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Bubblicious

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Bubblicious é um vídeo criado pela equipe Rex the Dog. Onde mostra como dá para fazer um trabalho irado com stop motion e efeitos incríveis com tão poucos recuros.

INGLOURIOUS BASTERDS

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Inglourious Basterds é o novo filme do Quentin Tarantino, cujo o filme, que conta a história de um grupo de 8 soldados americanos enviados a Europa com a missão de assassinar nazistas da forma mais cruel possível, com tal história e com o Tarantino como diretor não poderia deixar de ter posters irados.

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O primeiro trailer pode ser visto aqui.

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O filme tem estréia prevista para 23 de outubro no Brasil.

MOCKUP X PROTÓTIPO X MODELO VOLUMÉTRICO…

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Protótipo, modelo, mockup, piloto… Quais deles vocês executam? O que significa cada um deles? Em que etapa se executa cada um deles? Vamos tentar desanuvear estes termos, que normalmente confundem profissionais, clientes e entusiastas.

 Para iniciar, o modelo de referência, ou metodologia de projeto que seguimos na TipoD e Lectron é a proposta por ROZENFELD & FORCELLINI. O Projeto é organizado basicamente em pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento. Na primeira etapa tratamos basicamente de processos metodológicos e de planejamento. Na segunda, tratamos da execução do P&D (pesquisa e desenvolvimento), sendo a última macro-etapa a constatação concreta do final do projeto de P&,D entrando em cena a produção contínua, ou seja, o uso do produto no mercado, manutenção, descarte… É importante lembrar que pequenos projetos de aprimoramento do produto são realizamos a fim de se obter maior produtividade do produto enquanto em produção.

Na macro fase de Desenvolvimento, temos a divisão em: Projeto Informacional, Projeto Conceitual, Projeto Preliminar, Projeto Detalhado, Preparação da Produção e Lançamento do Produto. O significado de cada uma delas pode ser encontrado na bibliografia dos autores… Portanto, onde se encontram as representações físicas dos produtos? Aquelas fora do papel, as que geram um bocado de controvérsias?

No Projeto Conceitual, tenho visto que os profissionais de Design Industrial e Engenharia Mecânica lideram a lista dos que realizam os “Modelos Volumétricos” ou “Mockups”. Tais Modelos Volumétricos são inicialmente representações tridimensionais de rascunhos e desenhos ainda em fase conceitual, onde não existem muitas dimensões fechadas ou restrições de materiais e fabricação. São interpretações de desenhos, basicamente. O acabamento superficial é ainda bruto, sem cores finais, não existem delimitações de peças muitas vezes, apenas o volume bruto. Mas mesmo assim, diversas validações ergonométricas são realizadas nesta fase de Proj. Conceitual, até algumas dimensões importantes no quesito de usabilidade são adquiridas e testadas aqui, mas não todas. Ainda.

É importante no Projeto Conceitual a “prototipagem” de muitas alternativas volumétricas-geométricas, pois aqui podem ser realizadas rapidamente diversas estilizações de um desenho. Materiais maleáveis, dúcteis, leves como Clay, Papel, Papelão e outros são os mais utilizados. Com o advento de softwares de modelagem CAD intuitivo, como o 3D Studio Max, Rhino, Modo e outros algumas empresas no exterior costumam até realizar a prototipagem CNC de uma modelagem realizada nestas plataformas.

Na transição do Proj. Conceitual para o Preliminar, onde modelos CAD precisos são modelados, testados e validados (análise de CAE). Ocorre também a transição do designer industrial para o engenheiro mecânico (citando apenas um dos diversos engenheiros que participam de um processo de desenvolvimento integrado do produto). E é nesta fase que podem ocorrer novos modelos volumétricos com maior precisão dimensionais para auxiliar tanto em testes e análises ergonômicas profundas, como na modelagem CAD de engenharia, pois depois de modeladas as peças finais – sim, aqui temos peças diversas, não mais um “produto abstrato”- podemos partir para a conhecida Prototipagem Rápida (ou rapid prototyping ou RP). Esta RP do Proj. Preliminar tem o propósito maior de testar encaixes, simular funcionamento mecânico e outras questões de geometria. Porém avaliações estéticas da geometria, acabamento, funcionalidade e mais testes ergonômicos podem ser realizados, uma vez que a própria montagem, desmontagem e manutenção podem ser realizados. Cabe lembrar que podem ser realizados nesta fase diversas prototipagens rápidas, uma vez que o modelo selecionado é prototipado, testado e normalmente otimizado, sendo necessário novamente a fabricação da otimização e suas conseqüentes análises. Importante ainda ressaltar que diversos setores da indústria podem usar materiais ou processos diferentes, mas na industria de eletrônica, com carcaças plásticas, acabamos por utilizar: Nylon, PC, ABS-PC, PE…

Pode parecer que muito dinheiro já foi gasto, mas ainda existirão mais recursos a serem desembolsados. Justamente por isso a fase anterior pode consumir alguns protótipos rápidos (RPs). Nesta fase de Proj. Detalhado, cada uma das peças e seus processos são exaustivamente detalhados para a produção em série. Um grande esforço de detalhamento e otimização são realizados com os envolvidos na fabricação (terceirizados, ou departamento, divisão…). E os protótipos? Bem, nesta fase pode existir uma peculiaridade: o Protótipo em si. Que é agora um protótipo produzido com materiais finais e acabamento que tentam simular ao máximo o produto final. Porém, ainda não foi realizado com os mesmos processos de fabricação finais, simplesmente porque o projeto ainda não concluiu o encerramento de detalhamento. Portanto nem todas as ferramentas e maquinário de produção estão preparados para a produção em escala, podendo ser realizada a construção de apenas poucas unidades, ao custo de muito recurso financeiro. Um protótipo deste modelo, segundo alguns engenheiros pode custar até 20 vezes mais que o produto final produzido em escala. Ou seja, multiplique o preço final de um Mercedes Benz por 20 e podemos iniciar a estimativa de custo de um protótipo daqueles, isso sem contar o P&D, apenas materiais, processos e recursos para a fabricação deles. Não contesto muito a estimativa, por exemplo, em um protótipo misto de PR com hardware embarcado, ou seja, o híbrido de Protótipo do Proj. Detalhado com PR do Projeto Preliminar, temos um custo de aprox. R$ 4.500,00, dividindo-se pelo preço final de venda de R$ 400,00, iremos obter o resultado de 11,25 vezes o custo do preço de venda. Cabe a cada um realizar a sua estimativa…

E o Piloto? O Cabeça de Série e demais? Bem, de acordo com as normas e regulações de cada mercado, podem ser exigidos testes, certificações e homologações com produtos já fabricados em série. Sendo os Protótipos das fases anteriores descartados para tal propósito. Simplificando, na Preparação da Produção o Ferramental (moldes e outros) para produção em série são construídos, e destas ferramentas são obtidos ainda mais protótipos, bem mais próximos dos finais (no segmento de peças plásticas os denominamos tryouts ou try-outs). Alguns destes protótipos (quase produtos finais), podem ser utilizados para as homologações, certificações e seus testes de ensaio e laboratório correlatos. Mas o Lote Piloto, ou Cabeça de Série, são os produtos obtidos já na fábrica, onde o Ferramental já se encontra instalado e em operação pelos funcionários e robôs da planta. Após este processo árduo de estabilização da linha de fabricação, testes e otimizações (espera-se que sejam mínimas), é realizada a conclusão do Projeto de P&D e inicia-se o Lançamento do Produto. Termina aqui a Macro-Fase de Desenvolvimento.

Confundir protótipos com mockups? Nunca Mais! Informações sobre PR, Mockup e outros via CNC…

Simpsons – Nova abertura em HD

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Para quem é viciado em os Simpsons (como eu) e acompanha pela Fox Americana, pode conferir a nova abertura em versão HD (Alta Definição) que foi ao ar neste domingo (15/02). Na abertura nova são apenas adicionados alguns personagens, e elaborado conforme algumas histórias que já ocorreu em todos episódios, na minha opnião ficou irada.

A série completa 20 anos no dia 17 de dezembro, o que mais será que virá de novidade?

Logotipo x logomarca > Coando o mosquito e engolindo o camelo

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“Coar o mosquito e engolir o camelo” é uma expressão que foi usada por Jesus Cristo, para indicar que alguns às vezes ficam se preocupando com coisas mínimas, enquanto aquilo que realmente deve ser evitado continua sendo aceito e praticado. Conforme eu já expliquei num post, aqui nesse site, essa discussão sobre se o certo é logotipo ou logomarca, não toca no real problema: a ignorância de alguns designers sobre o que é identidade visual, marca, branding, expressão visual de marca, expressão sonora, expressão tátil, expressão olfativa e expressão gustativa. Essa ignorância é o real “camelo” que continua sendo engolido, enquanto ficamos cuidando de mosquitos.
Essa discussão em torno de qual o melhor termo para designar a junção de “símbolo + logotipo” revela algumas incoerências, tanto na profissão do designer gráfico, quanto na dos diretores de arte/publicitários:

  • 1) Algumas pessoas se preocupam tanto com símbolo e logotipo, pois na cabeça delas, esses são os únicos elementos que compõem a identidade. Mas não são. Um produto, por exemplo, pode ser identificado mesmo sem a presença desses elementos. Eu posso diferenciar um refrigerante pelo formato da sua embalagem (Coca-Cola). Posso identificar um chocolate pela padronagem de fundo com retângulos vermelhos e amarelos presente na embalagem (Chokito). Consigo perceber uma empresa de telefonia celular pelo estilo das fotografias que ela usa nos materiais gráficos (Vivo). Posso identificar um banco pela presença de um gesto num comercial de TV, que lembra o @ com a letra “i” (Itaú). Se eu for mais longe, consigo identificar até um parque temático por usar um idioma próprio, o “hopês”, onde bom dia é “bom bini” e tchau é “chauí” (Hopi Hari), diferencio uma empresa pelo uso frequente de uma textura de céu azul na propaganda (Claro), uma marca de processador apenas pelo som (Intel), um jornal apenas pelo tipo de letra utilizado no corpo do texto (Folha de S. Paulo), um achocolatado pelo seu cheiro (Toddy) ou um sorvete pelo gosto que tem (Häagen-Dazs).
  • 2) Essas pessoas pensam que identidade é só símbolo e logotipo, pois leram isso em um monte de livros que repetiam essa bobagem, ou aprenderam numa faculdade com um professor desatualizado que ensina identidade visual como se ensinava há quase 60 anos atrás (no tempo da vovó), ou porque simplesmente a maioria fala assim, então deve ser verdade. Da mesma forma, as pessoas saem por aí repetindo que se deve tomar 2 litros de água todo dia (isso não tem comprovação científica) ou que armas são a coisa mais perigosa que se pode ter em casa (sendo que piscinas matam muito mais crianças por ano). Ainda se ensina identidade como na década de 50, num tempo em que os produtos não tinham tanta concorrência, e a única coisa que precisava ser diferenciada era a “corporação”, que levou ao que se chama identidade corporativa. Acontece que identidade corporativa não é o mesmo que identidade de marca, identidade de produto, identidade experiencial.
  • 3) Como muitos “acham que identidade é só símbolo e logotipo” (estou sendo repetitivo para enfatizar), o que se vê por aí é a famosa identidade-carimbo: se o fulano fizer um papel de carta, um envelope, um uniforme, um totem de fachada, uma embalagem, uma sinalização de carro, dentre outros, ele vai sair carimbando a dupla “símbolo e logotipo” em tudo que aparecer pela frente, com seu carimbo-mágico-aplicador-de-identidades. Isso explica porque muitos clientes acham um absurdo pagar 10.000, 100.000 ou 3 milhões de reais por um “sistema de identidade”, pois se for pra sair carimbando um desenho, o sobrinho dele faz isso por muito menos. Carimbo por carimbo, não precisamos de um designer para fazer. O que precisa mesmo de um designer é pensar de que maneira podemos identificar um “produto, marca, serviço, pessoa, empresa, experiência” sem ficar repetindo um símbolo acompanhado de um logotipo.
  • 4) Logo, nós designers gráficos podemos criar uma identidade de maneira multi-sensorial, usando a cor, tipografia, padronagens, texturas, grafismos, materiais, estilo fotográfico, gestos, e com a ajuda de outros profissionais, criar a identidade pelo som, cheiro, gosto e superfície, conforme ilustra Marc Gobé, no seu livro “Design Emocional”.

Portanto, quando estivermos projetando identidades completas, que diferenciem através de vários sentidos, e que não precisem depender da receitinha ultrapassada de “símbolo e logotipo”, essa preocupação sobre chamar de “logomarca” ou não, vai ser inócua.

Prof. Ricardo Martins
Depto. de Design
Universidade Federal do Paraná

Tem que pensar em tudo…

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Projetar marcas gráficas não é coisa para amadores, por isso é defendo que somente designers experientes deveriam fazer esse trabalho de tanta responsabilidade. Se que bem que, às vezes, até os bambambans erram…

Veja o caso dessa marca criada para o Office of Government Commerce (OGC) do Reino Unido. Certamente não foi desenvolvida por um sobrinho e, olhando assim, parece bem resolvida, né?

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Uma análise da quantidade de faculdades de Design no Brasil

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Há algum tempo eu tenho a curiosidade de saber quantas faculdades de design existem no Brasil, quais são os tipos de curso oferecidos, em quais cidades e regiões. Lendo um post no site DesignBR (obrigado Marcia Nassrallah!), eu descobri um link (http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/funcional/busca_curso.stm) que aponta para um site do Governo Federal que tem essas informações. Eu fiz uma busca por faculdades que tivessem a palavra Design ou Desenho Industrial no nome e tirei da lista os cursos de Design de Interiores e Moda. Incluí apenas os cursos de Design Gráfico, Design de Produto, WebDesign, Design de Jogos, Design de Animação e Design de Interfaces. A listagem às vezes parece confusa, com algumas faculdades oferecendo cursos de Design e Desenho Industrial ao mesmo tempo. Eu tentei limpar a listagem final, para tornar os resultados mais confiáveis, mas os dados finais ainda não são 100% confiáveis, de modo que são apenas uma estimativa aproximada. O resultado da análise pode ser visto a seguir.

Análise

O total de cursos de Design no Brasil, segundo as estatísticas do Ministério da Educação, é de 336.

No Brasil há 100 cidades que possuem faculdades de Design, sendo que o município com a maior quantidade de cursos superiores de Design é São Paulo, com 66, seguido pelo Rio de Janeiro (19), Curitiba (18), Florianópolis (11), Salvador (9) e Belo Horizonte (9). As demais cidades, tem 8 faculdades ou menos.

Em termos de estado, São Paulo também possui a maior quantidade de faculdades que ensinam design (122 faculdades), seguido de Santa Catarina (42), Rio Grande do Sul (36), Rio de Janeiro (24), Paraná (24), Minas Gerais (16) e Pernambuco (10), para citar apenas alguns. Outros estados tem menor quantidade de instituições, como é o caso do Mato Grosso do Sul (1), Alagoas (1), Roraima (1), Sergipe (1), Rio Grande do Norte (2), Amapá (2), Paraíba (3) e Maranhão (3). Portanto nota-se que há uma grande concentração de faculdades de design no sudeste e sul do país, e poucos cursos disponíveis no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

No Brasil o Design (incluindo Design Gráfico e Produto juntos) é o curso de design mais ofertado pelas instituições, somando um total de 151 opções disponíveis. Em segundo lugar vem o Design Gráfico (110), seguido de Design de Produto (46), WebDesign (21), Animação (2), Design de Interfaces (1), Design de Jogos (1) e Gestão do Design (1). Visto que as interfaces digitais crescem a cada dia, seja por causa da Internet ou mesmo dos celulares, percebe-se que essa é uma área pouco atendida pelas faculdades de design no Brasil.

Se fizéssemos uma projeção por baixo, estimando que cada um dos 336 cursos formasse 40 designers por turma, teríamos um número de 13.440 profissionais formados por ano. Numa projeção média, se cada curso formasse 60 alunos, teríamos 20.000 novos designers. Para fins de comparação, os Estados Unidos formam 40.000 designers gráficos por ano e a China forma 1 milhão de designers (tanto gráfico quanto produto) nesse mesmo período.

Quando comparamos a quantidade de cursos superiores de design, com o de outras áreas, podemos perceber que temos mais faculdades de Design do que de Jornalismo, Arquitetura, Filosofia, Odontologia, Biologia, Relações Públicas e Fonoaudiologia. Mas ainda temos menos cursos do que Administração, Engenharia, Ciências Contábeis, Direito, Psicologia, Farmácia, Medicina, dentre outros (veja a tabela a seguir).

Curso

Quantidade

Administração (incluindo marketing)

3.424

Engenharia

2.023

Letras

1.309

Física

1.158

Ciências Contábeis

1.098

Direito

1.094

Matemática

899

Educação Física

844

Enfermagem

751

Turismo

714

Psicologia

585

Computação

567

Farmácia

523

Medicina

512

Fisioterapia

510

Design (incluindo moda e interiores)

463

Jornalismo

368

Arquitetura

220

Filosofia

208

Odontologia

204

Biologia

201

Relações Públicas

127

Fonoaudiologia

115

Isso gera algumas perguntas:

Porque áreas com menor quantidade de profissionais formados, como arquitetura, odontologia e fonoaudiologia já são regulamentadas?

Se formos comparar as faculdades de Design com as de Fisioterapia, formamos em ambas quase a mesma quantidade de profissionais por ano (18 mil para design, 20 mil para fisioterapia, aproximadamente). Por que os fisioterapeutas conseguiram a regulamentação, mesmo brigando com a turma da medicina (e o famoso ato médico), ou competindo com milhares de “massoterapeutas” que alegam fazer tratamentos como eles? Hoje, pela Lei Federal, para virar um paciente de posição, num leito de UTI, é preciso chamar um fisioterapeuta, pois esse tipo de manobra pode trazer danos ao paciente. Se eles conseguiram se impor até mesmo em detalhes como este, porque os designers não conseguem fazer o mesmo?

Até mesmo na área da psicologia, que pode ser considerada tão subjetiva quanto o próprio design, eles conseguiram se regulamentar e definir sua área de atuação. Porque o design não consegue o mesmo?

Gostaria de ouvir os comentários de vocês, sobre esses resultados, e trocar idéias sobre a situação em que se encontra o ensino do design no Brasil. Aqueles que tiverem interesse em receber a planilha Excel com os dados, podem me solicitar por email ([email protected]).

(x)html e css para design de interfaces – Parte 2

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O (x)html/css como ferramenta, conceito e diferencial do designer de interfaces é o tema deste artigo, em sua segunda parte. Para um melhor entendimento, sugiro, antes de mais nada, uma atenta leitura à primeira parte.

Processo de produção do código

O processo, em si, é bastante claro e objetivo: cuidar da codificação, da estrutura do lay-out desejado, obtendo, assim, um melhor resultado, carregamento rápido, amplificando os conceitos de usabilidade e acessibilidade por meio de boas e salutares técnicas.

Sendo assim, nada poderá dar errado, não é?

Analisando os “gargalos” da produção

O processo rotineiro de um estúdio ou agência web inclui verbas mínimas, grandes exigências e pouca tolerância (por boa parte dos clientes) e prazos impossíveis. Não há como fugir: ou se entra em tal lógica tortuosa de cabeça, ou colhe-se as consequencias desagradáveis da falta de adaptação, que incluem o “sumiço” dos freelas e o desemprego pertinente.

Conheça, agora, os maiores “gargalos produtivos”, e as melhores maneiras de evitá-los:

1) Propostas infactíveis:

Tais propostas são oferecidas / desenvolvidas por profissionais de criação completamente desambientados do processo de estruturação de páginas. É certo que a criatividade precisa de espaço para “voar”, porém um mínimo de “pé-no-chão” é mais do que necessário. É preciso conhecer o processo produtivo como um todo (mesmo que certas etapas não façam parte de sua rotina profissional), a fim de não propor soluções “impossíveis”, que podem ser belas e competentes em termos de design, porém completamente descabidas no momento de estruturar tal conteúdo.

Portanto, se a idéia e o briefing levam para o desenvolvimento em (x)html/css (com textos em formato “nativo”, portanto), de nada adianta desenvolver um lay-out que, na melhor das hipóteses, só será factível em flash.

O profissional que faz design web, ao conhecer efetivamente a estruturação, poderá situar-se melhor, evitando grandes “mancadas”, como apresentar e aprovar determinada proposta ao cliente impossível de ser “produzida”.

2) Códigos sujos:

Herança indefectível do uso “preguiçoso” de editores WSWYG, códigos sujos, não-semânticos, inadequados às web standards, estão espalhados por diversos sites, nos mais variados “níveis” de produtores. O maior problema, aqui, está na manutenção de tal código. Normalmente, sites com códigos de tal “qualidade” nascem do descuido e descaso de diversos “profissionais” completamente reativos, sem qualquer preocupação com a necessidade de edição posterior. Ao agirem assim, ignoram a máxima: “o cliente vai mudar de idéia”, além de “esquecerem” que sites web são mutantes, mudam drasticamente (visualmente, conceitualmente).

A solução, novamente, recai sobre a necessidade de aprender, de fato, estruturação. Assim, com conhecimentos, visão e responsabilidade, todo e qualquer código torna-se limpo, editável e expansível.

3) Falta de integração:

Por mais óbvio que seja, existem designers que simplesmente relutam na hora de conversar com os estruturadores e programadores envolvidos no mesmo projeto, resultando num grande obstáculo à integração de soluções produtivas adotadas. Ninguém está numa ilha, o sucesso de um projeto web está diretamente ligado à integração de uma equipe, capaz de trabalhar e pensar coletivamente.

4) Produção desestruturada:

O maior problema, aqui, é a repetição da produção de códigos quase idênticos, somente por estarem em projetos distintos, o que, certamente, custará tempo precioso.

Que tal usar módulos produtivos? Existem diversos blocos de código e muitas soluções produtivas de estruturação que normalmente se repetem, de projeto em projeto. Assim, diversas tarefas ficam mais fáceis, pois já partem de um conjunto de códigos pré-definidos, bastando a adaptação dos mesmo para que o projeto avance. Exemplos de tal idéia: códigos para separação em colunas de uma página, de menus de links, de formulários e diversos outros.

Soluções possíveis

Há uma série de ações que podem (e devem) ser adotadas pelo designer que faz web, melhorando significamente a performance em tal meio e evitando a calvície precoce (advinda do constante “arrancar” de cabelos). Sugiro, aqui, algumas idéias que podem melhorar a vida profissional:

1) Vivencie a estruturação:

Perca o medo e o receio. Mergulhe de cabeça! Experimente adotar as web standards em seus projetos, acompanhe sites desenvolvidos com padrões (como o w3csites, por exemplo) e veja as poderosas possibilidades em ação. Ao acompanhar os mais “experientes” em ação, certamente a empolgação em mergulhar fundo aumentará consideravelmente.

2) Expanda seus conhecimentos:

O melhor meio para aumentar suas habilidades é o estudo. Juntamente com a pesquisa, irá possibilitar um aumento significativo da percepção profissional, em qualquer nível em que esteja. Confira algumas dicas comentadas, de sites e livros:

a) W3C – Documentação traduzida: boa parte dos mais importantes documentos contendo as definições do (x)html, css, web standards e acessibilidade. Grandes colaboradores brasileiros resolveram desenvolver, gratuitamente, suas traduções, visando à expansão das web standards em terras nacionais. Faça sua parte e estude os documentos traduzidos, fazendo com que tal esforço não seja em vão.

b) Maujor: Maurício Samy Silva (Maujor) é um respeitável senhor de cabelos brancos e uma invejável bagagem em web standards no Brasil, sendo, praticamente, o oráculo de tal tema. Quando se interessou por padrões web, o tema era praticamente desconhecido no país (e não havia os milhares de sites e blogs escrevendo – ou tomando carona – sobre o tema). Portanto, trata-se do pioneiro dos padrões no Brasil, sendo que seu site possui muitas informações preciosas para estudandes e profissionais da área. Visite o site, aproveite e passe pelo blog.

c) CSS Zen Garden: conheça uma brilhante galeria de sites desenvolvidos somente com (x)html/css e veja do que esta linguagem é capaz, desde que utilizada sabiamente. O site oferece um conjunto de documentos para que qualquer pessoa se aventure na construção de um novo layout, inteiramente baseado em css, sendo que os melhores são publicados. Visite. Conheça a versão em português.

d) Livro do Maujor: o livro “Construindo Sites com CSS e (X)HTML” é o melhor livro publicado até então no Brasil. Com didática séria, dinâmica e inteligente, Mauricio Samy Silva conduz o estudante pelos caminhos do desenvolvimento com css, dando base sólida e conhecimento de verdade. Visite o site do livro.

e) CSS interativo: conheça este serviço oferecido pelo iMasters, com desenvolvimento de Mauricio Samy Silva e experimente, interativamente, todos os recursos do css. Visite!

f) W3C validator (css e xhtml): verifique seu código a fim de procurar erros e correções. Com esta ferramenta oferecida pelo W3C, você poderá verificar seus códigos por uploads (ou seja, poderá verificar antes de publicar), páginas hospedadas e conferir a relação de erros e sugestões “robóticas” para correções. Conheça a ferramenta e adicione aos seus favoritos! Você também pode instalar plugins de firefox para validação diretamente no browser como o tidy, por exemplo, e verificar seus códigos.

g) Web Developer: conjunto de ferramentas para desenvolvedores (edição em real time de css, validação e outros), oferecidas num plugin de firefox. Instale aqui e aprenda sobre a ferramenta aqui.

Conclusões

Espero que as informações e dicas acima possam ajudar a todos os designers de interface no árduo caminho rumo à padronização total de todas as páginas e sites desenvolvidos. Fico no aguardo das opiniões de todos vocês.

Boa sorte!

Muita criatividade para pouca inovação

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thefortuneteller

Publiquei essa coluna no meu blog em novembro de 2007, mas penso que a questão ainda continua valendo, ainda mais depois de termos falado tanto em criatividade no meu post anterior.

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Acredito que o design é irmão da inovação. Não diria que é o pai porque a inovação nasceu bem antes do design (ela nasceu com o mundo: ele, com a revolução industrial). Também não dá para dizer que a inovação é a mãe do design porque há montes de projetos por aí onde os genes inovadores são flagrantemente recessivos. Fiquemos então assim: são irmãos ligadíssimos, unha e cutícula. Pois, no Brasil, um vive chorando no colo do outro porque estão os dois sem pai nem mãe.

Digo isso baseada no excelente ensaio do prestigiado Clemente da Nóbrega na Época Negócios out/2007 (aliás, essa revista tem se revelado uma agradável surpresa num segmento até então dominado pela jurássica Exame). O título roubou minha atenção já na banca: “Por que somos tão pouco inovadores?”.

Tentando responder porque o Brasil ocupa um longínquo 40º lugar em um ranking mundial organizado pelo prestigiado INSEAD, Nóbrega nos conta que depois de mergulhar em muitos estudos e estatísticas, chegou a conclusões bem tristes sobre a predominância do conservadorismo nas nossas empresas. Simplesmente não há ambiente para inovação no Brasil; o risco é desproporcional aos ganhos. Mas vamos por partes, a fim de que a linha de raciocínio fique mais clara.

Nóbrega comparou atributos de países líderes em inovação e descobriu que os inovadores são ricos de uma maneira muito semelhante. Já os não inovadores são pobres de maneiras diferentes.

Vejamos algumas características que fazem toda a diferença. Primeiro, nos inovadores (e ricos) há um alto nível de confiança nas relações interpessoais. Isso quer dizer que a cooperação com base na reciprocidade está fortemente arraigada na cultura do lugar. Em outras palavras, as pessoas recebem proporcionalmente ao que dão. Não se tolera alguém receber por algo para o qual não contribuiu; da mesma forma, não se admite que alguém que contribuiu não receba a sua justa parte. O outro nome para essa regra básica de civilidade é meritocracia, onde é imoral pegar carona no esforço de outrem. E inovação é esforço, risco. Quanto mais radical a inovação, mais alto é o risco de acabar com uma empresa falida e cheia de dívidas. Se você não tem garantias que receberá uma retribuição à altura dos resultados que conseguir, para que se arriscar tanto?

Esse traço acaba dando origem a outro. Como o sucesso nos países não inovadores está desvinculado do esforço pessoal (inclusive, aqui é muito feio a pessoa ficar rica à custa de seu próprio trabalho – ela é acusada de ser “dazelite”), essas sociedades, em vez de preferirem gestões mais pragmáticas e racionais, tendem a abraçar o oculto e o mágico, os grandes líderes carismáticos e populistas.

Isso faz com que o Brasil lidere um ranking que, de nenhuma forma pode ajudar a melhorar o quadro: o grau de desconfiança. Em uma pesquisa realizada em vários países do mundo foi perguntado se a pessoa achava que, em seu país, a maioria das pessoas é confiável. Cerca de 65% dos noruegueses responderam que sim. Os suecos, um pouco mais desconfiados, tiveram 60% das respostas favoráveis. Quanto você acha que foi o índice dos brasileiros? Sente-se primeiro, pois vai doer: apenas 3% (isso mesmo, três em cada cem) dos brasileiros acha seus compatriotas confiáveis. É mole?

No excelente artigo há ainda um esclarecimento sobre o termo tecnologia no âmbito dos estudos da inovação. Há, segundo o autor, dois tipos de tecnologia: as físicas e as sociais. As físicas são aquelas que a gente pensou logo que leu a palavra tecnologia – ferramentas e conhecimentos que tornam possível a construção de uma estação espacial ou um iPhone, por exemplo.

As tecnologias sociais são maneiras de organizar as pessoas para colaborarem em empreendimentos comuns: linhas de montagem, sistemas de gestão, franquias, leis, etc. Para Nóbrega, as tecnologias sociais são mais importantes que as físicas para a inovação, já que as primeiras podem ser compradas, mas as segundas, não, pois são dependentes da cultura. Se o país não possui tecnologias sociais, ele fica dependente de gênios para gerar invenções que quem sabe, um dia, poderão ser utilizadas para gerar riqueza. O autor enfatiza: só um louco pode apostar na proliferação de gênios acima da média para conseguir qualquer coisa.

Uma das tecnologias mais importantes para a inovação é o sistema de leis (não só sua elaboração, mas o seu cumprimento, principalmente). Em um ambiente trambiqueiro, onde as normas sociais não dão suporte à cooperação, as pessoas estão sempre desconfiadas e todo mundo tende a proteger seu próprio traseiro (palavras do Clemente). Todo mundo se acha “esperto” e a corrupção, a desonestidade e a roubalheira acabam sendo normas culturais, com atitudes morais distorcidas do tipo “se eu não fizer, outro faz”.

Pois é, por mais que a FINEP, o CNPq, a CAPES e outros tantos organismos trabalhem e promovam programas para incentivar a inovação, a conclusão é inequívoca: reformar o sistema jurídico e político no Brasil é mais importante para inovação do que investir rios de dinheiro em bolsas, cursos, programas e estudos.

Eu penso que é necessário investir nos dois, mas concordo que uma mudança de cultura é pré-requisito. Pois agora…

O Clemente é muito bom e o meu resumo só tem os pontos que julguei principais. Vale a pena ler o artigo na íntegra para ter mais detalhes dos estudos que ele menciona.

Lígia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br

Somos o maior do Brasil? Segundo o Blog Mad About Design Sim!

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blogaboutmaddesign
Hoje fui informado oficialmente que o blog foi publicado no livro Blogs: Mad about design da editora espanhola Mao Mao Publications. É já estamos conquistando os gringos, hurull.

Duas Páginas
Duas Páginas

Segundo o texto em inglês que saiu no livro:

This is the biggest Brazilian blog, gathering all the topics related to design, be they graphic, web, products or interactive. Part of its success is the solid staff of columnists behind the articles, comprised of more than twenty professionals in the field. Every day at least one of them publishes anote that includes a solid text – written in Portuguese – and generally a supporting image.

Em Português

Este é o maior blog brasileiro, reunindo diversos temas como projetos, seja ele gráfico, web, produtos ou interativoo. A parte de seu êxito é o pessoal sólido de colunistas atrás dos artigos, abrangido de mais de vinte profissionais no campo. Todos os dias ao menos um deles publica algo que inclui um texto sólido – escrito em português– e geralmente uma imagem de suporte.

Quando entraram em contato comigo pediram outros blogs que eu lia, e eu citei outros 3 incluindo 2 brasileiros, que foram publicados ao lado da página.

www.core77.com
www.design.com.br
www.ndesign.org.br

Felizmente outros blogs brasileiros também sairam nesse livro Abduzeedo.com, Imagem, Papel e Fúria e o Portfolio da Mariana Coan.

Segundo a criadora do livro (Macarena) a proposta é mostrar como há coisas sobre Design na internet, mais especificamente em blog e como é possivel ficar ligado em tudo que acontece. E qual é a vantagem que um blog traz para as pessoas que-o utilizam.

Mais uma vez agradeço a todos os colunistas e participantes assíduos que marcam presença sempre que podem e colaboram com comentários, artigos, sugestões, enviam emails e faz com que a cada dia o nosso blog venha a agregar mais valor, é isso aí, VALEU MESMO!

Posters tipográficos no Grammy

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Este ano o Grammy está usando a tipografia para divulgar o evento, os posters contam com diversos artistas, todos retratados na forma de junção de palavras, um trabalho muito bom.

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Criado pela agência TBWA/Chiat/Day.

SPRITE RENOVA IDENTIDADE VISUAL

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logosprite
A edição deste ano do Sprite Slam Dunk (Campeonato de Enterradas) serviu de base para a Sprite apresentar o que parece ser a sua nova identidade visual, principalmente com o seu novo logo, mais jovem e descontraído.

Até mesmo o site oficial da Sprite internacional já está estampada com a nova marca da companhia.
slamdunk
Particularmente achei sensacional o redesign, acho mais que eles fizeram toda essa modificação para não ficar para trás de outros concorrentes que já mudaram sua identidade toda.

Fly Balloon

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naomax
Essa é uma animação incrível que usou coisas simples como a função de Resize Window do Flash e um vídeo que interage com o redimensionamento.

Atenção, não redimensione a janela do seu navegador. Não consegui rodar no Firefox, mas consegui no Internet Explorer, portanto libere pop-up e javascript no seu navegador, pois se ele não alterar de posição, você vai perder a melhor parte.

Visite o site belga Fly a balloon.

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