por popularidade. Tudo isso para facilitar a sua vida! Nós designers estamos sempre procurando por ferramentas, recursos e referências para nossos trabalhos, e aqui você com certeza vai encontrar o que você precisa.

Qualquer usuário pode compartilhar quantos bookmarks quiser e achar importantes. Portanto, essa é uma área em constante expansão. Você ainda pode dar ups nos bookmarks que mais te interessarem. Assim, eles ficarão guardadinhos para quando você precisar deles. Isso cria, automaticamente, uma espécie de filtro, onde os bookmarks com mais ups ficam no topo. São os nossos usuários que determinam o que é relevante e o que não é.

Bookmarks

Imagens para inspiração

Você já ouviu a frase “Imagens falam mais do que palavras”? Pois então, nesse espaço você vai poder adicionar e compartilhar suas imagens favoritas, dentre aquelas milhares que você vê em tantos sites todo dia, e que têm o poder de nos inspirar. Dentro dessa área, você vai poder fazer buscas por tags e também por cores! Quando gostar de alguma imagem é só clicar em “favoritar”, assim você sempre terá suas imagens favoritas à mão em qualquer computador com acesso à Internet. Milhares de boas imagens compartilhadas que atendam a um requisito essencial: serem relacionadas a design! E em um único lugar!

Vale ressaltar que todas as imagens serão moderadas, para que tenhamos uma galeria de qualidade e conteúdo relevante.

Imagens para inspiração

Vagas de emprego

Está procurando uma oportunidade? Fixo, freela ou estágio? Esteja sempre atento porque novas vagas vão sendo adicionadas dia a dia. Ou então você (ou seu estúdio) está precisando de um profissional? Aqui é o lugar certo para divulgar a vaga: Nós não vamos te cobrar nem um centavo por isso e seu anúncio vai estar disponível para um extenso banco de profissionais.

Para conhecer mais e melhor visite o link.

O texto de definição dos artigos foi retirado do próprio site da designup.pro.br.

Segunda edição do “Rio Design Indústria”

A segunda edição do “Rio Design Indústria” vem com a mesma proposta, mas com algumas novidades. O evento, que visa promover um encontro entre a indústria e os designers, é iniciativa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) em parceria com o Senai-RJ. Desta vez, a programação inclui o lançamento do Edital de Design, uma oportunidade para captação de recursos a serem investidos em inovação através do design. Além disso, o dia todo haverá palestras e conversas, e troca de material entre os participantes. A organização do evento incentiva os inscritos a levarem bastante material de divulgação para os contatos profissionais que devem surgir durante esta edição do “Rio Design Indústria”.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site http://www.firjan.org.br/data/pages/2C908CEC2C6123AD012C64ABFCCC1F77.htm

ou pelo email [email protected] , até o dia 8 de dezembro. As vagas são limitadas.

Fonte: www.designbrasil.org.br

Habilitações

Você já parou para pensar como o design é bem fragmentado, há diversas especializações e habilitações, você sabe em que Chave se encaixa?

Design Gráfico
Design tipográfico
Design editorial
Design institucional
Design de embalagem
Design de jogos

Design Digital
Design de hipermídia
Webdesign
Design de jogos de computador

Design de som

Design de Produto
o Design automobilístico
o Design de embalagem
o Design de mobiliário

Design de Moda
o Design de jóias
o Design de Estamparia

Design de Ambientes
o Design de interiores
o Design de iluminação

Existem ainda atividades que se auto-identificam com a expressão “designer” mas sem qualquer relação com a atividade de projeto propriamente dita. Exemplos incluem hair designer (para cabeleireiro), cake designer (para confeiteiro), body designer (para tatuador). É aquele lance da Moda do “X” Designers.

Uma homenagem a Oscar Niemeyer


Hoje recebi um kit com o release da coleção Linhameyer da H.Stern que será lançado no 101 aniversário dele, dia 15 de dezembro. Super legal…


A Embalagem é feita em concreto, com desenhos, dentro da caixa vem algumas folhas com desenhos e um trecho do Poema das Curvas. (ambos criados pelo Niemeyer):

”Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo o homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”.


No final, vem um pen-drive já com todo o material de divulgação (vídeo, release, letra da música, música e imagens). que tem até um clipe em homenagem ao lançamento, e ao Arquiteto, feito por Andrés Lieban, em 2D, com trilha sonora de Carlinhos Brow e George israel, chamado Linhameyer.

Achei super interessante o trabalho todo. Dá pra notar que foi investido bastante nessa coleção. E o mais interessante é ver que uma grande empresa, consagrada mundialmente, está tratando internet como gente grande. Que fique aí a lição para muitas outras empresas.

P.S.: No site da H. Stern ainda não tem nada sobre a Linhameyer (sairá somente dia 15), então aqui vai um preview do que vem por aí:

copa 2014 – alerta

Bom, quem me conhece sabe que sou totalmente contra trazer este tipo de evento aqui para o Brasil por um motivo bem simples: existem muitas carências a serem resolvidas em nosso país e que são muito mais importantes que uma copa do mundo.

Mas me chamou a atenção um informativo que recebi do Revestir.com:

“Curitiba Copa 2014

No dia 31 de outubro iniciou um ciclo de palestras para alunos e professores dos cursos de arquitetura das universidades PUCPR, UFPR e Positivo, que tomaram conhecimento das propostas para desenvolver o Workshop Curitiba Copa 2014 organizado pela AsBEA-PR.

O ponto alto das palestras foram as explanações do arquiteto italiano, radicado em São Paulo, Bruno Padovane, que demonstrou de maneira objetiva e brilhante, as diversas formas de implantar, com forte impacto urbanístico, um megaevento esportivo e seus desdobramentos positivos. Posteriormente, o engenheiro paulista Fernando Telles, outro especialista na área de arquitetura esportiva, reafirmou a importância de dimensionar adequadamente os diversos formatos que envolvem um estádio esportivo. Por último, o arquiteto Carlos Dellacosta trouxe para o público presente, informações de relevância na hora de selecionar o local do evento.

Vejamos:

As três universidades citadas e envolvidas no evento tem entre seus cursos os de Design:

PUCPR

Desenho Industrial – Programação Visual
Desenho Industrial – Projeto do Produto

UFPR

Design

Positivo

Design – Projeto de Produto
Design – Projeto Visual

Isso sem contar cursos de Engenharias – pra isso os arquitetos vão precisar de muita engenharia – Artes, Turismo e várias outras que DEVEM ser aproveitadas da mesma maneira que arquitetura num evento deste porte. E olha que nem olhei os cursos de pós oferecidos por elas e que sabemos também existem em Design.

No entanto, não se vê movimentação alguma por parte das IES e das coordenadorias de cursos de Design, (produto, grafico, interiores, etc) destas e de outras IES, para inserir nossa área dentro do todo que comporá o projeto final de adequação da cidade de Curitiba às necessidades reais que este evento impõe.

ASBEA, claro, vai tentar fechar ao maximo o acesso de outras áreas à “essa bocada” em benefício umbigusta aos seus associados e nem tanto à importância do evento em si. Jajá aparecem IAB também na parada.

Portanto, creio que nossos amigos Designers, Engenheiros, Turismólogos, Artistas, Light Designers e vários outros devem começar a se movimentar para evitar que isso – projeção ou $$ – sejam aproveitado por poucos quando na verdade deveria ser um bem de TODOS.

E não digo apenas aos de Curitiba não, afinal o Estado todo tem profissionais qualificadíssimos nessas áreas e que certamente poderão contribuir em muito para isso.

Fica aqui o alerta a todos os profissionais de todas as cidades que serão sede da copa 2014.

Fica aqui também, mais um protesto meu contra panelinhas e movimentaçãoes tácitas e falaciosas de alguns grupos.

Designers gráficos: salvem o planeta! (ou pelo menos a sua cidade)

“Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco.” – Edmund Burke.        As decisões tomadas pelos designers gráficos tem grande impacto ambiental, na medida em que afetam o uso de recursos materiais e naturais para o atendimento das suas necessidades de projeto e produção. Dentre esses recursos estão o papel, as tintas, os plásticos usados no projeto de peças gráficas e embalagens. Dentre os recursos naturais influenciados direta e indiretamente pela produção desses objetos, estão a madeira, a água, a energia, o subsolo, o ar, somente pra citar alguns.

Este trabalho pretende mostrar um breve panorama do uso atual irresponsável dos recursos naturais e depois discutir como os designers gráficos podem ajudar a usá-los de modo ecoeficiente.

Tintas

Há muito já se sabe do fascínio que o homem tem pela cor. Tentando imitar a natureza e sua abundância de cores, o homem extraiu pigmentos mineirais, sintetizou outros quimicamente, sempre com o objetivo de reproduzir a cor que ele aprendeu a apreciar na natureza.

Mas o uso da cor não é motivado apenas pelo fascínio que elas causam no ser humano. Cor vende, e vende muito. Sabendo disso, as empresas que conhecem o poder da cor e da imagem usam e abusam das cores em seus produtos, visando tirar proveito da atração que elas exercem sobre a emoção humana.

No entanto, a cor tem seu lado vilão. Para produzir cor, o preço que se paga é o dano à natureza, mais especificamente, à água, ao solo, ao ar e aos seres vivos.

Segundo o livro “50 pequenas coisas que você pode fazer para salvar a terra”, de acordo com as autoridades especializadas da cidade de San Francisco (EUA), a tinta de parede e seus assemelhados são responsáveis por 60% dos dejetos potencialmente poluentes lançados no meio ambiente por pessoas (não pelas indústrias). Estão incluídos nessa lista as tintas a óleo, os thinners, os solventes e os produtos para polimento. O pigmento que dá cor à tinta a óleo é produzido quase sempre a partir de metais pesados, como o cádmio e o dióxido de titânio.

Não apenas a tinta a óleo é tóxica; são tóxicos também os elementos a partir dos quais a tinta é produzida, além dos dejetos do processo de fabricação. Sempre que o dióxido de titânio é usado, por exemplo, resultam detritos líquidos, e este “lixo” contém ácido sulfúrico, metais pesados e hidrocarbonetos clorados.
Os americanos consomem 12 milhões de litros de tinta por dia, enquanto o consumo brasileiro é de aproximadamente 2,4 milhões de litros por dia.

A tinta usada em sacos plásticos (como sacolas de supermercado) contém cádmio, um metal pesado e altamente tóxico. Cada vez que um saco plástico impresso à tinta é incinerado, gases tóxicos são liberados na atmosfera. Com respeito ao uso da cor e vernizes em materiais impressos, isso torna sua reciclagem mais difícil.

Embalagens

Além da cor, outro objeto usado na sociedade e que tem impacto direto na questão ambiental são as embalagens. Seu uso pode ser benéfico a curto prazo, no entanto seu descarte tem implicações sérias na natureza, levando-se em conta os possíveis prejuízos causados ao ar na sua incineração, à água quando são jogadas em rios, aos peixes quando poluem seu habitat e os matam engasgados ao engolir plásticos, ao subsolo quando seus compostos químicos são depositados ali e permanecem por centenas de anos.

Em 1988, no Brasil foram distribuídos 80 mil toneladas de sacos plásticos e de papel. Quase 30% do plástico produzido nos EUA é usado em embalagens.
De cada 11 dólares que os americanos gastam em comida, 1 dólar corresponde à embalagem. Gasta-se mais na embalagem do que no pagamento aos agricultores pelos seus produtos.

A embalagem de isopor usada em alimentos é totalmente não-biodegradável. Ficará 500 anos sujando o planeta. O isopor também ocupa um volume alto em relação ao seu peso, congestionando ainda mais os lixões urbanos, já saturados.

No Brasil, são fabricadas 720 milhões de latas de alumínio por ano (510 mil toneladas de latas), mas apenas um terço disso é recuperado. A energia economizada com a reciclagem de uma única lata de alumínio é o suficiente para manter ligado um aparelho de televisão durante três horas.

Papel

Outro vilão silencioso na questão ambiental é o papel.
Os sacos de supermercado são feitos de papel virgem, não reciclado, porque os fabricantes afirmam que é necessário empregar papel de fibra longa, mais resistente, para o transporte de mercadorias mais pesadas. Isso implica em maior agressão ao meio ambiente, visto que exige árvores virgens. É preciso uma árvore de 15 a 20 anos de idade para se fazer apenas 700 sacos de papel.

Se fosse produzido papel a partir de papéis usados, o consumo de energia seria 50% menor do que se fosse produzido a partir de árvores virgens, o consumo de água seria 5.000% menor e a poluição do ar seria reduzida em 95%. O papel virgem poderia ser substituído pelo reciclado em vários produtos, sem comprometer a qualidade; porém, como no Brasil a demanda do papel reciclado é pequena, seus preços tendem a ser superiores aos do papel virgem. Desta maneira, sua produção não chega a ser comercialmente interessante. Infelizmente, no Brasil apenas 30% da produção anual de papel (4.700 toneladas) é reciclado.

Se o mundo reciclasse metade do papel que consome, 40 mil km quadrados de terras seriam liberados do cultivo de árvores para a indústria de papel.
Muitos ainda argumentam dizendo que a madeira é um recurso natural renovável e que todo ano são replantadas milhões de árvores. No entanto, ninguém diz que devido ao alto consumo de papel em todo o planeta, florestas estão sendo destruídas para em seu lugar serem plantados eucaliptos, utilizados na produção de papel. Porém, os eucaliptos absorvem muita água da terra, afetando o equilíbrio do solo. Isso pode causar erosão e danos ecológicos, pois incontáveis espécies de animais deixarão de existir com o fim das matas. Além disso, as árvores absorvem grande parte do gás carbônico presente na atmosfera; sem as árvores, o gás carbônico permanecerá no ar, contribuindo para o efeito estufa.

A degradação das florestas, visando a produção irresponsável de papel, afeta o equilíbrio biológico. Numa área de 6 quilômetros quadrados de floresta tropical é possível encontrar: mais de 750 espécies de árvores, mais de 1500 espécies de plantas que dão flor e podem servir como remédios (70% das plantas classificadas como indicadas para o tratamento do câncer só existem em florestas tropicais), 125 mamíferos diferentes, quatrocentos tipos de pássaros, cem répteis, sessenta anfíbios e inúmeros insetos, inclusive 150 tipos diferentes de borboletas. E apenas 1% dessas espécies foram estudadas!

Plastificação de impressos

Uma prática comum em capas de revistas e outros impressos gráficos é a plastificação que confere aspecto brilhante à impressão e aumenta sua resistência mecânica. No entanto, a presença de componente plástico nestes impressos dificulta a reciclagem na medida em que muitas vezes é quase impossível desvincular o plástico da celulose do papel.

Desperdício de papel nas empresas
Outro desperdício brutal de papel acontece debaixo do nariz de todos nós. 50% de papel é desperdiçado quando não se usa o verso do papel no momento das impressões, seja em impressoras a laser, a jato de tinta e principalmente em copiadoras xerox.

Anualmente os americanos jogam fora papel para datilografia e folhas pautadas em quantidade suficiente para construir um muro de 3,5 metros de altura e 4.500 quilômetros de comprimento.

Além desse desperdício evidente de papel, outros modos de desperdiçá-lo é na ocupação inconseqüente e desproposital de espaço nas folhas, em parte devido à ignorância no seu uso e falta da consciência sobre o impacto que isso tem no volume de papel necessário para cumprir tarefas documentais. Normas como a ABNT e outras, sugerem o uso de regras técnicas no que diz respeito ao uso de espaço nas folhas, como o espaçamento exagerado entre as linhas de texto, larguras de coluna desnecessárias, margens e tamanhos de letra superestimados, etc.

Como os designers podem usar os recursos de modo ecoeficiente?

Designers gráficos podem contribuir para o uso mais inteligente e ecoeficiente dos recursos por meio de 3 passos simples: desenvolvendo uma consciência do impacto ambiental causado pelas suas decisões, educando seus clientes e a sociedade para a importância do desenvolvimento sustentável e, logicamente, re-avaliando seus próprios processos, lembrando que design ecologicamente correto não implica em grandes decisões, mas pequenas escolhas feitas com consciência ambiental.

PRIMEIRO

Antes de apoiar o desenvolvimento sustentável, os designers gráficos tem que se convencer plenamente da urgência em defender o uso responsável e ecologicamente comprometido, criando uma auto-consciência sobre o assunto. Tomar decisões a favor do atendimento das necessidades presentes, levando em conta as necessidades futuras, muitas vezes significa comprar uma briga com interesses imediatistas. Se o designer não estiver pessoalmente convencido do impacto das suas decisões na questão do desenvolvimento ambiental, pode ser difícil colocá-las em prática, de modo efetivo.

SEGUNDO

Conforme diz o segundo capítulo do livro “PRODER-Especial: um vetor de sustentabilidade econômica em processos de desenvolvimento local integrado e sustentável”, um dos requisitos para esse desenvolvimento, sem o qual torna-se muito difícil realizá-lo, “é despertar a população para as possibilidades e para as vantagens de um processo mais solidário de desenvolver e aplicar estratégias de comunicação social e de marketing compatíveis”. Pode-se incluir nessa população, os empresários e clientes dos designers, e nas estratégias que precisam ser compatíveis, o design gráfico. O desenvolvimento sustentável, que leva em conta o impacto ambiental das atividades econômicas, depende de um processo que eduque sobre a importância da responsabilidade social e também ambiental, visando preservar o direito ao atendimento das necessidades das gerações que ainda virão.

TERCEIRO

O terceiro passo que os designers podem dar é a reavaliação dos seus processos e o questionamento das suas escolhas, julgando suas decisões atuais tendo um modelo ecologicamente ideal como referência.

A principal atividade do designer gráfico é a comunicação visual, que é a transmissão de mensagens visuais que podem se apoiar em diferentes suportes, como papel, plástico, madeira, materiais de relevância ambiental. Os designers ainda se valem de recursos gráficos que tem implicações ecológicas, como a plastificação e aplicação de vernizes em papéis, o uso de materiais não-biodegradáveis em embalagens e tinta com COV (componentes orgânicos voláteis). Outros profissionais de comunicação também abusam do uso do papel, desperdiçando-os de modo inconseqüente.

Cito abaixo algumas maneiras como os designers gráficos poderiam ajudar a reduzir os prejuízos decorrentes das suas decisões ligadas à prescrição e solicitação do uso de papel, plástico e tinta em seus trabalhos:

Tinta

Os designers deveriam usar a cor de modo responsável, somente nos lugares onde seu uso fosse imprescindível. Já foi provado que a cor tem grande influência persuasiva e efeito emotivo sobre o ser humano. No entanto, muitas pessoas usam cor pelo simples prazer de usá-la ou ainda porque é um recurso disponível e aparentemente não-prejudicial, o que é um engano. Muitos materiais com cunho meramente informativo seriam ótimos candidatos a terem suas exigências de cor revistas. Os designers devem aprender que a cor tem um preço  (poluição por metais pesados) e que, embora pago a longo prazo, não aceita calote.

Papel

Os designers aprendem que a única preocupação na escolha de formatos de papel é a financeira. Alguns formatos permitem um aproveitamento maior da área útil. Muitos designers escolhem esses formatos porque isso tem um reflexo no preço pago às gráficas e não porque usar menos papel é uma prática ecoeficiente.
Os designers também poderiam estudar maneiras de reaproveitar, por exemplo, o verso branco de materiais já impressos, seja para rascunhos, seja para novas impressões, como no caso de grandes cartazes que usam enormes áreas de papel e desperdiçam seu verso.
A impressão de documentos só na frente das folhas deveria ser questionada e repensada. É muito cômodo usar apenas a frente do papel, já que não é necessário virá-los para serem impressos no verso. Em apenas um ano 260 milhões de folhas tamanho carta são jogados fora nos EUA. Se o verso fosse usado, a economia seria de 130 milhões de folhas, sem contar a redução do volume ocupado pelos documentos, que obriga a construção de mais móveis e novamente mais consumo de madeira.
Os designers gráficos poderiam aumentar seu consumo de papel reciclado, de modo a reduzir o consumo de árvores virgens, o consumo de água dos rios, a poluição do ar.
Normas como a ABNT poderiam ser revistas sob o ponto de vista ecoeficiente, de modo a estipular regras alternativas que aproveitassem melhor o espaço nas folhas de papel. Ao invés de usarem linhas em apenas 1 coluna, com corpo 12 e espaço duplo, poderia se usar 2 colunas em muitos documentos, com corpo 9 em letras com altura-x equivalente a tipos de corpo 10, e com entrelinhas igual a 10,8 pontos, e se possível usar letras com dimensão horizontal reduzida e fazer a impressão em frente e verso, de modo a economizar espaço. Essa configuração mantém a legibilidade do texto e proporciona uma economia de espaço que pode chegar a 80% em alguns casos, como neste artigo, que nas normas da ABNT ocuparia 12 páginas e agora ocupa apenas 2. Também contribuiria muito para a economia de papel, a redução do número de palavras, obtida por uma redação mais concisa e que não procure impressionar pelo volume de texto.

Embalagens

O projeto de embalagens para acondicionamento de produtos deveria ser encarada pelos designers como uma atividade de grande responsabilidade. Seu uso deveria ser comedido e vinculado a interesses ambientais, atitude justificada pela redução dos riscos de contaminação e dano à ecologia.

Conclusão

São inúmeras as possibilidades de uso ecoeficiente dos recursos, considerando-se todo o ciclo de vida dos produtos, ou seja, sua criação, uso e descarte. Este é um excelente campo para estudo por parte de todos os profissionais, principalmente os designers gráficos cujas atividades tem tão grande relevância econômica e ambiental dentro do desenvolvimento sustentável.
Visto que este desenvolvimento deve ser local, as iniciativas regionais, partindo de pequenas regiões, ou pequenos grupos, podem ter reflexo positivo e crescente. Esperar que os outros façam sua parte primeiro, ou que apenas o governo e o Estado tomem a iniciativa, é tão ruim quanto achar que por podermos fazer só um pouco então não devemos fazer nada.
Alexander Manu, designer canadense e participante do grupo Design for the World, que defende o design socialmente responsável, prega que design social não é um privilégio para países desenvolvidos e que mesmo países em desenvolvimento podem praticá-lo, pois design social não se faz com idéias mirabolantes, mas sim nas pequenas decisões tomadas no dia-a-dia. Do mesmo modo, podemos dizer que o design ecologicamente responsável, base para o desenvolvimento sustentável, não se faz com grandes passos, mas com pequenas atitudes que podem contribuir e muito para a sustentabilidade.

Referências Bibliográficas

50 pequenas coisas que você pode fazer para salvar a terra. The EarthWorks Group. Editora Best Seller: 1989.
Franco, Augusto et alli. PRODER-Especial: um vetor de sustentabilidade econômica em processos de desenvolvimento local integrado e sustentável. SEBRAE Nacional, Brasília, 1999.

Diferenças entre Decorador, Designer de Interiores e Designer de Ambientes

Outra parte de minha monografia.

Já apresentei as diferenças anteriormente ligadas à arquitetura, mas vale à pena ressalta-las novamente focando melhor agora, na área do Design e Decoração:

O Decorador é aquele profissional formado (ou não) naqueles cursinhos de finais de semana ou de curtíssima duração (antigos do SENAC, por exemplo). Sua função é a escolha de acessórios como vasos, toalhas, almofadas e afins. Na realidade o seu trabalho não passa de uma maquiagem no já existente.

O Designer de Interiores, além do trabalho do Decorador que vem ao final do projeto tem a função de elaborar o espaço coerentemente, seguindo normas técnicas de ergonomia, acústica, térmico e luminotécnica além de ser um profissional capaz de captar as reais necessidades, explicitas ou não, dos clientes e concretiza-las através de projetos específicos. A reconstrução do espaço a ser habitado ou não através da releitura do layout, da ampliação ou redução de espaços, dos efeitos cênicos e aplicações de tendências e novidades técnicas, do desenvolvimento de peças exclusivas entre outras tantas atribuições deste profissional. Porém seu trabalho restringe-se a ambientes internos.

O Designer de Ambientes está apto a elaborar projetos nos padrões dos de um Designer de Interiores, porém, este não está preso aos limites internos podendo atuar em paisagismo e light design de áreas externas, concepção de praças, clubes e parques. No entanto, sua atuação nas áreas que tenham elementos estruturais, que são aqueles que realmente podem colocar em risco a vida do usuário, assim como a de um Designer de Interiores mantém-se, apenas como formalidade e segurança técnica, sob a supervisão/acompanhamento de um engenheiro estrutural.

Tais atribuições do Designer de Ambientes são sim reais – mesmo que não regulamentadas – pois o mesmo teve em sua formação cadeiras que o habilitam em conhecimento técnico para efetuar tais projetos.

Para o Designer de Interiores e o Designer de Ambientes uma nova realidade começa a despontar no horizonte: a Justiça Federal obrigou o CREA a nos inscrever e fornecer o registro (carteirinha) profissional. Este fato nos libera da sombra de outros profissionais em vários aspectos e partes dos projetos. Porém, através da lentidão da Justiça e imposições de entidades, os processos mantêm-se parados.

 

Embalagem comemorativa Lámen

Acabo de conhecer a embalagem comemorativa de 50 anos da criação do lámen.

Foi lançada como edição especial, prometendo o sabor original do produto.
Trabalhando com as cores marrom e laranja, pode até soar um pouco forte para os dias de hoje, porém trata-se de uma interessante oportunidade (também disponível por diversos outros meios) de conhecer,  comparar e refletir como o design de embalagens é um produto do seu tempo, refletindo tendências estáticas e culturais de determinada época.

Há, ainda, uma ilustração de um pintinho, também parte da versão original da embalagem antiga,  que anuncia o tempo de preparo: 1 minuto e meio(!), tempo que dobrou nas versões atuais do produto (na verdade, no verso, descobre-se o “segredo” do preparo mais rápido…). No topo da embalagem existe um logo comemorativo “Think Next 50”.

No verso, as referências continuam: ilustrações típicas dos anos 50 “ensinam” como preparar o “miojão”, além de trazer uma rápida história de “Momofuko Ando”, que criou o lámen em 1958 (saiba mais aqui).
Tanto no verso quanto nas laterais da embalagem, existem inscrições japonesas, reverenciando a criação original do produto.

Você deve estar se perguntando:“cadê a foto da tal nova embalagem?”
Respondo: minha máquina digital “morreu” ontem à noite, na mão de um inadvertido amigo sob os efeitos do vinho, mas voltará, em breve. Assim, não tive como fotografar a embalagem; até mesmo o meu celular está na assistência técnica (“que cara azarado”, você deve estar pensando!).
Fiz uma “pequena” busca na internet, porém não consegui encontrar imagens (“pequena” devido a pressa de freelas pra terminar), peço sinceras desculpas!
Se alguém descobrir um bom link, mande via comentário!
No site da Nissin também não tem!

De qualquer maneira, resolvi escrever este pequeno artigo dominical colocando-os a par da novidade.
Grande Abraço!

Lançamento – “Briefing: A gestão do projeto de design”

Há quem pense que a criatividade não possa ser formalizada, normalizada ou descrita. Este é um dos motivos pelos quais designers ainda hoje relutam em produzir um briefing antes de começar seus trabalhos, assim como as empresas acreditam que isto seja uma perda de tempo.
Contudo, um bom briefing pode poupar muito trabalho e evitar problemas burocráticos durante a criação. A estruturação de recursos e objetivos guia a criação não restringindo-a, mas fundamentando e potencializando os resultados obtidos.

Briefing

De forma clara e concisa, o livro auxilia profissionais a entenderem a importância do briefing e como produzi-lo de maneira eficaz. Escrito baseado na experiência profissional do autor, é fácil identificar paralelos com o cotidiano das empresas e dos designers. Para os estudantes, o livro é uma forma de familiarizá-los com o briefing, para que eles entrem no mercado de trabalho conscientes da importância desde planejamento prévio que, muitas vezes, é negligenciado nas escolas.

Maiores informações sobre o livro, resumo e autor em: http://blog.tipod.com.br/.

A tradição da embalagem.

É natural que a indústria de vez em quando faça uma revisão no design das marcas e embalagens de seus produtos. As vezes é preciso modernizar as cores e formas e isso acontece sempre, normalmente sendo um movimento de reposicionamento ou reformulação frente as ações da concorrência.

Mas ao mesmo tempo, existem marcas e produtos que mantêm o design original, aquele que os consumidores já estão acostumados. É o que acontece com o Hené Maru. Eu particularmente não conhecia, mas pesquisando na web, achei bem interessante.

O mais interessante é que a embalagem do Hené Maru foi criada em 1964 e o Seu Coutinho, dono da empresa, disse: “Tentamos mudar duas ou três vezes, mas o produto encalhava porque as clientes pensavam que era falsificado. A fórmula também praticamente não mudou nada”.

Apesar do produto ser direcionado para o público C e D e custar apenas R$ 3,00, a empresa perdeu espaço para a concorrência e o volume de vendas caiu quase 10 vezes em relação ao auge, quando anunciava nos programas do Chacrinha e Bolinha, mas a fidelidade das consumidoras a imagem e a embalagem é alta, visto que é a mesma há mais de 40 anos.

O Hené Maru perdeu lugar de carro-chefe na indústria, mas a marca dá nome ao site e a imagem da embalagem é a que faz parte da programação visual do mesmo.

Visite o site do Hené Maru

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Troca de BlogsMeu nome é Ricardo Cabianca e sou profissional de comunicação e marketing, não sou designer)

Mas estou aqui por conta da Troca Blogs, brincadeira feita neste Primeiro de Abril, onde autores e blogueiros misturam seu conhecimento e se arriscam em novas áreas. Participam também: Rockerspace, Psicodelia, Boombust, A vida como a vida quer, HiTech Live, Velocidade, Papo de Homem, novo-Mundo, Dinheirama, underGoogle e Design.

Kuat renova identidade visual

kuat

O guaraná Kuat estréia nova identidade visual. Nas garrafas e latas, a marca assume o tom dourado, se apropriando da cor que caracteriza o refrigerante, e abandona a tradicional combinação de verde e vermelho, normalmente utilizada pela categoria. O grafismo de Kuat também está mais iconográfico: a letra K do logotipo ficou mais longilínea e a imagem do fruto, vermelha, dá lugar a uma esfera da mesma cor.
As novas latas de Kuat são totalmente douradas, com exceção do logotipo em verde e vermelho. Já Kuat Zero traz pequenas frisas brancas alternadas ao dourado. Nas garrafas – tanto de vidro quanto de PET –, a solução para ressaltar o dourado foi simples: embalagens transparentes substituíram as verdes, fazendo com que o líquido se encarregue de dar o tom dourado à embalagem. A nova identidade visual foi criada pela agência Santa Clara. A mudança nas embalagens é explicada pela diretora de marketing da Coca-Cola Brasil, Andréa Mota, em um hotsite de Kuat.

Fonte: EmbalagemMarca

Murilo Contro – http://www.clubedaleitura.org